Casinos | Pedidos de exclusão aumentaram no primeiro semestre

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção de Inspeção e Coordenação de Jogos (DICJ) de Macau recebeu, nos primeiros seis meses do ano, 233 pedidos de exclusão de acesso aos casinos, mais 54 do que em igual período do ano passado, foi ontem divulgado. Do total, 200 pedidos foram de auto-exclusão (85,8 por cento), enquanto os restantes 33 (14,2 por cento) foram submetidos por terceiros, de acordo com dados publicados no ‘site’ da entidade reguladora.

No ano passado, foram registados 376 pedidos de exclusão aos casinos, contra 351 em 2016, 355 em 2015, 280 em 2014 e 276 em 2013.

Ao abrigo da lei, que entrou em vigor em Novembro de 2012, a DICJ pode interditar a entrada em todos os casinos, ou apenas em alguns, às pessoas que o solicitem ou confirmem requerimento apresentado para este efeito por cônjuge, ascendente, descendente ou parente em 2.º grau, pelo prazo máximo de dois anos.

A lei prevê sanções administrativas para quem violar as regras, cujas multas oscilam entre as mil e dez mil patacas. É ainda imposto um “dever de fiscalização” às concessionárias de jogo, cujo incumprimento é penalizado com coimas que vão de dez mil patacas até 500 mil patacas.

Na última quinta-feira, a Assembleia Legislativa aprovou, na generalidade, uma proposta de lei que proíbe todos os funcionários dos casinos de entrarem dentro dos espaços destinados ao jogo. “Entre os indivíduos registados nestes últimos anos como tendo sido afectados pelo distúrbio do vício do jogo, os “croupiers” e os trabalhadores do sector do jogo constituíam, conjuntamente, a maior percentagem”, afirmou na AL o secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, para justificar a necessidade da nova legislação.

Cerca de 56 mil desempenham funções, directamente ou indirectamente, no setor do jogo em Macau, de acordo com os últimos dados do Governo.

17 Jul 2018

Luís Represas reconhece “outra dimensão” em novo álbum sem perder identidade

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] músico Luís Represas disse à agência Lusa que o seu novo álbum, “Boa Hora”, no qual partilha interpretações com Carlos do Carmo e Ivan Lins, revela “uma outra dimensão e outro olhar” sem perder a sua “impressão digital”.

“Todo o processo criativo, de produção, em todo o processo de juntar os parceiros, tudo isto levou a se destapar uma pedra e descobrir a fase em que estou e me sinto muito bem, com uma outra dimensão e um outro olhar, sem perder a minha impressão digital”, disse o músico à agência Lusa.

A “impressão digital é algo que custa muito a criar”, disse o músico, referindo que “há compositores que pulam de fases para maneiras de estar, e há outros que gostam de ir evoluindo, progredindo e caminhando, mantendo essa impressão digital, que é uma coisa que leva muito tempo e custa muito a ganhar”.

A “impressão digital demora tempo a criar, mas é aquilo pelo qual o artista é reconhecido, quando se ouve, mas depois pegar nela e ir evoluindo e trabalhando com ela, é a forma como eu gosto de estar”, disse Represas, reconhecendo que tendo tido, ao longo da carreira, influências latino-americanas ou do fado, “há um veio que se mantém autêntico, que é um ADN”, que, no seu caso, defendeu, vem de quando começou nos Trovante, grupo que apontou como o seu berço e a sua escola.

O álbum, cuja concretização contou com o apoio do Fundo Cultural da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), é constituído por 14 temas, entre os quais “Boa Hora”, que abre e dá título ao CD, uma letra de Jorge Cruz que também assina a música com Represas.

Luís Represas partilha a interpretação de alguns temas com nomes como Jorge Palma e Paulo Gonzo, em “Cinema Estrada”, Mia Rose, em “A Curva do Horizonte”, Carlos do Carmo, em “O Colo do Vento”, e Stewart Sukuma, com quem colaborou várias vezes, em “Se Achas Bem”, que inclui versos numa das línguas de Moçambique, o changana.

“Cada um [desses temas] tem uma razão especial e surge da conversa amena e boa, que temos mantido ao longo do tempo, mas foram surgindo conforme o correr da composição, nenhum foi premeditado”, defendeu Represas, referindo que era “uma lacuna” não ter ainda gravado com Carlos do Carmo, de quem é amigo “há muitos anos”.

Entre os autores escolhidos, há José Calvário (1951-2009). Luís Represas gravou uma composição que o maestro lhe tinha dado, que encontrou casualmente e para a qual escreveu “A Curva do horizonte”.

“Depois de Ti” surge de um poema da filha, Carolina Represas, com quem já tinha colaborado, tendo assinado, por exemplo “O Aprendiz”, de um anterior CD.

“Não sou um ‘pai coruja’, e a Carolina é uma parceira como os outros. E desde que me reveja na forma como ela trabalha e nas palavras e nas ideias, e se o faz bem… é uma parceira como outros”, afirmou o músico que não escondeu o “orgulho” de a filha “estar a trabalhar na música e bem”.

Para o CD, produzido por Fred Ferreira, foi “fundamental” o apoio da SPA, que qualificou como “um balão de oxigénio” e “a única hipótese de os artistas fazerem os seus próprios discos”.

“O capital de investimento das discográficas é cada vez menor e menos eficaz”, o que se faz mais sentir quando se trata de um solista, como foi o caso.

Sobre o álbum, Luís Represas realçou que “junta várias gerações e formas, aparentemente diferentes de estar na música”, o que qualificou como “muito bom”, pois demonstra que “não há preconceitos ou ‘conflitos’ geracionais ou de estilos de música”, sendo antes “uma enorme partilha de ideias”.

“A música é uma das formas de arte mais transversais e aglutinadoras e serve, essencialmente, para unir”, conclui.

16 Jul 2018

Ingerência russa nas eleições nos EUA e situação na Ucrânia e na Síria pairam sobre cimeira Trump-Putin

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s presidentes dos EUA e da Rússia realizam hoje em Helsínquia a sua primeira cimeira bilateral, sob o espetro da ingerência russa nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016 e ainda da situação na Ucrânia e na Síria.

O encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin realiza-se na residência oficial do chefe de Estado da Finlândia, Sauli Niinisto, e o Presidente norte-americano voltará pela terceira vez a discutir com o homólogo russo a situação na Síria, na Ucrânia e no Médio Oriente, e ainda o estado das relações bilaterais, de que se destaca a alegada ingerência russa nas eleições de 2016.

Na sexta-feira, o procurador-geral adjunto dos Estados Unidos, Rod Rosenstein, revelou a acusação a 12 oficiais de inteligência russa, por práticas de pirataria informática no ato que elegeu Donald Trump para a Presidência.

A proximidade entre os presidentes norte-americano e russo tem sido notória há mais de um ano, como também tem sido um facto que a Administração de Donald Trump foi envolvida em controvérsias por causa da ingerência russa.

Antes de viajar para Helsínquia, durante a visita que efetuou ao Reino Unido, Donald Trump afirmou que os ataques ao Presidente russo são uma “caça às bruxas” e estão a prejudicar as relações com Moscovo.

“Eu acho que isso prejudica a sério o nosso país, e prejudica a sério a nossa relação com a Rússia. Eu acho que nós teríamos uma oportunidade de ter uma relação muito boa com a Rússia e uma relação muito boa com o Presidente Putin”, afirmou.

Por outro lado, o apoio, difícil de esconder, de Moscovo aos separatistas ucranianos e a intervenção militar na Síria, para manter Bashar al-Assad na Presidência, colocam a Rússia e os Estados Unidos em lados diferentes do conflito.

Na Síria, o único denominador comum é o combate ao grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico, mas tal não chega para esbater as diferenças que se acumulam entre Washington e Moscovo noutros domínios, apesar do bom relacionamento pessoal que os dois presidentes mutuamente cultivam.

A cimeira de Helsínquia será a terceira entre presidentes dos dois países e embora não se pronuncie sobre a agenda do encontro, Trump ainda acredita que a melhoria das relações bilaterais assenta no bom relacionamento pessoal que mantém com Putin.

Todavia, numa entrevista à CBS News, divulgada domingo por aquela cadeia de televisão norte-americana, Donald Trump afirmou que não espera muito da cimeira: “Não vou com altas expetativas”.

Cerca de 2.000 pessoas manifestaram-se contra Trump e Putin em Helsínquia

Cerca de 2.000 pessoas manifestaram-se ontem na capital finlandesa contra as políticas de Putin e Trump, que hoje se encontram em Helsínquia para a terceira cimeira entre os chefes de Estado da Rússia e dos Estados Unidos.

A manifestação percorreu o centro de Helsínquia em protesto contra as políticas de imigração da Administração de Donald Trump e a intenção do Presidente dos Estados Unidos construir um muro na fronteira com o México e contra a homofobia impulsionada pelo Kremlin, a falta de liberdade e a detenção de ativistas na Rússia.

O lema da manifestação foi “Seremos novamente grandes nos direitos humanos”, em alusão ao ‘slogan’ de Donald Trump desde que chegou à Casa Branca, há um ano e meio.

O protesto contra os líderes das duas grandes potências nucleares reuniu ativistas da Amnistia Internacional, ecologistas, anarquistas e membros do movimento LGBT (lésbicas, homossexuais, bissexuais e transexuais).

Também a comunidade ucraniana que vive em Helsínquia protestou contra o facto de a Rússia continuar a ocupar a Crimeia.

“Que Putin faça tudo o que queira no seu próprio país é uma coisa, mas invadir outros países para lhes roubar territórios não está nada bem”, disse à agência Efe o ucraniano Víctor Ivanov, que marchou acompanhado da sua mulher envolto numa bandeira da Ucrânia.

Oki, um finlandês que se expressa em russo, percorreu 250 quilómetros desde a cidade de Pori, no noroeste da Finlândia, para manifestar-se no centro de Helsínquia com um grande cartaz com os dizeres “Deportemos o racismo”.

“Queremos que Putin e Trump deixem de estimular guerras em todo o mundo”, disse à Efe.

A poucos metros, Helena, finlandesa que trabalha numa instituição da ONU em Genebra, exibia um cartaz que exigia a liberdade para o cineasta ucraniano Oleg Sentsov, que cumpre uma pena de 20 anos de prisão na Rússia, por delitos de terrorismo, e que se encontra em greve de fome há dois meses.

“A situação da liberdade de imprensa na Rússia é realmente deplorável. Falar com liberdade e trabalhar para os direitos humanos é muito problemático na Rússia”, afirmou Helena.

A política migratória de Trump, que desde abril provocou a separação de cerca de 3.000 crianças indocumentadas das suas famílias, na fronteira com o México, foi outro dos temas que motivou o protesto.

16 Jul 2018

Luka Modric conquista a Bola de Ouro do Mundial 2018

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] médio Luka Modric conquistou a Bola de Ouro, o prémio de melhor jogador do Mundial 2018 de futebol, que decorreu na Rússia, apesar da derrota da Croácia na final perante a França (4-2).

O jogador de 32 anos, que alinha no Real Madrid, foi titular em todos os sete jogos disputados pela seleção croata, tendo marcado dois golos, e foi determinante na caminhada da equipa de Zlatko Dalic até à final, naquela que foi a melhor participação de sempre da Croácia.

Kylian Mbappé, de 19 anos, foi eleito o melhor jogador jovem do torneio, depois de ter marcado quatro golos pela França, incluindo um na final, e Thibaut Courtois, que ajudou a Bélgica a alcançar o terceiro lugar, foi nomeado o melhor guarda-redes da prova.

O avançado Harry Kane, com seis golos, foi o melhor marcador deste Campeonato do Mundo, tornando-se no segundo jogador inglês a alcançar esse feito, depois de Gary Lineker, em 1986, no Mundial do México.

16 Jul 2018

Cristiano Ronaldo chegou a Turim e é apresentado hoje pela Juventus

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] futebolista português Cristiano Ronaldo chegou ontem a Turim e será apresentado hoje como jogador da Juventus, depois de passar pelos exames médicos e formalizar o contrato com o campeão italiano.

A Juventus informou que o avançado português aterrou no aeroporto de Caselle, em Turim, pouco depois da 17:30 locais (16:30 em Lisboa) a bordo do seu avião privado.

Cristiano Ronaldo, pelo qual a Juventus pagou 100 milhões de euros ao Real Madrid, dará uma conferência de imprensa no Estádio Allianz, às 18:30 (17:30 em Lisboa), depois de se submeter a exames na J Medical, clínica do clube de Turim, e assinar um contrato de quatro anos, pelo qual deve arrecadar cerca de 31 milhões de euros líquidos por temporada.

O capitão da seleção portuguesa deixou o Real Madrid após nove temporadas, durante as quais conquistou 16 troféus, incluindo quatro Ligas dos Campeões, e se tornou o melhor marcador da história do clube espanhol, com 451 golos em 438 jogos.

16 Jul 2018

França campeã mundial pela segunda vez, ao bater Croácia na final

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] França sagrou-se ontem campeã mundial de futebol pela segunda vez na sua história, 20 anos depois, ao vencer a Croácia por 4-2, na final da 21.ª edição da prova, disputada no Estádio Luzhniki, em Moscovo.

Mario Mandzukic (18 minutos), na própria baliza, Antoine Griezmann (38), de grande penalidade, Paul Pogba (59) e Kylian Mbappé (65) apontaram os tentos dos franceses, enquanto Ivan Perisic (28) e Mandzukic (69) faturaram para os croatas.

Os gauleses tornaram-se a sexta seleção a ‘bisar’ o título mundial, depois de Itália, Uruguai, Brasil, Alemanha e Argentina, sendo que conquistaram o primeiro fora, depois do triunfo em solo gaulês, em 1998, selado com um 3-0 ao Brasil na final.

A final do Mundial não registava tantos golos desde 1966, há 52 anos, quando a anfitriã Inglaterra superou a RFA por 4-2, após prolongamento, sendo que o recorde, de 1958 (5-2 do Brasil à Suécia), ficou apenas a um tento.

16 Jul 2018

Militantes de Hong Kong assinalam 1.º aniversário da morte de dissidente Liu Xiaobo

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ilitantes pró-democracia de Hong Kong ataram na sexta-feira faixas negras nas grades que rodeiam o edifício do gabinete de ligação do Governo chinês no território para marcar o primeiro aniversário da morte do dissidente Liu Xiaobo.

Figura das manifestações pró-democracia em Tiananmen, em 1989, Liu Xiabo, primeiro chinês a ser distinguido com o Nobel da Paz (2010), morreu a 13 de julho de 2017 num hospital de Shenyang, no nordeste da China, vítima de cancro do fígado.

O dissidente, que cumpria há mais de oito anos uma pena de 11 anos por subversão, foi libertado condicionalmente no final de maio da prisão, dias depois de lhe ter sido diagnosticado o cancro em fase terminal, e transferido para o hospital.

Dezenas de manifestações concentraram-se em frente do gabinete de ligação chinês em Hong Kong, antes de uma outra ação mais importante ao fim da tarde.

Este aniversário assinala-se alguns dias depois da partida para Berlim da viúva de Liu Xiaobo, a poetisa e pintora Liu Xia, após oito anos passados sob residência vigiada.

Os manifestantes, que também colocaram um retrato do primeiro prémio Nobel da Paz chinês numa parede, exigiram ainda a libertação de Qing Yongmin, veterano da dissidência, condenado na quarta-feira, na China, a 13 anos de prisão. Qing Yongmin passou já 22 anos em detenção.

O Governo chinês “libertou Liu Xia na terça-feira e prendeu Qin Yongmin na quarta-feira”, declarou Leung Kwok-hung, veterano da luta pela democracia na região administrativa especial chinesa. “A libertação de Liu Xia foi uma forma de enganar as pessoas”, sublinhou.

O advogado democrata Kwok Ka-ki reclamou eleições livres na China e considerou a libertação de Liu uma forma de tentar obter o apoio de países europeus em plena guerra comercial com os Estados Unidos.

Liu Xia, que não foi acusada de qualquer crime, estava sob residência vigiada, desde 2010, quando o marido foi distinguido com o Nobel da Paz.

Liu Xiaobo foi o primeiro prémio Nobel a morrer privado de liberdade desde o pacifista alemão Carl von Ossietzky, que morreu em 1938, num hospital, detido pelos nazis.

16 Jul 2018

Hamas anuncia que trégua foi para acabar com ataques israelitas sobre Gaza

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Hamas anunciou ter chegado a uma trégua para pôr fim aos ataques de Israel sobre a faixa de Gaza, parte de uma operação de grande escala que fez pelo menos dois mortos e 25 feridos palestinianos. O acordo terá sido conseguido com a mediação do Egipto, afirmou um porta-voz do movimento palestiniano que controla a Faixa de Gaza, Fawzi Barhum, em comunicado, embora Israel ainda não tenha feito nenhum comentário.

Israel admitiu que fez os maiores ataques aéreos em Gaza desde a campanha de 2014 contra o Hamas. O primeiro-ministro israelita ameaçou “aumentar, se necessário, a intensidade dos ataques”, que chamou “uma acção contundente contra o terrorismo do Hamas”.

Dois jovens de 15 e 16 anos atingidos por estilhaços dos bombardeamentos e 25 pessoas ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde palestiniano.

Netanyahu garantiu que os ataques continuarão até que o movimento palestiniano “entenda a mensagem”, com bombardeamentos sobre dezenas de objetivos, incluindo dois túneis, armazéns e fábricas de armas, centros de treino e outros.

Segundo indicaram responsáveis militares israelitas, trata-se de uma “operação em massa que está a acontecer em Gaza” e é uma represália por ataques contra Israel, nomeadamente “a grande quantidade de explosivos e projécteis incendiários e os ‘rockets'” disparados para Israel. Três civis israelitas ficaram feridos quando um ‘rocket’ atingiu a sua casa, no sul. Segundo o exército israelita, cerca de uma centena daqueles projécteis e granadas de morteiro caíram no sábado sobre Israel vindas da Faixa de Gaza.

Entretanto, o exército israelita suspendeu as restrições que tinha imposto ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, num sinal de que aceitou o cessar-fogo mediado pelo Egipto, terminando com 24 horas de combates com militantes do Hamas. Os militares fecharam uma praia popular e impuseram limitações às aglomerações de grandes multidões, mas o exército informou ontem que os acampamentos de Verão vão funcionar normalmente e que a rotina diária pode ser retomada.

16 Jul 2018

Japão | Cerca de 18 mil voluntários nas operações de limpeza e reconstrução

[dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]erca de 18 mil voluntários de todo o Japão participam no fim-de-semana em tarefas de limpeza e reconstrução das áreas oeste do país devastadas pelas fortes chuvas da passada semana, que causaram mais de 200 mortes e dezenas de desaparecidos.

O Governo lançou um programa de voluntariado em colaboração com as autoridades locais para organizar os movimentos de voluntários e distribuir o trabalho, explicou o Conselho de Assistência Social do executivo. Quarenta centros de voluntários foram estabelecidos nas prefeituras de Ehime, Okayama e Hiroshima, localizadas no oeste do país e onde as chuvas causaram o maior dano, para gerir as tarefas de cerca de 18 mil pessoas que participam no programa de ajuda. “As autoridades locais estão demasiado ocupadas com as operações de assistência e evacuação, pelo que precisamos da ajuda necessária para as tarefas de reconstrução”, disse um porta-voz do Governo de Hiroshima à agência de notícias Kyodo.

As chuvas fortes registadas desde 6 de Julho em quase metade do arquipélago japonês causaram 204 mortes e cerca de 40 desaparecidos, de acordo com os dados mais recentes fornecidos pelo Executivo. Cerca de 160 casas foram destruídas e outras 700 sofreram danos significativos, como resultado de inundações e deslizamentos de terra provocados pelas chuvas, enquanto cerca de 5.800 pessoas permanecem desalojadas.

O acesso rodoviário a muitas das localidades continua a ser um problema para as autoridades, o que complica tanto as tarefas de encontrar pessoas desaparecidas como as tarefas de assistência aos desalojados.

16 Jul 2018

Coreia do Norte | Pequim vinca compromisso com desnuclearização

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m responsável chinês reafirmou ontem o compromisso de Pequim com a desnuclearização da península coreana, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter sugerido que a China poderá interferir nas conversações entre Pyongyang e Washington.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Kong Xuanyou, disse em conferência de imprensa que a China e os EUA têm “mantido uma comunicação e coordenação próximas” na questão da península coreana.

Ao reconhecer que “não vai ser um processo fácil”, Kong disse acreditar que se o diálogo for sincero e feito com base no respeito mútuo e igualdade, “todas as questões encontrarão resposta”.

Na segunda-feira, Trump escreveu na rede social Twitter que a China “talvez esteja a exercer pressão negativa” sobre a Coreia do Norte, devido às crescentes disputas comerciais com os EUA, acrescentando: “espero que não!”.

Entretanto, o porta-voz da Administração-Geral das Alfândegas da China, Huang Songping, garantiu que Pequim “está a implementar consistentemente” as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU contra a Coreia do Norte, relativamente ao programa nuclear e de mísseis.

De acordo com os últimos dados oficiais, as importações chinesas oriundas da Coreia do Norte caíram 92,6 por cento, em Junho, em relação ao mesmo mês do ano passado. As exportações de petróleo e de outros bens, da China para a Coreia do Norte, recuaram 40,6 por cento, durante o mesmo período. As alfândegas chinesas não indicaram os valores envolvidos nas trocas comerciais entre os dois países em Junho, e divulgaram apenas as variações homólogas.

Nos primeiros seis meses do ano, as importações chinesas da Coreia do Norte caíram 88,7 por cento, relativamente ao mesmo período de 2017, para 690 milhões de yuan. As exportações recuaram 43,1 por cento, para 6,4 mil milhões de yuan.

16 Jul 2018

Taiwan | Xi Jinping diz que reunificação é imparável

O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que a reunificação de Taiwan com a China faz parte do “imparável rumo da história”, levando o Governo taiwanês a apelar a este que respeite a vontade popular

 

[dropcap style≠’circle’]X[/dropcap]i reuniu-se com Lien Chan, o antigo vice-Presidente taiwanês, que dirige agora o partido de oposição e pró-Pequim Kuomintang, e a quem reafirmou a sua confiança numa reunificação pacífica.

“Enquanto corrigimos as coordenadas históricas e agarramos com firmeza o leme, o rumo do desenvolvimento pacífico e da reunificação pacífica seguirá vitorioso”, afirmou o líder chinês, citado pela imprensa oficial.

O Governo taiwanês reagiu com um apelo a Xi para que aceite a realidade e respeite a vontade popular da ilha. Taipé vai manter a actual situação pacífica e não deixará de defender a soberania taiwanesa, assegurou Qiu Chui-zheng, porta-voz do Conselho para os Assuntos da China Continental. Qiu afirmou que a China deve reduzir as suas “acções negativas” contra Taiwan, que estão a afectar as relações, e resolver as suas diferenças com Taipé por via da comunicação e sem intimidações.

Ponto de viragem

Pequim cortou os mecanismos de diálogo com Taipé desde a eleição da Presidente Tsai Ing-wen do Partido Democrático Progressista, pró-independência, em 2016, e só aceita voltar atrás se a líder taiwanesa declarar que a ilha é parte da China.

Lien fez, em 2005, uma histórica visita a Pequim, num período de tensão entre o regime comunista e o governo pró-independência de Chen Shui-bian, e conseguiu vários acordos com o então Presidente chinês, Hu Jintao, que foram implementados após o Kuomintang regressar ao poder, em 2008.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. No entanto, Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana.

Desde o XIX Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), que decorreu em Outubro passado, que as incursões de aviões militares chineses no espaço aéreo taiwanês se intensificaram, levando analistas a considerarem como cada vez mais provável que a China invada Taiwan.

16 Jul 2018

China | Número de nascimentos diminuiu entre 2016 e 2017

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] número de nascimentos na China diminuiu 3,2 por cento entre 2016 e 2017, segundo dados divulgados ontem pela Comissão Nacional de Saúde citados pela imprensa estatal. Em 2016, o primeiro após o fim da política do filho único, os números apontavam para 18,46 milhões de nascimentos, com um aumento de 11,5 por cento em relação a 2015.

Agora, em 2017, registou-se o nascimento de 17,58 milhões de bebés, sendo que 51 por cento não eram filhos únicos. O Governo chinês eliminou a política do filho único a 1 de Janeiro de 2016 para combater o envelhecimento demográfico e permitiu que as famílias tivessem dois filhos.

No entanto, apesar do aumento inicial no primeiro ano, a desaceleração em 2017 e os números relativos ao primeiro semestre de 2018 estão a levar as autoridades a ponderar eliminar todos os limites de nascimento, de acordo com notícias publicadas pelos ‘media’ chineses, algo que pode acontecer já este ano.

Após o fim da política do filho único, que foi introduzida em 1979, os nascimentos não aumentaram como o esperado pelas autoridades devido ao alto custo para as famílias com a habitação nas grandes cidades e serviços relacionados com a educação ou a saúde.

16 Jul 2018

Air China | Copiloto suspeito de fumar causou queda de mais de 7.500 metros

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] queda a pique do avião num voo da Air China, durante dez minutos, esta semana, deveu-se a um erro do copiloto, que estava a fumar um cigarro electrónico, divulgaram as autoridades.

Investigações preliminares revelam que o copiloto tentou, sem avisar o piloto, desligar o ventilador de circulação do ar, para evitar que o fumo chegasse à cabine. “No entanto, terá por engano desligado o aparelho de ar condicionado que estava ao lado, resultando em oxigénio insuficiente na cabine e um alerta de altitude”, afirmou um responsável da Administração Civil da China, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua.

“Estamos a investigar as causas em pormenor. Caso se confirmem as suspeitas, vamos actuar de acordo com a lei e as regulações e lidar com esta questão de forma rigorosa”, acrescentou.

Fumar é expressamente proibido em voos comerciais, incluindo cigarros electrónicos.

Na terça-feira, meia hora depois do voo CA106 ter partido de Hong Kong, com 153 passageiros a bordo, as máscaras de oxigénio caíram do tecto do avião, que imediatamente desceu mais de 7.500 metros em dez minutos. O avião, um Boeing 737, recuperou depois a altitude e voou em segurança até ao destino final, a cidade de Dalian, no nordeste da China. Não foram reportados feridos entre os passageiros ou danos no avião.

16 Jul 2018

Cultura | Entretenimento chinês chega a milhões de africanos

Com uma indústria de cinema que ultrapassa já o número de espectadores que os filmes de Hollywood atraem, a China aumenta a exportação de produtos de entretenimento para África, desafiando as narrativas tipicamente ocidentais

 

Reportagem de João Pimenta, da agência Lusa 

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]a nova zona de desenvolvimento de Daxing, a quase 30 quilómetros do centro de Pequim, um grupo de nigerianos, tanzanianos e togoleses, envergando trajes tradicionais, acorrem pela manhã a um moderno complexo de edifícios envidraçados. Inaugurado em 2012, o complexo é composto por quatro prédios administrativos, um bloco de dormitórios e um pátio tradicional chinês, ligado por um extenso sistema de corredores que abre para diferentes jardins. Trata-se da sede da StarTimes, empresa de telecomunicações privada chinesa que ao longo dos últimos 15 anos apoiou dezenas de países africanos na transição de televisão analógica para digital, garantido o acesso das casas do continente a conteúdo audiovisual chinês.

“Já temos 50 milhões de utilizadores em África”, diz à agência Lusa Lily Meng, vice-directora-geral do departamento de média do grupo, que está encarregue da dobragem de conteúdos audiovisuais para português, inglês, francês, mas também línguas regionais como haúça, suaíli ou iorubá.

Em Moçambique, o único país de língua oficial portuguesa onde está presente, o grupo estabeleceu a StarTimes Media, uma ‘joint-venture’ com a Focus 21, empresa controlada pela família do ex-Presidente moçambicano Armando Guebuza.

“Para trabalhar em África é preciso ter boas ligações”, admite Lily Meng. “Ou então é muito difícil obter licença para transmitir”.

No seu portal electrónico oficial, o grupo StarTimes compromete-se a “fazer com que todas as famílias africanas desfrutem de televisão digital por um custo acessível”. Meng explica que os objectivos da empresa passam por “divulgar a cultura chinesa” enquanto assegura um modelo de negócio sustentável. “Temos apoio político para transmitir conteúdo chinês em África, mas não somos uma empresa estatal”, clarifica. “Fazemos estudos de medição de audiências e escolhemos os conteúdos em conjunto com os colegas africanos. Precisamos de garantir que os nossos clientes estão satisfeitos e continuam a pagar pelo nosso serviço”, descreve a responsável.

Carga ideológica

O português Samuel Gomes, que desde há um ano trabalha na dobragem e revisão de conteúdos da StarTimes, define as séries, filmes e documentários difundidos pelo grupo como “propaganda cultural”. “Noto muito a vontade da StarTimes em difundir a cultura chinesa em África e estabelecer uma ponte para negócios”, resume.

Dani Madrid-Morales, um pós-doutorado pela City University, de Hong Kong, que fez pesquisa sobre a StarTimes, considera, porém, que o grupo “tem uma enorme componente ideológica”. “Os conteúdos seleccionados mostram uma China urbana, próspera: uma China não controversa”, diz.

Pequim, que há muito se queixa que as empresas ocidentais dominam o discurso global e alimentam preconceitos contra o país, investiu nos últimos anos milhares de milhões de dólares para convencer o mundo de que a China é um sucesso político e cultural.

A agência noticiosa oficial chinesa Xinhua, por exemplo, conta já com 180 delegações além-fronteiras.

Criado em 2004, o departamento de português da agência emprega, só em Pequim, 16 pessoas, incluindo quatro brasileiros. Também a versão digital do Diário do Povo, o órgão central do Partido Comunista Chinês, tem um serviço em língua portuguesa.

No entanto, o mais antigo serviço noticioso em português da República Popular arrancou em 1960 na Rádio Internacional da China.

Naquela altura, a política externa chinesa era guiada pela defesa do internacionalismo proletário e Pequim “apoiava os países africanos na luta contra o imperialismo”, nomeadamente Angola e Moçambique. Hoje, o país asiático é o maior parceiro comercial de África. Só em 2015, as trocas comerciais somaram 145 mil milhões de euros.

16 Jul 2018

Música | Beethoven a fechar temporada da Orquestra de Macau

A Orquestra de Macau está prestes a terminar mais uma temporada e este ano o concerto escolhido para assinalar a data foi a Sinfonia N.º 9 de Beethoven. O evento tem lugar no Centro Cultural de Macau no dia 28 de Julho

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Orquestra de Macau (OM) vai apresentar o “Concerto de Encerramento da Temporada 2017-18 – Sinfonia N.º 9 de Beethoven” no dia 28 de Julho, às 20h. O evento que fecha esta temporada de concertos tem lugar no Grande Auditório do Centro Cultural de Macau. Sob a batuta do director musical, Lu Jia, a OM convidou vários músicos chineses conhecidos no mundo da música clássica internacional e o Coro Filarmónico de Taipé para apresentar “esta obra-prima”, refere o comunicado oficial.

De acordo com organização, “a Sinfonia N.º 9, Op. 125 de Beethoven é considerada como a única obra com a classificação máxima em termos de influência histórica, importância artística e popularidade.” A Op. 125 é constituída por quatro andamentos criados entre 1818 e 1824 e é a última sinfonia completa composta por Beethoven.

Voz sinfónica

A Sinfonia N.º 9 foi criada quando o compositor já se encontrava praticamente surdo e a entrar em fase tardia de composição, “um período em que mostra os seus dotes, ao mesmo tempo profundo, exploratório e experimental”, aponta a organização. “É um exemplo perfeito de como Beethoven transformou a sinfonia tradicional numa forma de arte altamente dramática e filosófica e também a primeira vez em que um grande compositor utiliza a voz humana numa sinfonia puramente instrumental”, aponta o mesmo comunicado do IC.

Para este concerto, a OM convidou jovens chineses. Dos intérpretes convidados fazem parte a soprano Yuanming Song, a meio-soprano Niu Shasha, o tenor Shi Yijie e o baixo Guan Zhijing que, em conjunto com a interpretação vocal do Coro Filarmónico de Taipé, proporcionarão um final “perfeito da temporada da OM 2017-18”.

Está ainda agendada uma sessão pré-concerto na Sala de Conferências do Centro Cultural de Macau, entre as 19h e as 19h30 na mesma noite, na qual Lu Jia irá explicar o que está por trás da Sinfonia n.º 9. O objectivo é “permitir ao público melhor apreciar e entender o concerto”.

Os bilhetes para o “Concerto de Encerramento da Temporada 2017-18 – Sinfonia N.º 9 de Beethoven” encontram-se à venda na Bilheteira Online de Macau, com valores entre as 150 e as 400 patacas.

16 Jul 2018

Chefe do Executivo reuniu com Chan Meng Kam

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Chui Sai On, reuniu na passada sexta-feira com Chan Meng Kam, ex-deputado à Assembleia Legislativa e presidente do Conselho da Universidade da Cidade de Macau (UCM), bem como com o reitor desta instituição privada de ensino superior, Zhang Shu Guang.

De acordo com um comunicado oficial, os responsáveis garantiram que a UCM tem vindo a melhorar em termos de qualidade da oferta educativa. O reitor lembrou “a existência do plano de auditoria à qualidade das instituições do Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) e que, depois de um ano e meio de avaliação externa por parte de uma instituição com competência internacional para avaliar estabelecimentos de ensino, a Universidade conseguiu a certificação de qualidade”.

Recorde-se que a UCM foi uma das beneficiadas aquando da cedência de espaços do antigo campus da Universidade de Macau, na Taipa, tal como o Instituto de Formação Turística, instituição pública de ensino.

O Chefe do Executivo “afirmou a enorme satisfação de ver o crescimento gradual desta universidade e espera que continue a progredir”, tendo frisado a necessidade de aperfeiçoamento “do programa pedagógico e melhoria da qualidade do ensino”.

No mesmo dia, Chui Sai On teve também um encontro com o director da escola Hou Kong, Iao Tun Ieong. Este frisou a postura patriótica da escola, uma vez que “durante mais de 80 anos de funcionamento manteve o conceito ‘Amar a Pátria, Amar Macau’”.

Os dirigentes da escola afirmaram poder “proporcionar serviços educativos à população” na zona A dos novos aterros”, além do “projecto de expansão das actuais instalações, na Taipa”. Há a intenção de “demolir um dos edifícios da escola” para que haja “admissões de mais alunos”, refere um comunicado do Gabinete do Chefe do Executivo.

16 Jul 2018

França e Croácia disputam hoje o ambicionado troféu mundial

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s seleções de França e Croácia disputam hoje a final da edição de 2018 do Mundial de futebol, em Moscovo, a qual o favoritismo pende para os franceses, frente a uma Croácia aparentemente mais desgastada.

Os gauleses demonstraram ao longo do torneio ser um conjunto muito compacto a defender, mas também com poder ofensivo quando a isso foram obrigados, tendo apenas empatado o terceiro jogo da primeira fase com a Dinamarca, o único 0-0 até ao momento e com as duas formações já apuradas para os oitavos de final.

Na fase a eliminar, a equipa francesa, que está desejosa de fazer esquecer a derrota de há dois anos na final do ‘seu’ Europeu frente a Portugal, não teve de disputar qualquer prolongamento, afastando sucessivamente Argentina (4-3), Uruguai (2-0) e Bélgica (1-0).

Do outro lado, surge uma Croácia claramente mais desgastada, seleção que chega a esta final com menos um dia de descanso e com mais 90 minutos de jogo, depois de ter disputado prolongamentos nos três jogos a eliminar.

Igualmente ansiosa por se ‘vingar’ das meias-finais perdidas há 20 anos para a França, a Croácia ultrapassou dois prolongamentos com desempates por penáltis frente à Dinamarca (1-1ap e 3-2gp) e à Rússia (2-2ap e 4-3gp) e vitória no prolongamento frente à Inglaterra (2-1).

O encontro de hoje está marcado para as 16h00 em Lisboa (23h00 em Macau), no estádio Luzhniki, em Moscovo, e será dirigido pelo árbitro argentino Nestor Pitana.

15 Jul 2018

Mundial 2018 | “Vão, joguem o vosso futebol” pede o selecionador da Croácia

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] selecionador da Croácia, Zlatko Dalic, definiu ontem a final do Mundial de 2018, contra a França, como “o momento mais alto” da carreira de todos e dirigiu uma mensagem aos jogadores: “vão, joguem o vosso futebol”.

“Aos meus jogadores, quero dizer-lhes: ‘vão, joguem o vosso futebol, não se acanhem, não fiquem inibidos'”, afirmou técnico na conferência de imprensa de antevisão do jogo que vai determinar no domingo, em Moscovo, o novo campeão do mundo.

“Já não há mais pressão, não vou acrescentar pressão antes de um jogo destes (…). É simplesmente o momento mais alto da vida de cada um de nós”, sublinhou.

A Croácia, terceira no Mundial de 1998, depois de ter perdido nas meias-finais com a anfitriã França, que viria a sagrar-se campeã, joga no Estádio Luzhniki a sua primeira final num campeonato do mundo.

“Estamos preparados para aceitar a derrota com dignidade, se tal acontecer. Vamos representar o nosso país da forma mais digna possível. Se não conseguirmos ganhar, vamos felicitar o adversário. Se ganharmos, seremos os mais orgulhosos. Estamos aqui para desfrutar”, acrescentou Dalic.

Ganhe ou perca, esta seleção já fez melhor do que a ‘geração de ouro’ do futebol croata dos anos 90 do século passado.

“Só podemos ver uma pequena parte do que se passa na Croácia. Só podemos estar felizes e orgulhosos com o que demos ao país. Apesar da crise, os croatas puseram para trás das costas os problemas e as dificuldades. Quer ganhemos quer percamos, amanhã haverá um tremor de terra na Croácia”, disse o treinador.

Confrontado com os números que mostram um saldo bem favorável a França nos cinco confrontos com a Croácia – três vitórias e dois empates -, Dalic desvalorizou as estatísticas. “Elas existem para serem apagadas”, sublinhou.

A acompanhar o técnico, o médio Luka Modric, capitão da Croácia, afirmou que no jogo de domingo “é preciso deixar as emoções de lado”, frisando que não há uma preparação especial para esta final.

“Antes de um jogo importante, não devemos mudar nada. Vamos estar relaxados e prepararmo-nos exatamente da mesma maneira que para os outros jogos. Não há nada de espetacular”, afirmou o jogador do Real Madrid, de 32 anos.

Sobre a mensagem a transmitir aos companheiros, Modric disse que será uma coisa do momento: “Não preparo os discursos, direi que é preciso deixar as emoções de lado e dar ainda mais em campo do que nos outros jogos, porque é uma final. Queremos deixar toda gente feliz”.

A final do Mundial 2018 disputa-se no domingo, a partir das 18h00 (16h00 em Lisboa), com arbitragem do argentino Nestor Pitana.

15 Jul 2018

Jovens resgatados na Tailândia têm alta na quinta-feira

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s 12 jovens da equipa de futebol Wild Boars e o seu treinador, que ficaram presos durante mais de duas semanas numa gruta no norte da Tailândia, vão ter alta do hospital na quinta-feira, foi ontem anunciado.

De acordo com o ministro da Saúde da Tailândia, Piyasakol Sakolsatayadorn, os 12 jovens com idades entre os 11 e os 16 anos, e o seu treinador, de 25 anos, vão sair do hospital no mesmo dia.

Anteriormente, os médicos que trataram os primeiros quatro jovens resgatados disseram que estes poderiam sair do hospital neste domingo.

O anúncio acontece no mesmo dia em que foram divulgados vídeos com os jovens resgatados, sentados nas camas do hospital, a agradecer às equipas de resgate.

Os jovens ficaram encurralados durante mais de duas semanas numa gruta em Tham Luang, situada na província de Chiang Rai, norte da Tailândia, depois de o espaço, que fica junto à fronteira com Myanmar (antiga Birmânia) e o Laos, ter ficado inundado pelas chuvas.

A operação de resgate, que envolveu centenas de pessoas, incluindo mergulhadores, foi concluída na terça-feira com a saída das últimas quatro crianças e do treinador.

As restantes crianças já tinham sido resgatadas no domingo e na segunda-feira.

O grupo de 12 rapazes e o treinador foram explorar a área depois de um jogo de futebol no dia 23 de junho.

Na altura, as inundações resultantes das monções bloquearam-lhes a saída e impediram que as equipas de resgate os encontrassem durante nove dias, uma vez que o acesso ao local só é possível via mergulho através de túneis escuros e estreitos, cheios de água turva e correntes fortes.

O local onde os jovens ficaram presos situa-se a cerca de quatro quilómetros da entrada da gruta, num complexo de túneis com zonas muito estreitas e alagadas pelas chuvas da monção que afetam a zona, o que obriga a que parte do percurso tenha de ser feito debaixo de água e sem visibilidade.

15 Jul 2018

Trump anuncia intenção de se recandidatar à Presidência dos Estados Unidos em 2020

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente dos Estados Unidos anunciou a sua intenção de se recandidatar em 2020 à Presidência dos Estados Unidos, em entrevista publicada ontem pelo jornal britânico Daily Mail, e afirmou não vislumbrar nenhum opositor Democrata capaz de o vencer.

“Bem, eu tenho toda a intenção de fazer isso, parece que todo mundo quer que façamos”, disse Donal Trump ao jornalista que o entrevistou. “Eu sinto-me bem”, enfatizou, quando questionado se se vai candidatar à reeleição.

“Você nunca sabe o que acontece com a saúde e outras coisas”, acrescentou, contudo, Trump, de 72 anos.

Questionado se vê algum candidato democrata capaz de o vencer nas eleições presidenciais que vão realizar-se em 2020, respondeu: “Não. Eu não vejo ninguém, conheço todos e não vejo ninguém”.

15 Jul 2018

ONGs exigem libertação do activista Qin Yongmin

Organizações não-governamentais exigiram ontem às autoridades chinesas a libertação “imediata e incondicional” do veterano dissidente chinês Qin Yongmin, condenado na quarta-feira a 13 anos de prisão por subversão

 

“O único ‘crime’ de Qin Yongmin foi criar um grupo de supervisão de direitos humanos para impulsionar reformas pacíficas na China”, afirmou, em comunicado, a directora da Human Rights Watch (HRW) na China, Sophie Richardson.

Na quarta-feira, um tribunal da cidade de Wuhan, no centro da China, considerou Yongmin culpado do crime de “subversão do poder do Estado”, frequentemente usado pelo Governo chinês para prender dissidentes. A HRW pediu às autoridades chinesas a libertação “imediata e incondicional” porque a acusação “é injusta” e a sentença “terrivelmente dura”, que mostra “o desapreço do Governo chinês pelos direitos humanos”, segundo o comunicado.

Qin foi um dos fundadores do Partido Democrático Chinês, banido pelo regime comunista logo após ter sido criado. Durante a sua extensiva luta pela defesa dos direitos humanos, 22 anos foram passados em prisões ou com privação parcial de liberdade.

A organização chinesa Defensores dos Direitos Humanos (CHRD) também criticou a condenação de Qin, que considerou “injusta e arbitrária”, e apelou aos especialistas das Nações Unidas que tomem medidas para exigir a libertação de Yongmin ao regime comunista. “O Governo chinês mais uma vez profanou os padrões internacionais dos direitos humanos, que a China tem a obrigação de defender como membro do Conselho de Direitos Humanos da ONU”, frisou a organização, em comunicado.

 

Processo kafkiano

Durante o julgamento, as autoridades negaram os “direitos básicos” a Yongmin, incluindo o direito a um advogado sem “interferência política”, indicou.

“Ao punir Qin Yongmin com tanta força, o Governo de Xi Jinping [Presidente chinês] reforça os sinais de que está determinado a esmagar as ONG de defesa dos direitos humanos e da sociedade civil no país”, alertou a mesma organização.

Qin, de 64 anos, é considerado um dos dissidentes mais veteranos da China, desde 1979 participou de movimentos pró-democracia na sua cidade, Wuhan, e liderou uma publicação com ideias reformistas chamada “Campana”.

Na quarta-feira, a Amnistia Internacional (AI) considerou a sentença “chocante e dura” contra um activista veterano que “simplesmente exerceu a liberdade de expressão”, logo depois de a libertação de Liu Xia “ter dado alguma esperança”. Um dia antes, a poeta e viúva do dissidente chinês e Nobel da Paz Liu Xiaobo, que morreu em Julho de 2017, foi autorizada a deixar a China depois de oito anos em detenção domiciliária em Pequim.

13 Jul 2018

Drake bate recorde dos Beatles com sete músicas no Top 10 da tabela da Billboard

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] cantor e compositor canadiano Drake tem sete temas no Top 10 da Billboard em simultâneo, batendo os Beatles que chegaram a ter cinco em 1964.

O tema “Nice For What” volta agora ao topo da tabela depois de ter ficado em sexto na semana passada. Em segundo lugar estreia-se “Nonstop” e seguem-se, por ordem, “God’s Plan”, “In My Feelings”, “I’m Upset”, “Emotionless” e “Don’t Matter to Me”, que conta com arranjos vocais de Michael Jackson previamente gravados.

Os outros três lugares do Top 10 estão guardados para Cardi B, em terceiro, Maroon 5, em quinto, e para o ‘rapper’ XXXTentacion, morto a tiro em junho, que ocupa o décimo lugar com “Sad!”.

A lista da Billboard reúne as canções mais ouvidas da semana nos Estados Unidos, por popularidade, compilando dados de vendas e transmissões.

O cantor conta agora com 31 êxitos no Top 10, ficando empatado com Rihanna, no terceiro lugar, sendo que à sua frente se encontram os Beatles com 34 êxitos e Madonna com 38.

Drake lançou, no final de junho, o álbum “Scorpion” e, até ao momento, todas as 25 músicas do álbum estão na tabela `Hot 100´ da Billboard.

Desde 2009, Drake, conta com 186 músicas na tabela do Top 100 da Billboard, ficando assim em segundo, atrás do elenco da série americana “Glee”, que teve 207 das suas músicas na tabela.

O cantor e compositor estreou-se com 17 anos na série televisiva “Degrassi: A próxima geração”, tendo participado em 138 episódios. Em 2006, Drake, lançou a sua primeira `mixtape´, “Room for Improvement”, sendo que o seu primeiro álbum de estúdio “Thank me Later” foi lançado em 2010.

12 Jul 2018

Prisão preventiva para os oito suspeitos de envolvimento nos incidentes na Academia do Sporting

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] juiz de Instrução Criminal do Tribunal do Barreiro decretou ontem a prisão preventiva dos oito detidos na segunda-feira por alegado envolvimento nos incidentes de 15 de maio na Academia do Sporting, em Alcochete, Portugal.

Durante o interrogatório judicial apenas um arguido prestou declarações, o que não impediu o Ministério Público de pedir a aplicação da medida de coação de prisão preventiva para todos os detidos, pedido esse que foi acompanhado no despacho final do juiz Carlos Delca.

Os oito detidos são suspeitos da prática de crimes de terrorismo, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro, dano com violência, tráfico de estupefacientes e detenção de arma proibida, entre outros.

Além dos indícios da prática destes crimes que justificam a medida de coação mais grave, prisão preventiva, o juiz de Instrução Criminal considerou ainda existir perigo de fuga, de perturbação do decurso do inquérito e de grave perturbação da ordem e tranquilidade públicas.

Estes oito detidos que hoje foram presentes a primeiro interrogatório judicial, juntam-se a um nono elemento detido na segunda-feira, que não foi ouvido no prazo legal de 48 horas após a detenção por motivos de saúde, a quem já tinha sido decretada a prisão preventiva.

Com a decisão hoje anunciada, são já 36 pessoas detidas por alegado envolvimento nos incidentes de Alcochete, entre eles o antigo líder de uma claque do Sporting, Fernando Mendes, a que se juntam mais três arguidos suspeitos de crimes menos graves e que, por isso, ficaram apenas com a medida de coação de Termo de Identidade e Residência.

Segundo o juiz Jorge Delca, há “mais dois ou três” suspeitos que não se encontram em Portugal e que ainda não foram constituídos arguidos.

No dia 15 de maio passado, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na Academia do clube por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram técnicos, jogadores e ‘staff’.

Na altura, a GNR deteve 23 dos atacantes, que permanecem em prisão preventiva.

No dia 05 de junho, foram detidas pelas autoridades mais quatro pessoas, entre elas antigo líder da Juventude Leonina Fernando Mendes, que também ficaram em prisão preventiva.

Os arguidos estão indiciados por vários crimes, nomeadamente sequestro, ofensa à integridade física qualificada, introdução em lugar vedado ao público, dano com violência, terrorismo, resistência e coação sobre funcionário.

12 Jul 2018

Mundial 2018 | Croácia bate Inglaterra no prolongamento e assegura a sua primeira final

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m golo de Mandzukic, na segunda parte do prolongamento, permitiu ontem à Croácia vencer a Inglaterra por 2-1 e apurar-se pela primeira vez para a final de um Mundial de futebol.

Em Moscovo, a equipa inglesa até começou melhor e adiantou-se npo marcador logo aos cinco minutos, através de um exemplar livre direto de Kieran Trippier, mas os croatas reagiram e empataram já no decorrer da segunda parte, por intermédio de Ivan Perisic, aos 68.

O golo que ditou a primeira final de um campeonato do mundo aos croatas surgiu já em tempo de prolongamento, aos 109 minutos, através do ponta de lança da Juventus Mario Mandzukic.

Na final do Mundial2018, os croatas vão defrontar a França, que na terça-feira venceu a Bélgica por 1-0, em jogo agendado para as 16:00 de domingo (horas portuguesas), em Moscovo.

12 Jul 2018