Post-its no Lago Nam Van levam a intervenção policial

[dropcap]N[/dropcap]o sábado de manhã, apareceu uma pequena “Lennon Wall” numa parede no passeio que ladeia o Lago Nam Van. De acordo com o portal All About Macau, a aparição levou ao destacamento de agentes da Polícia de Segurança Pública para o local, onde foram interceptados quatro estudantes do ensino secundário, que recusaram a autoria do “mural” de protesto.

Uma aluna terá dito que escreveu palavras de motivação, e quando estava sentada perto do local foi interceptada pelas autoridades. A jovem apontou a existência de papéis com palavras insultuosas na parede, que terá rasgado. Outro aluno interceptado pela polícia salientou que era apenas um jovem, que não queria o caos para Macau e que acreditou que a parede era uma oportunidade para apoiar a região vizinha.

Depois de interrogados durante uma hora, os jovens foram autorizados a seguir as suas vidas. Além dos estudantes, havia um repórter no local a quem foi pedida identificação, processo que levou cerca de 20 minutos.

Na sequência do incidente, ninguém foi detido e o local foi limpo. Na parede constavam frases como “as cinco exigências” dos manifestantes de Hong Kong, “Força Gente de Macau, Força Gente de Hong Kong” e “Não queremos um pequeno círculo eleitoral”. Além destas mensagens, a parede do passeio em redor do Lago Nam Van tinha colados vários post-its, à semelhança dos recados afixados na “Lennon Wall” na Harcourt Road em Admiralty.

26 Ago 2019

Membros do Colégio Eleitoral com altas expectativas face ao novo Chefe do Executivo 

[dropcap]T[/dropcap]erminada a votação que deu a vitória a Ho Iat Seng, com 98 por cento dos votos do Colégio Eleitoral, alguns membros mostraram grandes expectativas face ao futuro. Jorge Neto Valente, presidente da Associação de Advogados de Macau, destacou a “votação expressiva” obtida pelo candidato.

“Não deixa de ser impressionante que haja uma votação tão expressiva e isso significa que não serão certamente apenas os membros do colégio eleitoral que apreciam esta mudança. Creio que isto significa que também a população alimenta expectativas de que haja alguma coisa de novo e para melhor. O que as pessoas esperam é que o futuro seja melhor.”

Neto Valente acredita que Ho Iat Seng vai cumprir o que prometeu, e que haverá “uma mudança de estilo” face a Chui Sai On, o actual Chefe do Executivo. “Creio que é um homem do mundo, que conhece bem Macau e a China, e que estará à altura de fazer muito daquilo que prometeu. Agora, não espero milagres.”

O presidente da AAM salienta o facto de Macau viver hoje um tempo “crucial”, pois “é necessário haver alterações na sociedade, uma transformação social e económica”. “Isso não se faz só pela diluição de Macau na Grande Baía, mas pela afirmação de Macau como entidade independente do resto, governada pelas pessoas de cá, sem ilusões quanto às ligações ao interior da China e ao Governo Central.”

Nesse sentido, o causídico acredita que é preciso “afirmar o segundo sistema de Macau, porque o primeiro, todos sabemos qual é”, além de ser necessário “evitar divisões na sociedade e não deixar que aconteça em Macau aquilo que está acontecer em Hong Kong, e que é de facto muito desfavorável para Hong Kong”.

Fátima Santos Ferreira, ligada à associação Fu Hong, disse que “98 por cento é um bom resultado”, esperando que Ho Iat Seng “continue a saber ouvir, pois é importante para qualquer dirigente ouvir os anseios da população”. A responsável, ligada à área social, voltou a defender uma lei respeitante aos acessos sem barreiras para portadores de deficiência, pois tem 36 anos de existência. “Acho que este Chefe do Executivo terá sensibilidade (para mudar), mas é um bocado cedo (para comparar face a Chui Sai On).”

Olhar a habitação

Ho Ion Sang, também deputado à Assembleia Legislativa, considera que Ho Iat Seng sabe quais são os problemas que a sociedade enfrenta, mas pede um calendário e medidas concretas. “Uma grande parte das queixas dos residentes está relacionada com a falta de um plano futuro na área da habitação.”

Defendendo que Ho Iat Seng é capaz de uma “execução forte e eficiente”, tendo em conta os anos na AL, Ho Ion Sang espera, no futuro, uma melhoria no “sistema governamental, com mais eficiência administrativa e transparência”, apostando “no combate à corrupção”.

26 Ago 2019

Chefe do Executivo | Chui Sai On, Governo Central e Carrie Lam parabenizam Ho Iat Seng pela vitória na eleição

[dropcap]A[/dropcap] eleição de Ho Iat Seng foi motivo de votos de congratulação de vários sectores. Chui Sai On “expressou os seus mais sinceros votos de congratulação ao Senhor Ho Iat Seng” ainda na manhã de ontem, segundo um comunicado do Gabinete do Chefe do Executivo.

“Foi uma manifestação plena da implementação na RAEM dos princípios ‘Um País, dois sistemas’ e ‘Macau governado pelas suas gentes’ com alto grau de autonomia”, lê-se. De acordo com o actual chefe do Executivo, o seu sucessor “corresponde aos requisitos do Governo Central” e “continuará a promover com sucesso o princípio de ‘Um País, dois sistemas’ e a impulsionar o desenvolvimento da RAEM para um novo patamar”.

Também o presidente da Assembleia Legislativa que sucede a Ho Iat Seng, Kou Hoi In anunciou que os 392 votos que elegeram Ho Iat Seng demonstram “a esperança nele depositada pela população”, pelo que manifesta “as mais sinceras felicitações pela sua eleição”. “A sua eleição para o cargo de Chefe do Executivo irá promover, seguramente, a colaboração entre a Assembleia Legislativa e o Governo da RAEM”, apontou.

A eleição mereceu também os parabéns de Carrie Lam, Chefe do Governo de Hong Kong, e das autoridades de Pequim. O Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau e o Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado felicitaram Ho Iat Seng pela vitória, tendo destacado o elevado número de votos, ou seja, 98 por cento. Os dois órgãos afirmaram, em comunicado, que o acto eleitoral decorreu de acordo com o princípio de imparcialidade e justiça.

Foi também dito que Ho Iat Seng concorda com os princípios patrióticos de “Amar a Pátria e Amar Macau” e merece a confiança do Governo Central, além de ter capacidade de governação e o reconhecimento da sociedade de Macau. Já o Gabinete de Ligação acredita que Ho Iat Seng vai unir o Governo aos cidadãos, além de promover a inovação e a construção de uma nova era de Macau. Yang Guang, porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau, disse que o Governo Central irá cumprir o processo de nomeação de acordo com a lei depois de receber o relatório oficial das eleições.

Por sua vez, Carrie Lam disse que Ho Iat Seng sempre mostrou entusiasmo por servir o território, tendo contribuído nas áreas social, educação e cultura, além de ocupar cargos importantes na política.

A Chefe do Executivo de Hong Kong disse que tanto Macau como Hong Kong partilham o princípio “Um País, Dois Sistemas”, possuindo um grande intercâmbio. Além disso, os dois territórios desempenham um papel importante no processo de reforma e abertura nacional, sendo centrais no desenvolvimento do projecto da Grande Baía. Nesse sentido, Carrie Lam espera poder trabalhar em estreita colaboração com Ho Iat Seng no futuro, para promover o desenvolvimento dos dois lugares.

26 Ago 2019

Trump diz que Johnson é “o homem certo” e promete acordo comercial rápido

[dropcap]O[/dropcap] Presidente norte-americano considerou hoje o actual primeiro ministro britânico, Boris Johnson, “o homem certo” para liderar o ‘Brexit’ e prometeu um acordo bilateral comercial rápido, assim que o Reino Unido deixar a União Europeia.

Donald Trump e Boris Johnson reuniram-se hoje de manhã à margem do G7 de Biarritz pela primeira vez desde a chegada ao poder do primeiro-ministro britânico.

“É o homem certo para o trabalho”, disse Trump, enquanto Boris Johnson afirmou que os dois países vão concluir “um fantástico acordo comercial assim que as barreiras forem removidas”, segundo imagens oficiais do encontro.

Donald Trump prometeu ao primeiro-ministro britânico um acordo bilateral de comércio “bastante rápido”, assim que o Reino Unido abandonar a União Europeia (UE).

O acordo chegará “bastante rápido”, já que “não prevemos nenhum problema”, assegurou Donald Trump, em breves declarações à imprensa, durante um pequeno-almoço de trabalho com Boris Johnson.

Para Trump, Johnson “é o homem certo” para levar a cabo a saída do Reino Unido da UE, prevista para o próximo dia 31 de Outubro.

Durante este encontro, o Presidente norte-americano admitiu também que é “possível” que venha a convidar a Rússia para se juntar novamente ao encontro anual das economias mais avançadas do mundo, que em 2020 se realiza nos Estados Unidos.

Donald Trump afirmou que está a considerar convidar o presidente russo, Vladimir Putin. A Rússia foi membro do que era então o Grupo dos Oito (G8), mas foi expulsa pela maioria dos outros países em 2014 devido à invasão da Ucrânia.

As nações europeias insistiram para que a Rússia cumpra primeiro os acordos de Minsk antes de ser autorizada a voltar. Trump não especificou sob que critérios iria convidar novamente Putin.

25 Ago 2019

Cimeira G7 | Contradições sobre mensagem para Irão e guerra comercial a marcar manhã de hoje

[dropcap]A[/dropcap] França disse hoje que os líderes do G7 concordaram em encarregar o Presidente francês, Emmanuel Macron, de conversar com o Irão, para evitar uma escalada de violência na região, mas Donald Trump negou a informação.

A presidência francesa disse hoje que os líderes dos países mais industrializados do mundo (G7) concordaram em instruir o Presidente francês para enviar uma mensagem em nome das democracias avançadas ao Irão e manter conversações com as autoridades iranianas.

Não foram fornecidos detalhes sobre a mensagem, mas a presidência francesa disse que o objetivo é prevenir que o Irão obtenha armas nucleares e evitar novas tensões no Médio Oriente.
Questionado sobre se assinou a mensagem, o Presidente dos Estados Unidos afirmou aos jornalistas: “Eu não discuti isso”.

No âmbito de uma reunião bilateral com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, Donald Trump disse que não impede nenhum líder de falar com o Irão, e acrescentou: “Se eles querem conversar podem conversar”. A França está a liderar os esforços europeus para tentar salvar o acordo nuclear iraniano, enfraquecido pela retirada dos Estados Unidos.

Os líderes dos sete países mais industrializados do mundo estão reunidos em Biarritz, França, onde hoje começaram as reuniões com uma sessão dedicada às tensões comerciais e a situação global de segurança, duas questões essenciais da cimeira, que começou na noite passada.

Numas breves declarações à imprensa esta manhã, depois de tomar o pequeno almoço com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump disse que os demais membros do grupo do G7 não lhe pediram para que pare a guerra comercial com a China, reconhecendo depois que tem “dúvidas sobre tudo” o que faz.

“Ninguém me disse isso”, disse Trump, quando questionado sobre se os aliados do G7 o pressionaram para que ponha fim à tensão com a China, que está a diminuir o crescimento económico mundial.

Trump insistiu na ideia de que o que a China fez aos Estados Unidos “é indigno”, por ganhar “centenas de milhar de milhões de dólares por ano” através do que considera serem práticas comerciais ilícitas e roubo de propriedade intelectual.

Ainda assim reconheceu que tem algumas “dúvidas” sobre as suas decisões em relação à China, já que tem “dúvidas sobre tudo”, e apostou na continuação do diálogo com Pequim.

O Presidente francês, Emmanuel Mácron, e o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, pediram no sábado em Biarritz que haja uma trégua no conflito comercial entre os dos países, perante as consequências negativas para a economia global.

O próprio Johnson disse hoje, em frente de Trump, que “em geral” é a favor da paz comercial e referiu opor-se, em princípio, à imposição de novas tarifas.

Nas declarações aos jornalistas o Presidente dos Estados Unidos disse ser “possível” que a Rússia regresse ao G7 no próximo ano, depois de ter sido expulsa devido à invasão e anexação da Crimeia, em 2014.

O hipotético retorno da Rússia é um dos assuntos que dividem os membros da cimeira de Biarritz, com Trump a defende-lo e alguns líderes europeus a oporem-se.

Donald Trump também disse não ter ficado satisfeito com o facto de a Coreia do Norte ter feito mais um teste com mísseis, mas desvalorizou a importância do ocorrido.

“Não estou contente, mas mais uma vez ele (o líder norte-coreano) não viola o acordo” sobre esses testes, disse aos jornalistas.

25 Ago 2019

Polícia de Hong Kong anuncia detenção de 29 pessoas no violento protesto de sábado

[dropcap]U[/dropcap]m total de 29 pessoas foram detidas em Hong Kong depois de terem participado sábado numa manifestação pró-democracia marcada pela violência entre manifestantes e as forças de segurança, informou hoje a polícia em comunicado.

O protesto resultou na detenção de 19 homens e 10 mulheres, com idades entre 17 e 52 anos, por crimes como reunião ilegal e agressão a elementos da polícia. “Alguns manifestantes radicais desviaram-se do percurso original e obstruíram as estradas, danificaram as lâmpadas de rua e atacaram polícias. A polícia condena veementemente o comportamento dos manifestantes”, pode ler-se na mesma nota.

Um dos detidos é Ventus Lau, um dos organizadores da marcha que foi autorizada pela polícia, por reunião ilegal, disse seu advogado à agência de notícias Efe. Pelo menos dez pessoas receberam tratamento em hospitais públicos e duas estão “em estado grave”, segundo a autoridade de saúde da cidade.

Depois de 10 dias de relativa paz na ex-colónia britânica, a tensão voltou às ruas no sábado, quando milhares de pessoas se manifestaram em Kwun Tong, no leste de Kowloon.

De acordo com relatos da polícia, um grande grupo de manifestantes montou barreiras para paralisar o tráfego e “usou serras eléctricas para danificar uma série de postes de luz (…), o que representa uma séria ameaça à segurança das pessoas no local utilizadores das vias”.

Os manifestantes, acrescenta-se na mesma nota, também arremessaram objectos e bombas de gasolina aos polícias, causando danos a veículos das forças de segurança e lesões nas pernas de um jornalista.

A polícia realizou uma operação com “a força apropriada para anular os actos violentos dos manifestantes”, acrescenta-se. Os protestos maciços de rua, que traduzem a maior crise política em décadas na cidade, acontecem desde o início de Junho, e alguns deles terminaram em confrontos violentos entre a polícia e manifestantes.

Quando os protestos começaram, os cidadãos expressaram a sua rejeição a uma lei de extradição apresentada pelas autoridades locais que permitiria a entrega de suspeitos a jurisdições sem acordos prévios como a China continental, algo que os opositores ao texto consideram como o fim das garantias judiciais oferecidas pelo sistema de Hong Kong.

No entanto, as manifestações evoluíram nas últimas semanas para reivindicações mais amplas sobre os mecanismos democráticos da cidade e para a rejeição da crescente influência de Pequim nos assuntos locais. Novas marchas são esperadas hoje, especialmente na área de Tsuen Wan.

25 Ago 2019

Amazónia | Macron acusa Bolsonaro de mentir em matéria de compromissos ambientais

[dropcap]O[/dropcap] Presidente de França, Emmanuel Macron, acusou hoje o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, de mentir em matéria de compromissos ambientais e anunciou que, nestas condições, França vai votar contra o acordo de comércio livre UE-Mercosul.

“Tendo em conta a atitude do Brasil nas últimas semanas, o Presidente da República não pode se não constatar que o Presidente Bolsonaro lhe mentiu na Cimeira de Osaka”, afirmou a presidência francesa, referindo-se à Cimeira do G20 que se realizou no final de Junho.

“O Presidente Bolsonaro decidiu não respeitar os compromissos ambientais e não se empenhar em matéria de biodiversidade. Nestas condições, França opõe-se ao acordo com o Mercosul tal como está”, acrescentou.

Emmanuel Macron manifestou na quinta-feira preocupação com os fogos florestais que estão a devastar a Amazónia, a maior floresta tropical do planeta ,evocando uma “crise internacional” e pedindo aos países industrializados do G7 “para falarem desta emergência” na cimeira que os reúne este fim de semana em Biarritz (sudoeste de França).

Jair Bolsonaro, respondeu acusando o homólogo francês de ter “uma mentalidade colonialista descabida” ao “instrumentalizar” o assunto propondo que “assuntos amazónicos sejam discutidos no G7, sem a participação dos países da região”.

O acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercado Comum do Sul (Mercosul), integrado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, foi fechado a 28 de Junho, depois de 20 anos de negociações.

O pacto abrange um universo de 740 milhões de consumidores, que representam um quarto da riqueza mundial.

A Irlanda ameaçou também hoje votar contra o acordo comercial se o Brasil não tomar medidas para proteger a floresta amazónica. “Não há qualquer forma de a Irlanda votar a favor do acordo de comércio livre entre a UE e o Mercosul se o Brasil não respeitar os seus compromissos ambientais”, afirmou o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar.

“Estou muito preocupado com os níveis recorde de destruição pelo fogo da floresta amazónica este ano”, acrescentou, numa nota à agência France-Presse.

Numa entrevista à agência EFE hoje divulgada, o embaixador da UE em Brasília, Ignácio Ybáñez, destacou o empenho do Brasil na aplicação do acordo, mas recordou a Bolsonaro a “aposta clara” do acordo no cumprimento do acordo de Paris sobre alterações climáticas.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) brasileiro, os incêndios no Brasil aumentaram 83% este ano, em comparação com o período homólogo de 2018, com 72.953 focos registados até 19 de Agosto, sendo a Amazónia a região mais afectada.

A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo, cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados, e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta. Segundo o INPE, a desflorestação da Amazónia aumentou 278% em Julho, em relação ao mesmo mês de 2018.

23 Ago 2019

Consulado do Canadá suspende viagens de funcionário para fora de Hong Kong

[dropcap]O[/dropcap] consulado do Canadá em Hong Kong anunciou hoje a suspensão de viagens de funcionários para fora da cidade, incluindo para a China continental.

A decisão acontece depois do Governo chinês ter confirmado a detenção de um funcionário do consulado britânico em Shenzhen, zona económica especial chinesa adjacente a Hong Kong.
Em comunicado, o consulado do Canadá indicou que, “neste momento, a equipa contratada localmente não realizará viagens (…) oficiais fora de Hong Kong”.

O funcionário do consulado britânico em Hong Kong, que desapareceu na China continental no início de Agosto, foi detido por “solicitar prostitutas”, avançou a imprensa estatal chinesa, uma acusação rejeitada pela família do jovem, que considerou “serem fabricadas”.

A família disse que Cheng foi a Shenzhen, em 8 de Agosto, para uma reunião de negócios, mas e passou a estar incontactável quando atravessava a fronteira para Hong Kong. O Reino Unido e a China têm trocado algumas acusações, à margem dos quase três meses de protestos na antiga colónia britânica.

Hong Kong vive um clima de contestação social desencadeado pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental.

No início do ano, a China deteve um empresário e um antigo diplomata canadianos, após a directora financeira do grupo de telecomunicações chinês Huawei, Meng Wanzhou, ter sido detida em Vancouver.

A detenção, efetuada no Canadá, foi feita a pedido dos Estados Unidos por suspeita de que a Huawei tenha exportado produtos de origem norte-americana para o Irão e outros países visados pelas sanções de Washington, numa violação da lei. Os dois cidadãos canadianos permanecem detidos por “prejudicarem a segurança nacional”.

23 Ago 2019

Novos protestos em Hong Kong com cordão humano e manifestação de contabilistas

[dropcap]O[/dropcap]s protestos anti-governamentais e pró-democracia voltaram hoje às ruas de Hong Kong com um cordão humano marcado para junto das estações das três principais linhas de metropolitano e uma manifestação promovida por contabilistas. A manifestação dos contabilistas começou às 12:30, com a previsão de ocorrência de um cordão humano para as 20:00.

As duas iniciativas antecedem um protesto convocado para 31 de Agosto para assinalar os cinco anos do veto de Pequim à possibilidade de sufrágio universal na ex-colónia britânica.

Por outro lado, acontecem após a manifestação pacífica de domingo – que juntou mais de 1,7 milhões de pessoas, segundo a organização, e 128 mil, de acordo com a polícia – e um tenso protesto esta semana numa das estações de metro que quase resultou em confrontos entre manifestantes e forças de segurança.

Os contabilistas vão marchar no centro da cidade, num desfile autorizado pela polícia, para exigir ao Governo de Hong Kong uma resposta às cinco reivindicações da Frente Cívica dos Direitos Humanos, o movimento que tem liderado os maiores protestos.

Em causa está a retirada definitiva das emendas à lei da extradição, a libertação dos manifestantes detidos, que as acções dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial, a demissão da chefe do Governo, Carrie Lam, e sufrágio universal nas eleições para chefe do Executivo e para o Conselho Legislativo.

O cordão humano não tem uma liderança conhecida e tem sido promovida nas redes sociais, uma iniciativa para “continuar a dar eco aos apelos das pessoas de maneira pacífica, racional e não-violenta” e, “ao mesmo tempo, elevar a consciência internacional” para as reivindicações da população de Hong Kong.

Na quinta-feira, a empresa gestora do metro em Hong Hong anunciou que, daqui em diante, ao mínimo sinal de violência, vai suspender os serviços e fechar as estações sem qualquer aviso. “A polícia pode ter que entrar na estações para tomar as acções necessárias para garantir o cumprimento da lei”, indicou a MTR, num comunicado citado pelo jornal South China Morning Post.

Os protestos na região administrativa especial chinesa duram desde 9 de Junho e têm sido marcados por violentos confrontos entre manifestantes e polícia.

23 Ago 2019

Funcionário consular britânico detido na China por “solicitar prostitutas”, escreve imprensa oficial

[dropcap]O[/dropcap] funcionário do consulado britânico em Hong Kong, que desapareceu na China continental no início de Agosto, foi detido por “solicitar prostitutas”, avançou hoje a imprensa estatal chinesa, uma acusação rejeitada pela família do jovem.

Segundo o jornal do Partido Comunista Chinês Global Times, que cita a polícia de Shenzhen, Simon Cheng, de 28 anos, esteve com prostitutas na cidade fronteiriça, antes de ser detido, em 08 de Agosto. A família de Cheng considerou, entretanto, que aquelas notícias, difundidas pela versão em inglês do Global Times, são “fabricadas”. “Toda a gente deve perceber que se trata de uma piada”, apontou, em comunicado.

O jornal escreveu que a polícia não contactou a família de Simon Cheng a pedido do próprio. “Devido ao ministério dos Negócios Estrangeiro britânico e à imprensa, que montou este caso, agora é do conhecimento de todos”, aponta.

A diplomacia chinesa confirmou esta semana que o homem está detido em Shenzhen por ter violado uma lei chinesa de segurança pública. Caso não seja formalizada uma acusação criminal, Cheng deve ser libertado hoje, já que se completam 15 dias desde que foi detido – o período máximo de detenção administrativa, segundo a lei chinesa.

Segundo o Global Times, Simon Cheng tem ainda de pagar uma multa de 5.000 yuan (640 euros).
A família disse que Cheng foi a Shenzhen em 08 de agosto para uma reunião de negócios, mas que passou a estar incontactável quando atravessava a fronteira para Hong Kong.
O Reino Unido e a China têm trocado algumas acusações, à margem dos quase três meses de protestos na antiga colónia britânica.

Hong Kong vive um clima de contestação social desencadeado pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental.

A China criticou já o secretário dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Dominic Raab, no início do mês, após este ter falado com a líder de Hong Kong, Carrie Lam, sobre os protestos, e pedido uma “investigação totalmente independente” à actuação da polícia, para “reconstruir a confiança”.

“É simplesmente errado que o Governo britânico fale directamente com a chefe do Executivo de Hong Kong para exercer pressão”, afirmou então um porta-voz da diplomacia chinesa.
Londres disse, na quinta-feira, que procurava com “urgência” informações sobre o funcionário consular.

No início do ano, a China deteve um empresário e um antigo diplomata canadianos, após a directora financeira do grupo chinês das telecomunicações Huawei, Meng Wanzhou, ter sido detida em Vancouver, a pedido dos Estados Unidos, por suspeita de que a Huawei tenha exportado produtos de origem norte-americana para o Irão e outros países visados pelas sanções de Washington, violando as suas leis. Ambos os cidadãos canadianos permanecem detidos por “prejudicarem a segurança nacional”.

23 Ago 2019

YouTube fecha canais associados a campanha de desinformação sobre Hong Kong

[dropcap]O[/dropcap] Google informou hoje que desactivou mais de 200 canais na plataforma de vídeos YouTube que alegadamente conduziam “operações de influência coordenadas” sobre os protestos em Hong Kong, dias depois de Facebook e Twitter tomarem a mesma decisão.

O Google suspendeu 210 canais do plataforma de vídeo YouTube após detectar um “comportamento coordenado, ao difundir vídeos relacionados com os protestos em curso em Hong Kong”. A empresa não vinculou directamente a campanha com o regime chinês, mas associou a sua decisão “recentes observações e acções anunciadas pelo Facebook e Twitter”.

Esta semana, o Facebook e o Twitter suspenderam também várias contas originárias do continente chinês, que “deliberada e especificamente tentavam semear a discórdia política em Hong Kong, inclusive minando a legitimidade e as posições políticas dos manifestantes”.

Ambas as empresas disseram que suspenderam as contas com base em “evidências confiáveis” de que se tratava de uma “operação coordenada pelo Estado” chinês. A decisão levou a acusações de censura pelas autoridades chinesas.

O Twitter anunciou ainda que não aceitará mais “propaganda de órgãos de imprensa controlados pelo Estado”, condenando comportamentos “manipuladores”. Pequim, que há muito se queixa que a imprensa ocidental domina o discurso global e alimenta preconceitos contra a China, investiu nos últimos anos milhares de milhões de dólares para convencer o mundo de que o país é um sucesso político e cultural.

Twitter ou Facebook têm sido parte central dessa estratégia, apesar de estarem bloqueados na China, onde a narrativa é controlada pelo Partido Comunista, cujo Departamento de Propaganda emite directrizes para os órgãos de comunicação ou censura informação difundida nas redes sociais domésticas, como o Wechat ou Weibo.

Vários órgãos de comunicação estrangeiros estão também bloqueados na Internet chinesa, a maior do mundo, com cerca de 710 milhões de utilizadores. A antiga colónia britânica vive um clima de contestação social desencadeado pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental.

23 Ago 2019

Governo chinês quer Macau a traduzir rádio e televisão em português

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades chinesas querem que Macau crie um centro de tradução e produção de programas de rádio e televisão em língua portuguesa, disse, na quinta-feira, o “número dois” do regulador chinês do sector audiovisual.

O director-adjunto da Administração Nacional de Rádio e Televisão da China (NRTA, na sigla inglesa), Fan Weiping, defendeu ainda o lançamento no território de iniciativas de cooperação e intercâmbio de conteúdo audiovisual entre a China e os países de língua portuguesa.

A região administrativa especial chinesa poderá ser uma base de intercâmbio de programas para rádio e televisão entre a China e o mundo lusófono, disse o dirigente chinês, num encontro com uma delegação liderada pelo vice-director do Gabinete de Ligação do Governo central chinês em Macau, Xue Xiaofeng.

No ano em que se comemora o 20.º aniversário da transição de administração de Macau, a China quer aproveitar ao máximo a relação próxima entre a cidade e os países de língua portuguesa no campo da rádio e televisão, explicou Fan Weiping, num comunicado divulgado pela NRTA.

O regulador prometeu unir esforços com o Gabinete de Ligação, o Governo de Macau, a Teledifusão de Macau (TDM) e das televisões da cidade vizinha de Zhuhai e da província de Guangdong.

Segundo o comunicado, a reunião contou com a participação de dirigentes da TDM, que opera um canal de televisão e uma rádio em língua portuguesa.

23 Ago 2019

Proprietários do ramo imobiliário não concordam com Ho Iat Seng 

[dropcap]V[/dropcap]ários proprietários do ramo imobiliário disseram ao jornal Ou Mun que não concordam com as ideias de Ho Iat Seng, candidato ao cargo de Chefe do Executivo de Macau, no que diz respeito a matérias de renovação urbana. O actual Governo, liderado por Chui Sai On, pretende realizar uma consulta pública no final do ano que prevê as percentagens relativas ao direito de propriedade para efeitos de reconstrução de edifícios antigos.

Ho Iat Seng defendeu que a renovação urbana em Macau não deve seguir o modelo de Hong Kong, pois a possível redução da propriedade de um imóvel ou a realização de um leilão obrigatório podem envolver casos em tribunal e necessitam de tempo. Portanto, Ho Iat Seng propôs que o Executivo possa adiantar o pagamento das despesas relativas à reconstrução, sendo que o proprietário paga apenas pelos custos de construção.

Contudo, as figuras ligadas ao sector do imobiliário apontam que a proposta de Ho Iat Seng é diferente face ao que foi discutido em reuniões anteriores sobre renovação urbana. “Mesmo que seja teoricamente viável, a realidade é contrária às expectativas dos patrões, sendo difícil incentivá-los a apoiarem a reconstrução dos edifícios em prol da renovação urbana”, lê-se no jornal.

Um agente imobiliário indicou que os problemas relacionados com a renovação urbana são complexos, nomeadamente nos bairros antigos. No bairro do Iao Hon, por exemplo, há imóveis que operam como lojas, quando no registo predial consta o uso para fins residenciais, o que leva a que tenha um valor diferente no mercado.

Face à situação do actual do mercado, o custo de construção por cada pé quadrado é de 1.500 patacas, o que significa que as obras numa fracção com mil pés quadrados deverão custar 1,5 milhão de patacas. A maioria dos proprietários de bairros antigos são idosos e não têm a capacidade de assumir essa despesa, sendo também difícil a obtenção de um empréstimo bancário, apontam os entrevistados ao jornal.

Por outro lado, tendo em conta os casos de demolição de edifícios no Interior da China, os antigos proprietários acabaram por se mudar para casas provisórias, tendo posteriormente obtido uma nova casa de forma gratuita ou uma compensação igual ao valor do mercado. Por isso, os entrevistados consideram que o facto do Governo querer avançar com o investimento é um bom ponto de partida e uma medida “teoricamente exequível” mas, na prática, vai depender da situação civil de cada propriedade, o que não constitui um incentivo para os proprietários.

23 Ago 2019

Economia | Excedente na conta corrente de 158 mil milhões em 2018

[dropcap]O[/dropcap] Governo de Macau anunciou ontem que no final de 2018 o território tinha registado um excedente na conta corrente de 158 mil milhões de patacas.

Segundo dados preliminares divulgados pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM), “em 2018 as fortes exportações de serviços turísticos determinaram a continuidade de um acentuado ‘superavit’ registado na conta corrente, no valor de 158 mil milhões de patacas”, um aumento de 23,7 mil milhões face aos 134,4 mil milhões de patacas registados em 2017.

A balança da conta de serviços registou um excedente de 310,8 mil milhões de patacas devido ao aumento de 12,8 por cento em 2018, “em consequência da ascensão das exportações de serviços turísticos”, segundo a AMCM.

No ano passado, apontou a AMCM, os activos financeiros líquidos não reserva, aumentaram para 141,8 mil milhões de patacas, mais 6,1 mil milhões de patacas do que no ano anterior, devido ao “crescimento dos activos financeiros no exterior, quer dos residentes, quer do sector público”.

Por outro lado, o défice comercial de mercadorias aumentou para 88,2 mil milhões de patacas, mais 1,6 mil milhões em relação a 2017.

Apesar de as exportações de mercadorias terem aumentado 11,7 por cento, as importações de mercadorias também subiram 5,6 por cento.

23 Ago 2019

Cimeira G7 | Agenda com Irão, divisão sobre Rússia e estreia de Boris Johnson

Amanhã e domingo, a cidade francesa de Biarritz recebe a cimeira do G7 com um forte aparato de segurança. O retorno da Rússia ao restrito grupo dos sete tem sido um dos temas prévios mais quentes, depois do afastamento de Moscovo provocado pela anexação da Crimeia e a ofensiva na Ucrânia. Outro foco de interesse vem de Londres. Com o Brexit por resolver, Boris Johnson faz a sua estreia no restrito grupo de líderes

 

[dropcap]E[/dropcap]ste fim-de-semana, volta a realizar-se a cimeira do G7, desta vez em Biarritz no sul da França, onde se vão reunir os dirigentes do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Reino Unido, União Europeia e Nações Unidas. Porém, é de uma ausência que se tem falado nos dias que antecedem um dos mais importantes eventos da agenda política internacional.

O regresso da Rússia à mesa tem sido o aperitivo servido antes do banquete, depois do afastamento em 2014 na sequência na anexação da Crimeia e da ofensiva militar russa na Ucrânia. Por enquanto, do lado de Putin está o já habitual aliado Donald Trump, enquanto Macron entende que o regresso da Rússia é algo a debater, mas apenas face ao cumprimento do Acordos de Minsk, que implica o cessar fogo no leste da Ucrânia para colocar um ponto final num conflito que dura há cinco anos e meio.

A chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disseram ontem em Berlim ser prematuro considerar o regresso da Rússia ao G7, uma ideia avançada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

Merkel reconheceu alguns “movimentos ténues” na aplicação dos acordos de paz na Ucrânia Oriental”, numa conferência de imprensa com o seu homólogo britânico Boris Johnson. “Se houvesse progressos com certeza que teríamos uma situação nova”, acrescentou Angela Merkel, referindo que “não foi possível avançar mais”.

Boris Johnson, que efectuou à Alemanha a sua primeira deslocação ao estrangeiro desde que assumiu a chefia do Governo britânico, no passado dia 26 de Julho, concordou com as palavras da chanceler alemã. “Penso da mesma maneira que a chanceler, que a situação que permitirá o regresso da Rússia ainda está por concretizar”, vincou.

O primeiro-ministro britânico destacou as “provocações” da Rússia não somente na Ucrânia, mas em múltiplas outras ocasiões, citando “o uso de armas químicas em solo britânico”, em Salisbury, quando um ex-agente duplo russo e a sua filha entraram em coma após terem entrado em contacto com o agente neurotóxico Novitchok, em Março de 2018. A Rússia negou sempre a sua implicação no caso.

Prazo final

Uma das novidades da cimeira deste fim-de-semana é a presença de Boris Johnson, o novo primeiro-ministro britânico. Antes da viagem para o sul de França, o sucessor de Theresa May foi a Berlim para discutir o Brexit.

Apesar de ter referido inúmeras vezes que não vê inconveniente numa saída da União Europeia sem acordo, Johnson foi desafiado por Angela Merkel a encontrar uma solução num prazo de 30 dias para evitar a saída sem acordo. A proposta da chanceler alemã volta a colocar a responsabilidade em Londres.

Depois de semanas de profunda tensão diplomática, Merkel aproveitou a reunião com Johnson na passada quarta-feira para demonstrar algum optimismo cauteloso quanto à possibilidade de se chegar a um acordo.

Porta aberta

“É relevante que a Rússia possa, a prazo, aderir ao G8″, disse ontem o Presidente francês Emmanuel Macron aos jornalistas durante uma conferência de imprensa no palácio presidencial do Eliseu, em Paris, explicando, no entanto, que “a condição prévia essencial é que seja encontrada uma solução em relação à Ucrânia com base nos acordos de Minsk”.

As declarações de Macron surgem no dia seguinte ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter defendido novamente o regresso da Rússia a este grupo de países, que desde que a Rússia saiu passou a ser conhecido como G7. “Faz muito mais sentido ter a Rússia”, disse Donald Trump em declarações aos jornalistas na Casa Branca na terça-feira, acrescentando que “poderia muito bem apoiar” o regresso da Rússia ao G7, que assim passaria novamente ao formato de G8.

Em Junho do ano passado, Trump já tinha defendido o regresso da Rússia ao grupo, introduzindo então mais um elemento de tensão nas relações entre os Estados Unidos e estes parceiros, então no auge da guerra comercial. “Porque é que estamos a ter uma reunião sem a Rússia na reunião”, questionou então o líder norte-americano, acrescentando: “Eles deviam deixar a Rússia voltar porque devíamos ter a Rússia na mesa de negociações”.

Pontos prévios

Macron recebe hoje em Paris o ministro dos negócios Estrangeiros do Irão, Mohammad Javad Zarif, de acordo com a agência de notícias iraniana, citada pela sua congénere francesa. “Vou ter uma reunião com os iranianos nas próximas horas, antes do G7, para tentar propor coisas”, disse o chefe de Estado aos jornalistas que cobrem a Presidência francesa.

A França faz parte do acordo nuclear iraniano que foi celebrado em 2015 e liderou os esforços europeus para salvar o acordo desde a retirada unilateral decidida pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Maio do ano passado, que levou à restauração, pelos norte-americanos, de sanções contra o Irão.

O acordo alcançado entre o Irão e o grupo de países composto pela China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha permitiu levantar algumas das sanções contra Teerão, em troca do compromisso do Irão não adquirir armas nucleares, mas perante a incapacidade de os países ajudarem o Irão a contornar as sanções determinadas por Washington, Teerão deixou, em Julho, de cumprir alguns dos seus compromissos.

De acordo com a agência de notícias iraniana, o ministro dos Negócios Estrangeiros começou uma viagem diplomática mundial, que o levou já ao Koweit, no sábado, e que inclui a Finlândia, Suécia e Noruega, antes da França e da China, país que visitará “na próxima semana”.

Guterres biológico

O secretário-geral das Nações Unidas vai participar na cimeira do G7, seguindo depois para uma conferência sobre o desenvolvimento africano, no Japão, e ficará três dias na República Democrática do Congo para mobilizar apoio contra a epidemia de Ébola. De acordo com Stéphane Dujarric, porta-voz de António Guterres, o secretário-geral da ONU arranca hoje de Washington para participar, no fim-de-semana, na cimeira do G7, na qual intervirá em sessões sobre a biodiversidade e os oceanos, o combate às desigualdades e as parcerias entre África e a região do Sahel. Depois, o antigo primeiro-ministro português rumará para Oriente, onde participará, no dia 27, na sétima Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento Africano, tendo prevista uma reunião com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. O porta-voz de Guterres anunciou ainda que o secretário-geral aterrará na República Democrática do Congo no dia 31 para uma visita de três dias, que inclui a deslocação a um centro de tratamento de Ébola e uma reunião com o Presidente Felix Tshisekedi.

23 Ago 2019

Manifestantes barricam-se em estação de metro de Hong Kong contra polícia anti-motim

[dropcap]C[/dropcap]entenas de manifestantes barricaram-se ao princípio da noite contra a polícia anti-motim numa estação de metro de Hong Kong, para assinalar um mês sobre o violento ataque contra dezenas de manifestantes por alegados membros do crime organizado.

O protesto realizado hoje na estação de Yuen Long, estava a ser pacífico até à chegada de carrinhas policiais. Alguns manifestantes muniram-se de chapéus de protecção da construção civil e máscaras de gás, enquanto outros usavam extintores, e espalharam detergente, cerveja e óleo na entrada da estação para tentar a entrada da polícia.

Há um mês, gangues de homens armados com cassetetes, hastes metálicas e tacos de beisebol, vestidos com ‘t-shirts’ brancas, espancaram manifestantes pró-democracia que estavam a regressar a casa depois de um protesto. O ataque de 21 de Julho deixou quase 50 pessoas feridas, incluindo transeuntes, alguns dos quais foram gravemente afectados. Nessa altura, muitas vozes se levantaram para criticar a polícia, acusada de ter demorado mais de uma hora para chegar ao local, sem ter detido qualquer atacante.

O chefe da polícia, Stephen Lo, qualificou como “difamação” a ideia de um possível conluio entre as forças de segurança e as tríades, e garantiu que os agressores seriam processados. Este ataque atingiu a confiança do povo de Hong Kong nas autoridades públicas.

Os protestos, que duram há nove semanas, focaram-se inicialmente na rejeição das emendas propostas pelo Governo à lei da extradição, que permitiria a extradição de suspeitos para a China.
A lista de reivindicações tem sido alvo de ajustes.

Os manifestantes exigem a retirada definitiva da lei da extradição, a libertação dos manifestantes detidos, que as acções dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial, a demissão de Carrie Lam, e sufrágio universal nas eleições para chefe do Executivo e para o Conselho Legislativo, o parlamento de Hong Kong.

22 Ago 2019

Indústrias MICE | Macau com prémio melhor cidade da Ásia em 2019

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau anunciaram ontem que o território venceu um prémio de melhor cidade para encontros, incentivos, conferências e feiras (indústrias MICE, na sigla em inglês) da Ásia em 2019.

A primeira edição do evento, que decorreu em Singapura na terça-feira e que foi organizado pelo Northstar Travel Group, distinguiu o território com o prémio “Melhor Cidade MICE da Ásia, apontou em comunicado o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau.

Para este galardão contribuiu o facto de a RAEM ter tido uma alta avaliação das instalações de hardware e software MICE e dos serviços de Macau, em conjunto como “o apoio e cooperação dos diversos sectores da sociedade”, lê-se no comunicado.

“No futuro, o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau irá continuar a promover o desenvolvimento da indústria de convenções e exposições de Macau em conjunto com o sector MICE, no intuito de introduzir mais convenções e exposições de boa qualidade em Macau, permitindo que mais organizadores de MICE conheçam as vantagens de Macau para a realização de convenções e exposições”, acrescenta a nota de imprensa.

Em 2018, segundo dados divulgados pelo Governo de Macau, o território realizou “um total de 28 reuniões com uma escala de mais de 1.000 pessoas”, um aumento de 50 por cento em relação ao período homólogo de 2017.

No mesmo ano, chegaram ao território mais de 35.000 comerciantes para participarem em convenções e exposições.

22 Ago 2019

Cinema | Novo filme da saga 007 estreia em Abril de 2020

[dropcap]O[/dropcap] novo filme da saga 007, realizado por Cary Fukunaga chama-se “No time to die” e estreia-se no Reino Unido e nos Estados Unidos da América em Abril de 2020, foi ontem anunciado.

“Daniel Craig regressa como James Bond, 007 em… No Time to Die. Estreia-se no Reino Unido a 3 de Abril de 2020 e a 8 de Abril de 2020 nos Estados Unidos”, lê-se numa publicação na página oficial da saga no Twitter.

“No time to die” é o 25.º filme da saga centrada na figura do agente secreto James Bond, nome de código 007. Esta é a quinta vez que o britânico Daniel Craig interpreta o papel de 007, depois de “Casino Royale” (2006), “Quantum of Solace” (2008), “Skyfall” (2012) e “Spectre” (2015), o filme mais recente da saga, tendo os dois últimos sido realizados por Sam Mendes.

Neste filme, o papel de vilão foi entregue ao norte-americano Rami Malek, cuja interpretação do cantor Freddie Mercury no filme “Bohemian Rhapsody” lhe valeu vários prémios. Do elenco de “No time to die” fazem ainda parte, entre outros, a francesa Léa Seydoux e o britânico Ralph Fiennes.

O argumento de “No time to die” volta a ser da autoria de Neal Purvis e Robert Wade, que escreveram os filmes de James Bond desde “O Mundo Não Chega” (1999). “Goldfinger”, realizado em 1964 por Guy Hamilton e com Sean Connery no papel principal, é o primeiro filme da saga criada por Ian Fleming.

Depois de Sean Connery, George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton e Pierce Brosnan também deram vida a James Bond.

22 Ago 2019

Entradas | Número de visitantes cresce mais de 20% até Julho

[dropcap]M[/dropcap]ais de 23 milhões de pessoas visitaram Macau nos primeiros sete meses do ano, um aumento de mais de 20 por cento face a igual período do ano passado, indicam dados oficiais divulgados ontem.

Entre Janeiro e Julho, o número de excursionistas (12.614.555) e de turistas (11.200.311) aumentou 33,6 por cento e 7,7 por cento respectivamente, em termos anuais, totalizando 23.814.866 de visitantes, segundo a Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC).

Nos meses em análise, os visitantes permaneceram em Macau por um período médio de 1,1 dias, menos 0,1 dias, em termos homólogos.

A maioria dos visitantes que entraram em Macau, até Julho, vieram do interior da China (16.884.398), mais 21,7 por cento em relação ao período homólogo do ano passado. Já os visitantes da Coreia do Sul (505.512), de Hong Kong (4.329.336) e de Taiwan (632.272)) cresceram 4,6 por cento, 22,1 por cento e 0,9 por cento respectivamente.

Só no mês de Julho, visitaram Macau 3.530.233 de pessoas, um aumento de 18,9 por cento em relação ao período homólogo do ano passado.

Na semana passada, a responsável pela entidade que gere o sector no território afirmou que as agências de viagens estão a excluir Hong Kong dos pacotes turísticos por causa dos protestos e os últimos números continuam a mostrar crescimento de turistas em Macau. “Muitas agências de diferentes países, sobretudo daqueles que têm acesso directo a Macau, estão a fazer uma mudança nos seus pacotes para não incluírem Hong Kong”, afirmou a responsável da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) de Macau, Maria Helena de Senna Fernandes.

22 Ago 2019

Transportes | Encontro empresarial sobre carris vai ligar Portugal à China

Várias associações empresariais europeias e chinesas estão a organizar um inédito evento de ‘networking’ que vai decorrer ao longo de viagens de comboio na China e Europa, abrangendo Lisboa, Porto e Macau

 

[dropcap]O[/dropcap] conceito, designado Business Rail, visa juntar empresários de diferentes sectores e países em viagens de comboio. A próxima edição, que decorre na China, entre 9 e 20 de Outubro, arranca em Pequim e termina em Macau, com passagens por Xangai, Shenzhen e Hong Kong.

Em Macau, os empresários vão participar na Feira Internacional de Comércio e Investimento. Outros itinerários, que se realizarão na Europa, incluem a península ibérica – Barcelona, Madrid, Lisboa e Porto – e a Europa Central – partida em Bruxelas e destino final Roma.

“A ideia é sempre promover Portugal”, disse à agência Lusa o presidente da Associação de Jovens Empresários Portugal-China (AJEPC) e cofundador da iniciativa, Alberto Carvalho Neto. “A grande vantagem de uma viagem de comboio é que podes entrar e sair, mudam as pessoas, e acaba por ser um evento giro a nível cultural e de ‘networking'”, descreveu.

A primeira edição realizou-se na Península Ibérica, em 2018, com partida em Barcelona e destino final no Porto, onde os empresários participaram na Feira Internacional de Negócios.

Rota das carruagens

No futuro, Carvalho Neto quer aproveitar a iniciativa chinesa “Uma Faixa, Uma Rota”, que inclui a construção de uma malha ferroviária entre China e Europa, através da Ásia Central, para alargar a iniciativa a mais países. “A ideia é que, em 2024, se consigam fazer viagens da China para a Europa: o transiberiano, que demora 10 dias, entre Pequim e São Petersburgo, e outra pelo sul, que passará pelo Cazaquistão, Uzbequistão, Turquia e Arménia”, revelou.

Os empresários não têm que fazer todo o itinerário, podendo embarcar e sair em qualquer umas das cidades abrangidas. A iniciativa é organizada em conjunto pelas associações Centro Internacional de Cultura, Young Entrepreneurs Organization of the European Union e Federação SINO PLPE (Países de Língua Portuguesa e Espanhola).

A partir do próximo ano, Alberto Neto quer alargar o projecto aos países de língua portuguesa. “Quando as pessoas se inscrevem têm de indicar o que estão à procura e por vezes pode haver correspondência dentro da delegação empresarial, mas acima de tudo é importante sabermos o que as pessoas querem e do que estão à procura, para fazermos ligação com as delegações locais”, explicou.

22 Ago 2019

Ensino | Associação de Juventude pede revisão do sistema educativo

[dropcap]O[/dropcap] conteúdo do currículo do ensino secundário de Macau é relativamente fácil comparado com o do Interior da China e de Hong Kong, e os requisitos para ingressar no ensino superior são pouco exigentes, o que torna o ambiente educacional cómodo e diminui a competitividade. Esta foi uma das ideias deixadas na reunião de terça-feira da Associação de Nova Juventude Chinesa de Macau.

De acordo com o jornal Ou Mun, a representante da associação, Lei Ka I, referiu que, actualmente, recursos pedagógicos e os métodos de avaliação estão inadequados face à actualidade. “Os professores usam materiais antigos para ensinar, o que torna difícil a adaptação dos alunos e afecta o seu desempenho escolar e leva à reprovação”.

Os membros associativos sugeriram ainda a implementação de um sistema de avaliação com diversos critérios, além das provas escritas. Chester Ku, agente de aconselhamento da associação, disse que as escolas e o Governo têm de rever o actual sistema educativo, reunir as opiniões e o consenso social, e divulgar atempadamente ao público o procedimento da legislação do “Sistema de avaliação do desempenho dos alunos da educação regular do regime escolar local” para garantir a qualidade pedagógica.

22 Ago 2019

IPM | Cerca de mil novos alunos recebidos para ano lectivo 2019-2020

Cerca de mil novos alunos vão frequentar cursos de licenciatura, mestrado e doutoramento no ano lectivo de 2019-2020 no Instituto Politécnico de Macau, anunciou a instituição na terça-feira

 

[dropcap]O[/dropcap]s novos alunos são oriundos de Macau, da zona da Grande Baía e dos países localizados ao longo da linha da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, indicou o IPM, num comunicado divulgado por ocasião da cerimónia de abertura do ano lectivo, durante a qual foi ouvido o hino da China e içada a bandeira nacional. O IPM atribuiu “bolsas de estudo a mais de 500 alunos”, acrescentou a nota.

Na cerimónia, o presidente do IPM, Marcus Im, reiterou que a instituição vai continuar a cumprir o “princípio pedagógico para o ensino superior ‘Amar a Pátria e Macau, enraizar-se em Macau, servir melhor a sociedade e voltar-se para todo o Mundo'” na formação de quadros qualificados “com competências profissionais e espírito inovador”.

Ao lembrar que os actuais alunos e graduados “obtiveram excelentes resultados nos concursos nas áreas do desporto e da inovação científica e tecnológica”, Marcus Im destacou que o IPM “dá muita importância ao pensamento inovador”, pedindo aos alunos que “procurassem um pensamento independente”.

Os alunos devem aprender a “saber perguntar” e a liderar “com espírito inovador, os progressos da sociedade na nova era, explorando novas áreas e novos rumos com base nos estudos tradicionais, contribuindo, assim, para o desenvolvimento do país e de Macau”, disse o responsável. O presidente do IPM aconselhou ainda os alunos a “aproveitar bem as oportunidades” decorrentes da “fase chave de desenvolvimento” do país e de Macau, com a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” e a estratégia da Grande Baía, nas quais a região administrativa especial chinesa tem uma nova missão.

Cadeiras lusas

De acordo com dados enviados pelo IPM à agência Lusa, em Maio, o instituto tem cinco licenciaturas em português: Relações Comerciais Sino-Lusófonas, Administração Pública, Tradução e Interpretação Chinês-Português, Educação Internacional de Língua Chinesa e Língua Portuguesa.

O número de alunos matriculados nesta instituição nos cinco cursos era, àquela data, de cerca de 600, dos quais perto de uma centena era oriundo de países de língua portuguesa.

Nova secretária-geral

Lei Vai Fong foi nomeada secretária-geral do IPM, em comissão de serviço por dois anos. De acordo com despacho de Alexis Tam, publicado ontem em boletim oficial, a académica assume as novas funções a 1 de Setembro. Lei Vai Fong trabalhou no IPM como intérprete e tradutora entre 1996 e 2002. A académica desempenhou ainda funções de Chefe da Divisão de Apoio ao Conselho de Gestão do Instituto Politécnico de Macau e Chefe do Serviço de Estudos e Coordenação de Assuntos do Instituto do IPM. Entre as habilitações académicas, Lei tem mestrado em Administração Pública pela Universidade de Macau.

22 Ago 2019

Pensões ilegais | Governo estuda relatório sobre criminalização

[dropcap]O[/dropcap] gabinete da secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, entregou ao Chefe do Executivo o relatório elaborado por um grupo de trabalho interdepartamental sobre a possível criminalização de pensões ilegais. Segundo o jornal Ou Mun, o Governo está a estudar o documento, cujos resultados serão divulgados em breve ao público.

A lei da proibição de prestação ilegal de alojamento entrou em vigor há nove anos, mas casos de criminalidade praticados em pensões ilegais continuaram a acontecer. O relatório em questão, pedido em Dezembro do ano passado, visa avaliar a viabilidade de punir mais severamente quem explora pensões ilegais, de forma a aumentar o efeito dissuasivo.

Recorde-se que existia uma divergência no Executivo quanto a esta matéria. Alexis Tam concorda com a criminalização, enquanto Sónia Chan considera que será um crime “ligeiro” passível de punição com pena suspensa, ou seja, um efeito pouco “rentável” face à duração do processo e à dificuldade de recolha de prova.

22 Ago 2019

Vigília | Jornal Ou Mun defende legalidade da actuação da polícia

[dropcap]O[/dropcap] jornal Ou Mun publicou ontem um artigo de um jurista anónimo a defender a legalidade da operação policial da noite de segunda-feira na zona do Largo do Leal Senado. Em relação às pessoas levadas a instalações policiais a quem foi pedida colaboração numa investigação, o jurista anónimo disse que, “os envolvidos eram suspeitos de participar numa reunião ilegal, portanto, as práticas da polícia não eram inadequadas e abusivas”.

O Ou Mun defendeu ainda que o reforço de polícias para a intercepção de residentes e visitantes no Largo do Senado, era uma medida extrema num período extremo, mas que “se você for ao mesmo local esta noite, ninguém vai verificar a sua identidade”.

Com base na ideia da suspeita que, supostamente, recaiu sobre quem foi conduzido à esquadra, o advogado acredita que “os órgãos de polícia criminal podem conduzir as pessoas ao posto policial mais próximo e compeli-las a permanecer ali pelo tempo estritamente necessário à identificação, em caso algum superior a seis horas”.

22 Ago 2019