Papa visita Tailândia e Japão para pedir desarmamento nuclear e reforçar relações

[dropcap]O[/dropcap] desarmamento nuclear global, a luta contra o tráfico de pessoas e uma homenagem às pequenas comunidades católicas da Tailândia e Japão são os objetivos mais políticos da visita que o papa inicia hoje à Ásia. A viagem terá como ponto alto a visita às cidades japonesas de Nagasaki e Hiroshima, onde se deverá encontrar com sobreviventes das bombas atómicas ali lançadas pelos Estados Unidos em 1945.

Francisco foi, até hoje, o papa que mais condenou o uso e a propriedade de armas nucleares e deverá repetir o apelo quando visitar as duas cidades, depois de, numa mensagem de vídeo divulgada no domingo, ter afirmado esperar que “o poder destrutivo das armas nucleares nunca mais seja utilizado”.

A vontade de visitar as duas cidades tomou forma em 2017, depois de Francisco ver, pela primeira vez, uma fotografia captada em 1945 pelo fotógrafo norte-americano Joseph Roger O’Donnell, a seguir ao bombardeamento de Nagasaki.

A imagem mostra um menino com o seu irmão morto às costas à espera de vez para o levar para o crematório. No último dia desse ano, o papa enviou a fotografia para a imprensa com a mensagem “o fruto da guerra”, pedindo que se falasse dos perigos de uma guerra nuclear.

Os bombardeamentos – a 6 de agosto de 1945 em Hiroshima e a 9 de agosto do mesmo ano em Nagasaki – provocaram a capitulação do Japão e o fim da segunda Guerra Mundial, a 15 de agosto, mas também a morte de mais de 220 mil pessoas.

Além dos sobreviventes das bombas atómicas, o papa pretende também prestar homenagem às vítimas do desastre de março de 2011 na central nuclear de Fukushima.

Nesse ano, um terramoto de magnitude 9 provocou um ‘tsunami’ que cortou a energia na central nuclear e suspendeu o sistema de refrigeração, obrigando a deslocar 100 mil pessoas e deixando um rasto de radioatividade por toda a região.

Os bispos japoneses reagiram pedindo, em 2016, a abolição de toda a energia nuclear.

“Desejamos que Francisco fale sobre energia nuclear, já que apela frequentemente à proteção do ambiente”, disse o bispo Michael Goro Matsuura.

A visita à Ásia servirá também para o papa reforçar os laços entre religiões, em dois países onde os católicos representam uma ínfima parte da população: 0,59% dos 65 milhões de tailandeses e 0,42% dos 126 milhões de japoneses.

No entanto, tanto os tailandeses como os japoneses esperam fervorosamente que o papa aborde uma outra questão na sua visita: o respeito pela vida, quer através da condenação do tráfico humano na Tailândia, quer pela defesa do fim da pena de morte no Japão.

A Tailândia foi classificada pelas Nações Unidas como um dos mais importantes destinos de tráfico de pessoas, mas também fonte primordial de trabalho forçado e de escravatura sexual.

No Japão, os católicos esperam que Francisco se oponha à pena de morte e que se encontre com Iwao Hakamada, um antigo ‘boxeur’ e ativista dos direitos humanos que está no corredor da morte há quase 50 anos.

Uma posição sobre Hong Kong

O protocolo das visitas papais poderá ainda permitir a Francisco tomar uma posição sobre os protestos em Hong Kong e reforçar as delicadas relações com Pequim.

Habitualmente, o papa envia mensagens aos líderes dos países por onde o seu avião passa, o que quer dizer que o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, deverá receber algumas no sábado, quando a comitiva papal atravessar os territórios de Taiwan e Hong Kong, na viagem de Banguecoque para Tóquio.

Além de toda esta agenda pastoral e política, o papa Francisco também tem um objetivo pessoal para cumprir nesta viagem.

Na sua juventude, Jorge Bergoglio, o nome “terreno” do papa Francisco, queria ser missionário jesuíta no Japão. Um desejo que, se não fosse ter tido uma doença pulmonar, teria alterado o destino do papa, que nunca teria chegado a pontífice da Igreja Católica.

No livro-entrevista “O Jesuíta”, dos jornalistas argentinos Sérgio Rubin e Francesca Ambrogetti, Francisco confessou que foi o seu espírito missionário que o levou a juntar-se à Companhia de Jesus e pedir para ir para o Japão, tendo sido afastado devido a uma infeção que o obrigou a retirar parte de um pulmão.

O fascínio do papa pelo Japão não advém só da atração generalizada dos jesuítas por aquele país, mas também da sua admiração pela história do cristianismo nesse país, “que se manteve vivo apesar das perseguições sofridas nos séculos XVI e XVII”.

“De certa maneira, esta viagem será a realização de um sonho”, afirmou o diretor da Asianews, afiliada da agência noticiosa do Vaticano, Bernardo Cervellera.

Atualmente, existem cerca de 536 mil cristãos no Japão, de acordo com o Vaticano, e o número de baptismos tem diminuído dramaticamente, passando de 7.193 em 2006 para 518 em 2018.

Esta é a 32.ª viagem de Francisco enquanto papa e a quarta à Ásia, depois de ter ido às Filipinas e Sri Lanka em 2014, à Coreia do Sul em 2015 e ao Bangladesh e Myanmar em 2016.

19 Nov 2019

Hong Kong | Novo chefe da polícia toma posse com aprovação de Pequim

[dropcap]O[/dropcap] novo chefe da polícia de Hong Kong, nomeado por Pequim, vincou hoje ser da responsabilidade das autoridades policiais “manter a lei e a ordem” na região semiautónoma chinesa e pediu a compreensão da população.

No discurso da tomada de posse, Chris Tang Ping-keung apontou como prioridade refutar as “notícias falsas” que têm manchado a imagem das forças policiais, cujo propósito é “manter a lei e a ordem” no território mergulhado numa grave crise social.

De acordo com a emissora local RTHK, o comissário foi questionado pelos jornalistas sobre a recente atuação da polícia, na sequência de acusações de uso excessivo de força durante os quase seis meses de protestos na antiga colónia britânica.

Sobre esta matéria, Tang disse apenas que tem assistido a uma “maciça infração da lei em Hong Kong” e que um determinado setor da sociedade “admite essas atividades ilegais”, pelo que a polícia “tem de fazer cumprir a lei”.

O novo comissário assegurou ainda que vai proteger e apoiar os agentes aquando da aplicação da lei. Um discurso que se alinha com as palavras do Presidente chinês, Xi Jinping, que na semana passada disse “apoiar fortemente” o governo de Hong Kong e a polícia, ao considerar que a tarefa mais importante, agora, é “acabar com a violência e restaurar a ordem”.

Tang está na polícia há mais de 30 anos e substitui Lo Wai-chung, que se reforma ao final de 35 anos de serviço.

O Governo de Hong Kong afirmou que a nomeação de Tang foi feita “por recomendação e nomeação” da chefe do Executivo, Carrie Lam, mas com a aprovação final do Conselho de Estado chinês.

Um processo similar à eleição do chefe do Executivo, por sufrágio indireto, uma das cinco reivindicações dos manifestantes.

Além do direito de nomear e eleger diretamente o chefe do Executivo, os manifestantes exigem também a criação de uma comissão de inquérito para investigar as acusações de brutalidade policial.

Sobre isto, o novo comissário disse acreditar que o atual Conselho Independente de Queixas da Polícia é o mais adequado para o efeito.

19 Nov 2019

Hong Kong | Turismo em Macau e Shenzhen prejudicado pela crise política, diz co-fundador da AirAsia

[dropcap]A[/dropcap] transportadora aérea de baixo custo AirAsia disse ontem que as viagens turísticas para Macau e Shenzhen estão a ser afetadas pela crise em Hong kong, já que muitos turistas procuram os três destinos na mesma viagem. “Sim, é mau”, disse o cofundador da transportadora aérea, Tony Fernandes, em declarações à agência de informação financeira Bloomberg.

Muitos turistas pretendem visitar os três destinos durante a mesma viagem, e o facto de um deles estar a viver momentos de grande instabilidade prejudica os outros dois, apontou o empresário, notando que a procura turística de Macau e Shenzhen está a cair.

Na sexta-feira, a Malásia emitiu um aviso aos cidadãos relativamente aos confrontos que se têm verificado em Hong Kong. O número de turistas a visitar o território tem caído, escreveu a Bloomberg, sem apresentar dados concretos, mas afirmando que também a transportadora de bandeira, a Cathay Pacific, está a ressentir-se da crise, vendendo menos bilhetes para este destino.

A contestação política foi desencadeada pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental.

A proposta foi, entretanto, formalmente retirada, mas as manifestações generalizaram-se e reivindicam agora a implementação do sufrágio universal no território, a demissão da atual chefe do Governo, Carrie Lam, uma investigação independente à violência policial e a libertação dos detidos ao longo dos protestos.

19 Nov 2019

Hong Kong | Turismo em Macau e Shenzhen prejudicado pela crise política, diz co-fundador da AirAsia

[dropcap]A[/dropcap] transportadora aérea de baixo custo AirAsia disse ontem que as viagens turísticas para Macau e Shenzhen estão a ser afetadas pela crise em Hong kong, já que muitos turistas procuram os três destinos na mesma viagem. “Sim, é mau”, disse o cofundador da transportadora aérea, Tony Fernandes, em declarações à agência de informação financeira Bloomberg.
Muitos turistas pretendem visitar os três destinos durante a mesma viagem, e o facto de um deles estar a viver momentos de grande instabilidade prejudica os outros dois, apontou o empresário, notando que a procura turística de Macau e Shenzhen está a cair.
Na sexta-feira, a Malásia emitiu um aviso aos cidadãos relativamente aos confrontos que se têm verificado em Hong Kong. O número de turistas a visitar o território tem caído, escreveu a Bloomberg, sem apresentar dados concretos, mas afirmando que também a transportadora de bandeira, a Cathay Pacific, está a ressentir-se da crise, vendendo menos bilhetes para este destino.
A contestação política foi desencadeada pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental.
A proposta foi, entretanto, formalmente retirada, mas as manifestações generalizaram-se e reivindicam agora a implementação do sufrágio universal no território, a demissão da atual chefe do Governo, Carrie Lam, uma investigação independente à violência policial e a libertação dos detidos ao longo dos protestos.

19 Nov 2019

This Is My City | Conan Osiris em Macau e Zhuhai no fim do mês

[dropcap]O[/dropcap] cantor português Conan Osiris estreia-se, no final de Novembro, em Macau e na cidade chinesa de Zhuhai no âmbito do festival This Is My City, um artista que a organização diz estar ansiosa por receber.

O “percurso particular”, a “singularidade do trabalho e o impacto que tem em Portugal” são razões mais do que suficientes para deixar “ansiosos” os organizadores, disse ontem à Lusa o co-fundador do festival Manuel Correia da Silva.

“Não é um artista consensual, mas também nenhum é”, acrescentou, referindo-se ao artista português que vai actuar no dia 28 de Novembro em Zhuhai, e dois dias depois na RAEM.

Conan Osiris (Tiago Miranda), de Lisboa, ganhou mediatismo este ano ao vencer o Festival da Canção, com a canção “Telemóveis”, com a qual representou Portugal no Festival Eurovisão da Canção, em Telavive, Israel.
Este ano, venceu a categoria Revelação na primeira edição dos Play – Prémios da Música Portuguesa, uma iniciativa da associação PassMúsica, que representa artistas, bandas e editoras discográficas e pretende premiar a melhor música consumida em Portugal. O festival decorre em Macau e Zhuhai, entre os dias 25 e 30 de Novembro.

19 Nov 2019

This Is My City | Conan Osiris em Macau e Zhuhai no fim do mês

[dropcap]O[/dropcap] cantor português Conan Osiris estreia-se, no final de Novembro, em Macau e na cidade chinesa de Zhuhai no âmbito do festival This Is My City, um artista que a organização diz estar ansiosa por receber.
O “percurso particular”, a “singularidade do trabalho e o impacto que tem em Portugal” são razões mais do que suficientes para deixar “ansiosos” os organizadores, disse ontem à Lusa o co-fundador do festival Manuel Correia da Silva.
“Não é um artista consensual, mas também nenhum é”, acrescentou, referindo-se ao artista português que vai actuar no dia 28 de Novembro em Zhuhai, e dois dias depois na RAEM.
Conan Osiris (Tiago Miranda), de Lisboa, ganhou mediatismo este ano ao vencer o Festival da Canção, com a canção “Telemóveis”, com a qual representou Portugal no Festival Eurovisão da Canção, em Telavive, Israel.
Este ano, venceu a categoria Revelação na primeira edição dos Play – Prémios da Música Portuguesa, uma iniciativa da associação PassMúsica, que representa artistas, bandas e editoras discográficas e pretende premiar a melhor música consumida em Portugal. O festival decorre em Macau e Zhuhai, entre os dias 25 e 30 de Novembro.

19 Nov 2019

Fado | Fernanda Paulo acompanhada ao piano em concerto “Delicado”

[dropcap]A[/dropcap] fadista Fernanda Paulo junta-se ao piano do brasileiro Francisco Pellegrino para um concerto na Casa Garden, já no próximo dia 22 Novembro, pelas 20 horas.

O espectáculo “Delicado” resulta de um encontro musical dos dois países, Portugal e Brasil, celebrando assim “a tradição e a universalidade do Fado, num repertório emocionante que ganha nova vida com o acompanhamento ao piano, instrumento incomum para o estilo”.

Francisco Pellegrino e Fernanda Paulo conheceram-se no ano de 2010, em Buenos Aires, onde actuaram juntos pela primeira vez. O encontro deu origem a este projecto, que mistura dois estilos incontornáveis como o fado e a música popular brasileira, abarcando ainda várias influências que ambos os intérpretes trazem da sua formação eclética.

Fernanda Paulo, tem vindo a evoluir nos dois pólos artísticos, o do Teatro e o da Música, tendo começado a cantar em festivais infanto-juvenis, e, mais recentemente, desenvolvido alguns projectos musicais relacionados com o fado, cantando em diversos espectáculos e casas de fado.

Já Francisco Pellegrini é um jovem compositor brasileiro de Niterói (RJ), pianista, acordeonista e músico profissional desde os 14 anos. Tem quatro álbuns lançados em diversas partes do mundo, e terá o lançamento de seu quinto álbum no próximo ano.

19 Nov 2019

Embaixador da China em Londres diz que país não ficará parado se a situação em Hong Kong se descontrolar

[dropcap]O[/dropcap] embaixador da China em Londres, Liu Xaoming, alertou hoje, durante uma conferência de imprensa, que o Governo chinês não ficará sem fazer nada se a situação em Hong Kong se descontrolar.

“Penso que o Governo de Hong Kong está a fazer todos os esforços para manter a situação sob controlo, mas se a situação sair de controle, o Governo central certamente não ficará sem fazer nada”, disse o diplomata, acrescentando que a China tem “suficiente determinação e poder para pôr fim ao levante”.

As manifestações em Hong Kong, que já duram há mais cinco meses, atingiram na semana passada uma fase mais radical e violenta e a preocupação, neste momento, é sobre a possibilidade de intervenção chinesa para resolver esta crise política sem precedentes.

Hoje, centenas de manifestantes estavam entrincheirados no campus universitário e cercados pela polícia. No sábado, soldados chineses da guarnição local do Exército de Libertação Popular saíram às ruas para remover barricadas, uma aparição extremamente rara e altamente simbólica.

“Eles (soldados) estão lá para mostrar a soberania chinesa e com objetivo de defesa”, disse o embaixador chinês, durante a conferência de imprensa em Londres. O diplomata alertou também contra qualquer “interferência” estrangeira em Hong Kong, designadamente do Reino Unido, a antiga potência colonial, e dos Estados Unidos.

“Gostaríamos de dizer a essas forças externas que o Governo chinês continua determinado (…) a opor-se a qualquer interferência externa nos assuntos de Hong Kong”, acrescentou.

Essas declarações foram feitas após o Reino Unido, através de um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, se mostrar hoje “extremamente preocupado com a escalada da violência por parte dos manifestantes e das autoridades em redor do campus” da Universidade de Hong Kong.

“É vital que os feridos recebam o tratamento médico apropriado e que uma passagem segura seja posta em prática para aqueles que desejem deixar a área”, disse um porta-voz britânico num comunicado, quando centenas de manifestantes de Hong Kong interromperam hoje pelo campus e foram cercados pela polícia.

O porta-voz da diplomacia britânica pediu que “a violência cesse e que as partes tenham um diálogo construtivo”. Para o embaixador chinês em Londres, os manifestantes pretendem desestabilizar Hong Kong para “tomar o poder”.

Hong Kong está a “entrar num abismo”, disse o diplomata, acrescentando que se a violência continuar, “o futuro será terrível”. A conferência de imprensa do embaixador ocorreu alguns dias depois que a ministra da Justiça de Hong Kong, Teresa Cheng, ter sido atacada na noite de quinta-feira por manifestantes que apoiam o movimento pró-democracia de Hong Kong, provocando a ira de Pequim.

18 Nov 2019

Macau inaugura Museu Memorial de Xian Xinghai no próximo sábado

[dropcap]O[/dropcap] Museu Memorial de Xian Xinghai vai ser inaugurado no próximo sábado, com abertura ao público agendada para o dia seguinte, anunciaram as autoridades. “A cerimónia de abertura do Museu Memorial será realizada no dia 23 de novembro. O Museu Memorial estará aberto ao público a partir de 24 de novembro, apresentando manuscritos e pertences de valor inestimável da vida do músico”, pode ler-se no comunicado.

“O Instituto Cultural (IC), em colaboração com a Biblioteca da Academia Nacional de Arte da China, exibirá 36 peças/conjuntos de manuscritos e pertences de Xian Xinghai”, segundo a mesma nota.

Além de apresentar eventos da vida e realizações artísticas de Xian Xinghai, “o Museu Memorial também vai oferecer aos visitantes a oportunidade […] de dirigirem uma orquestra na Visita Virtual”, bem como uma área especialmente dedicada às crianças para que estas aprendam “alguns factos divertidos sobre música e orquestra”. Com a abertura do Museu Memorial, o IC irá lançar em dezembro o livro ilustrado Caminho Musical de Xian Xinghai.

A publicação destina-se aos estudantes do ensino primário, crianças e seus pais. O livro “gira em torno do crescimento, da educação e da carreira musical de Xian Xinghai, com uma série de jogos criativos e interativos concebidos para os pequenos leitores aprenderem sobre o compositor e a pátria de uma forma interessante”, informaram as autoridades.

Nascido no seio de uma família de pescadores em Macau, Xian Xinghai “é aclamado como o ‘músico do povo’, sendo famoso pelas suas grandes realizações na História da música contemporânea da China”, sublinha-se na nota.

18 Nov 2019

Hong Kong | Supremo Tribunal declara inconstitucional lei anti-máscara

[dropcap]O[/dropcap] Supremo Tribunal de Hong Kong declarou hoje inconstitucional a proibição do uso de máscaras em protestos, noticiou a emissora local RTHK. O tribunal afirmou que a proibição das máscaras, que entrou em vigor em 5 de Outubro passado, é inconstitucional por impor mais restrições do que as necessárias aos direitos fundamentais da população, indicou a RTHK.

Esta decisão surgiu na sequência de uma revisão judicial por 24 deputados pró-democracia da decisão do executivo de Carrie Lam de aplicar uma lei de emergência que remonta à época colonial britânica, acrescentou.

Quando anunciou a imposição da ‘lei anti-máscara’, no mês passado, Carrie Lam afirmou que o Governo pretende “acabar com a violência e restaurar a ordem”, devido à “situação de grande perigo público” que se vive no território desde o início de junho.

Na origem dos protestos antigovernamentais está uma polémica proposta de emendas à lei da extradição, já retirada formalmente pelo Governo de Hong Kong.

18 Nov 2019

Hong Kong | Sindicato estudantil diz que centenas de manifestantes continuam barricados. Há vários feridos

[dropcap]O[/dropcap] sindicato de estudantes da Universidade Politécnica de Hong Kong indicou que cerca de 500 pessoas continuam barricadas na instituição, muitas delas gravemente feridas, noticiou a imprensa local. Em declarações à emissora RTHK, o presidente interino daquele sindicato, Ken Woo, assinalou que ainda há água disponível, mas que outros mantimentos estão a esgotar-se rapidamente.

Ken Woo disse que muitos dos manifestantes estão a sofrer de hipotermia devido aos canhões de água usados pela polícia na véspera.

Entretanto, numa mensagem publicada pouco antes do meio dia (04:00 em Lisboa), a polícia apelou a todos os que estão dentro da universidade para “largarem as armas e itens perigosos, removerem as máscaras e saírem de forma ordenada”.

Os manifestantes, que estão barricados há vários dias naquela universidade, temem ser detidos à saída, mas a polícia tem reforçado o cerco em torno da instituição, dificultando a saída de jornalistas e de pessoal médico.

Cerca das 08:00, a polícia disparou gás lacrimogéneo contra manifestantes que tentavam escapar, apesar do acordo de cessar-fogo alcançado pelo diretor da universidade e as autoridades. De acordo com a Autoridade Hospitalar, pelo menos 38 pessoas ficaram feridas durante a noite de domingo.

Também no domingo, um polícia foi atingido numa perna por uma flecha lançada por manifestantes antigovernamentais, informaram as forças de segurança, reforçando a operação no local com um canhão de água.

A contestação social foi desencadeada pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial chinesa a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental.

A proposta foi, entretanto, formalmente retirada, mas as manifestações generalizaram-se e reivindicam agora a implementação do sufrágio universal no território, a demissão da atual chefe do Governo, Carrie Lam, uma investigação independente à violência policial e a libertação dos detidos ao longo dos protestos.

18 Nov 2019

Grande Prémio de Macau | Cerca de 86 mil espectadores compareceram ao evento

[dropcap]A[/dropcap]o longo dos quatro dias do Grande Prémio de Macau passaram pelas bancadas Circuito da Guia mais de 86 mil espectadores, de acordo com os números da Comissão Organizadora, o que representa uma média de 21,5 mil pessoas por dia.

Aos jornalistas, Pun Weng Kun afirmou que esta foi a edição com mais pessoas a assistir nos últimos anos, apesar de não ter referido os anos de comparação. Na quinta-feira estiveram na Guia 12 mil espectadores, um número que subiu para 15 mil no dia seguinte. No sábado, o primeiro dia com corridas, foram 28 mil as pessoas nas bancadas e o domingo, como habitualmente, foi o dia mais concorrido com uma assistência de 31 mil espectadores.

18 Nov 2019

Grande Prémio de Macau | Cerca de 86 mil espectadores compareceram ao evento

[dropcap]A[/dropcap]o longo dos quatro dias do Grande Prémio de Macau passaram pelas bancadas Circuito da Guia mais de 86 mil espectadores, de acordo com os números da Comissão Organizadora, o que representa uma média de 21,5 mil pessoas por dia.
Aos jornalistas, Pun Weng Kun afirmou que esta foi a edição com mais pessoas a assistir nos últimos anos, apesar de não ter referido os anos de comparação. Na quinta-feira estiveram na Guia 12 mil espectadores, um número que subiu para 15 mil no dia seguinte. No sábado, o primeiro dia com corridas, foram 28 mil as pessoas nas bancadas e o domingo, como habitualmente, foi o dia mais concorrido com uma assistência de 31 mil espectadores.

18 Nov 2019

Jornalistas de Hong Kong impedidos de entrar em Macau

[dropcap]O[/dropcap]s hotéis estavam marcados, as viagens compradas e a acreditação tinha sido tratada junto da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau.

No entanto, o Corpo de Polícia de Segurança Pública impediu os repórteres do jornal Apple Daily, de Hong Kong, de entrarem no território. De acordo com os agentes, que estão sob a tutela do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, os jornalistas foram considerados uma ameaça para a segurança da RAEM.

A informação foi avançada pelo jornal de Hong Kong, no seu portal, logo na quinta-feira, o primeiro dia de prova. A Lei Básica de Macau estipula a protecção da liberdade de imprensa, no artigo 27.º.

18 Nov 2019

Sacos de plástico | Restrição ao fornecimento já em vigor

[dropcap]E[/dropcap]ntra hoje em vigor a Lei que restringe o fornecimento gratuito de sacos de plástico por lojas ou outros estabelecimentos comerciais.

A denominada Lei das “Restrições ao fornecimento de sacos de plástico” estipula que os estabelecimentos comerciais devem cobrar o valor fixo de uma pataca por cada saco de plástico fornecido no acto de venda a retalho, sendo que todos os sacos de plástico independentemente do tamanho deverão ser cobrados.

As excepções para o fornecimento gratuito de sacos de plástico residem nos produtos alimentares ou medicamentos “não previamente embalados” e nos produtos adquiridos “na área restrita do aeroporto e sujeitos a restrições relativas à segurança no transporte de bagagem de mão”. As lojas que não cumprirem a nova lei estão sujeitas ao pagamento de uma multa de 1000 patacas por infracção.

Frisando que o objectivo da legislação “não se centra na cobrança nem na sanção” o Governo da RAEM espera que a lei contribua para reduzir o uso excessivo de sacos de plástico e apela aos cidadãos para “trazerem os próprios sacos de compras”, pode ler-se no comunicado enviado pela Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA).

18 Nov 2019

Sacos de plástico | Restrição ao fornecimento já em vigor

[dropcap]E[/dropcap]ntra hoje em vigor a Lei que restringe o fornecimento gratuito de sacos de plástico por lojas ou outros estabelecimentos comerciais.
A denominada Lei das “Restrições ao fornecimento de sacos de plástico” estipula que os estabelecimentos comerciais devem cobrar o valor fixo de uma pataca por cada saco de plástico fornecido no acto de venda a retalho, sendo que todos os sacos de plástico independentemente do tamanho deverão ser cobrados.
As excepções para o fornecimento gratuito de sacos de plástico residem nos produtos alimentares ou medicamentos “não previamente embalados” e nos produtos adquiridos “na área restrita do aeroporto e sujeitos a restrições relativas à segurança no transporte de bagagem de mão”. As lojas que não cumprirem a nova lei estão sujeitas ao pagamento de uma multa de 1000 patacas por infracção.
Frisando que o objectivo da legislação “não se centra na cobrança nem na sanção” o Governo da RAEM espera que a lei contribua para reduzir o uso excessivo de sacos de plástico e apela aos cidadãos para “trazerem os próprios sacos de compras”, pode ler-se no comunicado enviado pela Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA).

18 Nov 2019

Ensino | Concluída análise do Conselho Executivo sobre mudanças curriculares 

[dropcap]O[/dropcap] Conselho Executivo concluiu, na sexta-feira, a análise da discussão do projecto do Regulamento Administrativo intitulado «Alteração ao Regulamento Administrativo n.º 15/2014 ‒ Quadro da organização curricular da educação regular do regime escolar local».

De acordo com um comunicado oficial, o objectivo com esta alteração curricular é “cultivar, em maior grau, o espírito de responsabilidade dos alunos perante a Pátria e Macau, e reforçar o ensino de História, Geografia, Artes Visuais e Música junto dos alunos do ensino secundário”. Nesse sentido, as mudanças no diploma visam “a criação e a frequência obrigatória das quatro disciplinas autónomas ‒ História, Geografia, Artes Visuais e Música ‒ nos níveis de ensino secundário geral e secundário complementar nas escolas de Macau, definindo, ainda, a duração das actividades lectivas de cada uma dessas disciplinas”. O novo regulamento administrativo entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação em Boletim Oficial e será implementado nas escolas de forma faseada no ano lectivo de 2020/2021.

Foi também concluída a análise às alterações do regulamento administrativo “Exigências das competências académicas básicas da educação regular do regime escolar local». Propõe-se, assim, que as “exigências das competências académicas básicas”, dos ensinos secundário geral e secundário complementar, sejam definidas em conformidade com a criação das disciplinas autónomas de “História”, “Geografia”, “Artes Visuais” e “Música”, em vez de estarem definidas em concordância com as disciplinas globalizantes de “Sociedade e Humanidade” e “Artes”. A aplicação deste regulamento administrativo acontece nas mesmas datas do anterior.

18 Nov 2019

Ensino | Concluída análise do Conselho Executivo sobre mudanças curriculares 

[dropcap]O[/dropcap] Conselho Executivo concluiu, na sexta-feira, a análise da discussão do projecto do Regulamento Administrativo intitulado «Alteração ao Regulamento Administrativo n.º 15/2014 ‒ Quadro da organização curricular da educação regular do regime escolar local».
De acordo com um comunicado oficial, o objectivo com esta alteração curricular é “cultivar, em maior grau, o espírito de responsabilidade dos alunos perante a Pátria e Macau, e reforçar o ensino de História, Geografia, Artes Visuais e Música junto dos alunos do ensino secundário”. Nesse sentido, as mudanças no diploma visam “a criação e a frequência obrigatória das quatro disciplinas autónomas ‒ História, Geografia, Artes Visuais e Música ‒ nos níveis de ensino secundário geral e secundário complementar nas escolas de Macau, definindo, ainda, a duração das actividades lectivas de cada uma dessas disciplinas”. O novo regulamento administrativo entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação em Boletim Oficial e será implementado nas escolas de forma faseada no ano lectivo de 2020/2021.
Foi também concluída a análise às alterações do regulamento administrativo “Exigências das competências académicas básicas da educação regular do regime escolar local». Propõe-se, assim, que as “exigências das competências académicas básicas”, dos ensinos secundário geral e secundário complementar, sejam definidas em conformidade com a criação das disciplinas autónomas de “História”, “Geografia”, “Artes Visuais” e “Música”, em vez de estarem definidas em concordância com as disciplinas globalizantes de “Sociedade e Humanidade” e “Artes”. A aplicação deste regulamento administrativo acontece nas mesmas datas do anterior.

18 Nov 2019

Seguro médico | Definidas regras para acesso de subsídio em Hengqin 

[dropcap]O[/dropcap] Conselho Executivo concluiu a discussão sobre o projecto do regulamento administrativo intitulado «Programa de subsídio de seguro médico para residentes da Região Administrativa Especial de Macau em Hengqin».

De acordo com um comunicado oficial, ficou definido que, em relação aos residentes de Macau que vierem a aderir a este seguro médico, “o Governo de Hengqin suportará parte do financiamento necessário, sendo a outra parte, de pagamento individual, paga pelo próprio residente”. No entanto, o Governo de Macau irá criar um subsídio para apoiar os residentes nesta situação.

O regulamento administrativo em causa determina que os requerentes do subsídio devem ser residentes da RAEM que se encontram a residir em Hengqin, titulares do cartão de autorização de residência no Interior da China para os residentes de Hong Kong e Macau e que tenham aderido ao seguro médico básico de Zhuhai, com idade igual ou superior a 65 anos, idade igual ou inferior a 10 anos ou serem alunos do ensino primário e secundário.

No entanto, aponta a nota oficial, “este programa não abrange residentes que trabalham em Hengqin com seguro médico básico para trabalhadores urbanos e de vilas do Interior da China”.

O subsídio será atribuído pelos Serviços de Saúde de Macau 60 dias após a entrega de todos os documentos, sendo concedido uma vez por ano com o valor a ser especificado por despacho do Chefe do Executivo. “Caso o período de adesão ao seguro médico for igual ou inferior a seis meses, o valor do subsídio é reduzido em 50 por cento”, explica o comunicado, além de que este apoio “pode ser gozado cumulativamente com outros subsídios de outras entidades públicas ou privadas da RAEM”.

18 Nov 2019

Seguro médico | Definidas regras para acesso de subsídio em Hengqin 

[dropcap]O[/dropcap] Conselho Executivo concluiu a discussão sobre o projecto do regulamento administrativo intitulado «Programa de subsídio de seguro médico para residentes da Região Administrativa Especial de Macau em Hengqin».
De acordo com um comunicado oficial, ficou definido que, em relação aos residentes de Macau que vierem a aderir a este seguro médico, “o Governo de Hengqin suportará parte do financiamento necessário, sendo a outra parte, de pagamento individual, paga pelo próprio residente”. No entanto, o Governo de Macau irá criar um subsídio para apoiar os residentes nesta situação.
O regulamento administrativo em causa determina que os requerentes do subsídio devem ser residentes da RAEM que se encontram a residir em Hengqin, titulares do cartão de autorização de residência no Interior da China para os residentes de Hong Kong e Macau e que tenham aderido ao seguro médico básico de Zhuhai, com idade igual ou superior a 65 anos, idade igual ou inferior a 10 anos ou serem alunos do ensino primário e secundário.
No entanto, aponta a nota oficial, “este programa não abrange residentes que trabalham em Hengqin com seguro médico básico para trabalhadores urbanos e de vilas do Interior da China”.
O subsídio será atribuído pelos Serviços de Saúde de Macau 60 dias após a entrega de todos os documentos, sendo concedido uma vez por ano com o valor a ser especificado por despacho do Chefe do Executivo. “Caso o período de adesão ao seguro médico for igual ou inferior a seis meses, o valor do subsídio é reduzido em 50 por cento”, explica o comunicado, além de que este apoio “pode ser gozado cumulativamente com outros subsídios de outras entidades públicas ou privadas da RAEM”.

18 Nov 2019

Holandês Richard Verschoor vence F3 do GP Macau

[dropcap]O[/dropcap] piloto holandês Richard Verschoor venceu hoje a prova de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau (GP Macau). O piloto de 18 anos, que largou da quarta posição da grelha, venceu com a melhor volta a ser registada com um tempo de 2.07,309 minutos. Em segundo lugar, ficou o estoniano Jüri Vips a 0,792 segundos do piloto holandês. Logan Sargeant, norte-americano de 18 anos, ocupou terceiro lugar do pódio.

A corrida, disputada no icónico Circuito da Guia, traçado citadino de 6,12 quilómetros e considerado um dos mais perigosos do mundo, foi marcada pelo regresso da alemã Sophia Flörsch, de apenas 18 anos, que o ano passado sofreu um aparatoso acidente.

Este ano, o carro da jovem piloto alemã parou à oito volta da corrida que se disputa em 15 voltas, numa aparente avaria.

“É muito bom estar de volta. Não tenho muito a perder, não tenho experiência com este carro. Estou mais focada em aprender e praticar para o próximo ano”, disse à agência Lusa a jovem piloto, à margem do primeiro dia de treinos no GP Macau.

O 66.º Grande Prémio de Macau decorreu entre quinta-feira e hoje e, para além de Tiago Monteiro, participou ainda o português André Pires, no 53.º Grande Prémio de Macau de motos, que se realizou no sábado.

André Pires sofreu uma queda logo na primeira volta, numa corrida que ficou marcada por um aparatoso acidente, envolvendo seis condutores, tendo três deles ficado feridos.

Após o incidente, que ocorreu na segunda volta, a organização informou os jornalistas que a corrida tinha sido cancelada e que, pela primeira vez na história da prova, não haveria um vencedor, mas emitiu posteriormente um comunicado a dar conta da vitória de Rutter.

A organização indicou no comunicado que, de acordo com o regulamento, o resultado deve ser declarado com base em uma única volta da segunda corrida, pelo que Rutter foi proclamado vencedor, à frente do britânico Peter Hickman e do australiano David Johnson, segundo e terceiro classificados, respetivamente.

A corrida de motos do ano passado foi vencida por Peter Hickman, que ficara em segundo lugar na mesma prova em 2017, marcada pelo acidente mortal do piloto britânico Daniel Hegarty.

17 Nov 2019

Hong Kong | Polícia cerca universidade, situação “inaceitável”

[dropcap]A[/dropcap] polícia está a criar um cordão de segurança à volta à Universidade Politécnica de Hong Kong para isolar os manifestantes que ocuparam o estabelecimento de ensino. Hoje, um carro blindado foi incendiado à saída do túnel Cross Harbour e teve de recuar em chamas. Pelo menos um agente da autoridade foi atingido por uma flecha.
Por seu lado, a polícia disparou hoje gás lacrimogéneo contra manifestantes junto à Universidade Politécnica de Hong Kong, onde os manifestantes construíram barricadas. O reitor Rocky Tuan disse que a universidade “foi tomada por mascarados”, alheios ao estabelecimento de ensino, e que “a situação é inaceitável”.

Hoje, um grande grupo de pessoas voltou a tentar limpar uma estrada cheia de escombros perto do campus daquele ensino superior, mas foi advertido pelos manifestantes de que se devia afastar. A polícia antimotim alinhou-se a algumas centenas de metros e disparou várias granadas de gás lacrimogéneo contra os manifestantes, que se abrigavam atrás de uma ‘parede’ de guarda-chuvas.A oposição parlamentar criticou as forças armadas chinesas que no sábado ajudaram a retirar escombros das ruas.

O confronto ocorreu horas depois de intensos confrontos durante a noite de sábado em que os dois lados trocaram bombas de gás lacrimogéneo e bombas incendiárias que deixaram focos de incêndio na rua. Muitos manifestantes retiraram-se para o interior do campus, onde bloquearam entradas e montaram pontos de controlo de acesso. Os manifestantes, que ocuparam vários campus importantes durante a passada semana, recuaram quase por completo, à exceção de um contingente que permanece na Universidade Politécnica. O mesmo grupo também está a bloquear o acesso a um dos três principais túneis rodoviários que ligam a Ilha de Hong Kong ao resto da cidade.

Em outros lugares, trabalhadores e voluntários – incluindo um grupo de soldados chineses que saíram da guarnição – limparam estradas repletas de entulhos no sábado, quando a maioria dos manifestantes abandonou os locais. Houve incidentes dispersos de manifestantes discutindo e confrontando as pessoas que limpavam as estradas.

Os legisladores da oposição emitiram uma declaração na qual criticam os militares chineses por se juntarem às operações de limpeza. Os militares têm permissão para ajudar a manter a ordem pública, mas apenas a pedido do Governo de Hong Kong. O Governo de Hong Kong disse que não havia solicitado a assistência dos militares, descrevendo-a como uma actividade voluntária da comunidade.

17 Nov 2019

Piloto finlandês que sofreu aparatoso acidente no GP Macau operado com sucesso

[dropcap]O[/dropcap] piloto finlandês Erno Kostamo que no sábado sofreu um aparatoso acidente, envolvendo seis condutores, na prova de motos do Grande Prémio de Macau, foi submetido hoje com sucesso a uma intervenção cirúrgica à coluna vertebral.

“A intervenção cirúrgica à coluna vertebral do corredor #38 do 53.º Grande Prémio de Motos, Erno Kostamo, envolvido no incidente (…) terminou com sucesso esta madrugada, encontrando-se a recuperar na ala de ortopedia” do Hospital São Januário de Macau, apontou hoje a organização do evento em comunicado.

O piloto canadiano Dan Kruger e o irlandês Derek Sheil, dois dos três feridos do acidente que envolveu seis pilotos, receberam alta ainda na noite de sábado, esclareceu a organização. O britânico Michael Rutter (MGM by Bathams) foi declarado vencedor do 53.º Grande Prémio de Macau de Motos, que foi cancelado devido ao aparatoso acidente.

Após o incidente, que ocorreu na segunda volta, a organização informou os jornalistas que a corrida tinha sido cancelada e que, pela primeira vez na história da prova, não haveria um vencedor, mas emitiu posteriormente um comunicado a dar conta da vitória de Rutter.

A organização indicou no comunicado que, de acordo com o regulamento, o resultado deve ser declarado com base em uma única volta da segunda corrida, pelo que Rutter foi proclamado vencedor, à frente do britânico Peter Hickman e do australiano David Johnson, segundo e terceiro classificados, respetivamente.

O piloto português André Pires também participou na prova, tendo sofrido uma queda logo na primeira volta. A corrida de motos do ano passado foi vencida por Peter Hickman, que ficara em segundo lugar na mesma prova em 2017, marcada pelo acidente mortal do piloto britânico Daniel Hegarty.

O GP de Macau inclui três corridas de carros — as taças do mundo de Fórmula 3, GT e de carros de turismo (WTCR) -, bem como a 52.ª edição do Grande Prémio de motos, além da taça de carros de turismo de Macau e a taça da Grande Baía.

17 Nov 2019

Hong Kong | Polícia britânica anuncia inquérito a agressão de ministra em Londres

[dropcap]A[/dropcap] polícia britânica anunciou hoje que abriu um inquérito à agressão de uma ministra de Hong Kong em Londres, durante uma altercação com apoiantes do movimento pró-democracia da antiga colónia britânica.

O incidente, ocorrido na quinta-feira ao final do dia, suscitou duras críticas da China, que acusou o Reino Unido de “deitar achas na fogueira” em Hong Kong e exigiu uma investigação imediata dos factos.

“A polícia está a investigar uma suposta agressão ocorrida ontem [quinta-feira] por volta das 17:05”, anunciou a polícia de Londres num comunicado. O texto precisa que “uma mulher foi transportada ao hospital devido a ferimentos num braço”, mas não confirma a identidade da secretária da Justiça de Hong Kong, Teresa Cheng. “Até ao momento” não foi feita qualquer detenção, disse ainda a polícia.

Teresa Cheng dirigia-se para uma conferência no Chartered Institute of Arbitrators (CIAbr), uma instituição especializada na arbitragem de conflitos internacionais, quando foi cercada por manifestantes.

Vídeos mostram a ministra cair ao chão, sem se perceber se foi empurrada ou se desequilibrou, e pouco depois levantar-se e afastar-se escoltada por seguranças.

“A senhora Cheng foi agredida pela multidão quando se preparava para entrar no nosso edifício”, afirmou o CIAbr num comunicado, precisando que a ministra “sofreu um ferimento num braço”. A conferência foi cancelada devido ao incidente. A China denunciou “uma agressão bárbara” e exigiu que o Reino Unido garanta “a segurança e a dignidade de todos os funcionários chineses”.

Teresa Cheng é um dos membros mais impopulares do governo de Hong Kong e é nomeadamente considerada uma das principais impulsionadoras do projeto de lei sobre extradição para a China, na origem dos protestos que desde junho se realizam na antiga colónia britânica.

A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, condenou hoje a “agressão bárbara”, que “violou os princípios de uma sociedade civilizada”, e afirmou que a secretária ficou “gravemente ferida”, apelando à polícia britânica que investigue.

Em resposta, a diplomacia chinesa culpou as autoridades britânicas pelo incidente. “Há algum tempo que alguns políticos britânicos misturam o verdadeiro e o falso, obscurecendo atos violentos e ilegais em Hong Kong e mantendo contacto direto com manifestantes anti-China”, acusou Geng.

“Se o Reino Unido não mudar o seu comportamento e continuar a atirar gasolina para o fogo, semeando a discórdia e incitando (a desordem), vai pagar as consequências”, ameaçou o porta-voz de Pequim.

15 Nov 2019