Burla | Croupier e jogador trocavam dinheiro por fichas de maior valor

Uma funcionária de um casino com função de croupier e um jogador, residente, foram detidos por burlarem um casino várias vezes no valor total de 200 mil dólares de Hong Kong.

Segundo o jornal Ou Mun, na passada quinta-feira a Polícia Judiciária (PJ) recebeu uma denúncia do casino sobre um jogador que trocava dinheiro por fichas sempre que a croupier estava a trabalhar na mesa de apostas. As autoridades alegam que o homem, de 72 anos, deu dez notas de mil dólares de Hong Kong, mas a suspeita apenas lhe deu sete fichas, sendo que o valor de cada uma era de dez mil dólares de Hong Kong.

A transacção foi descoberta pelo casino, que denunciou a operação, alegando ter perdido 202 mil dólares de Hong Kong, no mínimo.

A PJ suspeita que o esquema terá começado em Novembro, com troca de dinheiro por fichas de valor superior nos dias 1, 9 e 10 de Dezembro. No decurso da investigação, a PJ descobriu 12 mil dólares de Hong Kong no armário de trabalho da croupier, 10,5 mil patacas e 4 mil dólares de Hong Kong em sua casa, bem como moedas no valor global de 74 mil dólares de Hong Kong e fichas de 350 dólares de Hong Kong nas roupas do jogador.

Foram ainda descobertos 175 mil dólares de Hong Kong na casa do idoso que as autoridades suspeitam de term sido obtidos ilegalmente. O caso foi encaminhado ao Ministério Público, com os suspeitos a poderem ser indiciados pelo crime de burla de valor consideravelmente elevado.

17 Dez 2024

Transportes | Viagens gratuitas na sexta-feira

Na próxima sexta-feira as viagens no Metro Ligeiro e nos autocarros públicos serão grátis, em jeito de comemoração do 25º aniversário do estabelecimento da RAEM e transição da administração portuguesa de Macau para a China.

Segundo um comunicado da empresa que gere o Metro Ligeiro, nesse dia “os passageiros não necessitam de comprar bilhete, bastando-lhes, quando chegarem à estação do Metro Ligeiro, seguir as instruções dos trabalhadores no local ao entrar e sair dos canais de acesso”.

Tendo em conta que se espera “um grande fluxo de pessoas naquele dia, os passageiros são aconselhados a prestar atenção aos anúncios das estações, seguir as sinalizações nas estações e as instruções dos trabalhadores das estações e embarcar no Metro Ligeiro de forma ordenada”, é referido. Um despacho assinado pelo Chefe do Executivo, publicado ontem no Boletim Oficial também isentou o pagamento de tarifas nas carreiras do serviço público de transportes colectivos rodoviários de passageiros.

17 Dez 2024

RAEM 25 Anos | Embaixador da transição fala em relação “correcta”

Pedro Catarino defende que a relação entre Portugal e China “tem sido correcta”, mesmo que o contexto nem sempre tenha sido o mais fácil. Além disso, pede às autoridades portuguesas maior autonomia para aproveitar a relação, com a principal aposta em Macau

 

Pedro Catarino, embaixador em Pequim quando a administração de Macau foi entregue à China em 20 Dezembro de 1999, considera que a relação de Portugal com a China “tem sido correcta”, apesar de “difícil, complexa e delicada”.

Celebra-se na próxima sexta-feira, dia 20, metade do período de 50 anos convencionado no tratado em que a China se comprometeu com Portugal, junto das Nações Unidas, a não aplicar o “sistema e as políticas socialistas” e a manter “inalterados os [então] actuais sistemas social e económico, bem como a respectiva maneira de viver”, quando os portugueses administravam o território.

Na opinião de Pedro Catarino, representante da República para a Região Autónoma dos Açores desde 2011, pauta-se pela “correcção” a relação entre a China e Portugal nos primeiros 25 anos de vigência da denominada Declaração Conjunta sobre a Questão de Macau, assinada em 1987. Mas a actual liderança chinesa coloca desafios ao próximo quarto de século que o tratado ainda tem pela frente.

“A nossa relação com a China tem sido correta. É uma relação difícil, complexa e delicada, porque a China teve uma inflexão num sentido divergente da visão de Deng Xiaoping” e dos seus primeiros sucessores, que era de “abertura”, em que “o socialismo coexistia com o capitalismo, e o Partido [Comunista Chinês, PCC] desempenhava um papel importante, agregador da sociedade, assegurando uma estabilidade e gradualismo que era importante que não fossem perturbados”, sublinhou o diplomata.

“Com o Presidente, Xi Jinping, houve uma inflexão enorme na política chinesa”, acrescentou Catarino, prevendo que “os próximos 25 anos vão ser muito importantes na consolidação de uma singularidade e de uma diversidade”, a primeira relativa à natureza política, social e cultural do território, a segunda respeitante à relação histórica e única de 500 anos de Portugal com a China.

Apostar nas vantagens

Na perspectiva de Pedro Catarino, Portugal “deve estar atento, juntamente com os seus aliados, com os seus parceiros da União Europeia, [às decisões de Pequim] mas, por outro lado, não faz sentido que não utilize as suas vantagens competitivas numa relação histórica de cinco séculos”.

“Sou diplomata reformado e, portanto, afastado das chancelarias, mas vejo que, na generalidade dos casos, somos um pouco submissos a uma disciplina criada por terceiros, pela União Europeia, que cria regras e impõe um tipo de actuação que nós seguimos”, lamentou.

“Devíamos ser mais assertivos, procurando fazer valer as nossas vantagens competitivas em relação aos chineses. Não faz sentido que estejamos a retrair-nos quando temos vantagens na relação com eles. Temos de procurar que haja uma relação saudável, que nos possa trazer benefícios protegendo os nossos interesses”, defendeu Catarino, referindo-se aos próximos 25 anos.

Os dois cenários onde essas vantagens competitivas decorrentes da relação histórica sino-portuguesa se podem manifestar com maior exuberância, na perspectiva do embaixador, são os países africanos de língua portuguesa e a própria China.

Em 2002, ano em que Pedro Catarino deixou a China, o diplomata estava em Lisboa quando Portugal recebeu a visita de Li Lanqing, vice-primeiro-ministro chinês, responsável pelas Relações Económicas Externas e do Comércio, que tinha sido um dos homens fortes de Deng Xiaoping.

Segundo o embaixador, Li veio dar conta da eleição de África como prioridade da política externa e económica de Pequim e que a China iria avançar na criação de uma teia de negócios no continente, para a qual tinha reunido os meios, e entendia que Portugal, “com a sua experiência, podia ter um papel relevante numa aliança de esforços de base empresarial – nem sequer era de ajuda ao desenvolvimento – para conseguirem lucros”.

Aproveitar Macau

A resposta de Portugal, ainda segundo o diplomata, “foi zero”. “Não houve qualquer passo na designação de um membro do Governo que pudesse ocupar-se disso, um secretário de Estado”, por exemplo, e “o que se notou foi que havia um receio por parte dos empresários portugueses, que os chineses quisessem retirar negócio às empresas portuguesas, sobretudo na construção, que estavam baseadas em Angola”.

Logo a seguir, Pequim anunciou a abertura de um crédito de vários biliões de dólares e entrou em África “em grande estilo”, na expressão de Catarino.

“A nossa resposta foi sempre tíbia, nunca foi assertiva. Na altura, defendi que podíamos ter com a China uma relação benéfica, porque os chineses, na maior parte dos projectos em África, não têm sensibilidade para os aspectos sociais e nós podíamos exactamente dar essa dimensão social aos projectos chineses e adaptá-los às aspirações e à mentalidade e maneira de ser dos locais”, recordou.

Mas também Macau, segundo Pedro Catarino, continua a poder servir de ponte às empresas portuguesas para entrarem na China: “Nós temos vantagens competitivas que podemos aproveitar, temos uma massa crítica de juristas, que fazem lá [em Macau] uma advocacia de negócios e dão-nos uma vantagem tremenda”. “Mas para isso é preciso unhas, é preciso vontade política e vontade empresarial” acrescentou.

17 Dez 2024

Idosos | Song Pek Kei pede aumento de pensão

A deputada Song Pek Kei pediu ao Governo para actualizar o montante da pensão de idosos, que considerou insuficiente para garantir a subsistência dos mais velhos.

Segundo cenário traçado pela legisladora, entre as 120 mil pessoas que recebem pensão de idosos, apenas 30 mil recebe o valor total, o que “demonstra que o valor recebido pelos idosos com idades entre os 60 e os 65 anos mais o valor do subsídio para idosos ainda é muito inferior ao índice mínimo de subsistência”.

“Portanto, face ao constante aumento dos preços dos produtos, é difícil garantir uma vida condigna para os idosos”. “O Governo dever rever, quanto antes, o nível da protecção básica na velhice, elevar o montante da pensão para idosos e elaborar, o mais rapidamente possível, o índice de preços no consumidor para os idosos’, com vista a clarificar as suas necessidades reais e a permitir que a pensão para idosos seja ajustada de forma razoável e de acordo com a realidade”, pediu.

17 Dez 2024

Azulejos | Ron Lam exige novas negociações com moradores

Ron Lam exige que o Governo volte a negociar com moradores de 9 dos 10 blocos do Edifício Ip Heng e do Edifício do Lago devido ao problema da queda dos azulejos das zonas comuns dos prédios que continua por resolver.

Numa interpelação escrita, o deputado, que lidera a Associação da Sinergia de Macau, recordou que o Governo terá dito na Assembleia Legislativa que 9 dos 10 blocos do Edifício Ip Heng concordaram com a proposta de reparação apresentada, sendo que um bloco não precisa de ser reparado.

Quanto ao Edifício do Lago, também de habitação pública, a proposta não foi aceite pelos condóminos de seis blocos habitacionais, pelo que o Executivo arquivou o assunto e disse não continuar a acompanhar o problema.

Para o Edifício do Lago, o Governo propôs construir, nos corredores das zonas comuns, uma parede de mosaicos com altura de 1,5 metros pintada na parte de cima. O deputado salienta que as autoridades apresentaram uma proposta, e que os moradores apenas podiam escolher as tintas e mosaicos. “Apesar de os condóminos concluírem que outras opções seriam mais eficientes, com preços mais baixos, o Governo rejeitou todas as alternativas aceites pela maioria dos proprietários”, apontou.

Ron Lam lembrou que a proposta do Executivo não corresponde ao sugerido no relatório do Comissariado contra a Corrupção (CCAC) sobre a investigação da queda de azulejos em 2022, quanto à necessidade de o Governo “responder activamente às necessidades dos cidadãos e procurar, em conjunto com os moradores, uma solução eficaz, a fim de resolver definitivamente o problema da queda de azulejos”. Desta forma, Ron Lam pede que sejam feitos novos contactos com o condomínio do Edifício do Lago para reatar as negociações.

17 Dez 2024

PCC | Chan Hou Seng quer que jovens defendam o partido

O deputado Chan Hou Seng defendeu ontem a necessidade do Governo local formar uma geração de jovens focada na defesa da liderança do Partido Comunista Chinês (PCC). O apelo foi feito na Assembleia Legislativa, numa intervenção antes da ordem do dia do legislador nomeado pelo Chefe do Executivo.

Num discurso em que considerou a Guerra do Ópio o início do declínio da China, Chan elogiou os feitos alcançados pelo partido, desde 1949, e pediu a continuidade no futuro, apesar dos vários desafios internacionais.

“Sob a nova jornada da nova era, não obstante as mudanças conjunturais internacionais, a plena construção de uma grande potência moderna, a concretização da meta do segundo centenário e a promoção do grande renascimento da nação chinesa através da modernização ao estilo chinês são, sem dúvida, desejos e responsabilidades comuns de todos os chineses”, afirmou.

“A RAEM deve ter como objectivo a formação de uma nova geração com sentido de missão e responsabilidade, e orientar os jovens, através do percurso dos 25 anos após o retorno de Macau à pátria, para verem o sucesso da construção do país ao longo dos 75 anos, conhecerem correctamente o desenvolvimento do país, e defenderem conscientemente a liderança do PCC e o sistema fundamental do país”, acrescentou.

Neste caminho, Chan Hou Seng defendeu ainda que os jovens devem estar prontos para contribuir para o sucesso do país, sem procurarem o sucesso pessoal. “Com o espírito de ‘o sucesso não tem de ser por minha causa, mas deve contar com a minha participação’, interpreta-se o significado e a essência do amor pela pátria e por Macau através de acções concretas”, atirou.

17 Dez 2024

Dirigentes recomendam Hengqin e Grande Baía a empresários lusófonos

Dirigentes empresariais disseram à Lusa que a crescente integração de Macau com a vizinha Hengqin (ilha da Montanha) e com o sul da China é “uma grande oportunidade” para companhias lusófonas entrarem no mercado chinês.

A liderança da zona especial económica de Hengqin “quer mesmo” atrair companhias lusófonas, em parte porque inclui pessoas “lá colocadas pelo governo de Macau que estão a par das vantagens deste sabor português que Macau tem”, explicou o presidente da Câmara de Comércio Europeia em Macau (MECC, na sigla em inglês).

Rui Pedro Cunha recordou que, ainda na pandemia de covid-19, a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau já estava a estudar as leis dos países de língua portuguesa “para permitir que um contrato comercial feito em Hengqin possa especificar qual é o direito que se aplica”.

O dirigente sublinhou que as mercadorias estrangeiras transformadas em Hengqin, com um valor acrescentado de pelo menos 30 por cento, podem depois aceder livremente ao resto da China continental.
De acordo com a Organização Mundial do Comércio, desde 2020 que os bens de consumo estrangeiros pagam uma tarifa alfandegária média de 6,9 por cento, além de um Imposto de Valor Acrescentado (IVA) de 13 por cento.

“Pode ser uma extraordinária vantagem em comparação com produzir em Portugal, transportar para a China e depois ainda pagar direitos à entrada”, defendeu Cunha. O presidente da MECC disse que as empresas portuguesas teriam “muito a ganhar em começar por Hengqin, até numa perspectiva de escala”, porque a China “é um território gigantesco”, com 1,4 mil milhões de pessoas.

Sem passar por Macau

Cunha apontou a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau como a região “com maior probabilidade de sucesso”, uma vez que já concentra mais de 11 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) chinês.

Os empresários portugueses devem olhar para Macau, “não como 600 mil habitantes”, mas sim como parte de uma região “com um PIB 10 vezes o de Portugal e com perspectiva de crescimento acelerado”, disse o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa.

Uma vez que “a China pode assustar, porque é um país gigante”, Carlos Cid Álvares defendeu que as empresas lusófonas podem “apostar em Macau para fazer essa triangulação com negócios na Grande Baía”.
No caso do Brasil, acrescenta Carlos Cid Álvares, “85 por cento dos negócios têm tal dimensão que passam directamente por Pequim e não precisam de Macau”.

Ainda assim, Carlos Cid Álvares, também presidente do Banco Nacional Ultramarino, acredita que há estados brasileiros mais periféricos “para os quais poderia ser utilíssimo Macau e Hengqin como plataforma”.

16 Dez 2024

Creative | Exposição sobre os 25 anos da RAEM até 4 de Janeiro

A Creative Macau acolhe uma nova exposição sobre os 25 anos da RAEM, intitulada “Caminho Colectivo – Exposição de Membros de Celebração do Duplo Aniversário”, com 25 artistas e 100 obras.

Para a mostra os artistas foram convidados “a reflectirem, através das suas obras, sobre os anos que passaram em Macau, a personificarem o seu progresso pessoal ou o de Macau através de arte, bem como a contribuírem para esta grande celebração através dos menores pormenores da sua vida quotidiana”.

Segundo a Creative Macau, “a soma dos 25 anos da transição de Macau e dos 75 anos da implantação da República Popular da China é igual a cem, e esta é uma promessa de que, inequivocamente, o futuro da China e de Macau ultrapassará esta realização de cem por cento”. Colaboram na mostra artistas como Justin Chiang, Margarida Cheung Vieira, Maria João Das, Celeste C. da Luz, Elisa Vilaça ou João Jorge Magalhães.

“Enquanto promotor da indústria criativa de Macau, o Creative Macau tem testemunhado o desenvolvimento cultural sem precedentes de Macau ao longo do último quarto de século, desde a sua criação há vinte anos, e compreende profundamente que todas as realizações actuais de Macau não teriam sido possíveis sem o rápido desenvolvimento e apoio da nossa pátria ao longo dos últimos três quartos de século.”

A Creative Macau – Centro para as Indústrias Criativas, foi fundada pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau em 2003. Tem como objectivo apoiar e melhorar o perfil de 12 áreas das chamadas indústrias criativas, como cinema, vídeo, publicidade, arquitectura ou design. “O seu objectivo é ajudar estas indústrias a atingir todo o seu potencial económico, acrescentando valor e promovendo o reconhecimento na sociedade”, é descrito.

16 Dez 2024

BABEL | Obra do historiador de arte Terry Smith apresentada hoje na FRC

A edição em português do livro de Terry Smith, “Curadoria do Complexo e da Greve Aberta” será apresentada hoje na Fundação Rui Cunha, a partir das 18h30. A obra é um longo ensaio sobre curadoria contemporânea que, pela primeira vez, ganha esta tradução com o cunho da BABEL – Organização Cultural

 

A obra “Curadoria do Complexo e da Greve Aberta”, do historiador de arte Terry Smith, será apresentada hoje, a partir das 18h30, na Fundação Rui Cunha (FRC), sendo também lançada a primeira edição em português desta obra, uma iniciativa da BABEL – Organização Cultural em parceria com a editora Circo de Ideias.

O evento de hoje terá a participação online de Terry Smith e a presença de Margarida Saraiva, fundadora da BABEL. “Curadoria do Complexo e da Greve Aberta” é um livro que oferece aos leitores, segundo uma nota de imprensa da organização do evento, “uma visão do pensamento do autor, crítico, historiador e teórico de arte e curadoria”. A obra de Terry Smith é encarada como “fundamental nos campos da arte, arquitectura e contemporaneidade”.

Destaque para o facto de a versão portuguesa do livro ter um ensaio intitulado “Entre línguas, territórios e paradigmas”, da autoria de Margarida Saraiva.

Na obra, Terry Smith actualiza o conceito de “complexo expositivo”, originalmente definido por Tony Bennett em “The Birth of the Museum – History, Theory, Politics” (1995). Em “Curadoria do Complexo e da Greve Aberta”, Smith questiona: Existe um complexo expositivo contemporâneo em formação? Se sim, o que caracteriza a curadoria nesse novo contexto?”.

Vidas em torno da arte

Terry Smith é autor de mais de uma dezena de livros sobre história da arte e da arquitectura, entre os quais “Making the Modern: Industry, Art, and Design in America”, lançado em 1993, ou “Transformations in Australian Art”, editado em 2002. O mais recente é “Iconomy: Toward a Political Economy of Images”, de 2022.
Terry Smith também editou obras como “Antinomies of Art and Culture: Modernity, Postmodernity and Contemporaneity”, lançado em 2008, em co-autoria com Nancy Condee e Okwui Enwezor.

Terry Smith é professor emérito de história de arte na Universidade de Sydney, professor emérito Andrew W. Mellon de história e teoria de arte contemporânea na Universidade de Pittsburgh e professor do Departamento de Arte, Filosofia e Pensamento Crítico da European Graduate School (Suíça/Malta).

Na área da curadoria, destacam-se as suas obras “Thinking Curating Contemporary Curating”, de 2012, onde explora o pensamento curatorial contemporâneo em cinco ensaios, e “Talking Contemporary Curating”, de 2015, que apresenta diálogos com curadores, como Carolyn Christov-Bakargiev, Claire Bishop e Okwui Enwezor. “Esses diálogos oferecem uma reflexão sobre as exigências práticas da curadoria e os contextos das exposições”, é referido.
Margarida Saraiva é investigadora, curadora e educadora, tendo fundado, em 2013, a BABEL, que actualmente funciona entre Macau e Alcobaça. A BABEL desenvolveu projectos como “Influxus”, “New Visions” ou “MAP – Macau Architecture Promenade”.

Margarida Saraiva é licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto e Mestre em European Cultural Planning and Policies pela De Montfort University, em Leicester, no Reino Unido. Frequentou também um curso de pós-graduação em Museologia e completou o curso de Curating the Contemporary pela Goldsmiths, University of London, realizado na British School of Rome, na Itália. Actualmente, é candidata a doutoramento em Filosofia, Arte e Pensamento Crítico pela European Graduate School, na Suíça e Malta.

16 Dez 2024

Futebol | Equipa de Pequim vence Torneio da Soberania

A equipa de Pequim venceu ontem o Torneio da Soberania de futebol, organizado pela Associação dos Veteranos de Futebol de Macau, no Canídromo. Na final, frente à equipa de Macau, Pequim venceu por 6-5, no desempate por grandes penalidades, após um empate 2-2 no fim do tempo regulamentar.

Antes da final, foi disputado o jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares, com a formação do Sporting a derrotar a equipa de Fujian por 8-0.

Pedro Queijeira foi o autor de 6 golos, e os restantes foram marcados por Paulo Letras e Nuno Rosário. No sábado, o Sporting havia sido derrotado pela formação de Pequim, por 15-14, nas grandes penalidades, enquanto Macau venceu a formação de Fujian por 4-0.

16 Dez 2024

Federação Internacional do Automóvel reúne no Cotai em Junho

Pela primeira vez na sua história, em 2025, Macau vai acolher as Assembleias Gerais Extraordinárias e Conferência da Federação Internacional do Automóvel (FIA). Este evento, anunciado na passada sexta-feira em Kigali, no Ruanda, terá lugar no Galaxy International Convention Centre, de 10 a 13 de Junho.

Organizado em parceria com a Associação Geral do Automóvel de Macau-China (AAMC), a associação desportiva do território filiada na FIA, e com o Galaxy Entertainment Group, este evento espera reunir na RAEM mais de 500 delegados séniores da FIA provenientes de 147 países.

O Presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, afirmou que “Macau é uma região entusiasmante e multicultural, o cenário perfeito para a FIA reunir os nossos Clubes Membros de todo o mundo. Agradeço à AAMC e ao Galaxy Entertainment Group por nos acolherem e estou ansioso por uma conferência e Assembleias Gerais Extraordinárias bem-sucedidas.”

O facto de o Grande Prémio de Macau continuar a ser, nos dias de hoje, um dos principais eventos sob a chancela da FIA terá certamente influenciado esta decisão. No entanto, não é nas assembleias gerais que se decide o futuro do automobilismo, uma vez que estas são, sobretudo, dedicadas à aprovação das contas anuais.

AAMC e Galaxy apoiam a escolha

Chong Coc Veng, Presidente do Conselho da AAMC, congratulou-se com a escolha da federação internacional. “Estamos satisfeitos por a Conferência da FIA de 2025 se realizar em Macau. Macau é um destino único que preserva um património multicultural, ao mesmo tempo que oferece uma rica gastronomia e eventos culturais e desportivos, incluindo o prestigiado evento de automobilismo do ano – o Grande Prémio de Macau, com as Taças do Mundo da FIA”, disse Chong Coc Veng, em comunicado.

O ex-piloto e responsável máximo da AAMC há mais de duas décadas, referiu ainda que “Junho é a época perfeita para visitar Macau, saborear os sabores distintos de várias cozinhas e conhecer os locais do Património Mundial com a mistura da cultura chinesa e portuguesa.”

Inaugurado em 2023, o Galaxy International Convention Centre está situado no Galaxy Macau Integrated Resort, na zona de Cotai, e regularmente recebe eventos desportivos e conferências de classe mundial, assim como exposições internacionais.

“Acreditamos que o Galaxy Macau é o local perfeito para a Conferência e as Assembleias Gerais da FIA”, acrescentou Francis Lui, Presidente do Galaxy Entertainment Group.

“A localização geográfica única de Macau, no coração da Ásia, a sua acessibilidade global, o património cultural internacional e a sua profunda apreciação pelo automobilismo, adquirida ao longo de 71 anos do Grande Prémio de Macau, juntamente com os nossos premiados hotéis de classe mundial, garantirão uma recepção calorosa para os delegados de todo o mundo.”

16 Dez 2024

Hong Kong | Sindicatos de domésticas queixam-se de abusos

Um conjunto de grupos de trabalhadores domésticos alertaram para o facto de a falta de conhecimentos sobre direitos e protecções legais resultar em abusos em Hong Kong.

A Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Domésticos Asiáticos de Hong Kong (FADWU) e o Sindicato dos Trabalhadores Domésticos Nepaleses de Hong Kong (UNDW) afirmaram que, nos últimos dois anos, receberam oito queixas de trabalhadoras severamente mal pagas. Sarah Pun, membro executivo da FADWU e vice-presidente da UNDW, disse que muitos trabalhadores estão a receber apenas entre 1.000 e 4.000 dólares de Hong Kong por mês, quando o salário mínimo é de 4.990 dólares.

Segundo a emissora RTHK, uma mulher nepalesa que recorreu aos grupos em busca de ajuda disse aos jornalistas que não lhe pagavam o salário completo, que o seu empregador lhe confiscou o passaporte e que sofria constantes abusos mentais e físicos.

“Não me davam uma alimentação adequada. Não me deram um quarto, nem uma cama. Tive de dormir num [sofá]. Não me davam dias de descanso. Não havia horas de trabalho fixas. Tinha de trabalhar 24 horas. Era o que me diziam. Estavam sempre a encontrar falhas no meu trabalho e a queixar-se. Costumavam repreender-me com palavrões e agredir-me”, contou.

16 Dez 2024

Justiça americana nega pedido da TikTok para suspender proibição

A justiça dos Estados Unidos rejeitou um recurso da ByteDance e confirmou que a TikTok será proibida no país caso a empresa chinesa não venda a plataforma de vídeos até 19 de Janeiro.

A ByteDance tinha pedido a um tribunal federal para suspender a implementação da lei, assinada pelo Presidente norte-americano Joe Biden em Abril, até o Supremo Tribunal analisar a questão. O Tribunal de Recurso da capital, Washington, rejeitou o pedido, considerando-o injustificado.

Os queixosos “não identificaram nenhum caso em que um tribunal, depois de rejeitar uma contestação constitucional a uma lei do Congresso, tenha proibido a lei de entrar em vigor enquanto a revisão é solicitada no Supremo Tribunal”, referiu a decisão.

No recurso, apresentado na semana passada, os advogados da empresa chinesa acrescentaram que o “atraso modesto” na aplicação da lei iria permitir ao presidente eleito, Donald Trump, “determinar a sua posição” sobre o assunto. O republicano Trump vai tomar posse a 20 de Janeiro, um dia depois do limite dado à TikTok pelo antecessor, o democrata Joe Biden.

Há cerca de um mês, Trump nomeou Brendan Carr, o principal representante republicano na Comissão Federal de Telecomunicações, como novo presidente do regulador da radiodifusão, das telecomunicações e da Internet. Carr posicionou-se publicamente contra o TikTok e insistiu que deveria ser removida das lojas de aplicações da Apple e da Google devido a riscos de segurança e violação de privacidade dos utilizadores.

Isto porque uma lei chinesa de 2017 exige que as empresas locais entreguem dados pessoais que possam interessar à segurança nacional da China, mediante pedido das autoridades. O Partido Republicano acusou também a plataforma de vídeos de permitir a Pequim espiar e manipular os norte-americanos.

Irreal social

Em Abril, a ByteDance garantiu não ter intenção de vender o TikTok. O TikTok disse que uma eventual interdição da plataforma nos Estados Unidos ia “violar a liberdade de expressão” dos 170 milhões de utilizadores no país.

Um porta-voz da aplicação acrescentou que a lei ia “devastar sete milhões de empresas e fechar uma plataforma que contribui com 24 mil milhões de dólares por ano para a economia norte-americana”.
Com vídeos de curta duração, o TikTok atraiu mais de 1,5 mil milhões de utilizadores em todo o mundo.

16 Dez 2024

Médio Oriente | MNE chinês pede à ONU que “evite fragmentação” na Síria

O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, afirmou que “é necessário evitar a fragmentação na Síria” e pediu ao Conselho de Segurança da ONU que “assuma a responsabilidade” de “manter a estabilidade e a paz no Médio Oriente”

Após uma reunião com o seu homólogo egípcio, Badr Abdelatty, Wang disse em conferência de imprensa que, dada a “situação caótica” no Médio Oriente, a China considera que é “imperativo respeitar a soberania dos países da região”, “procurar soluções e deixar de atiçar as chamas” com vista a “pôr fim à violência” nas zonas de conflito, segundo um comunicado emitido pelo seu ministério.

Wang apelou a que a questão palestiniana “não seja marginalizada” e pediu que “se evitem acções que conduzam a uma deterioração da situação e à criação de obstáculos a um cessar-fogo”.

“A comunidade internacional deve ajudar a região a melhorar a situação humanitária e a aliviar o sofrimento do seu povo. Devemos sobretudo evitar que se repitam os fluxos de refugiados na Síria”, afirmou o alto diplomata da China, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, juntamente com a Rússia, os Estados Unidos, a França e o Reino Unido.

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês sublinhou a importância de “manter o impulso da reconciliação regional estimulado pelo reatamento das relações diplomáticas entre a Arábia Saudita e o Irão”, que Pequim mediou em 2023, destacando a sua crescente influência na região.

“Qual é o futuro do Médio Oriente? Esta é, acima de tudo, uma questão a que todos os países da região devem responder”, declarou Wang, que lamentou que esta zona “tenha sido durante muito tempo vítima dos jogos das grandes potências e se tenha mesmo tornado vítima de conflitos geopolíticos, uma injustiça histórica que não deve continuar”.

Ouvir o povo

O ministro chinês sublinhou ainda a urgência de “respeitar a soberania e a integridade territorial dos países da região” e de “construir uma nova arquitectura de segurança sustentável”. Wang manifestou a sua convicção de que a comunidade internacional deve “ajudar os países da região a encontrar soluções para os seus conflitos, tendo em conta factos objectivos e a justiça internacional, em vez de agir em seu nome”.

Nos últimos dias, a China sublinhou a importância de “o futuro e o destino da Síria serem decididos pelo povo sírio”, após a queda do regime de Bashar al-Assad, deposto na semana passada pelas forças da oposição, ao mesmo tempo que manifestou esperança de que a estabilidade “regresse o mais rapidamente possível” ao país.

Pequim manifestou, no ano passado, o seu apoio a uma solução de “dois Estados” para o conflito israelo-palestiniano, bem como a sua “consternação” face aos ataques israelitas contra civis.

16 Dez 2024

O fogareiro de bambu de Wu Kuan

Tang Yin (1470-1523), o pintor de Suzhou que usou o nome Bohu, o «Tio tigre», que confessava a dificuldade em domesticar o seu carácter livre, como acontece muitas vezes, prezava por outro lado os laços de amizade com aqueles que se dispunham a acolher a inépcia na expressão do seu coração puro.

Num rolo de pintura conhecido alternativamente como Bebendo chá sob a árvore wutong, ou O fogareiro de bambu (tinta e cor sobre papel, 116,6 x 23,8 cm, no Instituto de Arte de Chicago) ele evoca o amigo pintor Wu Kuan (1435-1504) que falecera cinco anos antes. Na simplicidade da cena, comum entre letrados da dinastia Ming, representando um encontro ao ar livre de um literato com um monge budista, reconhecíveis nas suas vestes, ambos com uma taça de chá na mão, pequenos detalhes denunciam a sofisticação do momento.

No início do rolo, onde não há qualquer referência a uma habitação, à direita um criado inclina-se sobre um ribeiro recolhendo a sua água pristina para, vê-se depois, ser fervida por outro criado num fogareiro portátil de forma cúbica com uma chaleira circular, as figuras convencionais do céu sobre a terra.

Essa forma criada no início do séc. XIV por um artesão de Huzhou (Zhejiang) que trabalhava o bambu e que o monge Pu Zhen do Monte Hui (Wuxi), lugar onde se apreciava o chá, encontrou na estrada, numa viagem, distingue o rolo dedicado ao ausente Wu Kuan de outras pinturas de Tang Yin em que a apreciação do chá é pretexto para um encontro. Como o rolo horizontal Shiming tu (tinta e cor sobre papel, 105,8 x 31,1 cm, no Museu do Palácio em Pequim) em que evoca o amigo Chen Shiming, numa situação mais usual de hospitalidade em que um convidado vem chegando por uma ponte. Pormenores, na pintura para Wu Kuan, como o nome wutong, da árvore que acompanha o encontro e onde há uma homofonia com a palavra tong que significa «partilhar», aludem à afinidade que Tang Yin tinha com o amigo, com quem saboreava o chá.

Wu Kuan fora autor do poema Aicha ge, Canção de Amor ao chá:

Eu, o ancião que ferve a água,

amo o chá como amo o vinho,

Três ou cinquenta taças, não as contarei.

Começo na sala do chá,

onde não há coisas desnecessárias:

Apenas um fogareiro sob um almofariz.

Aqui não há nada para fazer, excepto ferver o chá.

O dia inteiro a taça nunca deixa os meus lábios,

Assistirá ao encontro de hoje, um único bule.

Da porta vem um convidado,

um verdadeiro amigo do chá,

Para expressar o agradecimento

e imitar o poema de Lu Tong,

Ferver o chá e seguir a ode de Huang Jiu.

A sequela do Livro do chá,

não empresto a ninguém,

A adenda ao chá,

deixo escorregar-me da mão.

Não quero ter nada a ver

com a vulgar plantação do chá,

Conheço apenas alguns hectares

do jardim de chá em baixo desta montanha.

Há pessoas que sonham

em percorrer o país do chá,

Mas, aqui e agora,

eu não quero fazer outra coisa.

16 Dez 2024

CPSP | Menor sem carta de condução envolve-se em acidente

Um aluno do ensino secundário foi apanhado a conduzir uma mota sem carta de condução, depois de ter batido num carro e tentado fugir. O caso aconteceu na terça-feira e foi relatado ontem pelo jornal Ou Mun, que cita o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP).

Segundo a informação oficial, quando circulava no Beco da Baía, na Taipa, com um colega de escola, o jovem bateu num carro e tentou fugir. Contudo, o acidente foi testemunhado por um agente da polícia que estava de folga, e o aluno e o amigo foram interceptados.

Após a investigação, a polícia descobriu que a moto pertence ao pai do pendura, e que este aproveitou o facto de os pais não estarem em casa para levar as chaves e ir dar uma volta com o amigo. No entanto, quando o acidente aconteceu, os dois não souberam como reagir, e com medo tentaram fugir do local. O caso foi encaminhado para o Ministério Público, com o jovem indiciado pelos crimes de condução por não habilitado e fuga à responsabilidade.

16 Dez 2024

Finanças | Receita pública até Novembro ultrapassou total de 2023

De acordo com os números dos Serviços de Finanças, as receitas de quase 101 mil milhões de patacas representam um crescimento de 14,6 por cento face ao período homólogo

 

O Governo arrecadou quase 101 mil milhões de patacas em receitas públicas nos primeiros 11 onze meses, mais do que em todo o ano de 2023, uma média superior a 10 mil milhões por mês. De acordo com dados publicados ‘online’ pelos Serviços de Finanças, as receitas subiram entre Janeiro e Novembro 14,6 por cento, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Macau fechou 2023 com receitas de quase 95 mil milhões de patacas, graças a transferências de 10,5 mil milhões de patacas vindas da reserva financeira. Desde 2020 que o território só conseguiu manter as contas em terreno positivo, algo exigido pela Lei Básica, devido a transferências da reserva financeira.

O orçamento da cidade para 2024 prevê o regresso aos excedentes nas contas públicas, “não havendo necessidade de recorrer à reserva financeira”, depois de três anos de crise económica devido à pandemia de covid-19. A receita corrente de Macau, que não inclui as transferências, aumentou 29,4 por cento nos primeiros 11 meses de 2024, em termos anuais, para 100,5 mil milhões de patacas.

Deste valor, o Governo arrecadou 81 mil milhões de patacas em impostos sobre o jogo, mais 37,2 por cento do que no mesmo período do ano passado. De acordo com o mais recente relatório da execução orçamental, divulgado na quarta-feira, Macau já recolheu mais em taxação aos casinos do que em 2023, ano que fechou com um total de 65,3 mil milhões de patacas.

As seis operadoras de jogo da cidade pagam um imposto directo de 35 por cento sob as receitas do jogo, 2,4 por cento destinado ao Fundo de Segurança Social de Macau e ao desenvolvimento urbano e turístico e 1,6 por cento entregue à Fundação Macau para fins culturais, educacionais, científicos, académicos e filantrópicos.

Dentro do esperado

Nos primeiros 11 meses de 2024, Macau recolheu 98,5 por cento da receita corrente projectada para 2024 no orçamento, que é de 102 mil milhões de patacas. No final de Dezembro de 2023, o Centro de Estudos e o Departamento de Economia da Universidade de Macau previu que as receitas do Governo podem atingir 109,6 mil milhões de patacas, mais 7,5 por cento do que o estimado pelas autoridades.

Com a subida nas receitas, a despesa pública também aumentou 11,3 por cento para 83,8 mil milhões de patacas, embora o investimento em infra-estruturas tenha caído 1,7 por cento para 15,1 mil milhões de patacas. Pelo contrário, a despesa corrente subiu 13,6 por cento para 68 mil milhões de patacas, devido ao aumento de 17,2 por cento nos apoios sociais e subsídios dados à população e a um crescimento de 4,4 por cento nas despesas com funcionários públicos.

Entre Janeiro e Novembro, a cidade teve um excedente de 17,1 mil milhões de patacas nas contas públicas, mais 34,4 por cento do que no mesmo período de 2023.

16 Dez 2024

UM | Alterados critérios de admissão para alunos do Interior

Após 24 alunos do Interior da China terem sido descobertos a utilizar resultados falsos do Exame do Diploma de Ensino Secundário de Hong Kong (HKDSE, na siga inglesa) para entrar na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, a Universidade de Macau (UM) alterou os critérios de candidaturas para os alunos do Interior.

Segundo um comunicado da instituição, a partir do ano lectivo 2025/2026 só vão ser aceites os alunos do Interior da China que apresentarem o resultado do gaokao, o exame nacional para candidaturas às instituições do ensino superior.

Esta é uma forma da UM evitar o recurso aos exames da HKDSE. Em resposta ao canal chinês da Rádio Macau, a UM defendeu ainda que é mais justo recrutar os alunos de acordo com os resultados do gaokao, e que no futuro vai continuar a avaliar e a ajustar as políticas de admissão. A UM apontou também que só durante a pandemia começou a aceitar outros resultados de exames que não do gaokao, uma medida destinada a aumentar a conveniência para os alunos de fora.

16 Dez 2024

EPM | Lisboa promete reduzir número de alunos sem professor

O Ministério da Educação de Portugal salientou o compromisso de “reduzir de forma drástica o número de alunos sem aulas” no estrangeiro, mas lembrou que é preciso ter em conta “a falta de professores em Portugal”. Os esclarecimentos constam de uma nota enviada à Lusa, na sexta-feira.

“O Ministério da Educação, Ciência e Inovação [MECI] reafirma mais uma vez o seu compromisso com o objectivo reduzir de forma drástica o número de alunos sem aulas; tendo em conta a falta de professores em Portugal, uma das medidas tomada este ano lectivo, foi a redução significativa das mobilidades dos docentes que não têm substituto”, pode ler-se na nota enviada citada pela Lusa a propósito das críticas da associação de pais da Escola Portuguesa de Macau.

Na nota, o Ministério detalha as razões de ter rejeitado o pedido de substituição de vários professores para a escola portuguesa e vinca que noutros casos os pedidos para dar aulas em Macau foram aceites.
No final de Novembro, a associação de pais da Escola Portuguesa de Macau (APEP) tinha criticado “o silêncio” do ministro da Educação e pediu a intervenção do Presidente da República para resolver “o impasse” na contratação de professores.

16 Dez 2024

RAEM 25 anos | Embaixador diz que Pequim “tem respeitado” acordo

António Santana Carlos lamenta que se tenha perdido o interesse em Portugal por Macau, como “havia antigamente”, mas considera que o tratado da declaração conjunta está a ser respeitado

 

António Santana Carlos, último líder português no “grupo de ligação”, que negociou com a China a transição de Macau para a administração chinesa, considera que Pequim “tem respeitado” o que acordou com Portugal.

O embaixador sublinha como “muito importante” a manutenção do português como língua oficial no território durante os 50 anos do período de transição conseguida nessas negociações, mas reconhece que não há hoje em Portugal “o mesmo interesse” por Macau “que havia antigamente”.

“Enfim, não há o mesmo interesse do lado português que havia antigamente, em que tínhamos lá um governador, etc. Mas a China tem respeitado, julgo eu, os interesses da população de origem portuguesa que continua em Macau. Portanto, a minha avaliação é positiva”, disse em declarações à Lusa.

A “meio da ponte” do período de 50 anos acordado pela China e Portugal numa “declaração conjunta” com valor de tratado, depositada nas Nações Unidas, o diplomata considera que, até agora, nos últimos 25 anos, “a China respeitou aquilo que foi acordado”.

Relativamente a essa negociação, recordou que “teve alguns momentos difíceis, designadamente na regulamentação das duas línguas oficiais”. “A China considerava o chinês e o português como línguas oficiais na Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), mas era preciso que houvesse uma definição [formal] porque, senão, quais seriam as garantias?”, deixou no ar.

O momento revestiu-se de particular dramatismo, como decorre da descrição de Santana Carlos: “Foi numa negociação em Pequim, numa reunião em que insisti de tal maneira que, se a China não aceitasse negociar a regulamentação, a reunião acabava ali. Enfim, passada uma hora, os chineses voltaram à reunião e, a partir daí, começámos essa negociação da regulamentação oficial das duas línguas oficiais. Foi o momento talvez mais tenso, mas as negociações decorreram, de uma forma geral, bem”, disse.

Antigo embaixador em Pequim

Santana Carlos foi embaixador de Portugal em Pequim entre 2002 e 2006, pelo que acompanhou de perto os primeiros anos da transição, mas desde aí, confessou também, não tem acompanhado “com a mesma proximidade” os processos paralelos da administração chinesa de Macau e de Hong Kong. “Acho que as coisas têm corrido bem” em Macau, disse, no entanto.

Já quando confrontado com as implicações nos dois territórios das vagas de protestos em Hong Kong em 2019, que resultaram nomeadamente na constituição da lei de segurança nacional no antigo território sob administração britânica, em vigor desde Março último, e fortemente restritiva da liberdade de expressão e dos direitos fundamentais, segundo a generalidade dos observadores, Santana Carlos avisou para “não se comparar o que aconteceu em Hong Kong com o que aconteceu em Macau”.

“Obviamente, são cenários diferentes. Acho que acabou por se ultrapassar esse problema”, acrescentou o diplomata português. Perante estes cenários de fundo, o embaixador descreve a relação entre Portugal e a China como “normal” e “estável”, apesar de “alguns altos e baixos”.

Num olhar para os próximos 25 anos, Santana Carlos disse que Macau “será sempre um meio especial, diferente”, para as relações políticas e económicas de Portugal e dos países lusófonos com a China, mas pouco mais do que isso, porque “a China tem uma visão muito completa do que lhe interessa”.

16 Dez 2024

Comércio | Ho Iat Seng visita zona da Almeida Ribeiro

Ho Iat Seng, Chefe do Executivo ainda em exercício, visitou na sexta-feira algumas zonas centro da península, nomeadamente a Rua das Estalagens e a Avenida de Almeida Ribeiro. Com esta visita, o governante pretendeu “inteirar-se do projecto de revitalização [do local, em parceria com a Sands China, e a situação dos comerciantes”.

Ho Iat Seng “ficou a conhecer o progresso da implementação do projecto de revitalização da zona, visitou um projecto de embelezamento do portão de ferro concebido e pintado por jovens artistas de Macau e também se mostrou atento à situação dos comerciantes”, indicou o Gabinete de Comunicação Social em comunicado.
Segundo a mesma nota, na Rua das Estalagens os comerciantes terão dito que, “graças ao projecto de revitalização, houve um aumento no fluxo de pessoas no bairro e o ambiente de negócios melhorou”.

Além disso, alguns comerciantes referiram que o projecto de revitalização da zona permite apoiar as pequenas e médias empresas, “enriquecendo o conteúdo cultural e turístico de ruas e bairros”. Ho Iat Seng explicou que o Governo “está disponível para apoiar o empreendedorismo dos jovens”, além de esperar novos elementos nos bairros comunitários com os projectos de revitalização em curso, suportados pelas operadoras de jogo.

A visita de Ho Iat Seng passou também pelo Mercado do Kam Pek, no velho Centro Comunitário Kam Pek, que vai ser revitalizado pela Sociedade de Jogos de Macau (SJM). Desde a transformação em mercado, no ano passado, que o “espaço foi transformado num marco gastronómico, atraindo pequenas e médias empresas locais com potencial”.

Ho Iat Seng passou ainda por dois hotéis revitalizados recentemente na Almeida Ribeiro, um deles o antigo Hotel Central, e mostrou-se esperançado que a “zona simbólica” possa atrair “um grande fluxo de turistas criando novas oportunidades para a cidade”.

16 Dez 2024

RAEM 25 anos | Celebrações e férias levam a reforço de segurança

As autoridades de Macau ponderam activar o centro de comando conjunto interdepartamental para assegurar a ordem pública durante as festividades tradicionais e as cerimónias de celebração dos 25 anos da RAEM.

O anúncio foi feito ontem através do portal do Gabinete do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, na secção “Tu e a Segurança”.

Por um lado, a mobilização de recursos procura garantir a segurança dos vários eventos que vão ser realizados na RAEM, como grandes espectáculos ao ar livre. “As autoridades de segurança procederam, com antecedência, a trabalhos preparatórios relativos à realização de actividades festivas e comemorativas de grande envergadura, e irão, conforme a dimensão do recinto, o número estimado de pessoas presentes nesse recinto, os riscos eventuais para a sociedade e a situação real, activar o centro de comando conjunto interdepartamental”, foi indicado.

“No dia da realização das actividades, e consoante o fluxo de pessoas no local, o CPSP mobiliza as forças policiais para fazer a triagem de pessoas e facilitar a mobilidade de pessoas concentradas no local”, foi acrescentado.

Por outro lado, serão mobilizados mais recursos para as fronteiras, para fazer face ao aumento do número de entradas e saídas no território. “Para lidar com os períodos em que há um maior fluxo de pessoas, o CPSP elaborou antecipadamente planos de controlo de multidões nos pontos turísticos e nos postos fronteiriços, reforçou as medidas de controlo de trânsito, a manutenção da ordem e a gestão de emergências”, foi garantido.

16 Dez 2024

Forças Armadas | Ministério da Defesa elogia guarnição de Macau

A guarnição do Exército de Libertação Popular da China estacionada em Macau vai continuar a ser um “baluarte da prosperidade e estabilidade” da região administrativa especial, afirmou na sexta-feira o porta-voz do Ministério da Defesa chinês.

O destacamento das Forças Armadas da República Popular da China em Macau “vai assegurar a sua competência contínua para manter a confiança dos residentes locais e salvaguardar a prosperidade e a estabilidade de Macau”, afirmou Wu Qian, em conferência de imprensa.

As tropas do Exército chinês foram destacadas para Macau em 1999, após a transferência da soberania da região de Portugal para a China, para assumirem responsabilidades de defesa.

No dia 20 deste mês celebram-se 25 anos do estabelecimento da RAEM, na sequência da transição, sob um acordo que garantiu ao território 50 anos de autonomia, a nível executivo, legislativo e judicial, ao abrigo do princípio “Um País, Dois Sistemas”. As competências da Defesa e política externa estão, no entanto, sob tutela do Governo Central da China.

“Ao longo dos últimos 25 anos, a guarnição tem desempenhado com sucesso as suas funções de defesa”, frisou Wu, destacando a “melhoria da sua prontidão de combate, através de treinos rigorosos e exercícios conjuntos regulares”. “Estes esforços reforçaram a capacidade das forças para responder prontamente a potenciais ameaças”, vincou.

Wu destacou a participação “activa” dos soldados chineses no serviço comunitário, incluindo a doação de sangue e os esforços de auxílio em caso de catástrofe, como aconteceu depois da passagem do Tufão Hato, em 2017, pelo território.

16 Dez 2024

Francisco Leandro, autor e professor na Universidade de Macau: “Apoio do país reforça o papel de plataforma de Macau”

Entrevista de Gang Wen ao jornal China Daily

Francisco Leandro, professor associado da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Macau, afirma que o apoio da nação permitiu à RAEM servir de centro de comércio, investimento e interações culturais entre a China e as comunidades de língua portuguesa.

 

 

Como vê o desenvolvimento de Macau desde o seu regresso à Pátria? Entre as realizações da cidade, quais as que mais o impressionaram? E quanto ao seu sector, houve algum progresso importante nos últimos 25 anos?

O 25.º aniversário do regresso de Macau à Pátria e da criação da Região Administrativa Especial de Macau constitui um marco significativo na história da região, reflectindo um processo diplomático bem sucedido e demonstrando a sua atual estabilidade política e económica. Actualmente, a RAE de Macau goza de estabilidade política e está profundamente integrada nos planos de desenvolvimento nacionais. A governação da cidade ao abrigo do princípio “um país, dois sistemas” permitiu-lhe manter um elevado grau de autonomia, ao mesmo tempo que se alinhava com as políticas nacionais. Esta integração facilitou o crescimento económico de Macau, tornando-o uma parte vital da estratégia económica mais ampla do país.

A estratégia de desenvolvimento socioeconómico de Macau está consagrada na política “um centro, uma plataforma, uma base”. Este quadro tem por objetivo posicionar a RAEM como um centro mundial de turismo e lazer, reforçando a sua atração como destino turístico global. Além disso, a RAEM funciona como uma plataforma de cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa, promovendo o comércio internacional e o intercâmbio cultural. A RAE de Macau está também a tornar-se uma base de intercâmbio e cooperação cultural, promovendo interações culturais e a conservação do património. Esta abordagem multifacetada apoia a integração de Macau nos planos de desenvolvimento nacionais e reforça a sua presença global. A posição única da RAEM como ponte entre a China, em particular a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, e os países de língua portuguesa sublinha a sua importância estratégica.

O conceito de “uma plataforma, três centros” realça o papel de Macau na promoção do intercâmbio económico e cultural. Esta plataforma permitiu à cidade servir de plataforma para o comércio, o investimento e as interações culturais, reforçando os laços entre a China e o mundo lusófono.

O desenvolvimento de Macau como um centro de turismo e lazer, juntamente com a promoção de quatro indústrias principais – convenções e exposições, indústrias culturais e criativas, medicina tradicional chinesa e serviços financeiros modernos – diversificou a sua economia. Estas iniciativas não só impulsionaram a actividade económica, como também reforçaram a atração global de Macau como destino turístico.

O governo central adoptou uma série de políticas para Macau. Existe alguma medida específica que tenha beneficiado o seu sector? Como?

O Interior da China e o Acordo de Parceria Económica Reforçada (CEPA) de Macau desempenham um papel crucial na Grande Baía e na promoção dos laços com os países de língua portuguesa. Ao promover a cooperação comercial e económica, o CEPA reforça a posição da RAEM como ponte entre a China e os países lusófonos. Este acordo facilita o acesso ao mercado, o investimento e o intercâmbio cultural, promovendo Macau como um centro de negócios internacional. Além disso, o CEPA apoia a integração de Macau na Área da Grande Baía, contribuindo para o desenvolvimento regional e a diversificação económica. Este papel estratégico sublinha a importância de Macau nas iniciativas económicas e diplomáticas mais amplas do país.

A promoção do ensino superior na RAE de Macau desempenhou igualmente um papel crucial no seu desenvolvimento. Ao investir na educação e na investigação, Macau contribuiu para os objectivos de desenvolvimento nacional e posicionou-se como um centro de excelência académica. Esta aposta na educação permitiu criar uma mão de obra qualificada, essencial para sustentar o crescimento económico e a inovação. A Universidade de Macau é altamente considerada nos rankings académicos globais. Foi classificada em 180º lugar no World University Rankings 2025 pela Times Higher Education, e em 245º lugar no QS World University Rankings 2025. Para além disso, a Universidade de Macau está classificada em 262º lugar nas Melhores Universidades Globais pelo US News & World Report. Estas classificações reflectem o compromisso da universidade com a excelência no ensino e na investigação, particularmente em áreas como a inteligência artificial, a engenharia e as ciências sociais. A forte colaboração internacional e a investigação inovadora da universidade contribuem significativamente para a sua estimada posição global.

Este ano assinala-se o terceiro aniversário da criação da Zona de Cooperação Aprofundada Guangdong-Macau em Hengqin. Na sua opinião, como é que Macau deve continuar a tirar partido das vantagens da zona para se desenvolver a si próprio e ao sector da educação?

A Zona de Cooperação de Hengqin é um dos principais objectivos dos esforços de modernização de Macau. Esta zona tem sido fundamental para impulsionar a inovação e a diversificação económica, proporcionando um espaço para novas indústrias e promovendo uma integração mais estreita com o continente. A zona exemplifica o empenhamento de Macau na modernização e o seu papel estratégico no desenvolvimento regional.

Macau é uma mistura única das culturas chinesa e portuguesa. Na sua opinião, como é que esta fusão pode ajudar a nação a reforçar a comunicação com a comunidade internacional e a contar as boas histórias da China?

Macau é uma mistura fascinante de culturas, onde o Oriente se encontra com o Ocidente de uma forma única e harmoniosa. A sua paisagem linguística é um testemunho da sua herança multicultural. O chinês é a língua oficial e a língua portuguesa pode ser utilizada para fins oficiais, reflectindo os laços históricos de Macau com Portugal e as suas raízes chinesas. O inglês é também amplamente falado, especialmente nos negócios e no turismo, o que faz de Macau uma sociedade verdadeiramente multilingue.

O sistema jurídico da RAEM é outro domínio em que esta mistura cultural é evidente. Baseado no sistema de direito civil português, foi adaptado ao contexto local no âmbito do princípio “um país, dois sistemas”. Este sistema jurídico duplo permite uma mistura única de tradições jurídicas chinesas e ocidentais, assegurando que o ambiente jurídico de Macau é familiar aos seus residentes e acessível às empresas internacionais.

A abordagem de Macau à resolução extrajudicial de conflitos comerciais realça ainda mais a sua política multicultural. A cidade oferece vários serviços de arbitragem e mediação que servem tanto as partes locais como as internacionais, promovendo a resolução eficiente e amigável de litígios. A política de cidade aberta e a atitude multicultural de Macau são a chave do seu sucesso como centro global. A cidade acolhe pessoas de todo o mundo, promovendo uma comunidade diversificada e inclusiva. Esta abertura reflecte-se nos seus festivais, na sua gastronomia e na sua vida quotidiana, onde diferentes culturas coexistem e se enriquecem mutuamente. Essencialmente, a mistura de línguas, sistemas jurídicos e atitudes multiculturais de Macau torna-a um lugar único e dinâmico, que estabelece pontes entre culturas e promove ligações globais.

Que realizações gostaria de ver concretizadas por Macau nos próximos 25 anos?

Em resumo, o futuro de Macau é brilhante, com uma maior integração com a China continental, o seu papel central no comércio internacional, um crescimento económico diversificado e uma forte presença global. Estes elementos assegurarão o êxito e o desenvolvimento contínuos de Macau na cena mundial. O 25.º aniversário do regresso de Macau à pátria celebra não só uma conquista diplomática bem sucedida, mas também as contribuições contínuas da região para o desenvolvimento nacional e mundial. As iniciativas estratégicas de Macau e a sua integração nos planos nacionais sublinham a sua importância como região dinâmica e virada para o futuro.

16 Dez 2024