Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Empresa do navio de cruzeiros diz que acompanhará português infectado até ser repatriado [dropcap]A[/dropcap] Princess Cruises, empresa que detém o navio Diamond Princess onde um português permaneceu infectado com Covid-19, disse ontem estar em contacto com Adriano Maranhão e a mulher e que o irá acompanhar até que seja repatriado. “A Princess Cruises pode confirmar que nossa equipa médica de apoio à tripulação está em contacto com Adriano Maranhão e com a sua esposa. Devido às leis de privacidade, não podemos divulgar detalhes médicos, mas podemos confirmar que o Sr. Maranhão foi transferido para uma instalação médica em terra”, segundo o gabinete de imprensa da empresa, em resposta escrita à agência Lusa. “A nossa equipa de apoio aos tripulantes continuará em contacto com ele [Adriano Maranhão] e com a sua família para garantir que se sinta confortável até ser repatriado”, adiantou. Adriano Maranhão, canalizador no navio de cruzeiros Diamond Princess, foi transferido na terça-feira para o hospital da cidade de Okazaki, Japão, depois de no sábado, as autoridades japonesas terem confirmado que o português deu teste positivo ao coronavírus Covid-19. Desde que foi conhecido que o português estava infetado com o novo coronavírus, que a sua mulher, Emmanuelle Maranhão, apelou à embaixada portuguesa no Japão e ao Governo Português que para fosse prestada ajuda ao marido. A Princess Cruises confirmou ainda à Lusa que já não há passageiros a bordo do navio e que restam no navio menos de 500 tripulantes. O cruzeiro, ancorado no porto de Yokohama, a sul de Tóquio, tornou-se no maior foco do novo coronavírus, Covid-19, fora da China continental, tendo registado mais de 600 infectados entre os passageiros. O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de pelo menos 2.763 mortos e cerca de 81 mil infectados, de acordo com dados de mais de 40 países e territórios. Das pessoas infectadas, quase 30 mil recuperaram. Além dos mais de 2.700 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan registaram também vítimas mortais. A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | BNU doa mais de 11.500 euros à Cruz Vermelha de Macau [dropcap]O[/dropcap] Banco Nacional Ultramarino (BNU) em Macau doou à Cruz Vermelha de Macau 100 mil patacas para apoiar a instituição no combate ao surto do novo coronavírus, anunciou ontem o banco em comunicado. “No âmbito da sua estratégia de Responsabilidade Social, e à semelhança do que tem feito nos últimos dias, junto de outras instituições, o BNU doou 100.000 Patacas à Cruz Vermelha de Macau, em resposta à epidemia COVID-19”, pode ler-se na mesma nota. “A Cruz Vermelha está presente em Macau desde 1920, altura desde a qual tem vindo a prestar assistência humanitária à população mais desfavorecida. Faz parte do Comité Internacional da Cruz Vermelha e da Federação das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, sendo atualmente um ramo autónomo da Cruz Vermelha da China”, sublinhou o BNU. Na mesma nota, a banco garantiu que vai continuar a apoiar organizações humanitárias, durante o surto do novo coronavírus, e implementar medidas “que visem ajudar os cidadãos e as PME de Macau neste período difícil”. Na semana passada, o BNU já tinha doado à Caritas 100 mil patacas e anunciado a abertura de uma conta de angariação de fundos e ainda anunciou uma doação, no mesmo valor, à Santa Casa da Misericórdia.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | BNU doa mais de 11.500 euros à Cruz Vermelha de Macau [dropcap]O[/dropcap] Banco Nacional Ultramarino (BNU) em Macau doou à Cruz Vermelha de Macau 100 mil patacas para apoiar a instituição no combate ao surto do novo coronavírus, anunciou ontem o banco em comunicado. “No âmbito da sua estratégia de Responsabilidade Social, e à semelhança do que tem feito nos últimos dias, junto de outras instituições, o BNU doou 100.000 Patacas à Cruz Vermelha de Macau, em resposta à epidemia COVID-19”, pode ler-se na mesma nota. “A Cruz Vermelha está presente em Macau desde 1920, altura desde a qual tem vindo a prestar assistência humanitária à população mais desfavorecida. Faz parte do Comité Internacional da Cruz Vermelha e da Federação das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, sendo atualmente um ramo autónomo da Cruz Vermelha da China”, sublinhou o BNU. Na mesma nota, a banco garantiu que vai continuar a apoiar organizações humanitárias, durante o surto do novo coronavírus, e implementar medidas “que visem ajudar os cidadãos e as PME de Macau neste período difícil”. Na semana passada, o BNU já tinha doado à Caritas 100 mil patacas e anunciado a abertura de uma conta de angariação de fundos e ainda anunciou uma doação, no mesmo valor, à Santa Casa da Misericórdia.
Hoje Macau h | Artes, Letras e IdeiasSobre a criação e as formas pictóricas. Tem a palavra K.S. Malévitch (tradução de Emanuel Cameira / colagem de Paulo da Costa Domingos) [dropcap]O[/dropcap] espaço é o receptáculo adimensional onde a razão deposita a sua criação. Possa também eu depositar a minha força criativa. Toda a pintura do passado e presente antes do suprematismo (escultura, arte verbal, música) foi escravizada pela forma da natureza e aguarda a sua libertação para falar na sua própria língua e não depender da razão, do sentido, da lógica, da filosofia, da psicologia, das diferentes leis de causalidade e das mudanças técnicas da vida. Foi então o momento da confusão babélica na arte. Até à data, a arte da pintura, da escultura, a arte verbal foram um camelo albardado com um monte de odaliscas, de imperadores egípcios e persas, de Salomões, de Salomés, de príncipes, de princesas com os seus queridos lulus, de caçadas e de Vénus luxuriantes. Até à data, não houve tentativas pictóricas enquanto tal, sem todos os tipos de atributos da vida real. A pintura foi uma gravata na camisa engomada de um cavalheiro e o espartilho rosa comprimindo a barriga inchada de uma mulher gorda. A pintura era o lado estético do objecto, mas nunca foi original, nunca teve um objectivo próprio. Os pintores foram magistrados, graduados da polícia que elaboravam diferentes actas sobre produtos deteriorados, roubos, assassinatos e vagabundos. Os pintores foram também advogados, alegres contadores de anedotas, psicólogos, botânicos, zoólogos, arqueólogos, engenheiros, mas não havia pintores criativos. O nosso movimento «itinerante» coloria vasos nas paliçadas da Pequena Rússia e tentava apresentar uma filosofia de banalidades. Na mesma altura, a juventude entregou-se à pornografia e transformou a pintura numa miscelânea sensual, lasciva. Não havia realismo pictural estabelecendo um objectivo próprio, não havia criação. Ainda não se pode considerar como criação uma composição com belas meretrizes nos quadros. Também não se pode considerar a idealização das estátuas gregas dessa maneira, pois só havia aí o desejo de aperfeiçoar o seu Eu subjectivo. Não se pode mais considerar desse modo as pinturas onde há excesso de formas reais: a pintura de ícones de Giotto, de Gauguin, etc…, não mais são que cópias da natureza. Só há criação nas pinturas onde aparece a forma que nada toma do que foi criado na natureza, mas que resulta das massas pictóricas, sem repetir e modificar as formas primárias dos objectos da natureza. O futurismo, ao proibir a pintura de pernas femininas, a cópia retratista, também afastava a perspectiva. Mas ele introduziu essa proibição, não em nome de uma pintura livre dos mencionados princípios do Renascimento, dos Antigos, etc…, mas sob o efeito da mudança do lado técnico da existência. A nova vida das máquinas e do ferro, o rugido dos automóveis, o brilho dos projectores, o ruído das hélices, despertaram a alma que roncava e se esvaía na cave dos erros listados. A dinâmica do movimento foi mote para destacar também a dinâmica da plástica pictórica. Mas o esforço do futurismo para fornecer uma plástica pictórica pura não foi, per se, coroado de sucesso: não pôde afastar-se do lado figurativo, em geral, e apenas destruiu os objectos em nome da obtenção de dinâmica. E essa última coisa foi obtida logo que metade da razão foi caçada, tal qual a velha trompa perante o hábito de ver os objectos por inteiro e de os comparar, incessantemente, com a natureza. Mas o que distancia ainda mais o futurismo do seu desígnio em alcançar uma plástica pictórica pura é o facto de, no quadro, a construção de objectos que passam velozmente dar a impressão do estado de movimento da natureza. Tratando-se de uma tarefa avançada, é indispensável operar com formas reais para obter essa impressão. Seja como for, no cubo-futurismo estamos diante de um ataque à integridade dos objectos, da sua fractura, da sua partição, o que nos aproxima da aniquilação do figurativo na arte da criação. Os cubo-futuristas reuniram todos os objectos na praça pública, quebraram-nos mas não os queimaram. Que pena! Arrancaram a pintura às casas de moda, às retrosarias, às lojas de artesanato e perfumarias, e o nosso século de máquinas e de betão armado vestiu-a. Os futuristas deixaram-se impressionar pela extraordinária força dos objectos que passavam a grande velocidade, pela sua sucessão rápida, e começaram a procurar maneiras de descrever a vida no seu estado contemporâneo. Quanto à construção do quadro, surgiu da descoberta, na sua superfície, de pontos em que a posição de objectos reais, aquando da sua ruptura ou encontro, permitia alcançar a velocidade máxima. A descoberta desses pontos pode ser feita arbitrariamente, independentemente da lei natural da física e da perspectiva. É por isso que vemos nas pinturas futuristas o aparecimento de fumo, de nuvens, do céu, de cavalos, de automóveis e de outros objectos em posições que não correspondem à natureza. E o estado dos objectos tornou-se mais importante que a sua essência e os seus sentidos. Vimos uma pintura fora do comum, uma nova ordem de objectos forçou a razão a vibrar, os críticos lançaram-se sobre a pintura como cães saltando de um portão. Deviam ter vergonha! Foi necessária uma enorme força de vontade para destruir todas as regras e arrancar a casca grossa da alma do academismo e cuspir na cara do bom senso. Honra lhes seja feita! Rejeitando a razão e propondo a intuição como subconsciente, os cubo-futuristas empregam ao mesmo tempo nos seus quadros, para seu próprio uso, formas criadas pela razão. A intuição não podia exprimir todo o subconsciente no plano real das formas particulares. Na arte dos futuristas, vemos todas as formas da vida real e, se elas são colocadas em lugares indevidos, tal não é feito inconscientemente, mas com uma justificação legítima e consciente, a de provocar a impressão do movimento caótico da vida contemporânea. A intuição só pôde encontrar novas belezas nos objectos já criados (cubismo). A razão, a intenção, a consciência são superiores à intuição. A razão cria uma forma completamente nova a partir do nada ou aperfeiçoa a forma primária. Da carroça à locomotiva, ao automóvel, ao avião. E, no entanto, atribuímos ao sentimento intuitivo uma superioridade, uma faculdade de prever e antecipar o tempo. Esse sentimento extrai as coisas sempre novas de uma certa vacuidade inconsciente para as fazer entrar na vida real. Na arte, não há evidências disso. A intuição procurou e encontrou o novo, o que é estético, apenas em objectos já criados. O objectivo precede a criação racional e a autoconsciência é um meio. A criação intuitiva, por seu turno, é inconsciente e não possui objectivo nem resposta precisa. As pinturas futuristas não justificam isso, o que é comprovado pela construção do quadro, pelo estabelecimento de uma ordem e pela questão da disposição dos objectos. Se considerarmos um qualquer ponto do quadro, encontraremos nele um objecto que se afasta ou aproxima, ou um espaço colorido incluído. Mas não encontraremos o essencial – a forma pictórica enquanto tal. O elemento pictórico não é aqui outra coisa senão a veste do objecto em questão. E a quantidade pictórica foi dada, a necessidade de grandeza da forma, para a sua própria finalidade, e não o contrário. Ao destacar nos quadros a dinâmica da plástica pictórica, como algo novo e sem destruir a figuração, a pintura futurista pode ser reduzida para a escala 1:20 sem perder a sua força de expressão. Parece-me que o movimento deve ser puramente colorido, de modo a que o quadro não perca nenhuma das suas cores. O movimento, a corrida do cavalo, da locomotiva, podem ser representados por um desenho num só tom de lápis, mas não é possível apresentar o movimento das massas vermelhas, verdes, azuis. É por isso que é necessário recorrer directamente às massas pictóricas enquanto tais e buscar nelas as formas que lhes são próprias. Vemos que o futurismo volta-se sobretudo para os objectos e opera com eles, o que é preciso recusar em nome da criação pictórica pura de novas formas criativas. O dinamismo da pintura é tão-só uma revolta que transmuta as massas pictóricas do objecto para formas autárcicas que nada designam, isto é, para a hegemonia em relação às formas racionais; formas pictóricas que constituem o seu próprio fim para o Suprematismo, como novo realismo pictórico. Resumo: o Futurismo, através do academismo das formas, aponta para o dinamismo da pintura. O Cubismo, através da destruição do objecto, aponta para a pintura pura. E esses dois esforços, na sua essência, tendem para o suprematismo da pintura, para a vitória sobre as formas conformes ao propósito da razão criativa. Ao examinar-se a arte cubista, coloca-se a questão de saber por que energia dos objectos se tornou o sentimento intuitivo interessante e activo? Veremos que a energia pictórica era secundária, não sendo a pintura o lado estético da construção que sai das relações mútuas das massas coloridas. Quanto ao objecto em si, quanto à sua essência e destino, quanto ao significado e à vontade de o representar de maneira mais completa (como o pensam muitos cubistas), tudo isso foi também uma preocupação inútil. O sentimento intuitivo descobriu uma nova beleza nos objectos – a energia da dissonância que resulta do encontro de duas formas. Os objectos contêm uma infinidade de momentos temporais, o seu aspecto é variado e, por conseguinte, a sua pintura também é variada. Todos esses aspectos temporais dos objectos e a sua anatomia (camada de madeira, etc…) tornaram-se mais importantes que a essência e foram tomados pela intuição como meio para construir a pintura; graças a isso, esses meios foram construídos de tal forma que a natureza inesperada do encontro de duas estruturas anatómicas resultaria numa dissonância de extrema força tensional, o que justifica o aparecimento de partes de objectos reais em locais que não correspondem à natureza. Assim, em benefício das dissonâncias dos objectos, privamo-nos de ter uma representação da totalidade do objecto. Podemos dizer, com alívio, que deixámos de ser camelos de duas bossas, carregados com a confusão acima mencionada. O objecto pintado de acordo com o princípio do cubismo pode ser considerado acabado quando a sua dissonância se esgota. Todas as partes repetidas podem ser omitidas pelo pintor. Mas se o pintor encontra pouca tensão na pintura, é livre de retirá-la de outro objecto. No princípio do cubismo existe ainda uma tarefa preciosa, a de não restituir os objectos, mas de pintar o quadro. Mas, no cubismo, ainda não se justifica a posição segundo a qual toda a forma real que não é criada pela força da necessidade da pintura é um acto de violência sobre esta última. Se nos últimos milénios o pintor buscou o objecto, o seu significado essencial, se tentou justificar a sua aplicação, na nossa era cubista o pintor destruiu o objecto enquanto tal, com o seu significado, sua essência e sua finalidade. Os objectos, as coisas do mundo real desapareceram como fumo para uma nova cultura da arte. E os meus olhos podem ser vistos num museu de curiosidades, como atributos medievais, para passar em revista o mundo dos objectos. O cubismo e o futurismo criaram o quadro a partir de detritos e fragmentos de objectos em prol das dissonâncias e do movimento. A intuição foi esmagada pela energia dos objectos e não alcançou o objectivo autónomo da pintura. Os quadros cubo-futuristas foram criados de acordo com vários princípios: O princípio da escultura pictórica artificial (modelagem das formas). O da escultura real (colagem), do relevo e do contra-relevo. O da palavra. No cubismo a pintura era expressa principalmente na superfície plana; antes dele a superfície plana era como um meio de iluminação! No que diz respeito às superfícies pictóricas planas no cubismo, elas não constituíam um fim em si mesmo, mas serviam, pela sua forma pictórica, para a dissonância. E a sua própria forma era tal que podia proporcionar uma forte dissonância com as linhas rectas, curvas, etc… que se dirigiam para ela. Cada superfície pictórica plana transformada num relevo pictórico proeminente é uma escultura artificial, e qualquer relevo saliente transformado numa superfície plana é pintura. Assim, na arte pictórica, a intuição não criou formas que derivam da massa da matéria pictórica; de um bloco de mármore não se derivou a forma que é própria do cubo, do quadrado, da esfera, etc… Encontramos a exaltação da intuição pelas combinações no quadro. Mas a intuição também foi exaltada pela pintura de um vaso sobre uma paliçada, por um girassol pintado… Os horrores representados nas pinturas do corpo humano e de outras formas provêm de a vontade criativa estar em desacordo com essas formas, encabeçando a luta do pintor para poder sair do objecto. Até agora, a vontade criativa fez parte das formas reais da vida. E a fealdade é o combate da força criativa devido à tristeza do encarceramento. Em arte, chamarei a essa força criativa, a essa vontade, A.B., Abismo, como meio de proteger a autonomia de toda a arte, cujas formas serão uma nova revelação do realismo pictórico das massas, dos materiais, da pedra, do ferro e de outros. Assim, por exemplo, ao bloco de mármore não é adequada a forma humana. Miguel Ângelo, ao esculpir David, violentou o mármore, mutilou um pedaço de pedra magnífica. Não havia mármore, havia David. E ele estava profundamente enganado se dissesse que fez sair David do mármore. O mármore estragado foi contaminado desde início pelo pensamento de Miguel Ângelo sobre David, pensamento que ele inscreveu na pedra e que depois soltou como uma lasca de um corpo estranho. É preciso deduzir do mármore as formas que decorreriam do seu próprio corpo, e um cubo esculpido ou uma outra forma é mais precioso do que qualquer David. O mesmo se passa na pintura, na literatura, na música. A aspiração das forças artísticas em conduzir a arte na direcção da razão levou ao momento zero da criação. Mesmo entre os indivíduos mais expressivos, as formas reais têm a aparência da fealdade. A fealdade foi empurrada entre os mais expressivos quase até ao ponto do seu quase desaparecimento, sem sair do âmbito do zero. Mas eu transfigurei-me no zero das formas e fui além do 0-1. Considerando que o cubo-futurismo cumpriu as suas tarefas, passo para o suprematismo, para o novo realismo pictórico, para a criação não-figurativa. A seu tempo, falarei do Suprematismo, da pintura, da escultura e da dinâmica das massas musicais. Junho de 1915. Moscovo. tradução de: “Du Cubisme au Suprématisme en Art, au Nouveau Réalisme de la Peinture en tant que Création Absolue” K. S. Malévitch De Cézanne au Suprématisme (premier tome des écrits), Éditions L’Âge d’Homme, Lausanne, 1974, pp. 37-43
Hoje Macau SociedadeAlto de Coloane | Win Loyal Development obrigada a desocupar terreno [dropcap]A[/dropcap] empresa Win Loyal Development vai ser obrigada a desocupar o terreno no Alto de Coloane, onde pretendia construir um edifício residencial, após o Tribunal de Última Instância (TUI) ter recusado uma providência cautelar. A decisão foi divulgada ontem no portal dos tribunais. O terreno em causa estava na posse da Win Loyal Development, mas uma investigação de 2018 do Comissariado Contra a Corrupção concluiu que o terreno devia ser recuperado pelo Executivo, uma vez que pertencia à RAEM. Por esse motivo, o secretário para os Transportes e Obras Públicas emitiu um despacho para proceder à recuperação do lote. A Win Loyal Development, ligada ao empresário Sio Tak Hong, contesta esse despacho, num caso que ainda decorre na Justiça. No entanto, enquanto não há uma decisão final sobre a posse do terreno, a empresa entendia que deveria ficar na posse do terreno, para evitar prejuízos de difícil recuperação. O TUI não concordou com este entendimento e recusou a providência cautelar.
Hoje Macau SociedadeAlto de Coloane | Win Loyal Development obrigada a desocupar terreno [dropcap]A[/dropcap] empresa Win Loyal Development vai ser obrigada a desocupar o terreno no Alto de Coloane, onde pretendia construir um edifício residencial, após o Tribunal de Última Instância (TUI) ter recusado uma providência cautelar. A decisão foi divulgada ontem no portal dos tribunais. O terreno em causa estava na posse da Win Loyal Development, mas uma investigação de 2018 do Comissariado Contra a Corrupção concluiu que o terreno devia ser recuperado pelo Executivo, uma vez que pertencia à RAEM. Por esse motivo, o secretário para os Transportes e Obras Públicas emitiu um despacho para proceder à recuperação do lote. A Win Loyal Development, ligada ao empresário Sio Tak Hong, contesta esse despacho, num caso que ainda decorre na Justiça. No entanto, enquanto não há uma decisão final sobre a posse do terreno, a empresa entendia que deveria ficar na posse do terreno, para evitar prejuízos de difícil recuperação. O TUI não concordou com este entendimento e recusou a providência cautelar.
Hoje Macau China / ÁsiaItália | Confirmada 12.ª vítima mortal e pelo menos 374 infectados [dropcap]A[/dropcap]s autoridades italianas confirmaram ontem a 12.ª vítima mortal por Covid-19 naquele país, informando ainda que o número de pessoas infectadas com o novo coronavírus em Itália é de 374. “O número total de pessoas infectadas por coronavírus é de 374, um aumento de 52 pessoas em relação ao número de ontem [terça-feira]. Entre as 374 pessoas, registámos 12 mortes e um caso de recuperação”, afirmou o chefe da Protecção Civil italiana, Angelo Borrelli, numa conferência de imprensa em Roma. “A última morte foi registada em Emilia Romanha (norte de Itália), mas tratava-se de um doente de Lodi [na região de Lombardia, noroeste, a zona mais afectada pela epidemia], que tinha 69 anos e que sofria de uma patologia respiratória anterior”, precisou o responsável. O anterior balanço da Protecção Civil italiana, divulgado na terça-feira à tarde, dava conta de 322 casos de infecção e 10 mortos. Todas as vítimas mortais registadas até à data eram pessoas idosas que sofriam de outras doenças graves, precisaram as autoridades italianas. Desde o início da epidemia, as autoridades de saúde italianas realizaram 9.462 testes, 95 por cento dos quais deram negativos. Ponto de situação Na conferência de imprensa em Roma, a Protecção Civil precisou que uma turista chinesa que constou, juntamente com o seu marido, entre os primeiros casos de contaminação por coronavírus detectados em Itália está curada. O casal chegou a estar internado numa unidade de cuidados intensivos, em estado grave. A região de Lombardia, que engloba Milão, a capital económica do país, continua a ser a zona de Itália mais afectada pela propagação do vírus, com 258 casos. Nesta região foram verificados, pela primeira vez, quatro casos de infecção entre crianças e adolescentes: uma criança de 4 anos, duas crianças de 10 anos e um adolescente de 15 anos. Todos apresentam sintomas associados ao novo coronavírus, mas sem gravidade, segundo as autoridades. A segunda zona mais afectada, com 71 casos de infecção, é a região de Veneto (onde fica Veneza), onde foi registada a primeira vítima mortal italiana na passada sexta-feira. No total, nove regiões italianas estão, neste momento, afectadas pela epidemia do novo coronavírus. As autoridades italianas referiram ainda que na região de Roma (capital do país) foram identificados três casos que vieram de fora do território italiano: dois turistas chineses e um jovem regressado da China.
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Hoje Macau China / ÁsiaGuangdong | Pacientes que receberam alta voltaram a testar positivo [dropcap]C[/dropcap]erca de 14 por cento dos pacientes que recuperaram da infecção pelo Covid-19 e receberam alta na província de Guangdong, voltaram a testar positivo para o coronavírus em testes subsequentes, informou ontem a imprensa local. Segundo o director adjunto do Centro de Controlo e Prevenção de Epidemias de Guangdong, Song Tie, ainda não há “conclusões claras” sobre o sucedido nem se sabe se os pacientes podem contagiar outras pessoas. Song observou que, de acordo com uma avaliação preliminar, os especialistas acreditam que os pacientes ainda estão a recuperar de infecções pulmonares e precisam de recuperar totalmente. Os critérios mais recentes da Comissão Nacional de Saúde da China estabelecem que um paciente pode ser dado como curado e receber alta do hospital quando as amostras da garganta ou nariz dão negativo em dois testes consecutivos e uma tomografia computadorizada não indica lesões pulmonares, para além da ausência de sintomas óbvios, como febre. Os critérios prescrevem que os pacientes recuperados devem monitorar a sua saúde e limitar actividades ao ar livre até duas semanas após deixar o hospital, além de serem sujeitos a novos exames nas semanas seguintes. No entanto, os exames a alguns pacientes que receberam alta deram positivo novamente, explicou Li Yueping, director da unidade de terapia intensiva do Hospital do Povo n.º 8, em Cantão, a capital de província. Treze pacientes que receberam alta daquele hospital deram novamente positivo, embora nenhum tenha voltado a apresentar sintomas, explicou Li. Citado pelo portal noticioso Caixin, o director da Divisão de Doenças Infecciosas do hospital, Cai Weiping, disse que os pacientes testaram positivos em exames às fezes, um método que raramente é usado em outras partes do país. Alguns hospitais em Guangdong passaram a testar as fezes dos pacientes após uma investigação da Universidade Médica de Cantão ter detectado o vírus em fezes, o que aponta para uma nova via de transmissão. Cai Weiping indicou que ainda não é claro se o vírus detectado nos pacientes recuperados ainda está activo. Song disse que a província colocará os pacientes recuperados sob observação mais restrita. No total, Guangdong registou 1.347 casos, o segundo número mais alto entre as 27 províncias e regiões autónomas da China continental, mas muito aquém da cifra reportada pela província de Hubei, centro do novo coronavírus. Capital de exportações A província contabilizou sete mortos, no total, incluindo um na cidade de Zhuhai, que faz fronteira com Macau, e que reportou, até à data, 98 casos de infeção pelo novo coronavírus. Guangdong não reportou qualquer caso novo até à meia-noite de ontem. O número de pacientes em toda a China fixou-se, no total, em 78.073, ao mesmo tempo que o número de mortos ascendeu aos 2.715. Guangdong é a província chinesa que mais exporta e a primeira a beneficiar das reformas económicas adoptadas pelo país no final dos anos 1970. A província integra três das seis Zonas Económicas Especiais da China – Shenzhen, Shantou e Zhuhai -, recebendo milhões de trabalhadores migrantes.
Hoje Macau China / ÁsiaGuangdong | Pacientes que receberam alta voltaram a testar positivo [dropcap]C[/dropcap]erca de 14 por cento dos pacientes que recuperaram da infecção pelo Covid-19 e receberam alta na província de Guangdong, voltaram a testar positivo para o coronavírus em testes subsequentes, informou ontem a imprensa local. Segundo o director adjunto do Centro de Controlo e Prevenção de Epidemias de Guangdong, Song Tie, ainda não há “conclusões claras” sobre o sucedido nem se sabe se os pacientes podem contagiar outras pessoas. Song observou que, de acordo com uma avaliação preliminar, os especialistas acreditam que os pacientes ainda estão a recuperar de infecções pulmonares e precisam de recuperar totalmente. Os critérios mais recentes da Comissão Nacional de Saúde da China estabelecem que um paciente pode ser dado como curado e receber alta do hospital quando as amostras da garganta ou nariz dão negativo em dois testes consecutivos e uma tomografia computadorizada não indica lesões pulmonares, para além da ausência de sintomas óbvios, como febre. Os critérios prescrevem que os pacientes recuperados devem monitorar a sua saúde e limitar actividades ao ar livre até duas semanas após deixar o hospital, além de serem sujeitos a novos exames nas semanas seguintes. No entanto, os exames a alguns pacientes que receberam alta deram positivo novamente, explicou Li Yueping, director da unidade de terapia intensiva do Hospital do Povo n.º 8, em Cantão, a capital de província. Treze pacientes que receberam alta daquele hospital deram novamente positivo, embora nenhum tenha voltado a apresentar sintomas, explicou Li. Citado pelo portal noticioso Caixin, o director da Divisão de Doenças Infecciosas do hospital, Cai Weiping, disse que os pacientes testaram positivos em exames às fezes, um método que raramente é usado em outras partes do país. Alguns hospitais em Guangdong passaram a testar as fezes dos pacientes após uma investigação da Universidade Médica de Cantão ter detectado o vírus em fezes, o que aponta para uma nova via de transmissão. Cai Weiping indicou que ainda não é claro se o vírus detectado nos pacientes recuperados ainda está activo. Song disse que a província colocará os pacientes recuperados sob observação mais restrita. No total, Guangdong registou 1.347 casos, o segundo número mais alto entre as 27 províncias e regiões autónomas da China continental, mas muito aquém da cifra reportada pela província de Hubei, centro do novo coronavírus. Capital de exportações A província contabilizou sete mortos, no total, incluindo um na cidade de Zhuhai, que faz fronteira com Macau, e que reportou, até à data, 98 casos de infeção pelo novo coronavírus. Guangdong não reportou qualquer caso novo até à meia-noite de ontem. O número de pacientes em toda a China fixou-se, no total, em 78.073, ao mesmo tempo que o número de mortos ascendeu aos 2.715. Guangdong é a província chinesa que mais exporta e a primeira a beneficiar das reformas económicas adoptadas pelo país no final dos anos 1970. A província integra três das seis Zonas Económicas Especiais da China – Shenzhen, Shantou e Zhuhai -, recebendo milhões de trabalhadores migrantes.
Hoje Macau MancheteDSPA | Raymond Tam director por mais um ano [dropcap]O[/dropcap] Governo decidiu renovar, por mais um ano, a comissão de serviço do director da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), Raymond Tam. A decisão foi ontem tornada pública através de um despacho em Boletim Oficial, tendo a renovação do mandato sido justificada com o facto de Raymond Tam “possuir capacidade de gestão e experiência profissional adequadas para o exercício das suas funções”.
Hoje Macau MancheteDSPA | Raymond Tam director por mais um ano [dropcap]O[/dropcap] Governo decidiu renovar, por mais um ano, a comissão de serviço do director da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), Raymond Tam. A decisão foi ontem tornada pública através de um despacho em Boletim Oficial, tendo a renovação do mandato sido justificada com o facto de Raymond Tam “possuir capacidade de gestão e experiência profissional adequadas para o exercício das suas funções”.
Hoje Macau PolíticaOMC | Alexis Tam lidera delegação da RAEM [dropcap]A[/dropcap]lexis Tam vai ser o chefe da Delegação Económica e Comercial de Macau junto da Organização Mundial de Comércio (OMC). O ex-secretário para os Assuntos Sociais e Cultura vai acumular este cargo com os de chefe da Delegação Económica e Comercial da RAEM em Lisboa e chefe da Delegação Económica e Comercial de Macau junto da União Europeia. Alexis Tam vai exercer o novo cargo a partir de 1 de Maio e até 19 de Dezembro deste ano. A informação foi publicada ontem em Boletim Oficial, num despacho assinado pelo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng.
Hoje Macau PolíticaOMC | Alexis Tam lidera delegação da RAEM [dropcap]A[/dropcap]lexis Tam vai ser o chefe da Delegação Económica e Comercial de Macau junto da Organização Mundial de Comércio (OMC). O ex-secretário para os Assuntos Sociais e Cultura vai acumular este cargo com os de chefe da Delegação Económica e Comercial da RAEM em Lisboa e chefe da Delegação Económica e Comercial de Macau junto da União Europeia. Alexis Tam vai exercer o novo cargo a partir de 1 de Maio e até 19 de Dezembro deste ano. A informação foi publicada ontem em Boletim Oficial, num despacho assinado pelo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng.
Hoje Macau SociedadePropinas | Isenção em creches e jardins-de-infância [dropcap]O[/dropcap] Instituto de Acção Social (IAS) anunciou ontem uma isenção das propinas nos meses de Fevereiro e Março nas creches e jardins-de-infância subsidiados pelo Governo. Nos caso em que os montantes já tenham sido pagos, Choi Sio Un, chefe do Departamento de Solidariedade Social do Instituto da Acção Social, afirmou que vai haver devolução do dinheiro. Já em relação aos pais que têm de trabalhar, mas precisam de cuidar dos filhos que não têm aulas, o IAS disse não ter recebido até ao momento qualquer pedido de ajuda. No entanto, pediu compreensão dos empregadores face a estas situações.
Hoje Macau SociedadePropinas | Isenção em creches e jardins-de-infância [dropcap]O[/dropcap] Instituto de Acção Social (IAS) anunciou ontem uma isenção das propinas nos meses de Fevereiro e Março nas creches e jardins-de-infância subsidiados pelo Governo. Nos caso em que os montantes já tenham sido pagos, Choi Sio Un, chefe do Departamento de Solidariedade Social do Instituto da Acção Social, afirmou que vai haver devolução do dinheiro. Já em relação aos pais que têm de trabalhar, mas precisam de cuidar dos filhos que não têm aulas, o IAS disse não ter recebido até ao momento qualquer pedido de ajuda. No entanto, pediu compreensão dos empregadores face a estas situações.
Hoje Macau EventosQueda de avião na Etiópia e protestos sociais entre finalistas do World Press Photo [dropcap]O[/dropcap] acidente de avião da Ethiopian Airlines, que matou 157 pessoas, em 2019, e protestos sociais em países como Sudão e Argélia, marcam as fotografias nomeadas para o World Press Photo, cujos premiados são conhecidos em Abril. A principal categoria desta competição – a World Press Photo of the Year ou Fotografia do Ano – fica marcada pela representação de situações que envolvem, na sua maioria, jovens, como a imagem do fotógrafo alemão Farouk Batiche, de um protesto antigovernamental em Argel, e de Ivor Prickett, fotografo do The New York Times, que mostra a visita da namorada a um soldado internado com queimaduras graves num hospital de Al-Hasakah, na Síria. Já o polaco Tomek Kaczor, da Gazeta Wyborcza, retratou uma adolescente arménia de 15 anos que acordou de um estado catatónico num campo de refugiados, na Polónia. Yasuyoshi Chiba, da Agência France-Presse, mostra, por sua vez, um jovem iluminado por luzes de telemóvel, que recita poesia durante uma falha de energia geral, no Sudão. São também candidatas as imagens de Mulugeta Ayene, fotojornalista da Associated Press, que mostra o desespero de um familiar de uma vítima do acidente de avião do Boeing 737, da companhia aérea da Etiópia, ocorrido em março do ano passado, assim como a fotografia onde se vê um homem a guardar lançadores anti-tanque, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, da autoria do russo Nikita Teryoshin. A edição deste ano do World Press Photo volta a contar com a nova categoria Story of the Year (História do Ano) que se traduz numa sequência de imagens. O dinamarquês Nicolas Asfouri (AFP) é o autor de uma série de imagens que retratam os protestos realizados em Hong Kong, no final de março, em resposta às propostas do governo de alterar a legislação existente e permitir a extradição para a China continental. O voo 302 da Ethiopian Airlines volta a estar presente nesta categoria com uma ‘história’ fotografada pela etíope Mulugeta Ayene, em que se vê a operação de retirada de corpos dos destroços do avião, cruzada com momentos da homenagem prestada às vítimas. A terceira série de fotos a concurso pertence ao francês Romain Laurendeau, chama-se “Kho, a génese de uma revolta”, e é sobre o facto dos jovens, que representam mais da metade da população da Argélia, sofrerem com o desemprego uma vez que de acordo com um relatório da UNESCO, 72% das pessoas com menos de 30 anos estão desempregadas neste país. Somam-se categorias como Temas Contemporâneos, Meio Ambiente, Retratos, Desporto ou Notícias. Os vencedores daquele que é considerado o mais importante concurso internacional de fotojornalismo será anunciado no dia 16 de abril, em Amesterdão, na Holanda.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | Fundação de Chan Meng Kam faz doação [dropcap]A[/dropcap] Fundação do empresário Chan Meng Kam fez uma doação de 200 mil máscaras e 12 mil garrafas de gel desinfectante para as mãos ao Governo da RAEM. A entrega foi feita junto da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), que, segundo um comunicado do Governo, vai distribuir esses materiais às escolas necessitadas. A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U agradeceu a oferta.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | Fundação de Chan Meng Kam faz doação [dropcap]A[/dropcap] Fundação do empresário Chan Meng Kam fez uma doação de 200 mil máscaras e 12 mil garrafas de gel desinfectante para as mãos ao Governo da RAEM. A entrega foi feita junto da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), que, segundo um comunicado do Governo, vai distribuir esses materiais às escolas necessitadas. A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U agradeceu a oferta.
Hoje Macau h | Artes, Letras e IdeiasXunzi 荀子 – Elementos de ética, visões do Caminho [dropcap]A[/dropcap] pessoa exemplar é tolerante sem ser laxista; tem princípios sem ser opressora. Discute, mas não é belicosa; investiga com argúcia, mas não pretende causar espanto. É solitária sem ser superior e é forte sem ser violenta. É flexível e sabe ceder, mas tem escrúpulos. É respeitosa e cuidadosa, mas agradável. A isto se chama excelente boa forma. As Odes dizem, “Calorosa e respeitadora dos outros, a virtude é a sua única fundação.” Isto exprime o que quero dizer. Quando a pessoa exemplar exalta as virtudes de outrem, ou elogia a excelência de outrem, tal não é nem lisonja nem bajulação. Quando aponta as falhas de outrem falando e acusando directamente, tal não é difamação nem calúnia. Quando explica como a sua excelência é similar à de Shun e Yu e forma uma tríade com o Céu e a Terra, tal não é gabarolice nem orgulho. Quando se dobra ou endireita segundo a ocasião, flexível como o junco, tal não é cobardia nem timidez. Quando mostra força inabalável e determinação feroz, sem ceder a nada, tal não é arrogância nem temperamento violento. Através de yi [justiça; propriedade], muda e se adapta com as circunstâncias, pois sabe quando é apropriado dobrar-se e endireitar-se. As Odes dizem: À direita, à direita A pessoa exemplar faz o que é apropriado. À esquerda, à esquerda A pessoa exemplar tem tudo controlado. Isto diz-nos que, através de yi, a pessoa exemplar se dobra e endireita, mudando e adaptando-se com as circunstâncias. A pessoa exemplar é o oposto do homem mesquinho. Se for grande o coração da pessoa exemplar, esta reverencia o Céu e segue o Caminho. Se o seu coração for “pequeno”, atém-se cautelosamente a yi e a si própria se regula. Se for inteligente, agirá com iluminada compreensão segundo as categorias apropriadas das coisas. Se não for culta, seguirá com escrupulosa honestidade o modelo apropriado. Se for escutada, será reverente e reservada. Se passar despercebida, será respeitadora e reservada. Se for feliz, será harmoniosa e bem organizada. Se for inquieta, saberá aplicar a calma. Se for bem-sucedida, será refinada e iluminada. Se for mal-sucedida, será controlada e circunspecta. Não assim o homem mesquinho. Se for grande o seu coração, será arrogante e violento. Se o seu coração for “pequeno”, será perverso e dissoluto. Se for inteligente, será um ávido ladrão e trabalhará enganosamente. Se não for culto, criará o caos como um vilão venenoso. Se for escutado, será avarento e arrogante. Se passar desapercebido, será ressentido e perigoso. Ser for feliz, será fútil e caprichoso. Se for inquieto, será frustrado e cobarde. Se for bem-sucedido, será altivo e parcial. Se for mal-sucedido, ficará deprimido e desesperado. Há um ditado que afirma: “Em ambos os casos, a pessoa exemplar avança. Em ambos os casos, o homem mesquinho falha.” Isto exprime o que quero dizer. A pessoa exemplar põe em ordem aquilo que é ordenado. Não põe em ordem aquilo que é caótico. Que quer isto dizer? Assim o vejo: ritual e yi são coisas ordenadas. Aquilo que não é nem ritual nem yi é caótico. Assim, a pessoa exemplar é aquela que põe em boa ordem a prática de ritual e yi. Não põe em ordem aquilo que não é nem ritual nem yi. Sendo assim, se o estado se encontrar no caos, não o colocará em boa ordem a pessoa exemplar? Eis o que digo: colocar um estado caótico em boa ordem não significa recorrer ao caos para restaurar a ordem. Do caos nos livramos e o substituímos por ordem. Cultivar uma pessoa corrupta não significa recorrer à corrupção para o fazer. Da corrupção nos livramos e a suplantamos com cultura. Assim, a pessoa exemplar livra-se do caos em vez de pôr o caos em boa ordem. Livra-se da corrupção não a cultivando. O uso próprio da expressão “colocar em boa ordem” está no dizer que a pessoa exemplar “faz aquilo que é ordenado e não faz aquilo que é caótico; faz aquilo que é culto e não aquilo que é corrupto.” Nota Xunzi (荀子, Mestre Xun; de seu nome Xun Kuang, 荀況) viveu no século III Antes da Era Comum (circa 310 ACE – 238 ACE). Filósofo confucionista, é considerado, juntamente com o próprio Confúcio e Mencius, como o terceiro expoente mais importante daquela corrente fundadora do pensamento e ética chineses. Todavia, como vários autores assinalam, Xunzi só muito recentemente obteve o devido reconhecimento no contexto do pensamento chinês, o que talvez se deva à sua rejeição da perspectiva de Mencius relativamente aos ensinamentos e doutrina de Mestre Kong. A versão agora apresentada baseia-se na tradução de Eric L. Hutton publicada pela Princeton University Press em 2016. Tradução de Rui Cascais
Hoje Macau China / ÁsiaSuécia | Pedida libertação de livreiro condenado a 10 anos de prisão [dropcap]A[/dropcap] ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia pediu ontem à China que liberte o livreiro e activista sueco Gui Minhai, condenado a dez anos de prisão pelas autoridades chinesas. “Sempre fomos claros no nosso pedido de libertação de Gui Minhai, para que possa voltar a reunir-se com a sua filha e família. Este pedido permanece”, defendeu Ann Linde, em comunicado. Gui Minhai foi condenado na segunda-feira a 10 anos de prisão, pelo Tribunal Popular Intermédio de Ningbo, por “prestar serviços ilegais de inteligência a países estrangeiros”. Em comunicado, o Tribunal apontou que o activista se declarou culpado e não recorreu da sentença. A mesma nota informou que, embora Gui tenha sido nacionalizado sueco em 1996, em 2018 pediu para recuperar a nacionalidade chinesa. Os problemas de Gui Minhai com o regime chinês começaram no outono de 2015, quando cinco editores e livreiros de Hong Kong que vendiam livros críticos do Partido Comunista Chinês desapareceram misteriosamente para reaparecerem sob custódia da China volvidos alguns meses.
Hoje Macau China / ÁsiaSuécia | Pedida libertação de livreiro condenado a 10 anos de prisão [dropcap]A[/dropcap] ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia pediu ontem à China que liberte o livreiro e activista sueco Gui Minhai, condenado a dez anos de prisão pelas autoridades chinesas. “Sempre fomos claros no nosso pedido de libertação de Gui Minhai, para que possa voltar a reunir-se com a sua filha e família. Este pedido permanece”, defendeu Ann Linde, em comunicado. Gui Minhai foi condenado na segunda-feira a 10 anos de prisão, pelo Tribunal Popular Intermédio de Ningbo, por “prestar serviços ilegais de inteligência a países estrangeiros”. Em comunicado, o Tribunal apontou que o activista se declarou culpado e não recorreu da sentença. A mesma nota informou que, embora Gui tenha sido nacionalizado sueco em 1996, em 2018 pediu para recuperar a nacionalidade chinesa. Os problemas de Gui Minhai com o regime chinês começaram no outono de 2015, quando cinco editores e livreiros de Hong Kong que vendiam livros críticos do Partido Comunista Chinês desapareceram misteriosamente para reaparecerem sob custódia da China volvidos alguns meses.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Paralisia de fábricas perturba cadeias de montagens globais O impacto do surto do Covid-19 na China afecta cada vez mais a capacidade de produção de produtos electrónicos, e não só, por todo o mundo [dropcap]F[/dropcap]ábricas chinesas que produzem telemóveis, brinquedos e componentes para todo o mundo estão a ter dificuldades em retomar a produção, face a restrições impostas à movimentação de milhões de pessoas devido ao surto do coronavírus Covid-19. A China é o ponto final de montagem de mais de 80 por cento dos ‘smartphones’, mais de metade das televisões e uma grande parcela de outros bens de consumo, a nível mundial. Mas milhares de empresas chinesas continuam a produzir a “meio-gás”, desde o sector automóvel ao electrónico, devido à falta de matérias primas e de trabalhadores, que estão retidos nos locais para onde viajaram no Ano Novo Lunar, que se celebrou em 24 de Janeiro passado. O surto do Covid-19 começou na China no final do ano passado, e provocou já 2.705 mortos e mais de 80 mil infectados, a maioria no país. Entre os fabricantes de ‘smartphones’, uma indústria que depende da China para montar quase todos os seus aparelhos, alguns fornecedores de componentes dizem que a produção se encontra a 10 por cento dos níveis normais, segundo a empresa de pesquisa Canalys. Empresas globais que precisam de plásticos, produtos químicos, aço e componentes de alta tecnologia também “enfrentam uma produção reduzida”, segundo a analista Kaho Yu, da consultora Verisk Maplecroft. A sul-coreana Samsung admitiu também estar a ser afectada. Apesar de, nos últimos anos, ter deslocado a sua produção para o Vietname, o grupo continua a ter fábricas administradas por gerentes chineses que voltaram para casa nas férias do Ano Novo Lunar e estão agora impedidos de regressar ao trabalho. A China responde por cerca de um quarto da produção mundial de automóveis e, de acordo com a UBS, fornece 8 por cento das exportações globais de componentes automóveis A construtora alemã Volkswagen admitiu, na segunda-feira, que os seus desafios incluem “uma cadeia de suprimentos mais lenta e desafios logísticos”. Agências de viagem e de retalho dependentes do mercado chinês foram também fortemente afectadas pela paralisia na segunda maior economia do mundo. “A má notícia é que o impacto se prolongará e o impacto é pior do que muitas pessoas inicialmente previram”, afirmou num relatório Nicole Peng, investigador da Canalys. As previsões mais optimistas apontam para que as restrições na movimentação de pessoas, que neste momento afectam centenas de milhões de trabalhadores na China, sejam mantidas até Março, permitindo depois que a produção fabril retome a normalidade. As previsões mais negativas admitem que o surto durará até meados de Maio ou que as autoridades não consigam impedir a sua disseminação global, como alertou a Organização Mundial de Saúde (OMS) esta semana. Montadoras e outras fábricas na China começaram gradualmente a reabrir, mas analistas dizem que não restabelecerão a produção normal até pelo menos meados de março. “Se o trabalho não voltar ao normal nas próximas semanas, provavelmente haverá escassez global de peças”, disseram Taimur Baig e Samuel Tse, analistas do banco de consumo DBS, num relatório. Ajudas limitadas Pequim prometeu já reduzir impostos, embora economistas digam que a ajuda financeira terá impacto limitado enquanto as medidas de prevenção do surto se mantiverem em vigor, não permitindo aos trabalhadores voltar às fábricas e interrompendo os serviços de logística e transporte. No domingo, o Presidente chinês, Xi Jinping disse que “áreas de baixo risco” devem reduzir as medidas de controlo para restaurar completamente a produção, enquanto as áreas de alto risco devem concentrar-se no combate à epidemia. As autoridades devem “desbloquear estradas e vias de transporte”, escreveu a agência noticiosa oficial Xinhua.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Paralisia de fábricas perturba cadeias de montagens globais O impacto do surto do Covid-19 na China afecta cada vez mais a capacidade de produção de produtos electrónicos, e não só, por todo o mundo [dropcap]F[/dropcap]ábricas chinesas que produzem telemóveis, brinquedos e componentes para todo o mundo estão a ter dificuldades em retomar a produção, face a restrições impostas à movimentação de milhões de pessoas devido ao surto do coronavírus Covid-19. A China é o ponto final de montagem de mais de 80 por cento dos ‘smartphones’, mais de metade das televisões e uma grande parcela de outros bens de consumo, a nível mundial. Mas milhares de empresas chinesas continuam a produzir a “meio-gás”, desde o sector automóvel ao electrónico, devido à falta de matérias primas e de trabalhadores, que estão retidos nos locais para onde viajaram no Ano Novo Lunar, que se celebrou em 24 de Janeiro passado. O surto do Covid-19 começou na China no final do ano passado, e provocou já 2.705 mortos e mais de 80 mil infectados, a maioria no país. Entre os fabricantes de ‘smartphones’, uma indústria que depende da China para montar quase todos os seus aparelhos, alguns fornecedores de componentes dizem que a produção se encontra a 10 por cento dos níveis normais, segundo a empresa de pesquisa Canalys. Empresas globais que precisam de plásticos, produtos químicos, aço e componentes de alta tecnologia também “enfrentam uma produção reduzida”, segundo a analista Kaho Yu, da consultora Verisk Maplecroft. A sul-coreana Samsung admitiu também estar a ser afectada. Apesar de, nos últimos anos, ter deslocado a sua produção para o Vietname, o grupo continua a ter fábricas administradas por gerentes chineses que voltaram para casa nas férias do Ano Novo Lunar e estão agora impedidos de regressar ao trabalho. A China responde por cerca de um quarto da produção mundial de automóveis e, de acordo com a UBS, fornece 8 por cento das exportações globais de componentes automóveis A construtora alemã Volkswagen admitiu, na segunda-feira, que os seus desafios incluem “uma cadeia de suprimentos mais lenta e desafios logísticos”. Agências de viagem e de retalho dependentes do mercado chinês foram também fortemente afectadas pela paralisia na segunda maior economia do mundo. “A má notícia é que o impacto se prolongará e o impacto é pior do que muitas pessoas inicialmente previram”, afirmou num relatório Nicole Peng, investigador da Canalys. As previsões mais optimistas apontam para que as restrições na movimentação de pessoas, que neste momento afectam centenas de milhões de trabalhadores na China, sejam mantidas até Março, permitindo depois que a produção fabril retome a normalidade. As previsões mais negativas admitem que o surto durará até meados de Maio ou que as autoridades não consigam impedir a sua disseminação global, como alertou a Organização Mundial de Saúde (OMS) esta semana. Montadoras e outras fábricas na China começaram gradualmente a reabrir, mas analistas dizem que não restabelecerão a produção normal até pelo menos meados de março. “Se o trabalho não voltar ao normal nas próximas semanas, provavelmente haverá escassez global de peças”, disseram Taimur Baig e Samuel Tse, analistas do banco de consumo DBS, num relatório. Ajudas limitadas Pequim prometeu já reduzir impostos, embora economistas digam que a ajuda financeira terá impacto limitado enquanto as medidas de prevenção do surto se mantiverem em vigor, não permitindo aos trabalhadores voltar às fábricas e interrompendo os serviços de logística e transporte. No domingo, o Presidente chinês, Xi Jinping disse que “áreas de baixo risco” devem reduzir as medidas de controlo para restaurar completamente a produção, enquanto as áreas de alto risco devem concentrar-se no combate à epidemia. As autoridades devem “desbloquear estradas e vias de transporte”, escreveu a agência noticiosa oficial Xinhua.