DSEJ | Indicadores da Juventude alargado a residentes com 35 anos

O inquérito do Sistema de Indicadores da Juventude irá alargar o leque de destinatários até aos 35 anos, acompanhando a ampliação estabelecida pela Política de Juventude de Macau (2021-2030), cuja consulta pública terminou no mês passado.

De acordo com Lou Pak Sang, que dirige a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), o resultado do inquérito realizado em 2020 será publicado no primeiro semestre deste ano. O responsável, em resposta a interpelação do deputado Lam Lon Wai, destaca a importância destas ferramentas estatísticas para a eficácia da execução das políticas de juventude.

O director da DSEJ referiu ainda o contributo científico do Instituto de Desenvolvimento Sustentável, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, que analisou a eficácia da “Política de Juventude de Macau (2012-2020), para servir de referência à elaboração da nova ronda de planeamento. Os académicos sugeriram ao Governo o alargamento da cobertura da população, reforço da divulgação das políticas e aumento de comunicação com os jovens, assim como o reforço da educação do amor pela pátria e por Macau e a preparação dos jovens quadros em termos políticos.

14 Jan 2021

Covid-19 | Japão alarga estado de emergência a mais sete regiões

O governo do Japão declarou hoje o estado de emergência em mais sete regiões, alargando assim a medida extraordinária em vigor na região de Tóquio desde a semana passada, devido ao aumento de casos de covid-19 no país.

O primeiro-ministro, Yoshihide Suga, anunciou a decisão depois de se reunir com o grupo de trabalho do governo para a pandemia e no mesmo dia em que o número total de infeções no Japão ultrapassou as 300.000. As mortes ligadas ao novo coronavírus praticamente duplicaram no último mês para cerca de 4.100.

A medida, que entra em vigor na quinta-feira e se prolonga até 7 de fevereiro, diz respeito às prefeituras de Osaka, Quioto, Aichi, Hyogo, Fukuoka, Gifu e Tochigi, que se juntam assim a Tóquio e às zonas circundantes de Chiba, Kanagawa e Saitama, onde o estado de emergência está em vigor desde dia 8.

Com o alargamento, 55% da população do Japão e as regiões que reúnem a maior parte da sua atividade económica ficam sob estado de emergência.

O estado de emergência implica restrições no horário de bares e restaurantes, determina que 70% dos funcionários devem ficar em teletrabalho e recomenda aos cidadãos que fiquem em casa sempre que possível.

O executivo decidiu voltar a recorrer à medida, que foi utilizada na primavera durante a primeira onda de contágios com o novo coronavírus, devido ao aumento de casos nos últimos dias.

Os hospitais de Osaka, Aichi, Quioto e Hyogo estão sob pressão face à acumulação de doentes com sintomas graves de covid-19.

O ministro da Saúde, Yasutoshi Nishimura, assinalou na terça-feira no parlamento a necessidade de “reverter a tendência” de crescimento e afastou para já o alargamento do estado de emergência a todo o território.

A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detectado no final de dezembro de 2019 na China, provocou pelo menos 1.945.437 mortos resultantes de mais de 90,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da agência France Presse.

13 Jan 2021

Pequim pede a Londres para parar de “interferir nos assuntos internos da China”

O embaixador chinês na Organização das Nações Unidas, Zhang Jun, pediu ontem ao Reino Unido para que “pare de interferir nos assuntos internos da China”, após Londres ter anunciado medidas sancionatórias por causa da perseguição aos uigures em Xinjiang.

O Reino Unido anunciou que vai proibir o comércio de mercadorias relacionadas com o trabalho forçado da minoria muçulmana dos uigures, em Xinjiang, no momento em que escalam as tensões entre o Londres e Pequim e semanas depois de um polémico acordo de princípio sobre investimentos entre a China e a União Europeia, de que os britânicos já não fazem parte.

O chefe da diplomacia britânica, Dominic Raab, disse que a atitude de Pequim face aos uigures é uma “barbárie” que está a ser cometida sob pretexto de combate ao terrorismo e ao radicalismo islâmico.

Em resposta, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, Zhang Jun disse que esta medida de Londres é um ataque “puramente político” e “sem fundamento” e aconselhou a diplomacia britânica a não “interferir nos assuntos internos da China”.

Zhang referia-se ao facto de Raab ter criticado o que chamou de “violações inaceitáveis dos direitos humanos”, anunciando medidas para proibir as importações e exportações vinculadas ao trabalho forçado dos uigures.

Os uigures são o principal grupo étnico em Xinjiang, uma enorme região no noroeste da China que tem fronteiras comuns com o Afeganistão e com o Paquistão. De acordo com especialistas estrangeiros, um milhão de uigures foram detidos nos últimos anos em campos de reeducação política, apesar dos desmentidos de Pequim, que afirma tratarem-se de centros de treino vocacional, destinados a manter as pessoas longe da tentação do islamismo radical.

13 Jan 2021

Português | Governo aceita inscrições para curso em Macau e Portugal 

A Direcção dos Serviços de Ensino Superior (DSES) está a aceitar candidaturas para mais uma edição da iniciativa “O Ser e Saber da Língua Portuguesa – Curso de Verão em Portugal”, que irá decorrer este ano em duas fases.

Podem inscrever-se estudantes portadores do bilhete de identidade de residente de Macau, que frequentem cursos de licenciatura no ano lectivo de 2020/2021, em regime de tempo inteiro, nas instituições do ensino superior de Macau ou no exterior, sem quaisquer conhecimentos prévios da língua portuguesa ou que tenham o nível básico do idioma, bem como outros níveis superiores.

A primeira fase desta iniciativa passa pela realização de um curso básico de língua portuguesa, bem como de um exame, existindo turmas em funcionamento em Janeiro, Março ou Junho. Este curso, organizado pela DSES, tem um total de 200 vagas e a duração de 50 horas.

A segunda fase desta actividade, será realizada no período do Verão em Portugal, sendo que a DSES ainda irá divulgar o regulamento e disposições “constante a situação da epidemia”.

“Dado a evolução contínua da referida epidemia, a DSES irá acompanhar estreitamente a situação, e caso a actividade seja suspensa ou cancelada, a DSES irá, oportunamente, dar essa informação, devendo estar atento às respectivas informações”, informa o organismo.

13 Jan 2021

Livros | IIM lança obra sobre o missionário Júlio Massa

O Instituto Internacional de Macau apresenta na próxima, terça-feira, dia 19 de Janeiro, o livro “Júlio Augusto Massa – Missionário pensador”. Segundo uma nota oficial divulgada ontem, aquele que é o 12º. volume da colecção “Missionários para o Século XXI”, da autoria do prof. António Aresta, constitui uma biografia do missionário transmontano de Freixo de Espada à Cinta, que chegou a Macau em 1935, tornando-se depois sacerdote e professor interino do Liceu de Macau, leccionando português e latim.

Fundador do jornal “O Clarim”, o Pe. Júlio Massa era também “um pensador com grandes afinidades com o existencialismo cristão, entrelaçado com as paisagens exteriores da vida”, que teve sempre Macau no seu imaginário, tendo deixado poemas escritos.

Além de contar com transcrições de alguns desses poemas, o livro “Júlio Augusto Massa – Missionário pensador” conta ainda com testemunhos dos seus alunos, o padre Américo Casado e Eduardo Francisco Tavares, entre outros reunidos e recordados pelos membros da Associação dos Antigos Alunos do Seminário de S. José de Macau e por muitas outras pessoas.

No dia do lançamento, a apresentação ficará a cargo de Tereza Sena, investigadora de História, havendo ainda lugar para uma mensagem em vídeo da presidente da Câmara do Freixo de Espada à Cinta, Maria do Céu Quintas, terra natal do Pe. Júlio Massa.

13 Jan 2021

Cerca de 2.000 infracções relacionadas com tabaco em 2020

Os Serviços e Saúde (SS) revelaram ontem que em 2020 foram registadas 2.345 infracções relacionadas com tabaco, uma descida assinalável em relação ao ano passado, tendo em conta que em 2019 foram assinalados 5.337 casos.

Das infracções à lei do tabaco em 2020, 21 casos são referentes ao uso de cigarros electrónicos em zonas proibidas, 22 casos a ilegalidades nos rótulos dos produtos de tabaco e um caso de venda de cigarro electrónico.

Contudo, devido ao impacto da pandemia, os SS dão nota para uma descida acentuada no número de inspecções realizadas em estabelecimentos. Se em 2019, foram efectuadas 333.646 inspecções, em 2020 esse número caiu para 182.220.

De entre os casos detectados em 2020, a esmagadora maioria dos fumadores ilegais (2.169 casos) eram homens (92,5 por cento), ao passo que 7,5 por cento eram mulheres (176 casos). Relativamente à proveniência dos infractores, 1.193 multas foram aplicadas a cidadãos residentes de Macau (50,9 por cento), 956 multas aplicadas a turistas (40,8 por cento) e 196 das infracções foram cometidas por trabalhadores não residentes (8,4 por cento).

Além disso, do total dos 2.345 casos registados, 1971 infractores (83,2 por cento) pagaram multa, sendo que em 72 casos foi necessário o apoio das forças de segurança.

Já nos casinos, foram realizadas 409 inspecções, tendo sido alvo de acusação, 165 indivíduos que fumavam em locais proibidos. Destas, 155 eram homens e 10 são mulheres. Quanto à proveniência, 106 eram turistas (64.2 por cento), 57 são residentes de Macau (34,5 por cento), dois são trabalhadores não residentes (1,2 por cento).

Lei recente

Recorde-se que desde o dia 1 de Janeiro de 2019, com excepção das salas de fumadores criadas de acordo com as novas normas e permitidas em aeroportos e casinos, é proibido fumar nos recintos fechados públicos em Macau, bem como, o fumo ilegal (incluindo o fumo ilegal de cigarros electrónicos) pode ser multado em 1.500 patacas.

No total, até ao dia 31 de Dezembro, os SS receberam 40 pedidos apresentados pelos casinos para a criação de 853 salas de fumadores, das quais 750 salas já foram aprovadas.

13 Jan 2021

TNR | Associação pede incentivos económicos ao Governo

A Associação Macau Oversea Worker Employment Agency sugere que as empresas fiquem isentas de pagar 600 patacas por trimestre por cada trabalhador não-residente do Interior. Em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, o presidente da associação, Ao Ieong Kuong Kao, considerou que, com as poupanças, as empresas poderiam dar 600 patacas aos TNR de fora de Cantão, num formato parecido ao cartão de consumo, para encorajá-los a ficar durante o Ano Novo Chinês em Macau. Segundo o presidente da associação o montante serviria para pagar despesas quotidianas dos trabalhadores, como a realização do teste do ácido nucleico.

Ao Ieong Kuong Kao disse concordar com o apelo do governo para que se evitem viagens desnecessárias para o Interior durante o Ano Novo Chinês, mas alertou que os TNR que trabalham com ele consideram que ficar em Macau, Zhuhai e Zhongshan é sempre mais caro, porque os preços são mais elevados, e que também por esse motivo os TNR do Interior preferem regressar aos locais de origem.

Segundo a associação, há 110 mil trabalhadores do Interior em Macau na condição de TNR dos quais 40 mil provenientes de províncias que não Guangdong, como Hebei, Liaoning ou Heilongjiang. Ao Ieong Kuong Kao afirmou ainda, segundo a experiência dos anos anteriores que 90 por cento destes TNR costumam celebrar o Ano Novo Chinês nas terras natais.

13 Jan 2021

Grupo de 22 mineiros retido em mina de ouro na China após explosão

Um grupo de 22 mineiros está retido há quase 48 horas numa mina de ouro em construção no Leste da China, após uma explosão, informaram na segunda-feira as autoridades chinesas, nas redes sociais.

A explosão aconteceu no domingo, numa mina situada em Qixia, na província de Shandong, causando danos graves na escada que dá acesso ao fundo da mina, bem como nos cabos de comunicação.

As autoridades não indicaram a profundidade a que se encontram os mineiros. A mina pertence à empresa local Shandong Wucailong Investment. A China é o maior produtor mundial de ouro, com 11% do total mundial extraído em 2019, segundo o Conselho Mundial do Ouro.

O país contava com mais de três mil minas de ouro em 2016, de acordo com um estudo dos serviços geológicos chineses.

Os acidentes em minas são frequentes na China, que todos os anos regista dezenas de milhares de mortos em acidentes laborais.

Em dezembro, 23 mineiros morreram numa mina de carvão em Chongqing, no sudoeste do país, após uma fuga de gás.

Em setembro de 2020, 16 mineiros morreram numa mina de carvão igualmente localizada no município de Chongqing, também após uma fuga de gás.

12 Jan 2021

Covid-19 | China com 55 casos nas últimas 24 horas

A Comissão de Saúde da China anunciou hoje que identificou 55 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, 42 dos quais por contágio local.

A maior partes dos casos locais (40) registaram-se na província de Hebei, que circunda Pequim, onde foi detetado um novo surto. As autoridades chinesas impuseram uma quarentena à capital, Shijiazhuang, com 11 milhões de habitantes, de pelo menos uma semana, e vão fazer uma segunda ronda de testes a todos os residentes.

Os dois outros casos de contágio local foram detetados em Pequim na província de Heilongjiang.

Já os 13 casos importados foram diagnosticados nas cidades de Xangai e de Tianjin e nas províncias de Guangdong, Henan, Liaoning, Fujian, Yunnan e Shaanxi.

Os 55 casos identificados nas últimas 24 horas representam quase metade da véspera, quando o país anunciou 103 infeções, o valor diário mais alto desde julho.

As autoridades chinesas indicaram ainda que foram detetados 81 doentes assintomáticos, 10 dos quais oriundos do exterior, apesar de estes casos só serem considerados confirmados se manifestarem sintomas.

A Comissão de Saúde da China disse que, nas últimas 24 horas, 34 pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infetadas ativas no país se fixou em 697, incluindo 18 em estado grave.

O organismo não anunciou novas mortes devido à covid-19, pelo que o número permaneceu em 4.634, o mesmo desde maio de 2020.

O país somou, no total, 87.591 infetados desde o início da pandemia e 82.260 pessoas que recuperaram da doença.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.934.693 mortos resultantes de mais de 90,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

12 Jan 2021

Covid-19 | Composição do microbioma pode influenciar gravidade da doença, diz estudo da Universidade Chinesa de HK

A composição do microbioma – as bactérias do intestino – pode influenciar a gravidade do covid-19, bem como a magnitude da resposta do sistema imunitário à infeção, segundo uma investigação da Universidade Chinesa de Hong Kong.

Os desequilíbrios na composição do microbioma também podem estar implicados na persistência dos sintomas inflamatórios uma vez superada a doença, indica a investigação, publicada na revista Gut, do grupo British Medical Journal.

O intestino é o maior órgão imunológico do corpo humano e sabe-se que as bactérias que nele estão influenciam as respostas imunológicas, pelo que os investigadores queriam averiguar se o microbioma pode afetar a resposta do sistema imunológico à infeção com o novo coronavirus, assinalou a revista, em comunicado.

Os investigadores obtiveram amostras de sangue e fezes e registos médicos de 100 doentes hospitalizados por covid-19, entre fevereiro e maio de 2020, bem como de 78 pessoas saudáveis que participaram num estudo anterior à pandemia.

Para caracterizar o microbioma, 41 dos doentes com covid-19 deram várias amostras de fezes durante a sua estadia no hospital e 27 continuaram a fazê-lo 30 dias depois de terem eliminado o vírus.

A análise das amostras de fezes mostrou que a composição do microbioma “diferia significativamente” entre os doentes com e sem a doença, independentemente de terem sido tratados com medicamentos, incluindo antibióticos.

Os doentes com covid-19 tinham um maior número de bactérias ‘Ruminococcus gnavus’, ‘Ruminococcus torques’ e ‘Bacteroides dorei’ que as pessoas sem a infeção e “muito menos espécies que podem influir na resposta do sistema imunológico”.

Neste sentido, os números mais baixos do ‘Bifidobacterium adolescentis’, ‘Faecalibacterium prausnitzii’ e ‘Eubacterium rectale’ “associaram-se particularmente com a gravidade da infeção, depois de ter em conta o uso de antibióticos e a idade do doente”.

Para mais, o número destas últimas bactérias permaneceu baixo nas amostras recolhidas até 30 dias depois.

Por outra parte, a covid-19 faz com que o sistema imunológico produza citoquinas inflamatórias, que por vezes podem ser excessivas, desencadeando a chamada “tempestade de citoquinas”, que provoca uma deterioração generalizada dos tecidos, choque sético e falência multiorgânica.

A análise das amostras de sangue mostrou que o desequilíbrio microbiano encontrado nos doentes com covid-19 “também estava associado a níveis elevados de citoquinas inflamatórias e marcadores sanguíneos de destruição tecidual”.

Isto “sugere que o microbioma intestinal poderia influir na resposta do sistema imunológico” à infeção com o novo coronavirus e “afetar potencialmente a gravidade da doença”, segundo os investigadores.

Uma parte dos doentes que superaram a doença experimentaram sintomas persistentes como fadiga, falta de ar e dores nas articulações, que chegaram a manifestar-se até 80 dias depois do aparecimento dos sintomas.

Por isso, a equipa coloca a possibilidade de um microbioma intestinal em desequilíbrio “poder contribuir para os problemas de saúde relacionados com o sistema imunológico depois da covid-19”.

Os autores especificam que o seu estudo é de tipo ‘observação’, pelo que não se pode estabelecer a causa, além de que o microbioma varia muito entre populações, pelo que as alterações observadas “podem não ser aplicadas em outras doentes com a covid-19 em outros locais”.

Contudo, destacam “a crescente evidência que mostra que os micróbios intestinais estão vinculados a doenças inflamatórias dentro e fora do intestino”.

12 Jan 2021

Museu do Louvre com quebra de 72% de visitantes em 2020

O Museu do Louvre, em Paris, o maior e mais visitado do mundo, sofreu uma quebra de 72% de visitantes em 2020, com 2,7 milhões de entradas face às 9,6 milhões registadas em 2019, segundo números oficiais.
Museu do Louvre com quebra de 72% de visitantes em 2020

Devido à pandemia de covid-19, o Museu do Louvre esteve fechado durante seis meses, e a forte quebra de turistas estrangeiros levou a uma descida inédita de visitas num espaço museológico que chegou a receber 10,2 milhões de pessoas em 2018, o recorde absoluto.

A perda de receitas no museu ascende a 90 milhões de euros, tendo o Estado francês prestado um apoio de 46 milhões de euros.

Com as viagens internacionais praticamente paralisadas, o Louvre ficou privado dos turistas americanos, chineses, japoneses e brasileiros que habitualmente o procuram, rondando 75% das entradas, mas a frequência do turismo nacional subiu para os 84%.

Na mesma linha, o Palácio de Versalhes, na região de Paris, um dos espaços culturais mais visitados em França, que em 2019 recebeu 8,2 milhões de visitantes, desceu para cerca de dois milhões no ano passado, enquanto o Museu d’Orsay teve uma queda de 77% comparando com 2019, e o Centro Cultural Pompidou registou menos 72% de visitantes.

Devido à incerteza que as circunstâncias da pandemia geraram, muitas exposições importantes abriram, mas ficaram sem público pouco depois, como a dedicada aos artistas renascentistas Donatello e Miguel Ângelo, no Louvre, ou a dedicada ao modernista Henri Matisse no Centro Pompidou.

12 Jan 2021

ONU | António Guterres candidata-se a segundo mandato como secretário-geral da ONU

A disponibilidade de António Guterres para cumprir um segundo mandato de cinco anos como secretário-geral da ONU foi ontem confirmada e em 75 anos de vida das Nações Unidas apenas o egípcio Boutros Boutros-Ghali não foi reconduzido no cargo.

Guterres, ex-primeiro-ministro português e ex-Alto Comissário da ONU para os Refugiados, foi aclamado pelos 193 Estados-membros da Assembleia-Geral para o cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) a 13 de outubro de 2016, após uma importante e determinante recomendação do Conselho de Segurança adoptada a 06 de outubro.

Em janeiro de 2017, Guterres, o primeiro português a alcançar um cargo desta dimensão mundial, tornava-se no nono secretário-geral da ONU para um mandato de cinco anos, até 31 de dezembro de 2021.

Ontem, o seu porta-voz, Stéphane Dujarric, confirmou que o representante está disponível para cumprir um novo mandato para o período de 2022-2026, tendo já informado os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (o órgão máximo das Nações Unidas por ter a capacidade de fazer aprovar resoluções com caráter vinculativo) – Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China –, e o presidente da Assembleia-Geral, o diplomata turco Volkan Bozkir, sobre a sua vontade.

A intenção também foi formalizada junto do presidente do Conselho de Segurança, cuja presidência rotativa é assegurada este mês pela Tunísia.

O secretário-geral é nomeado pela Assembleia-Geral, sob recomendação do Conselho de Segurança. A selecção (ou neste caso recondução) do secretário-geral está, portanto, sujeita ao veto de qualquer um dos cinco Estados-membros permanentes do Conselho de Segurança (os únicos que têm esse direito).

O secretário-geral “é um símbolo dos ideais das Nações Unidas” e “um porta-voz dos interesses dos povos do mundo, em particular dos pobres e vulneráveis”, segundo a definição publicada pela própria organização na sua página na Internet.

A par do ex-primeiro-ministro português, apenas outros oito nomes (todos homens) ocuparam este cargo ao longo das mais de sete décadas de existência das Nações Unidas.

Embora tecnicamente não exista um limite para o número de mandatos de cinco anos que um secretário-geral pode cumprir, nenhum dos responsáveis ocupou o cargo, até à data, por mais de dois mandatos e apenas um não foi reconduzido, de acordo com a informação disponibilizada pela organização.

Os antecessores de António Guterres foram:

– Ban Ki-moon (Coreia do Sul), foi secretário-geral da ONU entre janeiro de 2007 e dezembro de 2016.

– Kofi A. Annan (Gana), ocupou o cargo de janeiro de 1997 a dezembro de 2006.

– Boutros Boutros-Ghali (Egito), foi secretário-geral da ONU entre janeiro de 1992 e dezembro de 1996.

– Javier Pérez de Cuéllar (Peru), ocupou o cargo de janeiro de 1982 a dezembro de 1991.

– Kurt Waldheim (Áustria), assumiu o cargo entre janeiro de 1972 e dezembro de 1981.

– U Thant (antiga Birmânia, atualmente Myanmar), ocupou o cargo em novembro de 1961, quando foi nomeado secretário-geral interino (foi formalmente nomeado secretário-geral em novembro de 1962), até dezembro de 1971.

– Dag Hammarskjöld (Suécia), ocupou o cargo entre abril de 1953 e setembro de 1961, mês em que morreu num acidente aéreo em África.

– Trygve Lie (Noruega), esteve no cargo de secretário-geral da ONU entre fevereiro de 1946 até à sua renúncia em novembro de 1952.

12 Jan 2021

Covid-19 | Organização Mundial de Saúde admite que não será possível imunidade global em 2021

A Organização Mundial de Saúde (OMS) admitiu ontem que não será possível uma imunização de grupo global contra a covid-19 ainda este ano, tendo em conta o tempo necessário para a produção das várias vacinas.

“Mesmo com a protecção dos mais vulneráveis com as vacinas, não atingiremos um nível de imunidade de grupo em 2021. Mesmo que isso aconteça será apenas em alguns países, não em todo o mundo”, afirmou Soumya Swaninatha, cientista chefe da OMS.

Em conferência de imprensa virtual a partir de Genebra, a responsável científica da OMS lembrou que “leva tempo para fabricar” as doses necessárias para permitir uma imunidade de grupo global, apelando à “paciência” e à manutenção das medidas de saúde pública que já demonstraram ser eficazes.

“É importante lembrar os governos e as populações das suas responsabilidades e das medidas que precisamos de continuar a implementar, pelo menos até ao fim deste ano”, afirmou Soumya Swaninatha.

Na mesma conferência de imprensa, Bruce Aylward, médico epidemiologista canadiano, adiantou que mais de 40 países já começaram a vacinar contra a covid-19 usando cinco vacinas diferentes, estando a OMS a “tentar acelerar a distribuição das vacinas” para os países elegíveis para o mecanismo COVAX (criado pela OMS e outras entidades para promover uma distribuição equilibrada desses fármacos no mundo).

“Esperamos estar a vacinar nestes países em fevereiro. Estamos a fazer todo o possível para atingir o máximo de países possível, mas precisamos de cooperação dos fabricantes das vacinas, que nos entreguem os dados para que possam ser analisados em relação à eficácia, segurança e qualidade” das vacinas, afirmou o consultor do diretor-geral da OMS.

“A boa vontade não protege as pessoas. Precisamos das doses de vacinas e precisamos rapidamente”, alertou Bruce Aylward.

Já o director-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, reiterou que a OMS pretende ver as “vacinas a serem distribuídas de forma justa nas próximas semanas” e incentivou os “países a participarem no COVAX”, no sentido de se “criar a maior mobilização em massa da história para uma vacinação justa”.

Tedros Ghebreyesus adiantou ainda que, durante o fim de semana, a OMS foi notificada pelo Japão sobre uma nova variante do vírus e alertou que a maior disseminação do vírus pode resultar em novas alterações.

“Neste momento, as variantes não parecem apresentar uma maior severidade da doença, mas precisamos de manter as medidas básicas de saúde pública mais do que nunca”, sublinhou o responsável da OMS.

O director-geral da OMS congratulou-se ainda com o facto de a equipa internacional de cientistas de dez países estar a “iniciar a sua viagem” para a China para trabalhar com os seus pares chineses sobre a origem do vírus que provoca a covid-19.

“Os estudos começarão em Wuhan para identificar a possível de fonte de infeção dos primeiros casos. Estas evidências científicas criarão hipóteses que serão usadas para estudos de longo prazo, que são importantes, não apenas para a covid-19, mas também para o futuro da segurança sanitária em relação a doenças com potencial de pandemia”, referiu Tedros Ghebreyesus na conferência de imprensa.

12 Jan 2021

A desconhecida “Aldeia Portuguesa” em Jacarta, Indonésia

Fotos e artigo – Ritchie Lek Chi, Chan

A Indonésia sempre passou uma imagem de que está cheia de histórias sobre a era do domínio ultramarino chinês e holandês, dominado por holandeses ou indonésios a lutar pela independência. Muitas pessoas não sabem, que o primeiro país europeu a contactar a Indonésia foi Portugal, e que tinha uma boa relação com a dinastia Sudanesa da época. Os portugueses deixaram muitos vestígios culturais depois de passarem pela Indonésia, o que prova que os portugueses chegaram ao Sudeste Asiático durante a Idade Média e utilizaram-no como base para explorar e expandir as suas rotas marítimas até à costa da China e ao Leste Asiático. Essas histórias sempre despertaram o interesse de estudiosos, media e exploradores estrangeiros, que fazem o possível para descobrir preciosos materiais históricos nesta área.

A partir da “Descoberta Geográfica”

Este artigo apresenta a “Aldeia Portuguesa” localizada no norte de Jacarta, perto do maior porto de carga da Indonésia – Tanjung Priok. Esta pequena aldeia reflete o envolvimento dos portugueses no Sudeste Asiático e os feitos históricos dos dois impérios marítimos de Portugal e da Holanda a competir por colónias no Sudeste Asiático.
A Aldeia Portuguesa tem uma história de mais de 360 ​​anos e foi incluída na Lista do Património Mundial da UNESCO em 1999. Os residentes locais chamam a aldeia de Kampong Tugu, “kampong” significa “aldeia”, “tugu” significa “estela de pedra”. O nome chinês mais simples é “Aldeia Tugu”.

Durante a “Grande Descoberta Geográfica” da Idade Média, a Indonésia foi um importante ponto de trânsito entre a Europa e o Extremo Oriente e também um dos principais campos de batalha das potências europeias para competir pela fonte de especiarias. Siga a rota dos portugueses de Goa a Malaca, depois à Indonésia e finalmente a rota ao norte. Podemos constatar que a história da “Aldeia Tugu” está intimamente relacionada com a Aldeia Portuguesa em Malaca e a Macaense em Macau. Este é um tema fascinante. Explorar três etnias mistas que vivem em lugares diferentes, mas com a mesma origem, o que também fornece um importante material histórico para o estudo dos portugueses medievais que vieram para o Sudeste Asiático e áreas costeiras da China.

Entrada como não conquistador

Em 1963, o historiador de Macau, Padre Manuel Teixeira publicou “MACAU E A SUA DIOCESE” em Lisboa. Neste artigo, muitas páginas são usadas para descrever em detalhe a sociedade “macaense” em Batávia (Jacarta).

No início do artigo podemos ler que “Os portugueses nunca se instalaram na Batávia. Era é uma colónia holandesa conhecida como a ‘Rainha do Oriente’. Se os portugueses nunca entraram na Batávia como conquistadores então são prisioneiros de guerra e mercadores (Nota 1)”. Por outras palavras, os portugueses vieram para Jacarta e estabeleceram apenas como prisioneiros de guerra e mercadores, não como os holandeses que viveram na Batávia como conquistadores.

No início do século XV, depois do navegador chinês Zheng He fazer sete viagens para o Ocidente, a carreira de navegação da China foi interrompida devido à Dinastia Ming que fechou ao mundo, sem contactos com países estrangeiros. Após oitenta anos, por volta do final do século XV, foi substituído pelo surgimento das “Grandes Descobertas Geográficas” europeias. Portugal, como pioneiro desta tendência entusiástica, abriu as portas ao mistério do Extremo Oriente com fortes veleiros, duras crenças religiosas e uma grande procura de especiarias e ouro. O navio de três mastros de Portugal contornou o perigoso Cabo da Boa Esperança na África do Sul, romperam as ondas do Oceano Índico e alcançaram Goa, na Índia e outros pequenos países da Indochina. Depois chegaram a Malaca, na Malásia, e viajaram ao longo do estreito de Sunda até às ilhas pontilhadas da Indonésia. A populosa Ilha de Java era uma paragem obrigatória.

Especiarias, negócios e missão

De 1511 a 1526, os portugueses só vinham esporadicamente às áreas costeiras da China para realizar comércio marítimo com mercadores chineses (Nota 2). Nesta época, os chineses ainda não tinham imigrado para este “país das dez mil ilhas” em grande número (Nota 3). A frota portuguesa partiu de Malaca para explorar e aterrar em algumas ilhas e portos indonésios ao longo da rota oriental, de forma a compreender melhor o transporte marítimo nesta área, obter mais recursos de especiarias e ao mesmo tempo promover a fé católica pelo caminho.

O Padre Manuel Teixeira publicou um artigo “A Diocese Portuguesa de Malaca” no Boletim eclesiástico da Diocese de Macau em 1957, no capítulo XVIII, “Os Jesuítas nas Molucas”, pode-se compreender que os jesuítas seguiram a rota dos portugueses, o seu poder em expansão e atividades missionárias em algumas ilhas. Além disso, de destacar também “Jesuítas na Ásia” (Nota 4), escrita pelo falecido sinólogo português José Maria Braga em Hong Kong. O conteúdo deste livro é mais detalhado, lista as ilhas e portos controlados pelos portugueses na Indonésia naquela época.

A maioria das relíquias culturais na Indonésia

De acordo com os dados recolhidos até agora, os locais onde os portugueses comercializavam e espalhavam as actividades religiosas na Indonésia são aproximadamente os seguintes: Aceh em Sumatra, Cirebon em Java, Banten e Sunda Kelapa em Jacarta, Ilhas Banda, Ilhas Flores, Solor, ilha principal das Molucas, Halmahera, a segunda maior cidade das ilhas Molucas, Ternate, Seram, Damer, Ambon, Papua Nova Guiné e Timor, que são familiares aos cidadãos de Macau (Timor) etc.,  Halmahera, a segunda maior cidade das ilhas canadianas, Ternate, Seram, Damer, Ambon, Papua Nova Guiné e Timor que os cidadãos de Macau conhecem bem.

Notas :

1.《Macau e a sua Diocese》, P. Manuel Texeira,  Agência Geral, Lisboa, 1963, P. 85;
2. “Uma breve discussão sobre as características das primeiras relações entre a China e Portugal 1513-1643”, Zhuang Guotu, “Revista de Cultura”, Vol. No. 18, p. 4-8;
3.Wikipedia, a enciclopédia livre “Indonésio Chinês”, 1. História: 1.4 período colonial holandês, 1.4.1 O primeiro favor dos holandeses;
4. Jesuítas na Ásia, 1998, publicado em conjunto pela Fundação Macau, Universidade de Macau e Instituto Politécnico de Macau, o autor José Maria Braga é um académico português nascido em Hong Kong;
5. Asia Oceania: Portuguese Heritage Around the World: Architecture and Urbanism》, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisbon, 2011.

*Artigo publicado no Macau Daily Newspaper em 8 de Novembro de 2020

12 Jan 2021

UM | Investigadores anunciam avanço no tratamento da psoríase

Uma equipa de investigadores da Universidade de Macau (UM) anunciou ter feito avanços no tratamento da psoríase, uma doença inflamatória manifestada através da pele. De acordo com uma nota divulgada ontem, a equipa de Instituto de Ciências Médicas Chinesas liderada pela professora Zheng Yin descobriu que a captação e translocação de nanopartículas pela pele e pelo sistema linfático desempenham um papel fundamental no tratamento de doenças de pele relacionadas ao sistema imunológico.

Segundo a UM, actualmente a radiação ultravioleta e a medicação são os tratamentos mais comuns para a doença, apesar de terem efeitos secundários adversos.

Os resultados das experiências realizadas pela equipa da UM mostraram que, através de uma injecção intradérmica (entre a derme e a epiderme), as nanopartículas de pequena dimensão foram transportadas com maior facilidade, com o objectivo de drenar os nódulos linfáticos, tento algumas das nanopartículas permanecido intactas na pele e nos gânglios linfáticos após oito horas.

12 Jan 2021

Cooperação | Ho Iat Seng de visita a Dongguan e Huizhou 

O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, voltou a reunir no domingo com mais representantes chineses no âmbito de uma visita oficial que está a realizar em várias cidades que inserem a iniciativa Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.

Uma das reuniões decorreu com Li Yiwei, secretário do Comité do Partido Comunista da cidade Huizhou e presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular de Huizhou. Nesse encontro, Ho Iat Seng destacou o facto de Huizhou ser “uma das cidades da província de Guangdong mais avançada no desenvolvimento do sector industrial, com uma rica experiência e um forte suporte de fabricação e de cadeia de produção”.

Neste contexto, “Macau tem uma elevada capacidade de estudo e investigação, apesar de existir falta de empresas de produção”, pelo que o território e Huizhou “podem complementar as suas vantagens e aprofundar a cooperação nesta área transformando, em conjunto, os resultados laboratoriais em produtos para serem lançados no mercado”.

Também no domingo, a delegação chefiada por Ho Iat Seng passou pela cidade de Dongguan, onde reuniu com Liang Weidong, secretário do Comité do Partido Comunista da cidade de Dongguan e presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular de Dongguan. No encontro, foram abordados temas sobre a cooperação em diferentes áreas tais como a indústria, ciência e tecnologias inovadoras, cultura e ensino, assim como formas de promover a construção da Grande Baía, aponta um comunicado.

Liang Weidong destacou o facto de Macau ter “vantagens no sector dos serviços modernos”, esperando poder contar “com a complementaridade nesta vertente e, assim, através dessas vantagens, ser possível apoiar Dongguan a explorar o mercado e a alargar as suas relações de comércio com os Países da Língua Portuguesa”.

12 Jan 2021

Futebolista japonês Kazuyoshi Miura renova com o Yokohama aos 53 anos

O futebolista japonês Kazuyoshi Miura renovou por uma época o contrato com o Yokohama FC, preparando-se, aos 53 anos, para disputar a 36.ª temporada como profissional, anunciou o clube nipónico.

Em comunicado divulgado pelo Yokohama FC, o avançado, que completa 54 anos em fevereiro, garantiu que a sua paixão e vontade de jogar futebol “não param de crescer”.

‘King Kazu’ tornou-se o futebolista mais velho a jogar na liga japonesa em setembro de 2020, quando alinhou no encontro com o Kawasaki Fontale (3-2), com 53 anos, seis meses e 28 dias.

O avançado, que começou a carreira aos 15 anos, no Brasil, e se prepara para disputar a 36.ª época como profissional, foi o primeiro japonês a alinhar na liga italiana, e soma 91 internacionalizações e 55 golos marcados ao serviço da seleção do seu país.

11 Jan 2021

Covid-19 | Japão detecta uma nova estirpe do vírus em passageiros provenientes do Brasil

As autoridades sanitárias do Japão detectaram uma nova estirpe do vírus que provoca a covid-19 distinta das identificadas no Reino Unido e África do Sul, em passageiros provenientes do Brasil.

Segundo o Ministério da Saúde do Japão e o Centro Nacional de Doenças Infecciosas nipónico (NIID, na sigla original), os doentes infectados, um homem na faixa dos 40 anos, uma mulher de cerca de 30 e dois adolescentes, tiveram resultado positivo nos testes de covid-19 realizados à chegada ao aeroporto internacional de Tóquio, no dia 2 de Janeiro, num voo proveniente do Brasil.

Três manifestaram sintomas da doença, como dificuldades respiratórias, febre e dores de garganta, durante a quarentena obrigatória para viajantes que chegam ao Japão.

Apesar de a variante detectada “ter semelhanças com as estirpes” identificadas recentemente no Reino Unido e na África do Sul, “que são motivo de preocupação por serem mais contagiosas”, o tipo de vírus em causa não parece ter sido identificado antes, explicou o NIID em comunicado. O Ministério da Saúde nipónico já informou as autoridades do Brasil e a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em comunicado, as autoridades brasileiras precisaram que, “segundo informações fornecidas ao Ministério da Saúde brasileiro pelas autoridades sanitárias japonesas, a nova variante possui 12 mutações, sendo que uma delas é a mesma encontrada em variantes já identificadas no Reino Unido e na África do Sul, o que implica um maior potencial de transmissão do vírus”.

Na nota, o Ministério da Saúde do Brasil informou ainda que os quatro passageiros chegaram ao Japão “após uma temporada no Amazonas”.

O Ministério brasileiro já pediu ao Japão “informação sobre a nacionalidade dos viajantes” e sobre os locais por onde passaram no Brasil, para fazer o rastreio de contactos, pode ler-se no comunicado.

De acordo com as autoridades japonesas, para já “é difícil determinar a infecciosidade, patogenicidade ou impacto nos testes e vacinas”.

O Japão registou 34 infeções com estirpes detetadas recentemente no Reino Unido e África do Sul, incluindo três casos de transmissão local, dois dos quais com origem numa pessoa que tinha estado no Reino Unido.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, declarou um novo estado de emergência em Tóquio e na área metropolitana durante um mês, perante o aumento de novas infeções diárias devido ao novo coronavírus.

Desde o início da pandemia, o Japão registou mais de 280 mil casos de covid-19, além de cerca de 4.000 mortes provocadas pela doença.

11 Jan 2021

Covid-19 | China com mais de uma centena de casos, valor mais alto desde Julho

A Comissão de Saúde da China anunciou hoje que identificou 103 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, o valor mais alto desde finais de julho, com 85 casos por contágio local. As transmissões a nível local foram quase o dobro das anunciadas no domingo (48) e cinco vezes mais que as divulgadas no sábado (17).

A maior partes dos casos locais (82) foram registados na província de Hebei, que circunda Pequim, onde foi detetado um novo surto. Desde então, as autoridades chinesas impuseram uma quarentena à capital, Shijiazhuang, com 11 milhões de habitantes, de pelo menos uma semana, e vão testar todos os residentes.

Os três outros casos de contágio local foram detetados na província de Liaoning (nordeste) e em Pequim.

Já os 18 casos importados foram diagnosticados nas cidades de Xangai e de Tianjin e nas províncias de Guangdong, Liaoning, Fujian, Yunnan e Shaanxi.

As autoridades chinesas indicaram que foram detetados 76 doentes assintomáticos, 15 dos quais oriundos do exterior, apesar de estes casos só serem considerados confirmados se manifestarem sintomas.

A Comissão de Saúde da China disse que, nas últimas 24 horas, 18 pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infetadas ativas no país se fixou em 673, incluindo 20 em estado grave.

O organismo não anunciou novas mortes devido à covid-19, pelo que o número permaneceu em 4.634, o mesmo desde maio de 2020. O país somou, no total, 87.536 infetados desde o início da pandemia e 82.229 pessoas que recuperaram da doença.

11 Jan 2021

Kim Jong-un nomeado secretário-geral do partido único da Coreia do Norte

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, foi nomeado secretário-geral do Partido dos Trabalhadores, o único no país, indicou hoje a agência estatal oficial de notícias KCNA.

A nomeação, por unanimidade, foi feita durante o oitavo congresso do Partido dos Trabalhadores da Coreia, a decorrer em Pyongyang, depois de ser retomado o cargo de secretário-geral no organigrama da organização partidária, abandonado no anterior congresso, em maio de 2016, altura em que Kim Jong-Un foi eleito presidente do partido.

Segundo analistas, a mudança de designação é meramente simbólica e visa reforçar a autoridade do líder norte-coreano.

A irmã do líder, Kim Yo-jong, não foi incluída na lista de membros suplentes da direção política do partido.

Jo Yong-won, vice-diretor do Departamento de Organização e Direção do partido, considerado uma das pessoas mais próximas do líder da Coreia do Norte, substituiu Pak Pong-ju, convertendo-se numa das cinco figuras mais poderosas da cúpula do regime, de que fazem parte, além de Kim Jong-un, também Choi Ryong-hae, Ri Pyong-chol e Kim Tok-hun.

No sábado, o regime norte-coreano definiu os Estados Unidos como o seu “maior inimigo”, prometendo reforçar o arsenal nuclear.

No congresso partidário, sem dia anunciado para a conclusão, a Coreia do Norte também decidiu realizar congressos a cada cinco anos, anunciados vários meses antes.

Até aqui, o congresso do Partido dos Trabalhadores da Coreia decorreu com intervalos aleatórios, mas o atual líder do país tinha manifestado recentemente a intenção de convocar estas reuniões de forma regular.

O oitavo congresso começou na terça-feira, quase cinco anos depois da realização do sétimo, em maio de 2016. Então, a sessão foi a primeira a realizar-se em 36 anos.

11 Jan 2021

Covid-19 | OMS inicia visita à China na quinta-feira

A equipa de especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) responsável por investigar a origem do novo coronavírus vai iniciar na quinta-feira a visita à China, inicialmente prevista para a semana passada, informaram as autoridades chinesas.

Na semana passada, a visita foi anulada à última hora por falta das autorizações necessárias, tendo agora as autoridades chinesas dado luz verde.

“Após discussões, a equipa de especialistas da OMS […] visitará a China a partir de 14 de janeiro para inspeções”, indicou a Comissão de Saúde da China, em comunicado, precisando que os peritos “conduzirão investigações conjuntas com cientistas chineses sobre as origens da covid-19”.

Pequim não forneceu mais informações sobre o programa da visita, mas é esperado que os especialistas sejam colocados em quarentena à chegada ao país.

Na terça-feira, numa rara demonstração de tensões entre a OMS e o Governo chinês, o diretor daquela agência das Nações Unidas, Tedros Ghebreyesus, disse estar “muito dececionado” com os obstáculos colocados pelas autoridades chinesas à chegada dos especialistas, para uma missão que sofreu meses de atrasos e tem estado rodeada por secretismo de ambas as partes.

A missão é formada por especialistas ligados à OMS, à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e à Organização Mundial de Saúde Animal, tendo como principal objetivo viajar até Wuhan, onde foram notificados os primeiros casos de covid-19, no final de 2019.

Cientistas dos Estados Unidos, Japão, Rússia, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Austrália, Vietname, Alemanha e Qatar farão ainda parte desta missão.

Equipas de especialistas da OMS já visitaram a China, em fevereiro e julho do ano passado, para investigar as origens do novo coronavírus, embora em ambas as ocasiões poucos pormenores tenham sido divulgados.

A visita é um assunto sensível para o Governo chinês, preocupado em afastar responsabilidades em relação à pandemia que já fez mais de 1,9 milhões de mortos em todo o mundo.

A aprovação de Pequim à realização da visita ocorre no mesmo dia em que se assinala um ano desde que a China anunciou a primeira morte no país por covid-19, a primeira fatalidade de que há registo devido a um então misterioso vírus. O país acabaria no entanto por praticamente erradicar a doença do país.

Nas últimas 24 horas, a China identificou 103 casos de covid-19, o valor mais alto desde finais de julho. O país somou, no total, 87.536 infetados desde o início da pandemia e 4.634 mortos.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.926.570 mortos resultantes de mais de 89 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

11 Jan 2021

Críticos americanos votam “Vitalina Varela” como quarto melhor filme de língua estrangeira

O filme “Vitalina Varela”, de Pedro Costa, foi votado o quarto melhor de língua estrangeira do ano pela Sociedade Nacional de Críticos de Cinema dos Estados Unidos. O anúncio, que colocou “Vitalina Varela” atrás do romeno “Collective”, de Alexander Nanau, do brasileiro “Bacurau”, de Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, e do russo “Beanpole”, de Kantemir Balagov, foi feito através da conta de Twitter da organização, depois da reunião dos 55.º prémios anuais.

Segundo a votação, “Collective” reuniu 38 pontos, enquanto “Bacurau” e “Beanpole” conseguiram 36 pontos ‘ex aequo’, seguindo-se “Vitalina Varela” com 32 pontos.

O filme de Pedro Costa foi ainda o terceiro classificado na categoria de melhor cinematografia, com o director de fotografia Leonardo Simões a ser superado por James Richards (de “Nomadland”) e Shabier Kirchner (de “Lovers Rock”). “Nomadland”, de Chloé Zhao, foi o grande vencedor destes galardões, tendo conquistado também as categorias de melhor filme, melhor realização, e melhor actriz, atribuído a Frances McDormand.

De acordo com a sociedade de críticos, o processo foi conduzido por um sistema de votação ponderada, com os participantes a votarem nas suas três escolhas para cada categoria (três pontos para a primeira escolha, dois para a segunda e um para a terceira). “O nomeado com mais pontos e que apareça na maioria dos boletins de voto vence”, explicou a sociedade.

Reconhecimento internacional

Candidato português à nomeação para Óscar de Melhor Filme Internacional, “Vitalina Varela” teve estreia mundial em Agosto de 2019 no Festival de Cinema de Locarno, na Suíça, onde arrecadou os principais prémios: Leopardo de Ouro e Leopardo de melhor interpretação feminina.

Desde então, tem sido exibido e recebido vários prémios em diversos festivais internacionais de cinema, além de ter aparecido em múltiplas listas de melhores do ano. A publicação especializada Variety colocou-o, há dias, em 19.º na lista de possíveis candidatos ao Óscar de Melhor Filme Internacional.

Pedro Costa conheceu Vitalina Varela quando rodava “Cavalo Dinheiro”, acabando por incluir parte da sua história na narrativa, dando-lhe depois protagonismo no filme seguinte. A narrativa centra-se numa mulher cabo-verdiana que chega a Portugal três dias após a morte do marido, depois de ter estado 25 anos à espera de um bilhete de avião.

Em Locarno, Pedro Costa explicou que os filmes sobre a comunidade cabo-verdiana não são documentários: “Estamos a fazer algo um pouco mais épico”, com base numa relação que existe há 25 anos. “Falo de pessoas que vivem hoje no esquecimento, dormem nas ruas, são torturados. O cinema pode protegê-los, de certa forma vingar uma parte desta situação, porque pode ser exibido em qualquer lado”, disse.

11 Jan 2021

Estados Unidos levantam restrições aos contactos políticos com Taiwan

O Governo dos Estados Unidos anunciou a retirada das restrições impostas durante décadas às relações entre os seus dirigentes e os de Taiwan, numa decisão que deverá aumentar clima de tensão com a China.

O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, anunciou no sábado à noite que as restrições aplicadas às relações dos funcionários do Departamento de Estado com Taiwan, “destinadas a apaziguar Pequim”, vão terminar.

“As nossas duas democracias compartilham valores comuns de liberdade individual, Estado de Direito e respeito pela dignidade humana. A declaração de hoje reconhece que as relações EUA-Taiwan não precisam de estar acorrentadas a restrições auto-impostas pela nossa burocracia”, explicou Pence, num comunicado.

O anúncio ocorre menos de duas semanas do fim do mandato do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que colocou a China como principal rival e inimigo de Washington.

A China considera Taiwan uma província rebelde que deve regressar à sua soberania, retirando-lhe o estatuto que lhe permite autonomia política, desde 1949.

Embora os Estados Unidos tenham cortado relações diplomáticas oficiais com Taipei, em 1979, para agradar ao regime chinês, Washington continuou a manter intercâmbios e o Governo de Donald Trump aumentou as vendas de armas para a ilha.

Em agosto de 2020, o secretário de Saúde norte-americano, Alex Azar, viajou a Taiwan, naquela que foi a visita de maior destaque de Washington desde 1979.

A visita ocorreu num momento de grande hostilidade entre a China e os Estados Unidos, em várias frentes, incluindo comércio e tecnologia.

Taiwan é uma das questões mais delicadas para Pequim, que declarou em várias ocasiões a sua intenção de reconquistar o território à força, se necessário.

11 Jan 2021

Covid-19 | China e OMS ainda não acordaram data para deslocação de especialistas

A China e a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não chegaram a acordo sobre a nova data para a missão que deveria ter viajado esta semana até ao país para investigar a origem do novo coronavírus.

O director da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse, contudo, acreditar que haverá um consenso sobre a nova data da missão, na próxima semana, reconhecendo o atraso nas negociações com Pequim.

“Estamos em contacto com as autoridades chinesas, que concordaram em fornecer as datas específicas da viagem nos próximos dias. Esperamos, nessa altura, que a questão fique resolvida”, explicou Ghebreyesus, durante uma conferência de imprensa em Genebra.

O director de Emergências de Saúde da OMS, Mike Ryan, acrescentou nessa mesma conferência de imprensa que os dois membros da missão que já tinham iniciado a sua viagem para a China no início desta semana voltaram aos seus locais de origem, enquanto se resolve o problema, que, segundo Pequim, se deveu a um “mal-entendido”.
“Esperamos que os planos continuem e que a colaboração com os nossos colegas na China continue”, concluiu Ryan.

Tensões e decepções

Na terça-feira, numa rara demonstração de tensões entre a OMS e o Governo chinês, Tedros Ghebreyesus disse estar “muito decepcionado” com os obstáculos colocados pelas autoridades chinesas à chegada dos especialistas, para uma missão que sofreu meses de atrasos e tem estado rodeada por secretismo de ambas as partes.

A missão é formada por especialistas ligados à OMS, à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e à Organização Mundial de Saúde Animal, tendo como principal objectivo viajar até Wuhan, onde foram notificados os primeiros casos de covid-19, no final de 2019.
Cientistas dos Estados Unidos, Japão, Rússia, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Austrália, Vietname, Alemanha e Qatar farão ainda parte desta missão.

Equipas de especialistas da OMS já visitaram a China, em Fevereiro e Julho do ano passado, para investigar as origens do novo coronavírus, embora em ambas as ocasiões poucos pormenores tenham sido divulgados.

11 Jan 2021