Moradores de edifício pedem investigação a estacionamento

Residentes da Torre 8 do Edifício San Seng Si Fa Un pediram ontem ao Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) que investigue a legalidade do estacionamento que dizem bloquear o acesso à porta principal. O grupo de moradores do prédio da Avenida de Artur Tamagnini Barbosa, no Toi San, entregou uma carta no CCAC.

Segundo o representante, de apelido Wong, os moradores acreditam que a aprovação dos lugares de estacionamento no pódio, local onde fica o acesso principal do edifício, envolveu “um processo administrativo irregular”.

Wong revelou que os lugares de estacionamento foram marcados no chão por uma empresa de nome Xiecheng – Sociedade de Gestão de Obras, há cerca dois anos. Logo na altura, os moradores ficaram insatisfeitos com a situação e chamaram a polícia. Porém, a empresa terá argumentado que tinha registado aqueles lugares como seus, logo em 1999, ou seja, ainda antes da transição. Os habitantes do Edifício San Seng Si Fa Un entraram depois em contacto com o Instituto de Habitação (IH) para resolver o assunto, mas o órgão do Governo recusou qualquer responsabilidade no caso que envolve um prédio para habitação económica, construído em 1989.

Questão de segurança

Ao contrário do habitual, o prédio tem a entrada no pódio, onde está o estacionamento. Por isso, Wong afirmou que há a preocupação que os carros estacionados sejam um problema para os bombeiros, caso seja necessário fazer operações de salvamento. Contudo, também a queixa feita junto do Corpo de Bombeiros, não teve qualquer desenvolvimento.

Face à situação, os envolvidos esperam que o CCAC possa analisar o processo da criação do parque de estacionamento e eventuais irregularidades.

A entrega da carta foi acompanhada pelo deputado Leong Sun Iok, da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM). Leong deixou o desejo de que o CCAC dê uma resposta clara às questões levantadas e que apoie os residentes clarificando totalmente esta situação.

27 Ago 2021

Educação | Pensamento de Xi Jinping nos currículos escolares

O Ministério da Educação da China anunciou ontem que escolas e universidades devem incorporar nos seus currículos conteúdo sobre o pensamento político do Presidente chinês e secretário-geral do Partido Comunista da China (PCC), Xi Jinping.

A directriz visa “ajudar os adolescentes a acreditar no marxismo” e cultivá-los com uma “forte base moral, intelectual, física e estética” que lhes permita “formar os seus próprios julgamentos e opiniões políticas”.

“As escolas primárias vão ter como foco a promoção do amor ao país, ao PCC e ao socialismo. As escolas secundárias combinarão o estudo com a experiência perceptiva, enquanto as universidades enfatizarão o pensamento teórico”, destacou o texto.

O ministério acrescentou que “estudar o pensamento de Xi Jinping sobre o socialismo com características chinesas para uma nova era é a tarefa mais importante que o PCC e o país têm” e que “é necessário armar as mentes dos estudantes” com essa doutrina.

“Deve ser sintetizado e esclarecido. Devemos também fornecer aos alunos ferramentas para desenvolver o seu espírito de sacrifício, bem como noções para que aprendam tudo relacionado ao conceito de segurança nacional”, sublinhou o texto.

Solicita-se também o reforço das “tradições revolucionárias” para “continuar a desenvolver o socialismo com características chinesas”, que Xi considerou, em 2021, um “caminho único para a civilização chinesa”, que “criou um novo modelo de progresso humano”.

Homem do leme

Desde que assumiu a liderança da China, em 2013, Xi Jinping tornou-se o centro da política chinesa e é hoje considerado um dos líderes mais fortes da história recente do país, comparável ao fundador da República Popular, Mao Zedong.

O pensamento político de Xi foi incluído nos estatutos do Partido e na Constituição do país, durante o Congresso do PCC, em Outubro de 2017.

26 Ago 2021

Protesto | Sulu Sou recusou fazer pergunta a Ho Iat Seng

O democrata Sulu Sou não fez qualquer questão na sessão de perguntas e respostas por escrito com o Chefe do Executivo, em protesto com a intransigência governativa na coordenação com a Assembleia Legislativa.

Numa nota partilhada nas redes sociais, o deputado recordou que em Abril, quando diz que a situação pandémica era mais grave, Ho Iat Seng esteve no hemiciclo. Porém, segundo Sulu Sou desta vez não houve qualquer esforço para que as perguntas fossem feitas face-a-face, mesmo que com menos governantes e pessoas no plenário. Também não terá havido abertura para fazer a sessão de perguntas e respostas online, como alternativa.

Depois de cancelada a presença a 10 de Agosto para responder aos legisladores, Ho Iat Seng anunciou que iria replicar por escrito. As respostas foram publicadas na terça-feira, apenas em chinês, e ontem ainda estavam a ser traduzidas para português.

Face ao que acusou ser falta de coerência, Sulu Sou optou por não participar: “Não fiz qualquer questão, por não concordar com a organização e porque os deputados podem comunicar por escrito com o Chefe do Executivo sempre que necessário, durante 365 dias por ano”.

Em relação às respostas, o democrata não deixou de fazer críticas: “Demoraram meio mês a responder por escrito aos deputados. Depositaram as respostas todas ao final da tarde no portal da Assembleia Legislativa […] Nos documentos faltam as assinaturas e nem é possível fazer copy paste das respostas”, apontou.

“Se olharmos para o passado, a Assembleia Legislativa diz que gosta sempre muito de ‘respeitar e cooperar com o trabalho dos órgãos de comunicação’. O Governo também diz que dá prioridade ao desenvolvimento das plataformas electrónicas’. Talvez devesse analisar bem o que andam a fazer todos os dias”, apontou.

26 Ago 2021

Ambiente | Coutinho preocupado com impacto de máscaras

O deputado Pereira Coutinho entende que o Governo tem de impedir o impacto ambiental da utilização de máscaras. Numa interpelação escrita, o legislador apoiado pela Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) perguntou ao Executivo as medidas que estão a ser tomadas.

“O Governo da RAEM deve aplicar a estas máscaras o método de tratamento usado para as máscaras nas instalações médicas, instalando caixotes específicos na comunidade e nos edifícios, para facilitar a recolha de máscaras descartadas e prevenir o seu abandono arbitrário, para não se afectar a higiene ambiental”, considerou José Pereira Coutinho.

Além do impacto ambiental, o membro da Assembleia Legislativa está igualmente preocupado com a segurança do processo de descartar as máscaras, em termos da transmissão do vírus. Por isso, Coutinho quer saber como vai ser o tratamento.

“Os serviços competentes devem considerar que todas as máscaras descartadas são iguais às das instalações médicas, ou seja, são substâncias perigosas”, sublinhou. “Devem ser tratadas de forma segura e transportadas para a Estação de Tratamento de Resíduos Especiais e Perigosos de Macau, no sentido de eliminar, o mais possível os mais de transmissão do vírus”, acrescentou. “Já o fizeram?”, perguntou.

26 Ago 2021

Covid-19 | Pandemia empurra até 80 milhões de pessoas para a pobreza extrema na Ásia

Entre 70 milhões a 80 milhões de pessoas na Ásia-Pacífico atingiram níveis de pobreza extrema em 2020 devido à pandemia de covid-19, situação que ameaça o cumprimento das metas de desenvolvimento sustentável da região, foi hoje divulgado.

O alerta é dado pelo Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB, na sigla em inglês) que mostra este aumento da pobreza extrema – cenário em que cada pessoa vive com menos de 1,90 dólares (1,62 euros) por dia – num relatório sobre os indicadores económicos de 49 países da região, incluindo China, Índia, Japão, Indonésia e Bangladesh, entre outros.

Num comunicado, o banco multilateral destacou que, em 2017, a pobreza extrema afetava cerca de 203 milhões de pessoas na Ásia, ou seja, 5,2% da população dos países em desenvolvimento, e que sem a crise pandémica as projeções apontavam para uma redução na ordem dos 2,6% em 2020.

Os países da Ásia-Pacífico “fizeram progressos impressionantes, mas a covid-19 expôs fissuras sociais e económicas que podem minar o desenvolvimento sustentável e inclusivo na região”, assinalou o economista-chefe do ADB, o japonês Yasuyuki Sawada.

No mesmo relatório, o organismo advertiu que a pandemia ameaça os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável acordados pelas Nações Unidas para 2030, a conhecida Agenda 2030, em especial nesta região.

Eliminação da pobreza e da fome e melhores sistemas de saúde e de educação são alguns dos 17 objetivos estabelecidos na Agenda 2030.

“Para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável para 2030, os decisores políticos precisam de estar munidos de dados atualizados e de qualidade para tomarem decisões sustentadas que assegurem que a recuperação não deixa ninguém para trás, especialmente os pobres e vulneráveis”, frisou Yasuyuki Sawada.

Durante uma parte da atual crise pandémica, a Ásia constou entre as regiões menos afetadas, quando comparada com a Europa ou com o continente americano, mas as restrições impostas devido à propagação do coronavírus SARS-CoV-2 causaram sérios danos às economias mais frágeis.

Também foi nesta região que foi detetada inicialmente, na Índia, a variante Delta do coronavírus SARS-CoV-2, identificada como mais transmissível e mais resistente, o que acabou por ter fortes repercussões na zona.

Outro dado importante é que o ritmo da vacinação contra a covid-19 na região continua muito lento, salvo algumas exceções como Singapura (com 74% da população já com o esquema vacinal completo) e o Japão (40%).

25 Ago 2021

Duas pessoas sofreram queimaduras em ataque no metro de Tóquio

Duas pessoas sofreram queimaduras, na terça-feira à noite, num ataque com ácido sulfúrico numa estação do metropolitano de Tóquio e o atacante continua a ser procurado, anunciou hoje a polícia.

Um homem de 22 anos ficou queimado no rosto por um líquido lançado por um indivíduo nas escadas rolantes da estação, disse um porta-voz da polícia. O atacante fugiu, acrescentou.

De acordo com a cadeia de televisão pública japonesa, a NHK, o líquido era ácido sulfúrico. Uma mulher de 34 anos escorregou e ficou ligeiramente queimada nas pernas por causa do líquido.

Este ataque, muito raro no país, na estação de metro de Shirokane-Takanawa, no centro de Tóquio, ocorreu no mesmo dia da abertura dos Jogos Paralímpicos Tóquio2020, sob fortes medidas de segurança.

Os Paralímpicos vão decorrer até 05 de setembro, sem público devido à covid-19. No início de agosto, enquanto decorriam os Jogos Olímpicos, um ataque com faca num comboio suburbano de Tóquio causou dez feridos. O atacantes, um japonês com cerca de 30 anos, foi rapidamente detido.

25 Ago 2021

DSAT | Transmac advertida devido a abastecimento irregular

A Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) confirmou ter feito uma advertência à empresa de transportes públicos Transmac, devido a um abastecimento no terminal subterrâneo das Portas do Cerco. A situação foi denunciada por alguns cidadãos nas redes sociais, que assistiram ao abastecimento de um autocarro durante uma paragem na estação em causa.

Em declarações ao jornal Ou Mun, a DSAT afirmou ter avisado a empresa e deixado muito claro que são proibidos abastecimentos de combustíveis nas paragens de autocarros. Segundo a mesma fonte, o Governo afirmou ainda ir acompanhar o caso de acordo com as cláusulas do contrato assinado com a transportadora.

O autocarro em causa faz o percurso MT4 e a operação foi confirmada pela empresa. De acordo com as explicações, a situação foi excepcional, uma vez que um dos autocarros teve uma avaria e foi necessário fazer o abastecimento no local. No entanto, a empresa comprometeu-se, no futuro, a corrigir os procedimentos e tomar medidas para evitar este tipo de operações.

A Transmac insistiu ainda na formação do pessoal, e sublinhou a necessidade de as operações de emergência serem feitas respeitando as normas vigentes e as distâncias de segurança nos abastecimentos.

25 Ago 2021

Liberdade de expressão | Jason Chao teme maior controlo dos media

O activista Jason Chao, ex-dirigente da Associação Novo Macau, teme que os meios de comunicação social sejam o próximo alvo das autoridades depois da desqualificação de alguns candidatos às eleições legislativas de Setembro. O responsável especificou que os principais alvos podem ser as publicações Macau Concelears e All About Macau.

Em declarações ao jornal All About Macau, Jason Chao defendeu que a desqualificação constituiu “um golpe no campo democrático”, com um impacto que não se limita às eleições. Uma vez que o Governo disse que o campo pró-democracia não foi leal à Constituição chinesa e à Lei Básica, Jason Chao acredita que tal posição “extinguiu os restantes espaços vitais na sociedade”.

O activista lembrou ainda que os candidatos desqualificados podem ter dificuldades no desempenho das suas funções políticas após as eleições, e que as associações de que fazem parte podem atravessar um período de despedimentos de funcionários ou redução de actividades.

Em relação ao processo de desqualificação, Jason Chao disse que muitos funcionários públicos sentiram medo por terem partilhado informações nas redes sociais relativas aos candidatos do campo pró-democracia.

25 Ago 2021

Afeganistão | China contra imposição de sanções aos talibãs

A China disse hoje que a comunidade internacional deve apoiar oportunidades para desenvolvimentos positivos no Afeganistão, em vez de impor sanções aos talibãs.

“A comunidade internacional deve encorajar e promover o desenvolvimento da situação no Afeganistão numa direção positiva, apoiar a reconstrução pacífica, melhorar o bem-estar das pessoas e aumentar a sua capacidade de desenvolvimento independente”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin, aos jornalistas, em conferência de imprensa. “Impor sanções e pressão a cada passo não resolve o problema e é contraproducente”, disse Wang.

A China, que compartilha fronteira com o Afeganistão, aproveitou o caos no aeroporto de Cabul para redobrar as suas críticas à intervenção dos EUA no país, particularmente a tentativa de instalar uma democracia ao estilo ocidental. Pequim manteve aberta a sua embaixada em Cabul e procurou manter boas relações com os Talibã.

24 Ago 2021

Myanmar | Ex-líder detida Aung San Suu Kyi está sem contacto com advogados há seis semanas

A líder birmanesa deposta, Aung San Suu Kyi, não consegue reunir-se com os seus advogados há seis semanas, denunciaram hoje os representantes legais da Nobel da Paz que se encontra detida desde o golpe de Estado de fevereiro.

Um dos advogados da chefe do governo civil de Myanmar (antiga Birmânia) deposta, identificado como Khin Muang Zaw, confirmou à agência espanhola EFE que as audiências do processo contra Aung San Suu Kyi, cuja realização está prevista para um tribunal da capital do país (Naypyidaw), foram novamente adiadas e reagendadas para os próximos dias 06 e 07 de setembro.

“Não haverá audiências na próxima segunda e terça-feira, o que significa que não temos contacto com os nossos clientes há seis semanas”, afirmou o causídico, que também representa o Presidente birmanês deposto (Win Myint), acrescentando que apresentou junto da instância judicial um pedido para ver os seus clientes.

Desde julho passado, as audições do processo contra Aung San Suu Kyi têm sido adiadas de forma consecutiva.

A primeira justificação prendeu-se com o facto de as audiências coincidirem com feriados nacionais, tendo sido depois o agravamento da pandemia da doença covid-19 no país o motivo apontado para o adiamento.

A Nobel da Paz (1991) está sob custódia das autoridades birmanesas desde as primeiras horas do golpe de Estado militar de 01 de fevereiro deste ano, tendo sido acusada de vários crimes.

No processo que está a decorrer no tribunal da capital birmanesa, a política de 76 anos é acusada de incitação ao ódio, de uma alegada importação ilegal de aparelhos eletrónicos e de violação das normas contra a propagação da pandemia de covid-19.

Suu Kyi, que permanece detida num local desconhecido após ter passado várias semanas em prisão domiciliária, também enfrenta uma acusação por violação de informações secretas, processo que está a decorrer em outro tribunal em Rangum.

Neste caso concreto, Aung San Suu Kyi pode incorrer numa pena de prisão até 14 anos.

O exército de Myanmar justificou o golpe de Estado militar de 01 de fevereiro deste ano com supostas fraudes eleitorais durante as legislativas de novembro de 2020, cujo resultado deu a vitória à Liga Nacional para a Democracia, força política liderada por Aung San Suu Kyi.

As eleições legislativas foram consideradas legais pelos observadores internacionais.

Desde então, Myanmar encontra-se numa situação de caos, com a economia paralisada e palco e manifestações e distúrbios fortemente reprimidos pelas forças militares e pela polícia birmanesa, que chegaram a disparar balas reais, além do recurso a gás lacrimogéneo, balas de borracha e granadas de choque, contra os manifestantes.

A par das manifestações, a contestação também tem sido expressa em greves conduzidas por milhares de trabalhadores do setor público (e igualmente do setor privado) em todo o país, que geraram problemas em várias áreas de atividade, incluindo saúde, banca, educação e indústria.

Segundo a Associação de Assistência a Presos Políticos (AAPP), a repressão da oposição birmanesa fez mais de 1.000 mortos e mais de 7.130 pessoas foram detidas arbitrariamente.

A junta militar no poder comprometeu-se recentemente a realizar novas eleições no país “até agosto de 2023”.

No passado dia 26 de julho, a junta militar anulou os resultados das eleições de novembro, alegando que mais de 11 milhões de casos de fraude tinham sido detetados, acusação que o partido de Aung San Suu Kyi negou.

24 Ago 2021

Várias plataformas digitais chinesas excluem actor Zhang Zhehan depois de visita polémica

Várias plataformas digitais chinesas excluíram os filmes e relatos pessoais do actor Zhang Zhehan, depois deste ter visitado o santuário japonês de Yasukuni, que abriga os restos mortais de vários soldados que participaram na invasão da China durante a primeira metade do século XX.

O jornal estatal “Global Times” afirmou que os episódios em que Zhang actua nas séries “Demon Girl” e “Word of Honor!”, bem como nos “reality shows” “Everybody Stand By” e “Keep Running” saíram das plataformas mais populares, como a Bilibili.

Outras plataformas de “streaming” de música na Internet, como QQ Music ou NetEase, excluíram as músicas e as contas pessoais de Zhang, que também cantor, enquanto Douyin (homologo chinês do TikTok) também fez o mesmo com seu perfil.

Também marcas como Wahaha, uma empresa de bebidas, a joalheira Pandora ou a têxtil Shanghai Mercury rescindiram os seus contratos com a estrela.

De acordo com o citado jornal, “o boicote contra Zhang acontece depois que a Associação de Artes Cénicas da China ter emitido uma circular, a 15 de agosto, na qual instava a indústria a vetar Zhang, já que sua conduta era altamente imprópria pois não só prejudica os sentimentos nacionais, mas é uma má influência sobre os adolescentes que o seguem”, segundo noticia a agência espanhola Efe.

Esta semana, a Federação Chinesa das Associações de Rádio e Televisão realizou um seminário no qual participaram alguns dos atores e “influenciadores” mais conhecidos do cenário nacional chinês e no qual os organizadores tentaram alertar os participantes para o que o Global Times chama de “violação de leis ou falta da ética”.

Várias fotos compartilhadas nas redes sociais nos últimos dias mostram Zhang nos santuários japoneses Yasukuni e Nogi. O actor e cantor publicou um pedido de desculpas online, que até o momento não tem servido para reverter a situação.

O Santuário Yasukuni é um templo xintoísta construído em 1869 em Tóquio, e nele repousam, entre muitos outros, os restos mortais de catorze militares e políticos de alto escalão considerados criminosos de guerra por suas ações durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) pelo Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente.

23 Ago 2021

Natalidade | Formalizada política de três filhos por casal em vez de dois

A China tenta evitar o envelhecimento acelerado da população que põe em risco o desenvolvimento económico do país. No entanto, os casais permanecem ainda renitentes em aumentar o agregado familiar face à subida do custo de vida e às frágeis condições das mulheres no mercado de trabalho

 

A China formalizou a alteração legislativa que autoriza os casais a terem até três filhos, em vez de dois, depois de o último censo demográfico ter revelado uma forte desaceleração no crescimento populacional.

A decisão tinha sido anunciada em Maio, e foi formalizada com a aprovação, na sexta-feira, de uma emenda à Lei da População e Planeamento Familiar pelo comité permanente do Congresso Nacional do Povo.

A emenda anula as medidas restritivas que estavam em vigor, incluindo as multas a casais que tivessem mais filhos do que os permitidos por lei, segundo a agência oficial Xinhua.

Com as alterações, as autoridades locais passam a oferecer licença parental para promover os direitos das mulheres no emprego e está prevista a criação de mais infantários em áreas públicas e locais de trabalho.

A China praticou a política “um casal, um filho” entre 1979 e 2015, para desacelerar o crescimento da sua população e preservar os recursos escassos para a sua economia em expansão.

Em 2016, passou a permitir dois filhos por casal, mas acabou por subir o limite para três, este ano, devido à baixa taxa de natalidade. No entanto, os casais permanecem reticentes em ter mais filhos, face aos elevados custos de vida e discriminação das empresas contra as mães.

A queda na taxa de natalidade é vista pelos dirigentes chineses como uma grande ameaça ao progresso económico e à estabilidade social no país asiático.

Sempre a descer

No início de Maio, os resultados do censo realizado em 2020 revelaram um envelhecimento mais rápido do que o esperado da população chinesa.

A população aumentou em 72 milhões de pessoas nos últimos 10 anos, para 1.411 milhões, segundo os dados oficiais.
O crescimento médio anual fixou-se em 0,53 por cento, em termos homólogos, uma queda de 0,04 por cento, em relação à década anterior.

No ano passado, marcado pela pandemia de covid-19, o número de nascimentos caiu para 12 milhões, face a 14,65 milhões, em 2019, quando a taxa de natalidade (10,48 por 1.000) foi já a menor desde a fundação da República Popular da China, em 1949. A queda de nascimentos em 2020 ocorreu pelo quarto ano consecutivo.

A taxa de fecundidade fixou-se em 1,3 filhos por mulher, em 2020, abaixo dos 2,1 estimados pelas Nações Unidas para manter uma população estável.

As autoridades chinesas admitiram que o número de nascimentos na China vai continuar a cair em 2021.
Mas o vice-director da Comissão Nacional de Saúde, Yu Xuejun, disse, em Julho, acreditar que a tendência de queda será invertida no “curto prazo”, libertando o “potencial da fertilidade” na China.

O sucesso dependerá de as políticas de apoio às famílias “serem implementadas de maneira adequada”, disse Yu na altura.

23 Ago 2021

Censos 2021 | Recolha de dados prolongada até sábado

A recolha de informação para os Censos 2021, inicialmente prevista para decorrer entre 7 e 21 de Agosto, foi prolongada sete dias, anunciaram as autoridades em conferência de imprensa. Hoje retomaram as entrevistas domiciliárias por mais de 800 agentes para recolher informação de agregados familiares que não tenham respondido ao questionário através da Internet, disse o director dos Serviços de Estatísticas e Censos na sexta-feira.

Até quinta-feira, 105 mil agregados familiares já tinham respondido aos Censos, o que corresponde a 50 por cento do total, ou 210 mil fracções habitacionais, indicou Ieong Meng Chao.

A suspensão da recolha de informação presencial foi decidida na sequência da identificação, em 3 de Agosto, de quatro casos da variante delta da covid-19 no território.
“Este prolongamento dos Censos é suficiente para conseguir uma taxa de conclusão de 85 por cento”, considerada “significativa e representativa”, adiantou o responsável.

O objectivo das visitas domiciliárias dos agentes dos Censos “é incentivar a população a usar os diferentes meios ao dispor para preencher o questionário, sobretudo o preenchimento ‘online’ ou telefónico”, explicou.

Mas se os residentes insistirem em preencher o questionário presencialmente, os agentes estão preparados para o fazerem, recorrendo às medidas de prevenção epidémicas em vigor, como distanciamento social, máscara e desinfecção, acrescentou.

Os resultados preliminares dos Censos deverão ser divulgados até no final do ano. “Esperamos divulgar o resultado final em Abril próximo”, disse.

Os resultados dos Censos são muito importantes para o desenvolvimento de Macau, por refletirem a evolução demográfica e respectivas características socioeconómicas da população, sendo relevantes na definição de políticas educacionais, habitacionais, sanitárias e sociais.

23 Ago 2021

Turismo | Número de visitantes sobe 49,9% em Julho

Macau recebeu 789.407 visitantes em Julho, mais 49,4 por cento relativamente ao mês anterior e mais 966,7 por cento em termos anuais. O número de turistas (412.735) e de excursionistas (376.672) subiram “1.634,5 e 650,2 por cento, respectivamente”, comparativamente ao mesmo mês de 2020, de acordo com um comunicado da Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC).

O período médio de permanência dos visitantes situou-se em 1,8 dias, ou mais 0,5 dias, em termos anuais, devido à proporção dos turistas (52,3 por cento do total) ter crescido 20,1 pontos percentuais, referiu.

O número de visitantes da China fixou-se em 724.342, aumentando 989,4 por cento, em termos anuais, 293.927 dos quais com visto individual. Das nove cidades do delta do rio das Pérolas entraram ao território 426.991 visitantes, dos quais 49,8 por cento da cidade vizinha de Zhuhai. De Hong Kong, chegaram 59.135 visitantes e de Taiwan 5.800.

Entre Janeiro e Julho, Macau recebeu 4.717.236 visitantes, mais 41,4 por cento do que no período homólogo de 2020, com o número de turistas (2.471.392) e de excursionistas (2.245.844) a registar um aumento de 57,5 e 26,6 por cento, respectivamente. O período médio de permanência dos visitantes foi de 1,6 dias, mais 0,2 dias, em termos anuais, acrescentou a DSEC.

20 Ago 2021

Vinhos | Macau e China contribuem para exportações do Alentejo 

As exportações dos Vinhos do Alentejo cresceram 20 por cento em valor e 14 por cento em quantidade no primeiro semestre deste ano, face a período homólogo de 2020, revelou ontem a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA). O crescimento também aconteceu, entre Janeiro e Junho, nos mercados asiáticos, “com a China a fechar o semestre em níveis pré-pandemia e um aumento de compras face a 2020 (mais 15 por cento em valor e mais 13 por cento em litros”.

No caso de Macau, foram também superados os resultados totais alcançados nos últimos dois anos (mais 227 por cento em valor e mais 192 por cento em litros”.

Os mercados brasileiro, norte-americano, suíço e do Reino Unido também registaram aumentos em termos de vendas. Em termos gerais, os números do primeiro semestre “superam os resultados atingidos pela região no período pré-pandémico”, acrescentou a CVRA.

Os dados do Instituto Nacional de Estatística mostram ainda que “cerca de 12 milhões de garrafas [foram] comercializadas para o mercado externo, o que se traduz em mais de nove milhões de litros exportados”, o que representa um aumento de 14 por cento, em comparação com o primeiro semestre do ano transacto. Para o presidente da CVRA, Francisco Mateus, “este crescimento na primeira metade do ano é um sinal muito positivo dos valores” a que a região pode chegar este ano. “Habitualmente, os segundos semestres são mais fortes na exportação”, lembrou, manifestando-se confiante de que 2021 possa vir a ser “o ano com melhores resultados, desde que há registo”.

20 Ago 2021

Primeiro caso de covid-19 identificado na Aldeia Paralímpica

Um primeiro caso de covid-19 foi identificado na Aldeia Paralímpica, anunciou hoje a organização, cinco dias antes da abertura dos Jogos Paralímpicos, quando o Japão enfrenta um aumento de infeções. O doente faz parte do pessoal ligado aos Jogos e não reside no Japão, disseram os organizadores.

A organização registou, até agora, 74 casos ligados aos Jogos Paralímpicos, que se realizam de 24 de agosto a 05 de setembro, principalmente entre o pessoal que vive no Japão.

Seis outros casos foram assinalados por coletividades locais que acolhem equipas paralímpicas antes do início dos Jogos.

Este é o primeiro caso comunicado na Aldeia Paralímpica, que abriu na terça-feira. Os organizadores dos Jogos Olímpicos, que terminaram em 08 de agosto, afirmaram que conseguiram evitar um grande surto de covid-19 no Japão, através de medidas sanitárias rigorosas, uma afirmação contestada por alguns peritos.

Até à data, foram diagnosticados 546 casos ligados aos Jogos Olímpicos. O número de casos da covid-19, que tem vindo a aumentar no arquipélago, atingiu um novo máximo na quarta-feira, com quase 24 mil infeções em todo o país.

Perante esta nova vaga de infeções, na terça-feira, o Governo japonês prolongou o estado de emergência, em vigor desde julho em parte do Japão, até 12 de setembro em 13 prefeituras, incluindo Tóquio.

19 Ago 2021

China aguarda criação de governo afegão “aberto e representativo” para reconhecimento

A China disse que está a aguardar o estabelecimento de um governo “aberto, inclusivo e amplamente representativo” no Afeganistão, antes de decidir sobre o reconhecimento das novas autoridades em Cabul.

“Se vamos reconhecer um governo, temos que esperar até que o governo seja formado”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Zhao Lijian. “Só depois chegaremos à questão do reconhecimento diplomático”, observou, em conferência de imprensa.

Zhao reiterou que Pequim espera uma “transição suave”, após o retorno dos talibãs ao poder, para evitar mais violência ou um desastre humanitário.

“A China vai continuar a apoiar a reconstrução pacífica do Afeganistão e a fornecer assistência ao desenvolvimento económico e social do Afeganistão, dentro da sua capacidade”, disse Zhao.

O porta-voz afirmou que os talibãs devem cumprir com o seu compromisso de não dar abrigo a terroristas ou permitir que elementos estrangeiros operem no seu território, destacando o Movimento Islâmico do Turquestão Oriental, que Pequim culpa pelos ataques na região noroeste de Xinjiang, que compartilha uma fronteira estreita e remota com o Afeganistão.

Pequim há muito pede que os EUA deixem o Afeganistão, mas condenou o que chama de retirada “apressada” das forças norte-americanas.

A China procurou ter boas relações tanto com o ex-Governo afegão como com os talibãs, hospedando o principal líder político do grupo, o ‘mullah’ Abdul Ghani Baradar, durante as conversações com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, no final do mês passado.

19 Ago 2021

Líderes estudantis de Hong Kong detidos por “defenderem terrorismo”

A polícia de Hong Kong deteve esta quarta-feira três líderes estudantis universitários, acusados de “defenderem o terrorismo”, noticiou a imprensa local. Entre os detidos estão o presidente e mais dois responsáveis do sindicato dos estudantes da Universidade de Hong Kong.

Os três terão participado numa reunião, no mês passado, durante a qual foi aprovada uma moção que lamentava e “apreciava o sacrifício” de um homem que apunhalou um agente da polícia e depois se suicidou, em 01 de julho.

Perante as críticas à moção, aprovada em 07 de julho, com 30 dos 32 presentes a votar a favor, o sindicato decidiu retirá-la, mas a universidade proibiu este mês o acesso ao ‘campus’ dos participantes na reunião.

O presidente do sindicato estudantil, Charles Kwok Wing-ho, de 20 anos, repudiou mais tarde a moção, considerando-a como “extremamente inapropriada”, enquanto outros líderes do movimento estudantil apresentaram desculpas.

De acordo com o diário South China Morning Post, a polícia considerou o ataque um “acto terrorista” de um “lobo solitário”. Em meados do mês passado, agentes das forças de segurança invadiram as instalações do sindicato de estudantes, no âmbito de uma investigação sobre se o grupo tinha defendido ou incitado o terrorismo.

Ao abrigo do artigo 27.º da lei da segurança nacional de Hong Kong, que Pequim impôs ao território no ano passado, os acusados de incitar ou defender o terrorismo enfrentam uma pena de prisão entre cinco a dez anos, “se as circunstâncias da infração (…) forem de natureza grave”. A lei também prevê penas de prisão perpétua para actos de secessão, terrorismo ou conluio com forças estrangeiras.

19 Ago 2021

Direito de resposta da Casa de Macau em Lisboa

Face à publicação recente de um artigo de opinião no jornal “Hoje Macau”, onde são apresentadas alegações infundadas e factos que não correspondem à verdade, a Direcção da Casa de Macau em Portugal vem, por este meio, esclarecer publicamente o seguinte:

1. O imóvel sito na Av. Almirante Gago Coutinho, 142, em Lisboa, é propriedade da Fundação Casa de Macau. O referido espaço foi cedido à Casa de Macau para o desenvolvimento das suas actividades, através de um contrato de comodato a termo.

2. Muito embora o edifício reúna todas as condições e dignidade para o normal funcionamento da Casa de Macau, a Fundação Casa de Macau tem previstas obras de manutenção, nomeadamente a pintura do seu exterior, as quais não puderam ainda ser realizadas devido a contingências múltiplas, resultantes da presente Pandemia.

3. Fundada em 1966 e reconhecida pelo estado português com o estatuto de instituição de utilidade pública em 1988, a Casa de Macau tem-se pautado, ao longo dos seus 55 anos de existência, pela promoção activa da cultura macaense em Portugal. Naturalmente, face à presente crise sanitária, não tem sido possível realizar as inúmeras e habituais actividades presenciais, que serão retomadas assim que estejam garantidas as condições necessárias de segurança, para os seus associados, parceiros e visitantes.

4. A Casa de Macau é um espaço de encontro intergeracional, de reflexão e partilha, aberto a toda a comunidade macaense, não só de naturais de Macau, mas também de todos aqueles que vivem ou viveram em Macau, ou se interessam pela sua cultura e identidade.

5. As instalações da Casa de Macau estão encerradas durante o presente mês de Agosto, para férias do seu pessoal, reabrindo no dia 1 de Setembro. São todos bem vindos a visitar-nos após essa data!

Por último, a Direcção da Casa de Macau gostaria de saudar e agradecer a todos os seus associados e amigos, que nos últimos dias têm manifestado publicamente o seu apoio a esta que é a sua “Casa”, assim como pela defesa daqueles que são os interesses genuínos e maiores de Macau e da sua comunidade.

19 Ago 2021

Lei Chan U pede medidas para reduzir acidentes na Ponte da Amizade

O deputado Lei Chan U perguntou ao Governo quais as medidas que tenciona implementar para reduzir a sinistralidade na Ponte de Amizade. As questões fazem parte de uma interpelação divulgada ontem pelos serviços de assessoria do deputado ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM).

No documento enviado ao Executivo, Lei reconhece que foram aplicadas várias medidas ao longo dos anos para reduzir o número de acidentes. Entre os exemplos de políticas adoptadas, o deputado sublinha os 17 radares de velocidade instalados, a sinalização luminosa e os semáforos nas intersecções, para resolver a questão das prioridades. Porém, Lei Chan U sustenta que os resultados foram escassos: “Contudo, a situação do tráfego da Ponte da Amizade não melhorou significativamente como resultado das medidas”, defendeu.

Nesse sentido, quer saber que outras políticas vão ser aplicadas: “Tendo em conta as causas dos acidentes na Ponte da Amizade, que outras medidas mais focadas nas causas podem ser lançadas pelas autoridades para melhorar o ambiente de condução e garantir a segurança do pessoal?”, perguntou.

Além da velocidade

No que diz respeito à causa dos acidentes, Lei Chan U afirma acreditar que o problema não está na velocidade. Segundo o deputado, e citando dados oficiais do ano passado, apenas se contabilizaram 94 multas na Ponte de Amizade por excesso de velocidade, que contrastam com as 795 multas na Ponte de Sai Van e as 133 multas na Ponte do Governador Nobre Carvalho. O legislador sugere assim que se estude como principal causa o facto de os veículos não respeitarem as distâncias de segurança: “Quais são as principais causas dos acidentes na Ponte de Amizade nos últimos anos?”, pergunta.

Na interpelação escrita, Lei Chan U tenta ainda saber se há ligação entre a circulação de motas e a sinistralidade e pede dados sobre o número de acidentes envolvendo com motos. A Ponte da Amizade é a única travessia que permite que motos e viaturas ligeiras e pesadas circulem nas mesmas faixas de rodagem.

19 Ago 2021

Fundo de Pensões | Miguel Ian afastado de chefia de departamento

Miguel Ian foi afastado de forma automática do cargo de chefe de Departamento do Regime de Aposentação e Sobrevivência do Fundo de Pensões. A informação consta na versão de ontem do Boletim Oficial e é justificada com a impossibilidade de Miguel Ian desempenhar as funções por um período superior a um ano. “Para os devidos efeitos se declara que, cessou, automaticamente, a comissão de serviço de Ian Iat Chun, como chefe do Departamento do Regime de Aposentação e Sobrevivência deste Fundo, a partir de 26 de Outubro de 2019, por se encontrar impedido de exercer funções por mais de 12 meses”, lê-se na declaração.

Miguel Ian encontra-se a cumprir a pena de prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Coloane, depois de o Tribunal Judicial de Base ter dado como provado a prática de sete crimes de falsificação de documento. A acusação surgiu no âmbito do processo do caso do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM).

Anteriormente, a secretaria para a Administração e Justiça já havia tentado afastar Miguel Ian da posição de chefe de Departamento do Regime de Aposentação e Sobrevivência do Fundo de Pensões. O Governo considerava que o funcionário devia ver a comissão de serviço terminada, uma vez que esteve mais de seis messes impossibilitado de exercer o cargo. O afastamento acabou por ser anulado no TUI devido a vícios processuais.

19 Ago 2021

Presidente chinês pede redistribuição da riqueza e regulação dos altos vencimentos

O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou hoje a uma “regulação mais forte sobre os altos vencimentos”, no último sinal de que uma campanha inicialmente orientada para as gigantes tecnológicas expandiu-se para abranger objetivos sociais mais amplos.

Segundo a imprensa estatal, durante uma reunião da Comissão Central para Assuntos Financeiros e Económicos do Partido Comunista Chinês (PCC), realizada na terça-feira, e presidida por Xi, o líder chinês enfatizou a necessidade de “regular rendimentos excessivamente altos e encorajar grupos e empresas com altas margens de lucro a devolverem mais à sociedade”.

A comissão acrescentou que, embora o PCC tenha permitido que algumas pessoas e regiões “enriquecessem primeiro”, nas primeiras décadas após o país se abrir à economia de mercado, a prioridade agora é “prosperidade para todos”.

Alguns dos empresários mais ricos da China estão sob crescente pressão desde novembro, quando a oferta pública inicial da financeira tecnológica Ant Group, fundada pelo magnata Jack Ma, foi cancelada. Teria sido a maior entrada em bolsa de sempre, mas foi cancelada depois de Ma ter criticado os reguladores financeiros do país asiático.

Também a empresa de serviços de transporte partilhado Didi Chuxing foi punida pelos reguladores chineses, após ter ignorado avisos para adiar a entrada na Bolsa de Valores de Nova Iorque.

O ensino de acompanhamento e preparação para os exames de acesso ao ensino superior foi outro dos setores afetado.

A Comissão Central para os Assuntos Financeiros e Económicos, que geralmente se concentra em políticas macroeconómicas, fez alusão àquele último setor, afirmando que a China deve criar “condições mais inclusivas e justas para as pessoas melhorarem os seus níveis de educação”.

Trata-se da primeira reunião presidida publicamente por Xi, desde o final de julho.

Pequim está a encetar uma transição no modelo económico do país, visando uma maior preponderância do setor dos serviços e do consumo, em detrimento das exportações e construção de obras públicas. Os dados do consumo doméstico têm, no entanto, ficado abaixo das expectativas, tornando mais urgente combater a desigualdade na distribuição de riqueza.

18 Ago 2021

ONG diz que mais de mil pessoas foram “assassinadas” no Myanmar pelos militares desde Fevereiro

Mais de mil pessoas morreram devido à repressão exercida pelas autoridades no poder em Myanmar depois do golpe de Estado de fevereiro, disse hoje a Associação de Apoio aos Presos Políticos.

“De acordo com as nossas informações, 1001 inocentes foram assassinados. O número real de vítimas pode ser muito mais elevado”, refere Tate Naing, secretário da Associação de Apoio aos Presos Políticos birmaneses através de uma mensagem divulgada na rede social Twitter.

A organização não-governamental acompanha a situação dos presos políticos birmaneses desde o golpe de Estado militar, assim como recolhe informações sobre atos de violência contra os civis.

As Forças Armadas justificaram a tomada do poder alegando a existência de fraude eleitoral nas eleições gerais que decorreram no país em novembro de 2020 e que deram a vitória à Liga Nacional para a Democracia.

O golpe de Estado militar do passado dia 01 de fevereiro fez aumentar a instabilidade política e social no país marcada pela violência contra a população.

18 Ago 2021

Covid-19 | GP do Japão de Fórmula 1 cancelado pelo segundo ano consecutivo

O Grande Prémio do Japão de Fórmula 1, previsto de 08 a 10 de outubro, foi cancelado, pelo segundo ano consecutivo, informou hoje a organização da maior competição automobilística mundial.

“A decisão de cancelar a corrida esta temporada foi tomada pelo governo japonês, devido às complexidades existentes no país com a pandemia [da covid-19]”, disse a Fórmula 1 em comunicado, acrescentando estar a rever o calendário e que novos detalhes serão dados nas próximas semanas.

A decisão do Japão cria novos constrangimentos em relação às corridas sediadas na Ásia, depois dos cancelamentos da prova na China, e também na Austrália (Oceânia).

“A Fórmula 1 já provou este ano, e em 2020, que nos conseguimos adaptar e encontrar soluções para as incertezas em curso, e entusiasma-nos o nível de interesse demonstrado por vários locais para receberem os eventos”, adianta a F1.

No calendário de 23 corridas, Portugal recebeu o Grande Prémio pelo segundo ano consecutivo, esta época entre 30 de abril e 02 de maio, numa corrida ganha por Lewis Hamilton.

Já este ano, o governo japonês organizou os Jogos Olímpicos e prepara-se para receber os Paralímpicos, depois de ambos terem sido adiados de 2020 devido à pandemia, e as infeções pelo novo coronavírus triplicaram, embora os especialistas afirmem que a situação não tem correlação com o evento.

A covid-19 provocou pelo menos 4.370.427 mortes em todo o mundo, entre mais de 207,84 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

18 Ago 2021