Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Crescimento de 8,1% em 2021. Abrandamento no segundo semestre As previsões para este ano apontam para a continuação da desaceleração do crescimento, face aos novos surtos de covid-19 e aos problemas no sector imobiliário A economia chinesa cresceu 8,1 por cento, em 2021, mas registou um abrandamento abrupto no segundo semestre do ano, reflectindo a campanha lançada por Pequim para reduzir os níveis de alavancagem no sector imobiliário. Nos últimos três meses de 2021, o ritmo de crescimento homólogo da segunda maior economia do mundo abrandou para 4 por cento, abaixo do crescimento de 4,9 por cento alcançado no trimestre Julho-Setembro e do ritmo de 18,3 por cento, registado nos primeiros três meses de 2021. Os analistas alertaram que o abrandamento vai persistir, este ano, devido a novos surtos de covid-19 e aos esforços para reduzir a dívida no sector imobiliário. Isto pode ter repercussões globais ao deprimir a procura chinesa por aço, bens de consumo e outras importações. A China foi a primeira grande economia mundial a recuperar da pandemia da covid-19, mas a actividade desacelerou depois de Pequim ter restringido o acesso ao crédito no sector imobiliário. O imobiliário é o veículo de investimento favorito das famílias chinesas, compondo cerca de 30 por cento do PIB (Produto Interno Bruto) chinês. Isto alimentou o nervosismo dos consumidores sobre os gastos e a ansiedade no mercado financeiro com possíveis incumprimentos entre as construtoras do país. “A pressão sobre o crescimento vai persistir, em 2022”, previu Tommy Wu, da consultora Oxford Economics, num relatório. A mesma fonte disse que o Governo chinês vai provavelmente lançar “apoio político” para manter o crescimento anual acima dos 5 por cento. O crescimento do consumo interno, o maior impulsionador da economia, caiu para apenas 0,2 por cento, em Dezembro, face a 3,9 por cento, no mês anterior. A subida do investimento em fábricas, imóveis e outros activos fixos desacelerou para 1,7 por cento, abaixo do nível de 4,9 por cento para o conjunto do ano, uma vez que as empresas cancelaram ou adiaram planos de construção. O Banco Mundial e os analistas do sector privado reduziram as perspectivas de crescimento para este ano, embora para níveis acima do previsto para a maioria das outras grandes economias. O banco central chinês reduziu ontem a sua taxa de juros para empréstimos de médio prazo para o nível mais baixo desde 2020, quando o país foi atingido pela pandemia. Recentes surtos do novo coronavírus levaram os líderes chineses a limitar as deslocações internas e impor medidas de confinamento em cidades importantes, como Tianjin e Xian. Analistas do sector dizem que o fabrico de ‘chips’ de processador e outros setores podem sofrer o impacto se a interrupção durar mais do que algumas semanas. “O momento económico permanece fraco, face a repetidos surtos do vírus e um sector imobiliário em dificuldades”, disse Julian Evans-Pritchard, analista da Capital Economics, num relatório. Novos rumos Em comparação com o trimestre anterior, a forma como outras grandes economias são medidas, a economia chinesa cresceu 1,4 por cento, nos últimos três meses de 2021. Isto foi superior aos 0,2 por cento registados no trimestre Julho-Setembro. As exportações chinesas aumentaram 29,9 por cento, em 2021, em relação ao ano anterior, apesar da escassez global de semicondutores, necessários para fabricar telemóveis e outros bens e do racionamento de energia imposto em províncias importantes para o setor industrial. Os exportadores chineses beneficiaram do aumento da procura global numa altura em que os seus concorrentes estrangeiros enfrentavam medidas de prevenção epidémica. Mas os economistas dizem que o crescimento do comércio este ano deve enfraquecer e os volumes de exportação podem encolher devido ao congestionamento nos portos. “Com as cadeias de abastecimento já enfraquecidas, o aumento das exportações do ano passado não pode ser repetido”, disse Evans-Pritchard. As vendas de automóveis caíram pelo sétimo mês, em Novembro, contraindo 9,1 por cento, em relação ao ano anterior, o que reflecte a relutância do consumidor em se comprometer com grandes compras. Os líderes chineses estão a tentar direccionar a economia para um crescimento mais sustentável e baseado no consumo interno, em detrimento das exportações e investimento em grandes obras.
Hoje Macau SociedadeHabitação Pública | Macau vai pagar quase 1,5 mil milhões ao CCECC O grupo estatal chinês China Civil Engineering Construction Corporation Ltd (CCECC) vai receber 1,48 mil milhões de patacas para construir 880 apartamentos públicos em novos aterros que Macau conquistou ao mar. O CCECC recebeu uma carta do Gabinete para o Desenvolvimento de Infraestruturas a informar que a empresa tinha conquistado a empreitada de concepção e construção de habitação pública nos Novos Aterros da Areia Preta, a leste da península de Macau. Segundo um comunicado divulgado no sábado, o projecto situado no Lote A1 dos aterros, com uma área de quase 17.600 metros quadrados, vai incluir edifícios de habitação social, estacionamento público e espaços comerciais e para serviços sociais. O CCECC comprometeu-se a terminar o projecto em cerca de três anos e meio. O grupo chinês disse que este será o primeiro grande projecto de construção civil em Macau a adoptar métodos de construção prefabricada, e que irá “melhorar a qualidade de vida e aliviar a escassez de terrenos”. Em Julho, a Macau Renovação Urbana anunciou a assinatura de acordos, com valor total superior a três mil milhões de patacas, para a construção de seis torres residenciais, também nos Novos Aterros da Areia Preta. O Governo de Macau prometeu construir 28 mil apartamentos de habitação pública só nos Novos Aterros da Areia Preta, uma ilha artificial de 1,38 quilómetros quadrados. De acordo com as autoridades da região, os cinco novos aterros vão receber, ao todo, cerca de 162 mil pessoas. O “plano urbanístico de novos aterros”, aprovado por Macau em 2008 e ratificado por Pequim em 2009, ainda em desenvolvimento, previa cinco novos terrenos para a região, num total de 3,5 quilómetros quadrados.
Hoje Macau Manchete SociedadeJogo | Acções de operadoras animam após divulgação de proposta de lei As operadoras de jogo em Macau tiveram ontem um dia muito positivo na bolsa de valores de Hong Kong. No total, o valor das acções das operadoras ultrapassou 65,53 mil milhões de dólares de Hong Kong. A flutuação ocorreu no primeiro dia útil após a proposta de revisão da lei do jogo ter sido publicada As acções das operadoras de casinos em Macau registaram ontem ganhos significativos na bolsa de valores de Hong Kong, de quase 15 por cento, ultrapassando um valor total de 65,53 mil milhões de dólares de Hong Kong. O boom bolsista ocorreu precisamente no primeiro dia em que foram negociadas acções após o Governo ter divulgado a proposta de revisão da lei do jogo. No fecho da sessão, as maiores subidas verificaram-se entre as empresas que detêm capital norte-americano: Sands China (+14.63 por cento), Wynn Macau (11.91 por cento) e MGM China (+11.70 por cento). Estas empresas tinham sido as que mais tinham perdido na bolsa de Hong Kong, em Setembro, após o Governo ter iniciado o processo de revisão da lei do jogo, na qual se temeu que a distribuição de dividendos aos accionistas das empresas que exploram o jogo ficasse dependente de um aval governamental e ainda a introdução de delegados do Governo junto das concessionárias, para efeitos de fiscalização. Esta possibilidade não se veio a confirmar na proposta de lei apresentada na sexta-feira. No fecho da sessão de ontem, as restantes operadoras também registaram também subida, mas menores: SJM Holdings (+4,83 por cento), Melco Entertainment (+5,08 por cento), e Galaxy Entertainment (+7,02 por cento). Durante o fim-de-semana, todas as concessionárias e subconcessionárias que operam em Macau emitiram comunicados a apoiar a proposta de lei do jogo. Acção que moveu acções Na sexta-feira, o Governo apresentou a nova proposta da lei do jogo, na qual aumenta para 15 por cento as acções detidas pelos administradores-delegados residentes permanentes de Macau e limita o prazo de concessão a 10 anos. O prazo actualmente vigente é de 20 anos e as acções detidas pelos administradores-delegados residentes permanentes de Macau são de um mínimo de 10 por cento. A proposta de lei, que será submetida à Assembleia Legislativa, determina ainda um total máximo de seis concessionárias de jogo e proíbe as subconcessões. FAOM elogia Lee Chong Cheng, presidente da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), elogiou a proposta de alteração à lei do jogo, por considerar que vai desenvolver o sector e contribuir para a diversificação económica. Segundo o jornal Ou Mun, Lee Chong Cheng apontou que o número de licenças do jogo se mantém em seis, o que no seu entender corresponde a um equilíbrio entre as necessidades do desenvolvimento económico e industrial com as opiniões da população, o que é visto como uma condição para a criação de uma competição saudável entre as operadoras. Lee Chong Cheng elogiou ainda as exigências às concessionárias de terem de assumir um papel maior na diversificação económica, assim como da responsabilidade social, além de terem de contribuir para garantir os empregos dos residentes e contribuírem para a defesa nacional.
Hoje Macau PolíticaBranqueamento de capitais | Macau elogiado na região A RAEM é uma jurisdição exemplar na luta contra o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, é o que considera o Grupo Ásia-Pacífico Contra o Branqueamento de Capitais (APG), que aprovou o último relatório das autoridades de Macau por unanimidade, que mereceu a melhor classificação da região. “O óptimo resultado obtido por Macau na avaliação mútua efectuada no âmbito do APG dependeu muito do empenho indispensável dedicado conjuntamente pelas entidades do sector público e sector privado, tendo o Grupo de Trabalho Interdepartamental de Combate ao Branqueamento de Capitais e ao Financiamento ao Terrorismo”, reagiu o Gabinete de Informação Financeira. Dos onze requisitos da avaliação respeitantes à eficácia da execução, Macau obteve aprovação em seis requisitos, e obteve o “melhor lugar de classificação de entre os cinco membros que obtiveram completa aprovação nos 40 padrões internacionais”.
Hoje Macau SociedadeCódigo de saúde | Dados pessoais não serão revelados, assegura Governo O centro de coordenação e de contingência do novo tipo de coronavírus adiantou que os dados pessoais que sejam “retrodigitalizados” quando estas entram em alguns estabelecimentos serão protegidos. “O código de saúde de Macau não será captado e apenas serão guardados no telemóvel de trabalho ou dispositivo electrónico do estabelecimento, durante 28 dias, os registos de entrada das pessoas que entrem no local (código de identificação sem dados pessoais e a hora de retrodigitalização). Os dados pessoais não são guardados em quaisquer dispositivos e o estabelecimento não pode rever ou consultar os registos relacionados”, aponta o mesmo comunicado. Actualmente quando os residentes entram em um estabelecimento os funcionários recorrem a um telemóvel ou outro dispositivo electrónico para digitalizar o código de saúde através do referido sistema de retrodigitalização.
Hoje Macau EventosPinturas murais | Artistas locais espelham a sua arte em bairros antigos Sob proposta do Instituto Cultural (IC), vários artistas locais, como é o caso de Im Hok Lon, Ieong Man Hin, Sit Ka Kit e Lei Chek On, desenvolveram pinturas murais em vários espaços e bairros antigos de Macau, como é o caso da zona Anim’Arte Nam Van, a Escada do Coxo ou a rua de Tomás da Rosa. Este projecto foi desenvolvido em parceria com a Associação de Arte Juvenil de Macau. Estas pinturas “retratam a paisagem urbana do Bairro Horta da Mitra, recorrendo a imagens de pássaros que remetem para o nome chinês do bairro, onde outrora se caçavam pássaros”, explica um comunicado. “Com cores vivas e figuras expressivas, estas pinturas murais incorporam também elementos representativos do comércio existente na zona envolvente, aproveitando ainda a altura dos degraus para gerar um efeito tridimensional, que surpreenderá os visitantes à medida que sobem a escadaria”, lê-se ainda. O trabalho de Ieong Wan Si pode ser visto na zona Anim’Arte Nam Van. Intitulado “Quartos”, esta obra “resulta da combinação de técnicas convencionais da pintura a óleo e de cores modernas para representar, com diferentes composições cromáticas, as três fases de crescimento de uma rapariga, levando os visitantes a deambular pela memória e pelo espaço e como que a entrar em diferentes ‘quartos’ espirituais, à medida que percorrem o puzzle de quadros representativos de experiências e histórias de diferentes períodos da vida”. No caso do trabalho na Escada do Coxo, situada junto à Rua do Cunha, na zona da antiga vila da Taipa, este foi desenvolvido pelos artistas Vitorino Vong e Jane Ieng, ligados à Associação Cultural da Vila da Taipa. O mural retrata sardinhas coloridas que complementam as escadas decoradas com azulejos portugueses, apresentando a beleza vibrante da cultura portuguesa. Além disso, o IC concluiu a pintura mural na escadaria de pedra da Travessa da Boa Vista, tendo instalado antes um conjunto de instalações artísticas intitulado “Partilhar a Alegria com Mak Mak”, no Jardim Municipal da Taipa e nas Casas da Taipa. Desta forma, foram introduzidos mais elementos de turismo cultural nas ilhas.
Hoje Macau EventosEstudante chinesa vence primeira edição dos Prémios Fundação Jorge Álvares Zhao Zilin, aluna da Universidade de Estudos Internacionais de Xangai (SISU, na sigla em inglês), venceu a primeira edição dos Prémios Fundação Jorge Álvares, para trabalhos sobre as relações entre Portugal e a China. Fernando Ilhéu, membro do Conselho de Administração da Fundação Jorge Álvares (FJA), confirmou à Lusa que a estudante chinesa venceu na categoria “Estudos lusófonos na linguística e na cultura e a sua influência na Ásia”. A investigação de Zhao Zilin analisa a forma como estudantes chineses de português aprendem os sons utilizados na língua portuguesa. A estudante do mestrado em Línguas e Literaturas Europeias (vertente Português) da SISU vai receber um prémio de mil euros e o trabalho será submetido para publicação na Revista do Instituto Politécnico de Macau. Os Prémios FJA foram criados em 2021 para encorajar estudantes de mestrado e doutoramento de universidades em Portugal, Macau e China continental a investigar os laços e a cooperação entre Portugal e a China. A fundação não recebeu qualquer candidatura às outras duas categorias dos prémios: análise das regras do investimento direto estrangeiro na China e nos países de língua portuguesa; e estudos comparativos sobre gestão empresarial na China e em Portugal. Segundo um comunicado da SISU, Zhao Zilin disse querer continuar a fazer pesquisas sobre as duas línguas, contribuindo para o desenvolvimento dos laços entre a China e Portugal nas áreas do ensino e da cultura. A FJA é uma estrutura criada em dezembro de 1999, no quadro da transferência da administração de Macau, que tem como objetivo promover o diálogo intercultural entre Lisboa e a região chinesa. Desde 2016 que o presidente da Fundação Jorge Álvares (nome do português que foi o primeiro europeu a chegar à China, por via marítima, no século XVI) é o general Garcia Leandro, que governou Macau entre 1974 e 1979. Cerca de 50 instituições chinesas de ensino superior têm cursos de língua portuguesa, disse à Lusa, em novembro de 2020, o coordenador do Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa do Instituto Politécnico de Macau, Gaspar Zhang Yunfeng.
Hoje Macau SociedadeCPSP | Agentes condenados em esquema de entradas ilegais Dois agentes do Corpo de Polícia de Segurança Pública foram condenados com penas de oito anos por terem recebido dinheiro para falsificarem registos de entrada e saída do território. A informação foi avançada ontem pelo portal do Gabinete do Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak. O caso remonta a 2019, quando, em Março, a PJ obteve “informações sobre actividades de ‘facilitação de migração clandestina’”. Na altura, as investigações levaram à conclusão de que um junket tinha subornado “através de três intermediários, dois guardas de primeira classe do CPSP no sentido de falsificarem registos de entrada e saída, com finalidade de iludir disposições da lei de migração”. Face às conclusões da investigação, a PJ encaminhou seis suspeitos para o Ministério Público, indiciados pelas práticas dos crimes de “corrupção activa, auxílio, falsificação informática, prevaricação e associação criminosa”. A informação não indica os crimes pelos quais os agentes foram condenados, apenas que cada um vai passar 8 anos na prisão. Um dos agentes tem 51 anos de idade, e estava no CPSP desde 1992, tendo trabalhado a partir de 2008 no Posto de Migração do Aeroporto. O outro tem 44 anos, estava no CPSP desde 1995 e desempenhava funções nos serviços de migração.
Hoje Macau Manchete SociedadePortugueses impedidos de regressar a Macau após proibição de voos Quinze dias de proibição de voos de passageiros para Macau, oriundos de “regiões fora da China”, apanharam de surpresa dezenas de portugueses no estrangeiro, impossibilitados de regressar ao território. Uma porta-voz da STDM Tours Travel Agency Ltd disse à Lusa que a agência de viagens tem seis clientes nesta situação, todos em Portugal. Uma outra agência, Sincerity Travel, tem “pelo menos 13” portugueses à espera, disse à Lusa a gerente, Sara Ng. “Todos os dias me ligam, às vezes à meia-noite [16h em Lisboa], a pedir notícias”, acrescentou. A proibição, que entrou em vigor em 9 de Janeiro, foi anunciada, na sequência da detecção de dois casos da variante ómicron do novo coronavírus em residentes que chegaram ao território oriundos do estrangeiro e cumpriam quarentena obrigatória de pelo menos 21 dias. As autoridades de Macau admitiram a possibilidade de a suspensão continuar em vigor depois de dia 23. Com o Bilhete de Identidade de Residente de Macau a caducar em breve, a arquitecta Luísa Petiz disse estar apreensiva. “Tenho de fazer a renovação até ao início de Fevereiro, caso contrário corro o risco de perder a residência”, explicou à Lusa. Também Helena Marçal saiu da cidade em 18 de Dezembro, pela primeira vez desde o início da pandemia, para visitar os filhos que vivem no Reino Unido. Ainda foi a tempo de antecipar o regresso a Macau, inicialmente previsto para 11 de Janeiro. “Ainda pensei em meter as férias todas deste ano e ficar até à reabertura dos voos, mas tive receio que isso não acontecesse de facto em 23 de Janeiro e ficasse pendurada ‘sine die’ à espera de um voo”, considerou. Inês Rebelo disse que a transportadora aérea Singapore Airlines, que opera o único voo entre Macau e o estrangeiro, só está a aceitar reservas para Março, algo que originou receios de um prolongamento da suspensão. A estagiária sublinhou temer falhar o exame final da Associação dos Advogados de Macau, que se realiza habitualmente no primeiro trimestre. Se isso acontecer: “tenho de me inscrever no próximo exame, no próximo ano; é desmotivador”. Sara Ng disse acreditar que a Singapore Airlines decidiu “bloquear novas reservas de forma preventiva”, até uma nova decisão do Governo de Macau. Resta informar O cônsul-geral de Portugal em Macau, Paulo Cunha Alves, disse à Lusa que recebeu dois pedidos de apoio ou informação. O diplomata lembrou que a suspensão “é da competência das autoridades de Macau”, mas garantiu que o consulado “está a prestar todas as informações possíveis e em contacto regular com as autoridades locais”. Tanto o Gabinete de Gestão de Crises de Turismo de Macau, como o Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, sugeriram a Inês Rebelo regressar através da China continental. “Não tenho alternativas enquanto o bloqueio estiver em vigor”, disse à Lusa o médico Yun Fee Lai, que considerou que outras opções de regresso “são inviáveis para detentores de passaporte português”. Esta alternativa exige um visto válido, difícil de obter devido à actual situação de pandemia e por causa das restrições em vigor na China, e uma quarentena de no mínimo 21 dias, num hotel. “Não é muito útil”, lamentou Inês. Em contrapartida, para os estudantes universitários em Portugal ou no Reino Unido, a suspensão não causou problemas, disseram à Lusa a Associação de Estudantes Luso-Macaenses e a Liga de Jovens de Macau no Reino Unido, uma vez que têm aulas presenciais e, no caso de Portugal, está a decorrer a época de exames.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia chinesa | Balança comercial com excedente recorde em 2021 A recuperação económica continua a evidenciar sinais positivos após os condicionamentos provocados pela pandemia da covid-19 O excedente comercial da China subiu para 676,4 mil milhões de dólares em 2021, após as exportações terem aumentado 29,9 por cento, em relação ao ano anterior, apesar da escassez de semicondutores. Em Dezembro, o excedente comercial do país com o resto do mundo aumentou 20,8 por cento em relação ao mesmo mês do ano anterior, para um valor recorde de 94,4 mil milhões de dólares, segundo os dados alfandegários divulgados sexta-feira. As exportações subiram para 3,3 biliões de dólares, em 2021, apesar da escassez de ‘chips’, de processadores para telemóveis e outros bens, à medida que a procura global recuperou da pandemia. Os fabricantes foram também prejudicados pelo racionamento de energia em algumas áreas para cumprir as metas de eficiência do governo. O excedente com os Estados Unidos, que é politicamente sensível e motivou já uma prolongada guerra comercial, registou uma subida homóloga, em 2021, de 25,1 por cento, para 396,6 mil milhões de dólares. Os representantes comerciais dos dois países dialogaram desde que o Presidente norte-americano, Joe Biden, assumiu o cargo em Janeiro, mas ainda não anunciaram uma data para retomar as negociações presenciais. As exportações para os Estados Unidos aumentaram 27,5 por cento, em relação a 2020, para 576,1 mil milhões de dólares. As importações chinesas de produtos norte-americanos aumentaram 33,1 por cento, para 179,5 mil milhões de dólares. Em Dezembro, o excedente comercial mensal da China com os Estados Unidos aumentou 31,1 por cento, em relação ao ano anterior, para 39,2 mil milhões de dólares, depois das exportações terem subido 21,1 por cento, para 56,4 mil milhões de dólares, enquanto as importações aumentaram 3,3 por cento, para 17,1 mil milhões de dólares. Este mês, as exportações da China provavelmente vão abrandar, devido ao congestionamento nos portos, onde o país impõe medidas de prevenção contra o coronavírus, e às mudanças na procura global, à medida que os transportadores eliminam os atrasos, previu o analista Julian Evans-Pritchard, da consultora Capital Economics. “Estimamos que os volumes de exportação sejam menores até ao final deste ano”, disse Evans-Pritchard, num relatório. As importações chinesas em 2021 aumentaram 30,1 por cento, para 2,7 biliões de dólares, à medida que a segunda maior economia do mundo recuperou da pandemia. O crescimento económico enfraqueceu no segundo semestre do ano, quando Pequim lançou uma campanha para reduzir o excesso de dívida no sector imobiliário, mas os gastos dos consumidores ficaram acima dos níveis pré–pandemia. A actividade manufatureira subiu, em Dezembro, mas os novos pedidos de exportação contraíram, de acordo com uma análise do gabinete de estatísticas do governo e de um grupo do setor, a Federação Chinesa de Logística e Compras. Os exportadores chineses beneficiaram com a permissão para retomar a actividade no início de 2020, enquanto os concorrentes estrangeiros enfrentaram restrições, devido à covid-19. Esta vantagem foi mantida em 2021, à medida que outros governos renovaram as medidas de contenção em resposta à disseminação de novas variantes do vírus. Altos valores Mais recentemente, no entanto, a China respondeu a surtos dentro das suas próprias fronteiras impondo medidas de confinamento e restrições nas deslocações internas, o que está a prejudicar os serviços logísticos. O excedente comercial global da China no ano passado está entre os mais altos alguma vez registados por qualquer economia, segundo economistas. A única comparação em termos percentuais é a Arábia Saudita e outros exportadores de petróleo durante o ‘boom’ de preços, na década de 1970, mas as suas receitas totais foram menores. O excedente comercial prejudicou a capacidade do banco central da China de gerir a taxa de câmbio da moeda chinesa, o yuan, que subiu para o valor máximo, em vários anos, em relação ao dólar norte-americano, à medida que o dinheiro fluiu para o país.
Hoje Macau SociedadeDSEDJ | Alunos e professores transfronteiriços com teste de 24 horas A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude divulgou ontem um plano dirigido a professores e estudantes transfronteiriços, a esclarecer que quem reside ou esteve nos últimos 14 dias nas zonas de risco elevado de Zhuhai não pode entrar em Macau. Estão incluídas na medida, as áreas-chave das Cidades de Zhuhai e de Zhongshan (nas Vilas de Tanzhou de Zhongshan e de Nanping de Zhuhai) e os estudantes ou docentes que visitaram, nos últimos 14 dias, o Complexo Residencial “Cidade das Flores Internacional de Jinxiu” na Vila de Tanzhou (1.ª e 2.ª fases) ou a vila de Nanping. A DSEDJ preparou um plano para os alunos afectados pela medida, que implica aprendizagem em casa, de acordo com a situação, e um regime sem marcação de faltas e com adiamento de eventuais testes e exames. Os alunos e docentes que vivam em Zhuhai, excepto nas áreas mencionadas ou que por lá não tenham passado nos últimos 14 dias, precisam apresentar resultado negativo no teste de ácido nucleico feito nas últimas 24 horas para entrar em Macau. Se os estudantes optarem pela suspensão temporária do regresso a Macau, “as escolas tratarão, casuisticamente, a sua assiduidade e a organização dos respectivos testes e exames”, informou ontem a DSEDJ.
Hoje Macau Manchete PolíticaGoverno quer diminuir de 20 para 10 anos prazo das concessões de jogo O Governo apresentou hoje a nova proposta da lei do jogo, na qual aumenta para 15% as ações detidas pelos administradores-delegados residentes permanentes de Macau e limita o prazo de concessão para 10 anos. O prazo de concessão atualmente vigente é de 20 anos e as ações detidas pelos administradores-delegados residentes permanentes de Macau são de um mínimo de 10%. A proposta de lei, anunciada hoje em conferência de imprensa do Conselho Executivo, que será submetida à Assembleia Legislativa, determina ainda um total máximo de seis concessionárias de jogo e proíbe as subconcessões. O Governo da capital mundial do jogo quer ainda limitar “a percentagem das ações em circulação cotadas em bolsa de valores da concessionária ou das sociedades de que ela é sócia dominante, de modo a estabelecer uma relação mais estável entre a atividade da concessionária e Macau”. “Os artigos referentes ao aumento de capital social e à percentagem das ações detidas por administrador-delegado não se aplicam às atuais concessionárias”, apenas às próximas concessionárias a quem deverão ser emitidas licenças a partir de meados deste ano. Macau tem atualmente três concessionárias – Sociedade de Jogos de Macau (SJM), Galaxy e Wynn – e três subconcessionárias – MGM, Venetian (Sands China) e Melco. O Governo de Macau pretende avançar com um concurso público para atribuir novas concessões, já que as atuais terminam em 26 de junho de 2022. Durante a apresentação da nova proposta de lei, o porta-voz do Conselho Executivo, André Cheong, explicou ainda que o poder de prorrogação excecional dos contratos de exploração dos jogos de fortuna e azar vão passar de cinco para três anos. O Governo quer ainda aumentar para cinco mil milhões de patacas o montante do capital social das concessionárias, “com vista a assegurar a suficiência da sua capacidade financeira”. As autoridades ambicionam também reforçar os “mecanismos de verificação e de fiscalização da idoneidade das concessionárias, dos indivíduos e das sociedades que participam nas atividades do jogo”. De fora ficou a hipótese anteriormente avançada pelo Governo, que provocou perdas significativas nas ações dos grupos com casinos em Macau, de a distribuição de dividendos aos acionistas das empresas que exploram o jogo ficar dependente de um aval governamental e a da introdução de delegados do Governo junto das concessionárias, para efeitos de fiscalização. Em relação aos critérios de adjudicação das novas licenças de jogo, André Cheong apenas disse que os concessionários têm de cumprir as leis, aumentar a responsabilidade social e os elementos não-jogo. Uma das situações que o Governo quer regularizar é referente aos chamados ‘casinos-satélites’ que estão sob a alçada das concessionárias. As autoridades vão dar três anos, a quem for adjudicada uma nova concessão, para os “casinos estarem localizados em bens imóveis pertencentes às concessionárias”. A atual lei do jogo em Macau entrou em vigor há 20 anos. O jogo representa cerca de 80% das receitas do Governo e 55,5% do PIB de Macau, numa indústria que dá trabalho a mais de 80 mil pessoas, ou seja, a 17,23% da população empregada.
Hoje Macau China / ÁsiaProcura por profissionais que falem português continua alta na China A China continua a sentir uma forte procura por profissionais que falem português, disseram à Lusa duas das co-autoras de uma obra académica sobre os estudantes chineses da língua portuguesa, que será apresentada na sexta-feira. A obra “Referencial Ensino de Português Língua Estrangeira na China” pretende “traçar um perfil mais atual dos alunos, com bases em dados concretos, através de um inquérito”, explica Catarina Gaspar. A professora da Universidade de Lisboa diz que os estudantes chineses têm “um contacto bastante assíduo” com falantes de português, nomeadamente através de “experiências profissionais que muitos começam a ter cada vez mais cedo”. Há alunos chineses que decidiram aprender português já depois de entrarem no mercado de trabalho, porque “querem progredir em termos profissionais”, refere Madalena Teixeira. “Há a expectativa de terem um emprego até melhor remunerado ou até de virem a ser funcionários públicos”, sublinha a docente da Universidade de Aveiro. Existe na China “essa procura e esse mercado de trabalho” para pessoas que sabem chinês e português, confirma Catarina Gaspar. Mesmo os estudantes mais jovens “já estão com perspectivas de trabalho, dando apoio às empresas no âmbito das relações económicas e políticas entre a China e os diferentes países de língua portuguesa”, explica a investigadora. Outra característica dos alunos chineses é “a experiência de pelo menos um ano em Portugal, no Brasil, ou num outro país de língua portuguesa”, acrescenta Catarina Gaspar. A oportunidade de “imersão linguística” em português facilita a aprendizagem, mas a pandemia de covid-19 tornou a mobilidade internacional mais difícil, admite Madalena Teixeira. Catarina Gaspar acredita, no entanto, que é possível colmatar essa dificuldade recorrendo à tecnologia, não apenas na sala de aula, mas também para “seguir programas de rádio ou televisão ‘online’, ou falar assiduamente com amigos em português”. O livro, que tem ainda como autoras Maria José Grosso e Zhang Jing, professoras da Universidade de Macau, é apresentado pela universidade e pelo Centro Científico e Cultural de Macau, com sede em Lisboa. A China realizou em junho os primeiros testes de acreditação de tradutores e intérpretes chinês-português e português-chinês. Só quem passa nestes testes pode trabalhar na Administração de Publicações em Línguas Estrangeiras da China. Em janeiro de 2021, a Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim abriu o Centro Nacional de Formação de Professores de Espanhol e Português, para reforçar a qualidade do ensino da língua portuguesa na China. Cerca de 50 instituições chinesas de ensino superior têm cursos de língua portuguesa, disse à Lusa, em novembro de 2020, Gaspar Zhang Yunfeng, coordenador do Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa do Instituto Politécnico de Macau.
Hoje Macau SociedadeLegislativas | Secção do PS em Macau alerta Governo para possível atraso de votos por via postal A secção do PS Macau alertou em carta enviada ao Governo português para a possibilidade de os votos por via postal para as próximas eleições legislativas não chegarem a tempo de serem contabilizados. “Apesar do esforço do Governo português relativamente à participação através da via postal, tememos que os votos não cheguem a tempo”, disse hoje à Lusa o coordenador da secção do PS Macau, Vítor Moutinho. O último dia de envio do voto (30 de janeiro) e a receção em Portugal (09 de fevereiro), é “um período que já é curto em condições normais, quanto mais na situação atual de pandemia, em que uma carta chega a demorar 30 dias úteis”, afirmou. O coordenador disse que “informações recolhidas junto da Administração Postal de Macau indicam que o tratamento da correspondência relativa aos votos de Portugal será tratada como normal e não como uma situação urgente ou expresso”. Por outro lado, “há ainda indicadores que os votos estão a ser recolhidos nas estações e não estão a ser individualmente expedidos, o que será feito em grupo em data desconhecida”, acrescentou. Para evitar que os eleitores portugueses em Macau sejam “excluídos deste processo”, Moutinho indicou terem sido apresentadas três sugestões na missiva dirigida à secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes: alargar o prazo de receção dos votos mais 15 dias, autorizar a entrega dos votos postais nas instalações consulares para envio por mala diplomática, autorizar um envio coletivo dos votos da comunidade, mediante cumprimento de todos os requisitos exigidos, por empresa de transporte urgente. Macau recebeu cerca de 65 mil boletins de voto e a distribuição postal irá demorar 10 dias, de acordo com a secção do Partido Socialista. Na mesma carta, o PS Macau pediu às autoridades portuguesas que reconheçam a vacina inativada chinesa Sinopharm, disponível no território, juntamente com a vacina da BioNTech, tal como acontece em alguns países-membros da UE, “como Espanha, por exemplo”, disse. Esta situação abrange também os portugueses no Brasil, em Moçambique, em Angola e em Timor-Leste, lembrou o responsável. A secção do PS Macau chamou também a atenção das autoridades portuguesas para a validade dos passaportes nacionais, sobre a qual defendeu uma extensão até 10 anos, sobretudo em casos de cidadãos a viver na Ásia, onde vários países, incluindo Filipinas, Tailândia, Vietname e Coreia do Sul, exigem mais de seis de meses de validade do documento de viagem para emitir visto. No caso da China, “país com o qual Portugal mantém uma relação de cinco séculos de amizade”, um português residente em Macau só consegue um visto válido para entrar naquele país de dois anos no máximo, enquanto outras nacionalidades conseguem vistos válidos por 10 anos, disse Vítor Moutinho. Assim, o PS Macau “pede ao Ministério dos Negócios Estrangeiros que, na relação com a China, tenha em consideração a necessidade de alguns cidadãos e desenvolva trabalho diplomático no sentido de alargar o prazo dos vistos para a China de cidadãos residentes em Macau”, concluiu. Em 2019, o PS venceu as legislativas de 06 de outubro com 36,34% dos votos (correspondentes a 108 deputados) e formou um Governo minoritário, enquanto o PSD ficou em segundo lugar com 27,76% (79 deputados). O chumbo do Orçamento do Estado para 2022 levou à marcação de eleições antecipadas para 30 de janeiro, encurtando em quase dois anos a legislatura.
Hoje Macau China / ÁsiaNuclear | Argentina e China estabelecem acordo de cooperação A viagem do Presidente argentino à China, agendada para o próximo mês de Fevereiro, deverá carimbar o acordo entre as duas nações para promover o intercâmbio de tecnologia associada à energia nuclear Argentina e China vão assinar um memorando de cooperação em energia nuclear, através do qual os dois países vão promover o intercâmbio de soluções tecnológicas, revelaram na quarta-feira fontes oficiais. Este acordo será oficializado durante uma visita que o Presidente argentino Alberto Fernández pretende fazer à China em Fevereiro, noticia a agência EFE. O memorando de entendimento prevê uma cooperação estratégia entre a empresa estatal de investimento em energia chinesa (SPIC), um dos cinco grupos energéticos do gigante asiático e maior produtor de energia solar do mundo, e a empresa argentina de alta tecnologia Invap. O acordo foi divulgado na terça-feira, durante a inauguração do espaço chinês na Expo Dubai, onde o embaixador argentino em Pequim, Sabino Vaca Narvaja, teve um encontro com o director-geral da SPIC. “O projecto político que represento foi muito claro, desde o início, de que o seu parceiro nuclear deveria considerar a possibilidade de garantir o financiamento e estar disposto a maximizar a participação da indústria local e uma transferência adequada de tecnologia”, referiu Narvaja, citado num comunicado da diplomacia argentina. A Argentina fornecerá à China soluções tecnológicas na área da medicina nuclear, a que se somarão acordos existentes com a indústria do país sul-americano dedicada à construção de componentes nucleares (Nuclearis), acrescenta ainda. Parceiros e activos As duas nações estão também em negociações para que duas empresas argentinas de manutenção nuclear fiquem encarregues de centrais nucleares em território Chinês do tipo Candu (Canadá), que utilizam urânio natural não enriquecido e são resfriadas água pesada. “A estratégia da embaixada da Argentina na China é de continuar a fortalecer o ecossistema de tecnologia nuclear na China para que o nosso país possa continuar a diversificar as suas oportunidades no gigante asiático, além da exportação de produtos primários”, referiu o embaixador. A energia nuclear representa 7,5 por cento da matriz energética argentina e o chefe de Estado da Argentina Alberto Fernández pretende aumentar essa percentagem tendo como base a cooperação com a China. Com o objectivo de implementar uma transição energética com fontes de energia não poluentes, a energia nuclear é vista pelos responsáveis argentinos como um activo estratégico e a China como um parceiro fundamental. Está também em vigor o projecto de construção da central nuclear Atucha III, com tecnologia HuaLong, que está contemplado no Plano Quinquenal entre os dois países.
Hoje Macau SociedadeBranqueamento de capitais | Suspeitas subiram 10 por cento em 2021 O número de participações de transações suspeitas de branqueamento de capitais e/ou de financiamento do terrorismo aumentou no ano passado 9,5 por cento, em relação a 2020. No total, em 2021 foram feitas 2.435 participações às autoridades por suspeitas de branqueamento de capitais, mais 211 em relação a 2020. Dados divulgados pelo Gabinete de Informação Financeira revelam que, em 2021, as participações feitas por operadoras de jogo totalizaram 1.330, a larga maioria ligadas ao jogo, número que contrasta com as 1.215 participações reportadas em 2020. O crescimento de contactos às autoridades por suspeitas de branqueamento em 2021 foi motivado pelo aumento de queixas reportados pelo sector financeiro e por operadoras de jogo, que totalizaram 87,2 por cento das participações, sendo que a larga maioria foi da responsabilidade das operadoras de jogo, com 54,6 por cento, a mesma proporção verificado em 2020. Qualquer transacção nos casinos de Macau de valor superior a 500.000 patacas tem de ser reportada às autoridades para supervisão.
Hoje Macau SociedadeCanídromo | Demolição necessária para erguer centro desportivo Pun Weng Kung, presidente do Instituto do Desporto, afirmou que a construção de um novo centro desportivo no Canídromo vai levar à demolição das infra-estrutura desportivas existentes. As declarações foram prestadas na quarta-feira e citadas pelo Jornal Cheng Pou. Sobre este projecto, que ainda não tem um plano concluído, Pun revelou ainda que os detalhes estão a ser discutidos com o Instituto para os Assuntos Municipais, liderado por José Tavares. Anteriormente, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultural, Elsie Ao Ieong U, avançou a hipótese de o futuro centro desportivo no Canídromo ser muito semelhante ao existente em Mong Há.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Caso em Zhongshan obriga a nova ronda de quarentenas e testes As autoridades estão a organizar uma nova ronda de testes e quarentenas no território depois de ter sido confirmado, esta quinta-feira, que existem duas pessoas, que trabalham em Macau, com contacto próximo face a um caso de covid-19 confirmado na vila de Tanzhou, em Zhongshan. Uma das pessoas de contacto próximo é uma trabalhadora não residente (TNR), com 45 anos, que trabalha no lar “Sol Nascente”. A outra pessoa é também uma mulher, residente, com 59 anos, que trabalha na creche “Fong Chong”, na Taipa. Segundo uma nota de imprensa, “estas duas pessoas assistiram a um banquete, realizado no dia 9, na vila de Tanzhou, Zhongshan, onde participou o familiar classificado como caso confirmado. Por esta razão estas duas pessoas foram classificadas como indivíduos de contacto próximo”. Estas duas pessoas realizaram testes de despistagem à covid-19, com resultado negativo, tendo sido encaminhadas para o centro clínico de saúde pública em Coloane para a realização de uma quarentena. Segundo a mesma nota, como estas duas mulheres regressaram no dia 9 e foram trabalhar nos três dias seguintes, estão a ser contactadas todas as pessoas que tiveram em contacto com elas. Estão em causa nove co-habitantes, 87 pessoas da creche e 145 pessoas do lar. Estas pessoas, consideradas de contacto próximo por via secundária”, vão ser sujeitas a uma quarentena em hotéis, enquanto que as crianças da creche serão acompanhadas pelas famílias. Os utentes do lar ficarão de quarentena neste local, enquanto que os seus trabalhadores “serão sujeitos à gestão de contactos em circuito fechado”. A partir das 21h de hoje, quinta-feira dia 13, todas as pessoas que tenham estado nas primeira e segunda fases do Complexo Residencial “Cidade das Flores Internacional de Jinxiu” da Vila de Tanzhou, em Zhongshan, e que entraram em Macau, serão sujeitos a uma quarentena de 14 dias. Estes indivíduos devem recorrer, de imediato, à plataforma online de pedido de informações e apoio (https://www.ssm.gov.mo/covidq) ou ao telefone (28700800) para ser submetidos a observação médica de isolamento centralizado.
Hoje Macau China / ÁsiaChina Southern Airlines fecha portas a passageiros de 38 países, Moçambique incluído, devido à pandemia A transportadora aérea estatal chinesa China Southern Airlines anunciou a suspensão, em vigor desde terça-feira, do transporte de passageiros vindos de 38 países, incluindo Moçambique, com destino à China. Num comunicado, a companhia justificou a decisão, que afeta passageiros vindos de países como a Nigéria, África do Sul, Índia, Filipinas, Irão, Rússia e México, com “as necessidades de prevenção e controlo da pandemia” da covid-19. Em abril de 2020, a China Southern Airlines tinha já deixado de transportar passageiros vindos do Brasil com destino à China, devido à pandemia. A China Southern Airlines referiu que a suspensão “temporária” abrange todos os passageiros, incluindo cidadãos chineses, que pretendessem regressar à China através de um outro país. A cidade de Xangai, no leste da China, registou a 17 de dezembro um caso importado de covid-19, um cidadão chinês que, após ter estado a trabalhar em Moçambique, regressou à China.
Hoje Macau SociedadeZhuhai quer criar centro sino-lusófono científico e tecnológico com Macau O presidente do município de Zhuhai, Huang Zhihao, prometeu trabalhar com a região vizinha de Macau para criar, ainda este ano, um centro científico e tecnológico sino-lusófono. Segundo o jornal local de língua chinesa Ou Mun Iat Pou, o responsável confirmou que o futuro Centro de Intercâmbio em Ciência e Tecnologia e Transformação de Resultados entre a China e os Países de Língua Portuguesa ficará em Hengqin. O centro fará parte da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, adjacente a Macau, uma das prioridades para o desenvolvimento de Zhuhai este ano, sublinhou Huang Zhihao. O presidente falava na quarta-feira, durante a apresentação das linhas de acção governativa para 2022 no Congresso do Povo Chinês em Zhuhai, o parlamento local da cidade da província de Guangdong. Huang Zhihao disse ainda que irá promover a criação de uma aliança para a inovação e investigação entre universidades e empresas privadas de Macau e de Zhuhai. O vice-ministro da Ciência e Tecnologia da China, Huang Wei, tinha em junho apelado a Macau para acelerar o estabelecimento do centro científico e tecnológico sino-lusófono. O responsável chinês veio ao território para uma reunião do Conselho de Cooperação de Ciência e Tecnologia entre o Interior da China e Macau. Durante a reunião, o diretor dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico de Macau, Tai Kin Ip, apresentou um projeto de conceção preliminar para a construção do centro, que terá sede em Macau. A exploração da Zona de Cooperação Aprofundada em Hengqin pretende reforçar a integração de Macau na China e aliviar a falta de espaço e de recursos humanos disponíveis para a diversificação da economia para áreas como a saúde, finanças, tecnologia de ponta, turismo, cultura e desporto. O parque industrial de cooperação Guangdong-Macau, em Hengqin, já disponibilizou terrenos para 25 projetos com um investimento acordado de 79,3 mil milhões de yuan. Mais de 4.500 empresas de Macau já se registaram, sendo que mais de 300 estão a operar em Hengqin.
Hoje Macau EntrevistaMilena Pires, a diplomata que quer ser a “voz jovem” na presidência de Timor-leste Por António Sampaio, da agência Lusa A diplomata timorense Milena Pires disse à Lusa que se vai candidatar à Presidência da República em resposta aos muitos apelos a que haja “um rosto jovem” na política do país, e que o faz com sentido de “responsabilidade e dever cívico”. “Precisamos de caras novas, ideias novas e soluções também diferentes para as dificuldades e desafios que o nosso país enfrenta e vem enfrentando. É tempo de Timor-Leste ter uma mulher experiente e competente no mais alto cargo da magistratura da nação”, afirma, em entrevista à Lusa. “Com toda a humildade, penso que tenho esse perfil e poderei responder a esse anseio da nova geração e de todos aqueles que reclamam mudança e transformação”, diz. Milena Pires anunciou formalmente a intenção de candidatura ao cargo que tem sido sempre ocupado por homens, mesmo antes de o chefe de Estado Francisco Guterres Lú-Olo anunciar a data das eleições, previstas para março. A pré-candidata considera que apesar das mudanças que o país já viveu nos últimos anos, Timor-Leste continua a ser “fortemente patriarcal, com muita influência e predominância dos homens na vida política e social”. Motivo pelo qual, sublinha, “é importante haver uma face feminina e feminista nos mais altos cargos da nação para haver igualdade, justiça e verdadeira democracia”. “Quando se testemunha a onda de violência e discriminação contra as mulheres e crianças, os LGBTI, os portadores de deficiência e os mais marginalizados e vulneráveis da nossa sociedade, a minha candidatura é importante para a mudança e transformação necessária a uma sociedade mais justa, inclusiva, solidária e equitativa”, enfatiza. Milena Pires considera que “quando se trata de reconhecer a competência e a experiência nessa área, o fato de ser mulher, mãe e ativista pela igualdade e contra a discriminação, ajudará certamente, pois seria a primeira Presidente nesta condição”. “Precisamos de exigir e incutir os mais altos standards e responsabilização nas figuras publicas do nosso país, para que sejam verdadeiros defensores dos direitos humanos de todos, em particular os mais vulneráveis da nossa sociedade”, refere. A diplomata diz-se motivada por “grande sentido de responsabilidade e dever cívico” e vontade de dar o seu contributo a Timor-Leste e que a sua decisão surge em resposta a um “forte e constante apelo de muitos grupos de jovens e estudantes, em Timor-Leste e em várias partes do mundo que se juntaram” e a desafiaram a candidatar-se. Apelos, nota, que enfatizaram a necessidade “de um rosto jovem na política timorense que possa dar corpo aos ideais de transformação e mudança há muito ansiadas pelos jovens e, de uma forma geral também pela sociedade timorense”. A ex-embaixadora timorense junto das Nações Unidas, respondeu por escrito – a seu pedido -, a várias perguntas colocadas pela Lusa sobre a sua candidatura presidencial. Sobre divisões que ainda permanecem entre timorenses do interior e da diáspora, Milena Pires diz que sempre contribuiu para a luta do país, dentro e fora, com funções de relevo e de representação nacional. “O importante é dar o meu total contributo para esse povo e país que precisa urgentemente de avançar, de consolidar as suas instituições e de mostrar ao mundo que também podemos ser um exemplo de sucesso, de prosperidade e desenvolvimento. Todos os timorenses, independentemente da sua cor, religião ou passado podem contribuir para esse objetivo e ideal”, afirma. “Vivi muitos anos fora de Timor, tantos quantos já vivi dentro do meu país. E considero isso positivo porque vi e aprendi com o mundo e com a necessidade de levar o meu país e o meu povo a uma situação diferente e para melhor, porque todos merecemos isso”, refere. Mais jovem e com um percurso diferente dos chefes de Estado anteriores, Pires considera que apesar do reconhecimento quanto ao papel dos líderes mais velhos, fundadores da nação, se nota “algum cansaço na forma como a geração anterior conduziu e conduz a política”. E 20 anos depois da restauração da independência – o próximo Presidente tomará posse nesse aniversário, em 20 de maio de 2022 -, “subsistem os grandes problemas de base e estruturais, quer económicos, quer sociais e políticos”, agravados pela pandemia da covid-19. Questionada sobre quem apoiaria se não vencer e não passar à segunda volta, Pires insiste na sua “plataforma concreta e um conjunto de ideias, princípios e objetivos que irão mudar o rumo da política em Timor-Leste, mas diz que apoiará “o candidato que melhor garanta os objetivos e ideias e respeite os princípios” que defende. O Presidente, considera, deve não só garantir o normal funcionamento das instituições e assegurar o respeito pela constituição, mas também “deve estar à altura dos desafios que o país enfrenta”, como fator de “unidade e coesão nacional”. Prioritário será igualmente “a necessidade e a urgência de uma mudança política, de novas ideias e soluções para os problemas que o país enfrenta”, um trabalho de constante sincronização com o Governo. E, finalmente, pretende contribuir para criar “uma imagem diferente de Timor-Leste no mundo” face à atual “imagem bastante fragilizada e desacreditada”. “Precisamos, de alguma forma, renascer das cinzas que a enorme crise política, económica e social, e sobretudo e pandemia do covid-19 fez mergulhar o nosso país”, diz. Milena Pires considera que o povo timorense deve escolher alguém “que possa representar a mudança e a transformação pela qual todos anseiam no país”, “competente e com provas dadas” e que “seja verdadeiramente o símbolo e o garante da unidade de todos os timorenses”. A aposta na experiência internacional para chegar a PR Embaixadora de Timor-Leste junto das Nações Unidas, entre 2016 e 2021, Milena Pires aposta na experiência internacional para chegar a Presidente do país. Um dos membros da comunidade timorense na diáspora durante a ocupação indonésia, Milena Pires, 55 anos, considera que o seu passado político e profissional são “o suporte e a confiança que dão esse sentido e a razão de ser” à candidatura, como explica à Lusa. Trata-se de um percurso que lhe permitiu criar uma “base bastante rica de experiência e competência” que, defende, ajudarão no exercício do cargo de chefe de Estado. Durante a ocupação indonésia atuou sempre na frente externa e diplomática e depois do referendo de 1999, já em Timor-Leste, foi membro e vice-presidente do Conselho Consultivo Nacional da Administração Transitória das Nações Unidas (UNTAET), o órgão embrionário da futura Assembleia Constituinte e de que também fez parte, eleita pelas listas do Partido Social Democrata (PSD). Milena Pires integrou o primeiro grupo de deputados do primeiro parlamento depois da restauração da independência, em 2002, mantendo o cargo de vice-presidente do PSD durante vários anos. Soma-se a isso uma experiência larga em cargos de liderança em agências das Nações Unidas, como representante da UNIFEM em Timor-Leste e como membro eleito do Comité das Nações Unidas para a Eliminação de Todas Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW). A diplomata esteve na fundação de várias organizações não-governamentais, foi assessora técnica e política em várias instituições não governamentais e ministeriais, incluindo o gabinete do vice-primeiro-ministro do IV Governo Constitucional e no Ministério do Comércio, Indústria e Ambiente. O seu último cargo de relevo foi de embaixadora nas Nações Unidas em Nova Iorque, que ocupou entre 2016 e o ano passado. Antes da sua nomeação para Nova Iorque, exerceu as funções de assessora para a Coordenação das Políticas de Indústria e Ambiente, junto do Ministério do Comércio, Indústria e Ambiente do Governo de Timor-Leste. Entre 2011 e 2014 fez parte do Grupo de Peritas no Comité das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres (CEDAW), em Nova Iorque e Genebra, e antes disso foi assessora do vice-primeiro-ministro, coordenador da Gestão da Administração do Estado, durante o Quarto Governo Constitucional de Timor-Leste. Com ampla experiência na gestão de políticas e programas de desenvolvimento, trabalhou em instituições governamentais e nāo-governamentais timorenses, bem como em organizações multilaterais, onde exerceu diferentes cargos. Entre eles destaca-se o cargo de especialista para o Reforço da Sociedade Civil, no Programa “Justice Facility”, coordenadora do Setor da Justiça no Relatório do Estado da Nação e especialista para a Comunicação Social, no Ministério da Educaçāo de Timor-Leste. Mulher do atual secretário-exexutivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Zacarias da Costa, foi ainda conselheira no Serviço para o Tratamento e Reabilitação dos Sobreviventes de Tortura e Trauma, em Sydney, Austrália, onde também exerceu funções, ainda em início de carreira, no Conselho Timorense da Austrália. Durante a sua carreira, também exerceu funções em Inglaterra como “Asia Policy Officer” no Instituto Católico para as Relações Internacionais (CIIR), sediada em Londres, e depois, já em Timor-Leste, como Coordenadora de Programa e Chefe do Escritório do Programa das Nações Unidas para as Mulheres (UNIFEM). Considera-se uma “ativista empenhada dos direitos humanos e, em particular, dos direitos das mulheres e da igualdade do género, bem como do direito a participação política”. Milena Pires é autora de vários artigos sobre estes temas em livros e revistas da especialidade e participou em inúmeros seminários e conferências a nível nacional, regional e internacional, sobre temas que vão desde a participação das mulheres na tomada de decisões, a violência contra as mulheres, e o tráfico de mulheres e exploração sexual. Membro do Corpo Diretivo de várias organizações da sociedade civil, e membro fundadora da REDE FETO – a Rede das Mulheres Timorenses, é formada em Sociologia e Literatura Inglesa, e tem um filho. As eleições estão previstas para março e qualquer candidato tem que formalizar a candidatura no Tribunal de Recurso com pelo menos 5.000 assinaturas. A data das eleições será anunciada este mês pelo chefe de Estado, Francisco Guterres Lú-Olo.
Hoje Macau China / ÁsiaGoverno de Hong Kong vai reforçar lei da segurança nacional com inclusão de novas infrações O Governo de Hong Kong vai introduzir legislação para incluir novas infrações à segurança nacional, anunciou a chefe do Executivo na primeira sessão do Conselho Legislativo, reservada aos “patriotas”. Carrie Lam disse que o seu Governo pretende introduzir, para além da atual lei imposta em 2020 por Pequim sobre secessão, subversão, terrorismo e conluio com potências estrangeiras, uma lei local para abranger cerca de 40 outras infrações à segurança nacional. A chefe do Executivo não especificou quais as novas infrações, mas disse que estariam em conformidade com o Artigo 23 da “Lei Básica”, a miniconstituição da região administrativa especial chinesa, teoricamente semi-autónoma. O artigo 23 trata de “traição, secessão, sedição (e) subversão”. Por outro lado, visa também proibir organizações políticas estrangeiras de realizarem atividades políticas em Hong Kong e organizações políticas locais de terem ligações com organismos políticos estrangeiros. A Lei de Segurança Nacional foi imposta em junho de 2020 por Pequim a Hong Kong em resposta aos grandes protestos de 2019, muitas vezes violentos, nos quais se exigiram reformas democráticas. A sua formulação proíbe a expressão de quase qualquer forma de dissidência e reformulou o contexto jurídico de um território outrora considerado um bastião de liberdade.
Hoje Macau China / ÁsiaPolícia chinesa encontrou quase 11.000 pessoas desaparecidas em 2021 A polícia chinesa localizou no ano passado 10.932 pessoas desaparecidas, entre as quais 2.514 há mais de 20 anos, informou o Gabinete de Informação do Conselho de Estado chinês. Estas pessoas, que quando desapareceram eram menores, foram encontradas no âmbito da campanha “Tuanyuan” (“reunir com a família”, em chinês), lançada pelas agências de segurança pública do país asiático, em 2016, para resolver desaparecimentos que, em alguns casos, se arrastavam há décadas. Em cerca de 100 dos casos resolvidos em 2021, os então menores estavam desaparecidos há mais de 60 anos e, no caso mais extremo, há 74 anos, segundo dados do Ministério da Segurança Pública. Esta campanha envolveu o uso de tecnologias como a análise de DNA ou reconhecimento facial e a colaboração com cidadãos para desvendar casos pendentes. Algumas das empresas tecnológicas do país também ajudaram as autoridades. Alguns dos casos foram amplamente divulgados pela imprensa chinesa. Sun Zhuo, um rapaz encontrado em 2021, e cujo pai procurava há 14 anos, inspirou o filme “Dearest”, lançado em 2014. É um caso muito semelhante ao de Guo Gangtang, que viajou pela China, em 1997, em busca do seu filho, que finalmente foi localizado no ano passado, e que inspirou o filme “Lost and Love”. O sequestro de crianças é um problema social persistente há décadas no país.
Hoje Macau China / ÁsiaCineasta Zhang Yimou dirige cerimónia de abertura de Pequim 2022 O cineasta chinês Zhang Yimou, premiado em diversos festivais internacionais, vai dirigir a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022, noticiou um portal sobre cultura do país. Yimou, que já tinha sido responsável pela cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos Pequim2008, é autor de filmes aclamados como Esposas e concubinas e Herói, apresentando em várias obras coreografias espetaculares e trechos de bailado. Os Jogos Olímpicos de Inverno Pequim 2022 vão realizar-se entre 04 e 20 de fevereiro.