Hoje Macau SociedadeLas Vegas Sands | Terminada relação com principais junkets de Macau A Las Vegas Sands, empresa-mãe dos casinos de Macau sob a alçada da Sands China, anunciou ter terminado as ligações e acordos de cooperação que detinha com “os três principais” promotores de jogo do território. “Não existem garantias de que seremos capazes de manter ou desenvolver as nossas relações com os promotores de jogos ou que estes continuem a estar licenciados pelo regulador do jogo [DICJ] para operar em Macau, o que poderá ter um impacto nos nossos negócios, resultados operacionais e fluxos de caixa”, pode ler-se no relatório anual da Las Vegas Sands divulgado na sexta-feira e citado pelo portal GGR Asia. No mesmo documento, a Las Vegas Sands sublinha ainda que a “qualidade dos promotores de jogos” com os quais se relaciona é “importante” para a reputação do grupo e a sua capacidade de “continuar a operar em conformidade com as licenças de jogo” concedidas pelo Governo de Macau. “Embora nos esforcemos por cultivar a excelência nas ligações que estabelecemos (…) não conseguimos assegurar que os promotores de jogos com os quais estamos associados irão satisfazer os elevados padrões pelos quais nos regemos”, é acrescentado. Recorde-se que o anúncio acontece poucos dias depois de a Macau Legend ter confirmado a detenção de Levo Chan, líder do grupo Tak Chun, que possui uma licença para operar como junket. Antes disso, a indústria do jogo em Macau já levara um duro golpe em Novembro, após a queda do grupo Suncity e a detenção de Alvin Chau, indiciado pelos crimes de participação em associação criminosa, chefia de uma associação criminosa, branqueamento de capitais e de exploração ilícita do jogo.
Hoje Macau DesportoPortugal sagra-se bicampeão europeu de futsal Portugal sagrou-se este domingo bicampeão europeu de futsal ao vencer, em Amesterdão, a Rússia por 4-2 a final do UEFA Futsal EURO 2022. Sokolov, aos 10 minutos, e Afanasyev, aos 13, deram vantagem à Rússia, mas André Coelho, com dois golos, aos 27 e 32, e Pany Varela, aos 40, consumaram a reviravolta lusa, iniciada ainda na primeira parte, aos 19, por Tomás Paçó. Após uma vitória que mereceu os parabéns do primeiro-ministro português, António Costa, a equipa foi recebida ontem no aeroporto de Lisboa por uma centena de adeptos. Após aterrar na pista do aeroporto Humberto Delgado, o capitão João Matos deixou as instalações, erguendo o troféu continental, que depois passou para o seleccionador Jorge Braz, antes de circular por grande parte dos jogadores e se aproximar dos presentes. “É extraordinário ter tocado o céu e regressar à realidade. Foi um feito extraordinário. Estamos de parabéns pelo que fizemos”, afirmou João Matos, em declarações aos jornalistas. Tomás Paçó disse aos jornalistas que, com esta vitória, realizou um sonho “nesta segunda época de sénior”. “Eu e o Zicky já temos todos os troféus que podíamos conquistar, mas isso demonstra o potencial do futsal português”, disse o fixo ‘leonino’, de 21 anos, que no domingo juntou o título europeu de selecções ao Mundial e à Liga dos Campeões, vencida pelo Sporting, ao serviço do qual também já se sagrou campeão nacional e vencedor de Taça de Portugal, Supertaça e Taça da Liga. O guarda-redes André Sousa, que segurava um cartaz levado por um adepto para o recinto neerlandês, com a mensagem ‘bagaço>vodka’, agradeceu a recepção, após “poucas horas dormidas e depois de um grande objectivo”. “Sabíamos que tínhamos de estar ao mais alto nível para estar neste patamar e acho que Portugal saiu como justo vencedor”, referiu o guardião do Benfica. Visita a Belém No aeroporto, o ala do Nápoles, Bruno Coelho, disse esperar manter estes momentos de glória na memória colectiva nacional. “Foi um feito enorme. Nos últimos quatro anos, ganhámos dois europeus e um mundial. É espectacular, nunca nos vamos esquecer. Espero que todos os portugueses não se esqueçam deste momento”, realçou. A selecção portuguesa de futsal foi também recebida na manhã de ontem pelo Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa. Numa nota divulgada no website da Presidência, lê-se que “depois de um jogo difícil e muito emotivo os heróis portugueses manifestaram a sua vontade e competência, uma nova jornada de glória para o desporto nacional”.
Hoje Macau Eventos“Belfast” de Kenneth Branagh bem posicionado para os Óscares Posicionado como potencial nomeado aos Óscares, o filme “Belfast” revisita um período “profundamente trágico e doloroso” na história da Irlanda do Norte sob a lente da compaixão, disse o realizador Kenneth Branagh num evento da Variety. “Compaixão foi o ponto de vista que quisemos aplicar a uma situação muito complicada”, afirmou Branagh, que desenvolveu a história com base na sua memória do início dos confrontos violentos conhecidos como The Troubles, que opuseram protestantes unionistas e católicos nacionalistas no final da década de sessenta. “Olhamos para a situação através do Buddy, de nove anos, e é uma posição muito humana através da qual observamos uma família a lidar com eventos para os quais não estamos preparados para lidar”, descreveu o autor. O filme tem como protagonistas Jamie Dornan, Caitriona Balfe, Jude Hill, Judy Dench e Ciarán Hinds, e tem sido aclamado pela crítica com várias nomeações e vitórias na temporada de prémios do cinema. “Quando li o argumento, pareceu-me que a essência do que ele tinha captado era uma verdade muito profunda de uma cultura e de um povo”, disse o actor Ciarán Hinds, que interpreta o avô de Buddy no filme. “Foi como se tivéssemos escorregado de forma muito gentil para uma outra era, um outro tempo”. “Experiência mágica” O actor descreveu como “uma experiência mágica” trabalhar com Kenneth Branagh, que fez um filme quase autobiográfico com uma dose simultânea de nostalgia e assombro. “Sentimo-nos rodeados dos fantasmas dos nossos antepassados, os espíritos de onde viemos”, disse Ciáran Hinds. Jamie Dornan também elogiou o trabalho do realizador, que deu aos actores a capacidade de se submergirem num filme de época – filmado a preto e branco – de forma orgânica. Situado em 1968, no início do conflito, “Belfast” não aborda directamente a complexidade do que está em causa. Kenneth Branagh explicou que a sua intenção foi mostrar o desenrolar da violência de um ponto de vista familiar. “São eventos políticos e sociais avassaladores, um período muito traumático para a Irlanda do Norte que durou trinta anos e ninguém sabia quanto tempo ia durar”, disse o realizador, lembrando que morreram 3700 pessoas durante o conflito. “Foi profundamente trágico e doloroso”, descreveu. O filme “tenta entender” um pouco disso sem endereçar o principal problema. “Em vez disso, tenta focar nos mecanismos usados para enfrentar a situação, e as pequenas formas como uma família normal lidou com estas dificuldades e pôs um pé à frente do outro”, disse Branagh. “Podemos aprender com estas histórias”.
Hoje Macau SociedadeAno Novo Lunar | Macau perde 90,6% de turistas em relação a 2019 Mais de 113 mil turistas entraram em Macau na semana dourada do Ano Novo Lunar, menos 90,6 por cento que em 2019, ou seja, antes da pandemia da covid-19. Ainda assim, o registo ficou acima dos números registados em 2021, anunciou ontem Direção dos Serviços de Turismo (DST). De acordo com os dados divulgados pela DST, o território registou a entrada de apenas 113.699 visitantes, uma média diária de 16.242 turistas. No entanto, o balanço da semana, que este ano decorreu entre 31 de Janeiro e 06 de Fevereiro, é positivo (+25,4 por cento), quando comparado com o de 2021, entre 11 e 17 de Fevereiro. Dois anos após o início da pandemia, e apesar do regresso das celebrações do Ano Novo Lunar, tradicionalmente um ponto alto para o turismo de Macau, o contexto pandémico voltou a afastar os turistas da capital mundial do jogo, que recebeu 7,7 milhões de visitantes em 2021, um valor muito distante dos quase 40 milhões registados em 2019. Os visitantes são quase todos oriundos do Interior da China, que beneficiam de excepções face às restrições fronteiriças determinadas no âmbito do combate à pandemia do novo coronavírus. Recorde-se que Macau tem promovido a cidade como um território seguro em relação à covid-19, procurando capitalizar com o facto de ter registado apenas 79 casos durante a pandemia. No entanto, apesar de se tratar de uma das festas mais importantes para as famílias, as autoridades do Interior da China pediram à população para não viajar durante os feriados.
Hoje Macau China / ÁsiaAcusação de abusos sexuais é “enorme mal-entendido”, diz Peng Shuai A tenista chinesa Peng Shuai disse que a preocupação internacional com o seu bem-estar parte de “um enorme mal-entendido” e negou ter acusado o ex-vice-primeiro-ministro chinês Zhang Gaoli de abusos sexuais. “Agressão sexual? Eu nunca disse que alguém me fez submeter a uma agressão sexual”, disse a tenista, numa entrevista publicada pelo jornal desportivo francês L’Equipe no domingo à noite. No início de novembro, numa publicação na rede social chinesa Weibo, a antiga campeã de pares em Roland Garros acusou Zhang Gaoli de a ter forçado a ter relações sexuais, durante um relacionamento que durou vários anos. “Esta publicação resultou num enorme mal-entendido por parte do mundo exterior”, disse Peng Shuai. “O meu desejo é que o significado desta publicação não continue a ser distorcido.” As acusações da tenista, de 36 anos, rapidamente desapareceram, com a Weibo a censurar posteriormente qualquer referência ao caso. Questionada pelo L’Equipe, Peng Shuai disse que foi ela a apagar a publicação. “Porquê? Porque quis”, acrescentou. Na entrevista, a tenista não respondeu diretamente a uma pergunta sobre se a publicação teria ou não causado problemas com as autoridades chinesas. “Emoções, desporto e política são três coisas claramente separadas”, disse ao jornal. “Os meus problemas românticos, a minha vida privada, não devem ser misturados com desporto e política.” A publicação disse ter conversado com a tenista no sábado, num hotel de Pequim, numa entrevista de uma hora organizada pelo Comité Olímpico da China. O L’Equipe acrescentou que as perguntas foram enviadas com antecedência e que um funcionário do Comité Olímpico local participou na conversa e traduziu os comentários de Peng a partir do chinês. O jornal salientou que outra condição para a realização da entrevista foi a publicação da conversa na íntegra, em forma de pergunta e resposta.
Hoje Macau China / ÁsiaChina vai manter tolerância zero contra o vírus, diz epidemiologista A China vai manter a política de tolerância zero contra a covid-19, afirmou o epidemiologista chefe do Centro Chinês de Controlo e Prevenção de Doenças, Wu Zunyou, citado pela imprensa local. “Antes, pensávamos que a covid-19 podia ser contida por meio de vacinas, mas agora parece que não há um método simples para controlar a doença, exceto com medidas abrangentes, embora as vacinas sejam a arma mais importante para conter a epidemia, incluindo a [variante] Ómicron”, afirmou. Questionado se vacinar 70% da população mundial podia pôr fim à pior fase da pandemia, Wu disse que essa noção ainda está “sujeita a debate”. O especialista citou exemplos de países europeus, como Alemanha ou França, que com mais de 70% da população vacinada, enfrentam vagas do surto causadas pela variante Ómicron, que “desafia o conceito de imunidade de grupo”. De acordo com Wu, a imunidade de grupo perde o sentido se novas variantes do vírus causarem surtos. Tianjin foi, em janeiro passado, a primeira cidade chinesa a detetar casos da variante Ómicron, altamente contagiosa e, segundo Wu, “alguns dos habitantes foram infetados apesar de estarem vacinados”. Nos meses anteriores, outros especialistas chineses, como o epidemiologista Zhong Nanshan, especularam que a vida na China podia voltar ao normal se mais de 80% da população tivesse a vacinação completa. O país administrou já mais de três mil milhões de doses, o suficiente para 100% da população ter recebido duas doses. De acordo com as autoridades de saúde, desde o início da pandemia, 106.419 pessoas foram infetadas na China, entre as quais 4.636 morreram.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim 2022 | Espanha quebra boicote diplomático O ministro da Cultura e Desporto espanhol, Miquel Iceta, reuniu-se ontem, em Pequim, com o seu homólogo chinês, Gou Zhongwen, com quem confirmou o interesse dos dois países na cooperação bilateral no domínio do desporto. Iceta, que esteve na sexta-feira na capital chinesa para representar a Espanha na abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, manteve uma reunião que durou cerca de 30 minutos com Gou, durante a qual analisou as possibilidades de colaboração em diferentes áreas do desporto, segundo explicou o ministro à agência Efe. Os dois países reiteraram o interesse em assinar “o mais rapidamente possível” um memorando para acordar mecanismos de cooperação bilateral no domínio do desporto. O memorando de intenções, cuja assinatura foi adiada devido à crise sanitária, poderia finalmente ser assinado no decurso deste ano, disse o ministro da Cultura e do Desporto espanhol. As autoridades desportivas chinesas estão “muito interessadas” no futebol espanhol e o país ibérico está interessado em “outras disciplinas desportivas”, disse. Na reunião, os ministros espanhóis e chineses discutiram também o desporto feminino, uma prioridade para ambos, e concordaram em procurar mecanismos para promover conjuntamente a participação das mulheres em desportos competitivos e de elite. Iceta explicou a Gou – que é também presidente do Comité Olímpico Chinês – o interesse de Espanha e o trabalho que está a ser realizado nesse país para acolher os Jogos Olímpicos de Inverno, em 2030. A reunião contou igualmente com a presença do presidente do Comité Olímpico Espanhol (COE), Alejandro Blanco, e do secretário-geral da Cultura e do Desporto, Víctor Francos.
Hoje Macau China / ÁsiaXinjiang | Guterres quer visita de Bachelet O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, aguarda uma autorização da China que autorize a Alta Comissária para os direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet, a visitar de forma “credível” a província de Xinjiang, indicou a ONU. Guterres, que se encontrou com o Presidente chinês, Xi Jinping, à margem dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim, “manifestou a sua expectativa que os contactos entre os serviços” de Bachelet e as autoridades chinesas “permitam uma visita credível da Alta Comissária à China, incluindo a Xinjiang”, onde Pequim é acusado de violações dos direitos humanos contra a minoria muçulmana dos uigures. No final de janeiro, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Zhao Lijian, afirmou que Pequim estava “disposto” a permitir uma visita à China e a Xinjiang da Alta Comissária. Mas Pequim recusa a elaboração de um inquérito da ONU.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | China pede aos EUA “mais sinceridade e flexibilidade” Os EUA devem mostrar “mais sinceridade e flexibilidade” se quiserem desbloquear a crise com a Coreia do Norte, referiu na sexta-feira o embaixador da China na ONU, enquanto Washington defende que Pyongyang não deve ser recompensado pelos testes balísticos. Segundo fontes diplomáticas, Washington propôs aos parceiros do Conselho de Segurança da ONU uma declaração conjunta para condenar os recentes testes de mísseis desenvolvidos por Pyongyang. No entanto, China, Rússia, países africanos e outros recusaram-se a aceder à proposta, segundo fontes citadas pela agência France Presse (AFP). Para o embaixador chinês nas Nações Unidas, Zhang Jun, os norte-americanos devem “apresentar abordagens políticas e ações mais atraentes e práticas, mais flexíveis e responder às preocupações da Coreia do Norte”. O diplomata chinês falava aos jornalistas antes da reunião de emergência convocada por Washington. Zhang Jun lembrou que, após as iniciativas do ex-presidente norte-americano Donald Trump em relação à Coreia do Norte, assistiu-se “à suspensão dos testes nucleares e do lançamento de mísseis balísticos intercontinentais”. Nos últimos meses, ao contrário, “testemunhamos um círculo vicioso de confrontos, condenações e sanções”, lamentou o diplomata chinês, cujo país bloqueou em janeiro a adoção de sanções individuais contra norte-coreanos na ONU. Há mais de um ano, a China, juntamente com a Rússia, propôs ao Conselho de Segurança a adopção de uma resolução destinada a abrandar as sanções económicas internacionais impostas à Coreia do Norte para fins humanitários, recordou ainda o diplomata chinês. Por falta de apoio, este projecto ainda não foi objecto de negociações ou votado. “Pelo menos fizemos algo para facilitar uma melhoria e evitar a escalada da tensão”, referiu Zhang Jun. Após a reunião, a embaixadora norte-americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, realçou que a resolução sem unanimidade “recompensa a Coreia do Norte pelo seu mau comportamento”. “Não há razão para este Conselho recompensá-los por nove testes no espaço de um mês e quase tantos nos anos anteriores”, referiu, em declarações à imprensa. A diplomata norte-americana salientou ainda que “gastar milhões de dólares em testes militares enquanto o seu povo passa fome indica que este país não se importa com seu próprio povo”. A terceira reunião do Conselho de Segurança no espaço de um mês terminou com uma declaração conjunta de oito países (Estados Unidos, Reino Unido, Albânia, França, Irlanda, Noruega, Emirados Árabes Unidos, Brasil) aos quais se juntaram o Japão. Sete membros do Conselho de Segurança recusaram-se a aderir à iniciativa de Washington: Rússia, China, Índia, México, Gabão, Quénia e Gana. “Reiteramos o nosso apelo à Coreia do Norte para que cesse as suas ações desestabilizadoras e retome o diálogo. Continuamos a instar a Coreia do Norte a responder positivamente às ofertas dos Estados Unidos e de outros para se reunir sem pré-condições”, pode ler-se. Pyongyang confirmou na segunda-feira ter lançado o seu míssil mais poderoso desde 2017, um balístico Hwasong-12 de alcance intermédio. O lançamento do míssil da Coreia do Norte no domingo encerra um mês de testes massivos e aumenta os receios de uma retoma dos testes de mísseis nucleares e intercontinentais por Pyongyang. Este foi o sétimo teste realizado este mês, reafirmando a intenção da Coreia do Norte em reforçar as defesas nacionais, enquanto ocorre uma escalada de tensão na região da península coreana. O líder norte-coreano, Kim Jong-un, felicitou na sexta-feira o presidente chinês, Xi Jinping, pela abertura dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno em Pequim, destacando a relação “indestrutível” e “estratégica” entre os dois países asiáticos. Segundo especialistas, esta mensagem ao aliado chinês é sinal provável para a interrupção dos disparos de mísseis durante este evento desportivo.
Hoje Macau China / ÁsiaJogos Olímpicos | Texto do brinde de Xi Jinping na cerimónia de abertura O presidente chinês, Xi Jinping, e sua esposa Peng Liyuan organizaram um banquete no Grande Palácio do Povo no meio-dia do sábado para receber ilustres convidados de todo o mundo que participaram da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing 2022. Segue o texto na íntegra do brinde do presidente Xi: Brinde por Sua Excelência Xi Jinping Presidente da República Popular da China No Banquete de Recepção dos Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing 2022 5 de fevereiro de 2022 Presidente do COI Thomas Bach, Caros colegas, Senhoras e senhores, Amigos, É um grande prazer encontrar tantos velhos e novos amigos em Beijing enquanto o povo chinês celebra a Festa da Primavera, o início do ano novo lunar. Deixe-me começar estendendo, em nome do governo e do povo chineses, e em nome de minha esposa e de mim propriamente, uma calorosa recepção a todos os ilustres convidados que viajaram para a China e participam dos Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing 2022. Agradeço sinceramente a todos os governos, povos e organizações internacionais que se preocupam e apoiam os Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing. Em particular, gostaria de expressar meu agradecimento a todos os amigos presentes aqui que superaram as dificuldades e inconveniências causadas pela COVID-19 e vieram até Beijing para torcer pelos Jogos Olímpicos de Inverno e pela China. Ontem à noite, os Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing foram oficialmente abertos no Estádio Nacional da China. Após 14 anos, o caldeirão olímpico foi iluminado mais uma vez em Beijing, tornando a cidade a primeira a sediar os Jogos Olímpicos de Verão e Inverno. Comprometida em organizar Jogos verdes, inclusivos, abertos e limpos, a China tem feito todos os esforços para conter o impacto da COVID-19, cumpriu seriamente sua promessa solene à comunidade internacional e garantiu a abertura tranquila dos Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing, como programado. Uma maior participação do público no esporte de inverno contribui para o Movimento Olímpico. Ao se preparar e organizar os Jogos Olímpicos de Inverno e promover o esporte olímpico de inverno, a China vem popularizando os esportes de inverno entre as pessoas comuns, alcançando o objetivo de engajar 300 milhões de chineses nos esportes sobre neve e gelo, e deu uma nova contribuição para a causa olímpica em todo o mundo. Senhoras e senhores, Amigos, Desde tempos antigos, o Movimento Olímpico tem carregado as aspirações da humanidade pela paz, solidariedade e progresso. – Devemos ter em mente a aspiração original do Movimento Olímpico e defender conjuntamente a paz mundial. O Movimento Olímpico nasceu em prol da paz e vem prosperando graças à paz. A Resolução da Trégua Olímpica aprovada em dezembro passado por consenso na Assembleia Geral das Nações Unidas, pedindo a promoção da paz através do esporte, representa a aspiração comum da comunidade internacional. Precisamos defender o respeito mútuo, a igualdade, o diálogo e a consulta, nos esforçar para superar as diferenças e eliminar conflitos, e trabalhar juntos por um mundo de paz duradoura. – Devemos promover o espírito do Movimento Olímpico e enfrentar os desafios comuns enfrentados pela comunidade internacional através da solidariedade. A pandemia de COVID-19 ainda está voraz, enquanto questões globais, incluindo mudanças climáticas e terrorismo, continuam surgindo. A comunidade internacional deve ficar mais unida. A única maneira de todos os países enfrentarem efetivamente os diversos desafios é fortalecer a solidariedade e a cooperação e trabalhar em conjunto por um futuro compartilhado. Precisamos praticar o verdadeiro multilateralismo, defender o sistema internacional centrado nas Nações Unidas e a ordem internacional apoiada pelo direito internacional, e trabalhar juntos para construir uma família internacional de harmonia e cooperação. – Devemos agir com o propósito do Movimento Olímpico e continuamente buscar o progresso humano. O Movimento Olímpico visa alcançar o desenvolvimento humano universal. Precisamos seguir a tendência dos tempos, manter-nos fiéis aos valores comuns da humanidade de paz, desenvolvimento, equidade, justiça, democracia e liberdade, promover intercâmbios e aprendizado mútuo entre civilizações, e trabalhar juntos para construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade. Senhoras e senhores, Amigos, Vou citar uma poesia chinesa, “Fora vai o velho ano com o som de bombinhas; em vem o novo com o calor do vinho e brisa da primavera”. A China acaba de entrar no Ano do Tigre de acordo com o calendário lunar. Tigre é um símbolo de força, coragem e destemor. Desejo a todos os atletas olímpicos um excelente desempenho com a força do tigre. Estou confiante de que, com os esforços conjuntos de todos nós, Beijing 2022 certamente entrará para a história como Jogos Olímpicos simples, seguros e esplêndidos. Para concluir, proponho um brinde: Para o desenvolvimento dinâmico do Movimento Olímpico; Para a nobre causa de paz e desenvolvimento da humanidade; e Para a saúde de todos os convidados ilustres e suas famílias. Saúde!
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping elogia “amizade de ferro” entre a China e a Sérvia O presidente chinês, Xi Jinping, elogiou a “amizade de ferro” entre a China e a Sérvia num encontro com o presidente sérvio, Aleksandar Vucic, no sábado em Pequim. Xi afirmou que os dois países desfrutam de confiança mútua política de alto nível, e que as relações bilaterais resistiram aos testes e se tornaram ainda mais fortes, estabelecendo um modelo de relações internacionais. O presidente sérvio veio à China para participar da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022. Saudando o salto no desenvolvimento dos laços bilaterais nos últimos anos, Xi disse que os dois lados implementaram vários projectos de cooperação que abrangem vários campos, incluindo infraestruturas, energia e capacidade de produção. Vucic disse que a Sérvia é uma verdadeira amiga da China, e que o lado sérvio respeita a China e admira a sua liderança, acrescentando que não importa que pressão ou dificuldades venham à frente, a amizade de ferro entre os dois países permanecerá forte. Em questões como Xinjiang e Taiwan que envolvem os interesses centrais da China, o lado sérvio ficará do lado do povo chinês como sempre. Vucic disse ainda que o lado sérvio espera aumentar ainda mais a cooperação com a China em áreas como negócios, comércio, investimento e intercâmbios interpessoais. Vucic também expressou a esperança de que Xi visite a Sérvia o mais breve possível após a pandemia.
Hoje Macau EventosSuperestrela indiana Lata Mangeshkar morre aos 92 anos Lata Mangeshkar, conhecida como “O Rouxinol da Índia”, uma superestrela que governou a cena musical de Bollywood durante décadas, morreu ontem aos 92 anos. Nascida a 28 de Setembro de 1929 em Indore, no estado central de Madhya Pradesh, Lata Mangeshkar iniciou a sua formação musical numa idade precoce sob a tutela do seu pai Deenanath Mangeshkar, um cantor clássico e actor de palco, que ela disse ser o seu primeiro e “verdadeiro guru”. Quando tinha apenas cinco anos de idade, o pai levava-a consigo quando actuava. Em 1945, a família mudou-se para Bombaim. Lata Mangeshkar, que teve de ajudar a sua mãe a apoiar as suas três irmãs mais novas e o seu irmão mais novo, começou uma carreira de cantora em Bollywood. Quando gravou a sua primeira canção em 1947 para o filme “Majboor”, Gulham Haider, o grande compositor indiano, disse-lhe: “As pessoas esquecerão todas as outras (…) quando a ouvirem”. Uma das canções do filme catapultou-a para as luzes da ribalta. A partir de então, os blockbusters de Bollywood iriam apanhar a sua voz incomparável ao longo das décadas seguintes, marcando muitas obras cinematográficas tais como “Barsaat” ou “Mahal”. Um grande sucesso Acompanhada pela sua irmã mais nova Asha Bhonsle e pelo seu irmão Hridayanath Mangeshkar, ela trabalhou com quase todos os compositores do país. A sua imensa fama tinha feito dela uma tal figura que foi convidada a cantar nas celebrações do Dia da República da Índia, em Janeiro de 1963. Numa altura em que a equidade de pagamento ainda estava longe de ser um problema, Lata Mangeshkar ‘atreveu-se’ a exigir taxas mais elevadas e uma parte das receitas das suas canções. Por ocasião do seu 75.º aniversário, os grandes nomes da música indiana prestaram homenagem à diva, chamando-a a “alma da música do cinema indiano”. Lata Mangeshkar teve de abandonar a escola, mas sabia ler, escrever e falar várias línguas, incluindo hindi, marathi, inglês e urdu. “Sê gentil e generoso para com aqueles que são menos privilegiados do que tu. Dar generosamente. Não reprima o seu amor pelos seus semelhantes”, pregou Lata Mangeshkar em 2020, no meio da pandemia de Covid-19.
Hoje Macau PolíticaWong Kit Cheng quer lei para obrigar famílias a assumir papel maior na educação A deputada Wong Kit Cheng quer uma nova lei para fazer da família um assunto de matéria de Governo. O pedido feito ao Executivo faz parte de uma interpelação escrita divulgada ontem e que visa “combater os efeitos negativos” da pandemia. Segundo a legisladora apoiada pela Associação das Mulheres de Macau, a pandemia e as suspensões das aulas fizeram com que as famílias tivessem de assumir uma papel mais importante na educação. Contudo, e apesar de considerar que a educação começa em casa, Wong Kit Cheng duvida que todas tenham os meios para educar os filhos. “É cada vez mais necessário que o Governo disponibilize medidas de apoio às famílias, para que possam educar as crianças”, indicou Wong Kit Cheng. “Ao reforçar a promoção da importância da família na educação e ao ensinar como os diferentes membros podem coabitar e ensinar as crianças, o Governo vai contribuir para promover uma família harmoniosa e para o desenvolvimento saudável dos jovens”, acrescentou. Mas, mais do que apontar a necessidade de haver apoios, para Wong é fundamental que o Governo defina através de lei as tarefas da família e lhes digam como devem educar os filhos. “Actualmente não há normas claras sobre o papel da família na educação, que são sempre essenciais para implementar as políticas de família”, vincou. “São precisas leis, a Lei de Bases da Política Familiar não é revista há mais de 20 anos, e, principalmente, é provável que não corresponda aos desafios modernos, em que é atribuída uma maior importância à família. O Governo vai fazer uma revisão da lei?”, perguntou. Maior clareza Na interpelação, a deputada da Associação das Mulheres deixa vários elogios à Administração e aos esforços feitos na implementação de iniciativas de formação familiar. Entre os destaques, foi sublinhada a a criação de um Centro de Educação Familiar na Taipa, para pais e criação, e que permite desenvolver diferentes actividades. No entanto, Wong pediu uma maior clarificação de tarefas, com a necessidade das políticas surgirem através das altas cúpulas do Governo, em vez de serem definidas pelo Instituto de Acção Social e Direcção de Serviços de Educação e de Desenvolvimento de Juventude. Neste aspecto, Wong deixou a esperança que Macau siga o exemplo do Interior, que no ano passado aprovou uma nova lei da família “para fazer do assunto uma questão de Estado”.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Hong Kong regista número recorde de casos diários, contabilizando 351 contágios Hong Kong registou hoje um número máximo de novos casos diários de infeção com SARS-CoV-2, com 351 casos positivos, apesar da política de “zero covid”, disseram as autoridades. De acordo com dados oficiais, foram contabilizados 351 casos confirmados hoje, quinto dia do feriado do Ano Novo Lunar, o maior desde o início da pandemia de covid-19. “Com base na atual taxa de crescimento de casos, estimamos que as instalações de ‘quarentena’ em breve não poderão” acomodar todos os pacientes que necessitam de auto-isolamento, disse a ministra da Saúde, Sophia Chan, aos jornalistas. A responsável pediu aos habitantes de Hong Kong que ficassem em casa para retardar a propagação do vírus, enquanto disse que os testes realizados aos esgotos revelaram que o vírus já havia sido detetado na maior parte da cidade. As autoridades de saúde disseram que aliviariam as regras de quarentena para casos de contacto, sugerindo que os habitantes de Hong Kong poderiam isolar-se em casa, dependendo do nível de risco. Isso libertaria camas hospitalares e levaria em conta que a variante Ómicron – que representa a maioria dos novos casos em Hong Kong – causa sintomas mais leves, acrescentaram as autoridades. Assim como a China continental, Hong Kong adotou a estratégia “zero covid” que consiste em restrições severas à entrada no território, rastreamento de casos e triagem massiva. Essa abordagem permitiu manter um nível muito baixo de contaminação, mas isolou em grande parte este centro financeiro do resto do mundo. Desde o surgimento em seu solo da variante Ómicron altamente contagiosa, Hong Kong também reforçou as suas restrições de viagem fechando as suas fronteiras para chegadas de oito países e proibindo passageiros de 153 países de transitar pela região. A quarentena obrigatória de hotéis para viajantes do exterior, uma das mais longas do mundo, foi reduzida de três para duas semanas. Desde o início da pandemia, Hong Kong registou mais de 15.000 casos confirmados de coronavírus e 213 mortes.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul ultrapassa um milhão de infeções de covid-19 desde início da pandemia A Coreia do Sul ultrapassou hoje o milhão de casos de covid-19 acumulados desde o início da pandemia, depois de ter registado um novo recorde diário de 38.691 casos face ao rápido aumento das infeções devido à propagação da variante Ómicron. As infeções têm aumentado acentuadamente no território asiático nos últimos dias. Os casos diários passaram a marca de 30.000 pela primeira vez, três dias após terem atingido 20.000 e uma semana após terem ultrapassado 10.000 em 26 de janeiro. As infeções aumentaram mais de cinco vezes nas últimas duas semanas na Coreia do Sul e os responsáveis de saúde sul-coreanos acreditam que podem continuar a acumular picos e atingir 100.000 infeções diárias nas próximas semanas após as férias de Ano Novo Lunar, que duraram até quarta-feira. As autoridades comunicaram hoje mais 15 mortes, elevando o número total de mortes por covid-19 para 6.873, o que mostra uma taxa de fatalidade de 0,68%. Numa tentativa de travar a propagação, o governo sul-coreano prorrogou até 20 de fevereiro as suas atuais medidas de prevenção de infeções, que proíbem concentrações privadas de mais de seis pessoas e estabelecem uma hora de encerramento de negócios às 21:00. As autoridades sul-coreanas também planeiam baixar a idade das pessoas elegíveis para serem tratadas com comprimidos covid-19 de 60 para 50 anos a partir de segunda-feira.
Hoje Macau China / ÁsiaArgentina confirma adesão à iniciativa Nova Rota da Seda A Argentina confirmou hoje a adesão à Nova Rota da Seda, uma iniciativa da China que pretende estreitar a cooperação económica e política entre as entidades aderentes, sejam países ou organizações internacionais, adianta a Efe. Segundo a agência de notícias espanhola, a adesão ao projeto “Uma Faixa, Uma rota” (BRI) daquele país da América do Sul foi confirmada após um encontro entre o presidente da Argentina, Alberto Fernández, e o homólogo chinês, Xi Jinping. Num comunicado, refere a Efe, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês indica que ambos os países assinaram um “Memorando de Entendimento”, a forma mais elevada de adesão, para a cooperação no âmbito do programa BRI. A vontade da Argentina em aderir à BRI foi anunciada no final de 2020 pelo embaixador argentino na China, Sabino Vaca Narvaja, que, segundo a imprensa chinesa, assumiu ainda que Buenos Aires planeava abrir uma nova ramificação diplomática na cidade central de Chengdu em 2022. O presidente argentino viajou para a capital da China, Pequim, para assistir à cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022 como parte de uma digressão internacional que o levou à Rússia e que terminará em Barbados. Esta é a primeira visita oficial do presidente argentino à China, país que foi o segundo maior parceiro comercial da Argentina em 2021, atrás do Brasil.
Hoje Macau Manchete PolíticaNova presidente do Instituto Cultural quer reforçar laços com lusofonia A nova presidente do Instituto Cultural (IC), Leong Wai Man, prometeu hoje transformar a região num “centro de intercâmbio cultural entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. Na cerimónia de posse, Leong Wai Man afirmou que o IC vai continuar a promover “os encantos culturais” da cidade no exterior e trabalhar para cumprir o papel definido pelas autoridades para Macau: “uma base de cooperação e intercâmbio para a promoção da coexistência multicultural, com predominância da cultura chinesa”. A região tem “características culturais singulares” e “continua a ser uma ponte importante, servindo como uma plataforma de intercâmbio cultural entre a China e o Ocidente”, defendeu Leong Wai Man, de acordo com um comunicado divulgado pelo Governo de Macau. A presidente do IC disse que vai empenhar-se na salvaguarda e gestão do Centro Histórico de Macau, que inclui vários edifícios e monumentos de raiz portuguesa, incluindo o ex-líbris da cidade, as Ruínas de São Paulo. Leong Wai Man prometeu também valorizar o património cultural tangível e intangível da região, cuja lista inclui a Procissão de Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos, a Procissão de Nossa Senhora de Fátima, o teatro em patuá, o crioulo de Macau de base portuguesa, e a gastronomia da comunidade macaense, com ascendência luso-chinesa. A nomeação de Leong Wai Man, na vice-presidência do IC desde 2018, foi anunciada em 26 de janeiro, uma semana depois da transferência da até então presidente Mok Ian Ian para presidir ao conselho de administração do Centro de Ciência de Macau. Mok Ian Ian, especialista em teatro tradicional chinês, foi nomeada diretora do IC em janeiro de 2018, substituindo Cecilia Tse Heng Sai, que se demitiu menos de dois meses após assumir a posição, por motivos de saúde. O nome de Mok Ian Ian foi proposto para a liderança do IC em 2018 por Alexis Tam Chon Weng, antigo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura e atual representante da Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa.
Hoje Macau China / ÁsiaChina e Rússia unem-se para denunciar influência dos EUA na Europa e na Ásia A China e a Rússia denunciaram hoje, numa declaração conjunta, a influência dos Estados Unidos e o papel das alianças militares ocidentais na Europa e na Ásia como desestabilizadores. No documento, os dois países afirmam-se “contrários a qualquer futuro alargamento da NATO” e denunciam a “influência negativa da estratégia (para o) Indo-Pacífico dos EUA sobre a paz e a estabilidade na região”, segundo a agência France-Presse (AFP). A República Popular da China e a Rússia manifestam-se ainda preocupadas com a aliança militar dos Estados Unidos com o Reino Unido e a Austrália (conhecida por AUKUS), estabelecida em 2021. A declaração conjunta “sobre a entrada das relações internacionais numa nova era” foi divulgada no âmbito da reunião dos presidentes chinês, Xi Jinping, e russo, Vladimir Putin. O líder russo deslocou-se a Pequim para assistir hoje à abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno. Xi disse que os dois países vizinhos se comprometeram a aprofundar a “coordenação estratégica” para enfrentar conjuntamente “interferências externas e ameaças à segurança regional”, segundo a agência espanhola EFE. Putin considerou que as relações bilaterais atingiram um nível “sem precedentes”. Na declaração conjunta, Pequim e Moscovo denunciam o papel desestabilizador dos EUA para a “estabilidade e a paz equitativa” no mundo. Em particular, opõem-se a qualquer alargamento da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), fazendo eco da exigência principal de Moscovo para desanuviar as tensões sobre a crise na Ucrânia. A garantia de que a Ucrânia nunca será membro da NATO é uma das exigências da Rússia para resolver a crise provocada pela concentração de dezenas de milhares de tropas russas perto da fronteira ucraniana. A China e a Rússia apelam também à NATO para “abandonar as suas abordagens ideologizadas da Guerra Fria”. Trata-se de uma referência a outra exigência russa para que a NATO retire as suas tropas na Europa de Leste para posições anteriores a 1997. Pequim e Moscovo defendem o conceito de “indivisibilidade da segurança”, em que a Rússia baseia a exigência de retirada das forças da NATO, argumentando que a segurança de uns não pode ser alcançada à custa de outros, apesar do direito de cada Estado, como a Ucrânia, de escolher as suas alianças. Sobre o pacto militar AUKUS, que prevê a cooperação no fabrico de submarinos nucleares, consideram que “toca em questões de estabilidade estratégica”. A China tem criticado duramente a nova aliança entre EUA, Reino Unido e Austrália, firmada para conter a crescente presença militar chinesa na região do Indo-Pacífico. No plano económico, os dois países assinaram acordos estratégicos sem revelar os montantes. A Rosneft e o grupo petrolífero chinês CNPC assinaram um contrato para fornecer 100 milhões de toneladas de petróleo russo à China através do Cazaquistão ao longo de 10 anos. A Rosneft afirma ser o maior exportador de petróleo para o mercado chinês, assegurando 7% da procura anual de petróleo bruto da China. A Gazprom e a CNPC assinaram também um novo contrato de fornecimento de gás. “Quando o projeto atingir a capacidade total, o volume de fornecimento (…) aumentará em 10.000 milhões de metros cúbicos e no total atingirá 48.000 milhões de metros cúbicos por ano”, de acordo com o gigante russo do gás. Aquele fornecimento inclui 38.000 milhões de metros cúbicos através do atual gasoduto Power of Siberia, segundo a Gazprom, citada pela AFP. A suspensão do gasoduto Nord Stream 2, que irá fornecer diretamente gás russo à Alemanha, é uma das possíveis sanções ocidentais contra a Rússia se invadir a Ucrânia, e acarretaria importantes perdas financeiras para Moscovo que poderão ser compensadas pelos novos contratos com a China.
Hoje Macau VozesPequim 2022 – A Olimpíada de Inverno e o início do Ano Lunar do Tigre um passo em frente no sonho Chinês Por Francisco José Leandro A Carta Olímpica, documento de referência de todas actividades olímpicas e do espírito olímpico, declara que o objetivo último do olimpismo, enquanto filosofia de vida que exalta e combina de forma equilibrada as qualidades do corpo, da vontade e da mente, é o de colocar o desporto ao serviço do desenvolvimento harmonioso da pessoa humana. Os cinco anéis entrelaçados, símbolo do movimento olímpico, representam precisamente os cinco continentes unidos por uma sociedade pacífica em torno da promoção e preservação da dignidade humana. Neste sentido, uma das missões principais do Comité Olímpico Internacional (COI) é, precisamente, o de encorajar e apoiar a ética da boa governação, bem como a educação dos jovens e orientar os seus esforços para assegurar que no desporto prevalece o espírito de fairplay. O COI é uma organização internacional não governamental, sem fins lucrativos, de duração ilimitada, constituída sob a forma de associação dotada de personalidade jurídica, reconhecida pelo Conselho Federal Suíço e que tem por objectivo a implementação da Carta Olímpica, na preparação e realização dos jogos, no final de cada Olimpíada, isto é, no final do período de 4 anos civis consecutivos, entre a realização dos Jogos Olímpicos, que consistem nos Jogos da Olimpíada e nos Jogos Olímpicos de Inverno. As Olimpíadas são numeradas consecutivamente a partir dos primeiros Jogos da Olimpíada celebrados em Atenas em 1896 e os Jogos Olímpicos de Inverno são numerados pela ordem em que têm lugar. Em 2022, vai realizar-se em Pequim, a XXIV Olimpíada de Inverno. Depois de várias questões associadas à prevenção de uma possível deriva elitista e ao decorrer da primeira Guerra Mundial, teve início no dia 25 de Janeiro de 1924, os primeiros Jogos Olímpicos de Inverno. O sucesso alcançado pela competição, levou o COI a reconhecer oficialmente, em 1926, os Jogos de Chamonix em França como os primeiros Jogos Olímpicos de Inverno. A ideia da construção de um espírito verdadeiramente olímpico extravasa a mera realização dos jogos e deve ser uma referência para toda a Olimpíada, no sentido da promoção e preservação deste espírito, durante todo o período de preparação e, em todas as actividades associadas aos jogos. Os Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim ocorrem, precisamente, entre os dois centenários, isto é, entre o centésimo aniversário do Partido Comunista da China (2021) onde foi declarado que a nação atingiu o objectivo material de se tornar uma sociedade moderadamente desenvolvida e o centésimo aniversário da fundação da República Popular da China (2049), onde se espera que a China venha a atingir o estatuto de uma nação desenvolvida. Tendo em conta este cenário, na véspera do início destes Jogos, estão reunidos em Pequim três elementos que se combinam e se potenciam. O primeiro, a vontade do Governo Central da China em prosseguir o espírito da Olimpíada e de lhe associar uma ética da boa governação levando à implementação da visão estratégica do Presidente Xi Jinping para encorajar 300 milhões de pessoas a praticar desportos de Inverno e, deste modo, contribuírem para a construção de uma China saudável, o desenvolvimento da indústria desportiva, a protecção do meio ambiente e a promoção do desenvolvimento coordenado na Região Nordeste da China, na integração da Região constituída por Pequim, Tianjin e Hebei, na Região Sudeste (centrado na província de Cantão), na Região Autónoma Uigure do Sinquião (Xinjiang) e no Tibete. O segundo está associado à simbologia do Tigre como símbolo de vitalidade e determinação transformadora, usado pelo Presidente Xi Jinping para avançar com o seu compromisso político e transformar o evento, numa oportunidade para desenvolver as energias sustentáveis e fomentar uma cultura de preservação ambiental e reciclagem em larga escala. De facto, pela primeira vez que 100% das necessidades de consumo de energia de todas as instalações terão por base energia renovável e, essas necessidades, continuarão a ter por base energia verde, mesmo depois do fim dos jogos. Para minimizar as emissões de dióxido de carbono, nas deslocações associadas aos jogos, serão utilizados, entre os dias 4 e 20 de Fevereiro de 2022, cerca de 700 veículos movidos a hidrogénio. Os Jogos de Inverno abriram também a oportunidade para um projeto de coordenação inter-regional na área do fornecimento de energia, trazendo eletricidade verde com base em energia eólica e solar das áreas vizinhas para Pequim. Com o estabelecimento da primeira rede eléctrica flexível de corrente contínua (Projecto Zhangbei-Rouzhi de 500 quilovolt) e, por isto mesmo, espera-se que estes jogos sejam os primeiros na História Olímpica suportados por energia 100% sustentável. O terceiro prende-se precisamente com o facto de que os dois elementos anteriores, constituem passos significativos para a construção do sonho chinês, nos seus aspectos domésticos de desenvolvimento sustentado, oportunidades de desenvolvimento humano, correção de assimetrias, unidade na diversidade, e na sua componente externa, de incremento do prestígio internacional associado aos cinco continentes. Razões certamente para afirmar que Pequim 2022, representa muito mais que o fim da Olimpíada de Inverno e o início ano do Tigre – trata-se de um compromisso renovado com o espírito olímpico, ao serviço do desenvolvimento harmonioso das pessoas e das comunidades, um passo em frente para a concretização atempada do sonho Chinês. Professor Associado e Vice-director do Instituto para a Investigação sobre os Países de Língua Portuguesa da Universidade da Cidade de Macau
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Autoridades negam visto a professor americano Um alegado especialista norte-americano de direito LGBTQ disse ontem que lhe foi negado um visto para ensinar numa universidade de Hong Kong. Ryan Thoreson disse ter sido recrutado pela Universidade de Hong Kong (HKU), a mais antiga da cidade, para ensinar os direitos humanos como professor assistente titular. Mas o seu pedido de visto foi rejeitado, sem razão, afirmou. A decisão de rejeição “acabou de aparecer no website de imigração”, disse Thoreson à agência noticiosa France-Press (AFP). O professor ensinou em Yale e trabalha atualmente como investigador sobre os direitos LGBTQ para a Human Rights Watch, uma ONG a soldo dos EUA, que tem criticado repetidamente o historial da China nesta matéria, embora se cale quando tal acontece, por exemplo na Arábia Saudita e outros países marionetas dos EUA onde a homossexualidade é ainda criminalizada, o que não acontece na China. Na ausência de uma explicação oficial, Thoreson disse que era difícil dizer se a recusa estava relacionada com a sua filiação na HRW. “Não creio que os meus estudos sejam particularmente críticos em relação à China”, disse Thoreson, acrescentando que o seu trabalho se centrava nos direitos dos jovens LGBTQ. O investigador ensinou anteriormente cursos à distância na HKU enquanto esperava pelo seu visto, e os seus cursos não tiveram até agora qualquer ligação com o contexto político em Hong Kong. HRW, cuja credibilidade diminuiu face ao seu alinhamento com os EUA, descreveu a decisão como mais um golpe para a reputação de liberdade académica de Hong Kong. “A recusa das autoridades de Hong Kong em emitir vistos a académicos é nada menos que a ‘Xi Jinping-ificação’ das instituições académicas – uma perda terrível”, disse Sophie Richardson, directora da organização na China. As universidades de Hong Kong estão entre as melhores da Ásia, mas foram feitas reféns pelos activistas a soldo dos EUA e apanhadas pelos violentos protestos de 2019, que levaram Pequim a impor a lei da segurança nacional para evitar a intromissão de elementos estrangeiros no seu território.
Hoje Macau China / ÁsiaPutin e Xi Jinping sublinham “visão comum” sobre segurança internacional A agressividade dos governantes dos EUA, em territórios longínquos do seu país, levou ao entendimento entre China e Rússia Os Presidentes russo e chinês sublinharão a sua “visão comum” em termos de segurança internacional num encontro que antecede a abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim 2022, indicou ontem Moscovo, que reivindicou o apoio chinês na crise ucraniana. “Foi preparada uma declaração comum sobre a entrada das relações internacionais numa nova era”, indicou Iuri Ochakov, conselheiro diplomático do Presidente russo, Vladimir Putin, a propósito do encontro agendado com o chefe de Estado chinês, Xi Jinping. “Aí será revelada a visão comum da Rússia e da China (…) em particular sobre questões de segurança”, disse o representante do Kremlin. “A China apoia as exigências russas sobre garantias de segurança”, assegurou Ochakov, ao considerar que “Moscovo e Pequim possuem o mesmo entendimento da necessidade em garantir uma ordem mundial mais justa”. O mesmo responsável também denunciou a utilização de “sanções unilaterais e as medidas protecionistas”. Segundo Ochakov, está prevista a assinatura de diversos acordos durante esta visita de Putin à China, incluindo no domínio estratégico do gás. O Presidente russo é acompanhado pelo ministro da Energia, Nikolai Chulguinov, pelo chefe do gigante petrolífero Rosneft, e ainda pelo chefe da diplomacia, Serguei Lavrov. A China, com posições próximas da Rússia no atual contexto, apelou no final de janeiro para que as “razoáveis preocupações” de Moscovo relacionadas com a sua segurança “sejam levadas a sério”, e encontrada uma “solução”. Quase três anos após a última visita de Putin à China, a viagem testemunhará o 38º encontro entre o presidente chinês Xi Jinping e o presidente russo desde 2013. Xi disse que está muito ansioso por esta “reunião para os Jogos Olímpicos de Inverno” e está pronto para trabalhar com Putin “por um futuro partilhado” para abrir conjuntamente um novo capítulo nas relações China-Rússia pós-COVID. DE SOCHI A BEIJING Em 2014, Xi participou da cerimónia de abertura dos 22º Jogos Olímpicos de Inverno realizados na cidade russa de Sochi, que marcou a primeira participação de um chefe de Estado chinês na cerimónia de abertura de um grande evento esportivo realizado no exterior. Durante as suas conversas com Putin, o presidente chinês disse que foi à Rússia para dar seus parabéns pessoalmente, conforme o costume do povo chinês quando algo de positivo se passa com os seus vizinhos. Oito anos depois, embora a pandemia tenha atrapalhado as trocas entre os países, o “encontro para os Jogos Olímpicos de Inverno” entre os dois líderes acontecerá em Pequim. Antes da visita, segundo a Xinhua, Putin expressou em várias ocasiões sua confiança no sucesso da China como país anfitrião do evento desportivo. “Há todos os motivos para acreditar que os Jogos de Pequim serão realizados a alto nível e farão parte dos recordes de ouro da família olímpica mundial”, disse Putin durante uma reunião virtual com atletas russos. De Sochi a Beijing, a troca de visitas dos dois presidentes aos Jogos Olímpicos de Inverno demonstrará vividamente o apoio mútuo da China e da Rússia para a realização de grandes eventos ou celebrações, como também é exemplificado pela presença de Xi no desfile do Dia da Vitória na Praça Vermelha de Moscou e a participação de Putin no Fórum do “Uma Faixa, Uma Rota”, para Cooperação Internacional. Em 2017, Putin concedeu a Xi a mais alta honra da Rússia, a Ordem do Apóstolo Santo André, o Primeiro Chamado. Um ano depois, Xi concedeu a Putin a primeira Medalha da Amizade da República Popular da China. Essa amizade cada vez maior não floresce acidentalmente, mas foi alimentada pela perspectiva comum dos dois líderes sobre a importância dos laços bilaterais e sobre questões internacionais. “Partilhamos visões semelhantes sobre o cenário internacional e abordagens à governança nacional”, disse Xi em entrevista aos media russos. “Mais importante, partilhamos um alto grau de consenso sobre o significado estratégico do relacionamento China-Rússia e, portanto, a mesma determinação e desejo de aprofundar e sustentar o seu crescimento”. LIDERANÇA PRÁTICA De uma série de declarações conjuntas anunciadas durante 2013 a 2017 para aprofundar os laços China-Rússia, à actualização das relações China-Rússia para uma parceria estratégica abrangente de coordenação para uma nova era em 2019, cada passo adiante nas relações China-Rússia dificilmente pode ser alcançado sem a liderança dos dois presidentes. Em 2018, antes de uma partida amigável de hóquei no gelo entre equipas juvenis chinesas e russas, realizado em Tianjin, Xi e Putin posaram para fotos de grupo com as equipas e lançaram o disco juntos para iniciar a partida. Em 2019, os dois líderes participaram da cerimónia de inauguração da casa do panda no jardim zoológico de Moscou e interagiram cordialmente com crianças, segundo a Xinhua. Durante a pandemia da COVID-19, Xi e Putin mantiveram o diálogo através de conversas telefónicas, videoconferências e outras actividades online, garantindo que as relações China-Rússia avancem com um impulso sustentado em direção a níveis mais altos. O ano de 2021 marcou o 20º aniversário da assinatura do Tratado China-Rússia de Boa Vizinhança e Cooperação Amistosa. Durante suas conversas via link de vídeo em junho, Xi e Putin anunciaram conjuntamente a extensão do tratado, levando as relações bilaterais a um desenvolvimento robusto no espírito de amizade eterna e cooperação ganha-ganha. Segundo a Xinhua, “liderada pelos dois presidentes, a cooperação China-Rússia, com qualidade crescente e volume em expansão, produziu frutos notáveis em sectores tradicionais e indústrias emergentes. Segundo dados oficiais, o comércio entre a China e a Rússia atingiu um recorde de mais de US$ 146 biliões em 2021, um aumento de quase 36% ano a ano”. PARA UM FUTURO PARTILHADO “Apoiamos os valores olímpicos tradicionais, principalmente direitos iguais e justiça”, disse Putin durante o encontro virtual com atletas russos. “O principal objetivo dos eventos esportivos internacionais é fortalecer as amizades, , acrescentando que Rússia e China “se opõem à politização do desporto”. Xi sublinhou, num discurso no Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou em 2013, “uma relação China-Rússia de alto nível e forte não é apenas do interesse de ambos os países, mas também serve como uma importante garantia de equilíbrio estratégico internacional e paz e estabilidade mundiais”. Também no discurso, Xi pediu a construção de um novo tipo de relações internacionais com cooperação de benefício mútuo como núcleo e, pela primeira vez em uma ocasião internacional, expôs sua visão global de assinatura: construir uma comunidade com um futuro partilhado para a humanidade . “Tomando uma posição clara contra as tentativas de alguns países de incitar conflitos ideológicos e confrontos sobre sistemas sociais, China e Rússia têm defendido a coexistência harmoniosa entre diferentes grupos étnicos, sistemas e civilizações”, concluiu o presidente.
Hoje Macau EventosAno novo chinês | Casas de Portugal e do Brasil participaram em parada Decorreu ontem a parada do ano novo lunar no centro histórico, dois anos após a suspensão devido à pandemia. A Casa de Portugal em Macau mostrou as cores do Tigre trabalhadas pela Escola de Artes e Ofícios da Casa de Portugal em Macau e a Casa do Brasil trouxe às ruas o “Arraial dos Tigres” As casas de Portugal e do Brasil em Macau voltaram a participar, ontem, na parada do ano novo lunar, suspensa nos dois últimos anos devido à pandemia da covid-19. A Casa de Portugal em Macau (CPM) usou na parada, na qual participa desde a primeira edição, “as cores dourado e vermelho como representação do poder” do Tigre, animal do ano que agora começa, cruzada “com as diferentes áreas artísticas praticadas na Escola de Artes e Ofícios” da CPM, disse à Lusa a directora da escola, Maria Elisa da Rocha Vilaça. Fotografia, cinema, pintura, cerâmica, azulejos, fantoches, joalharia, música e costura, habitualmente desenvolvidas nas actividades da escola, estiveram representados criativamente por 22 elementos, através da reciclagem de materiais, disse Elisa Vilaça, conhecida pelo seu trabalho com marionetas. “Todas estas artes foram trazidas à vida pela dança dinâmica de um grupo de jovens estudantes da Escola Portuguesa de Macau, coordenada por um grupo de seis membros do pessoal da CPM”, acrescentou. Por seu lado, a vice-presidente da Associação Casa do Brasil em Macau (ACBM), Carla Fellini, disse à Lusa que a parada, na qual participa há sete anos, serviu para mostrar um pouco da cultura brasileira e do folclore adaptados ao tema de cada ano. “Este ano é o Tigre o anfitrião, introduzido no ‘Arraial dos Tigres’, o nosso tema da parada. No Brasil seria a Folia de Reis”, acrescentou a responsável, sublinhando tratar-se de uma “mistura das duas culturas, em ritmo de alegria e festa com 36 participantes”. Gestão difícil Elisa Vilaça considerou que “a redução de verbas por parte do Governo de Macau tem levado a que seja necessária uma gestão financeira difícil, atendendo ao aumento de todos os materiais adquiridos, ao aumento das rendas das instalações e claro à impossibilidade de contratação de mais técnicos especializados”. A responsável afirmou ter sido “uma gestão difícil, mas até agora conseguida devido à dedicação e amor naquilo que fazem por parte dos profissionais que trabalham na CPM”. Sobre as medidas de prevenção e controlo da pandemia em Macau, Elisa Vilaça sublinhou que a parada tem “regras bastante precisas que foram implementadas” e respeitadas “na íntegra” para que seja possível continuar a desenvolver um trabalho em prol da cultura “pilar importantíssimo para o desenvolvimento de Macau e da sua comunidade”. Já a vice-presidente da ACBM, disse que o Governo de Macau “sempre deu apoio” à associação, sem qualquer alteração. “A nossa associação não tem experimentado quaisquer dificuldades a este respeito, permanecemos os mesmos que nos outros anos”, afirmou Carla Fellini. De acordo com a Direcção dos Serviços de Turismo de Macau, o orçamento geral para as celebrações do ano novo lunar do Tigre é de 30 milhões de patacas, cabendo à parada 25,5 milhões de patacas e ao espectáculo de fogo de artifício 3,6 milhões de patacas, ambos cancelados em 2020 e no ano passado. A parada, onde participaram 14 carros alegóricos e 22 grupos chineses e locais, decorreu ontem e repete-se no próximo sábado, dia 12, passando por diferentes zonas da cidade. Por sua vez, o espectáculo de fogo de artifício, que também aconteceu ontem, volta a decorrer na próxima segunda-feira e no dia 15. Este último espectáculo irá coincidir com o tradicional Festival das Lanternas. O desfile de ontem marcou o primeiro dia do ano novo lunar e contou com um dragão gigante dourado, com 238 metros de comprimento. Nas ruas decorreram ainda outras actividades culturais. Em todos os eventos, participantes e público tiveram de usar máscara, medir a temperatura e apresentar o código de saúde de Macau e o código de local, que regista o percurso.
Hoje Macau Manchete SociedadeHabitação | Cerca de 7% das fracções em Macau estão desocupadas Segundo um estudo da Universidade de Macau divulgado pela Direcção dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional, no final de Junho, havia em Macau 16.655 habitações vazias. De acordo com a investigação, o problema da habitação em Macau prende-se com a “má distribuição de recursos” na construção de apartamentos cujas características “não conseguem responder às necessidades reais” Cerca de 7,0 por cento das habitações em Macau, um total de 16.655, estavam vazias no final de Junho de 2021, uma percentagem “alta”, admitiu um estudo da Universidade de Macau divulgado na passada segunda-feira. Segundo um comunicado da Direcção dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional citado pela agência Lusa, Macau destaca-se por ter uma taxa de desocupação mais elevada ainda em zonas nobres das ilhas de Coloane e Taipa, atingindo o máximo de 30,3 por cento na vila da Taipa. A percentagem de habitações “de grande dimensão”, com uma área superior a 150 metros quadrados, que se encontravam vazias é também alta (17,2 por cento) devido “ao preço elevado que os residentes dificilmente conseguem comportar”, refere o estudo. A equipa que elaborou o estudo defendeu que o Governo deve regular o mercado de arrendamento para “evitar bruscas variações nas rendas” e encorajar os proprietários a arrendar habitações desocupadas, nomeadamente através de medidas fiscais. Os investigadores escreveram que “o problema da habitação em Macau prende-se com uma má distribuição de recursos” na construção de apartamentos cujas características “não conseguem responder às necessidades reais”. “Uma resposta efectiva” ao problema da habitação em Macau passaria pelo Governo disponibilizar fracções a preços ao alcance dos bolsos dos residentes, referiu o documento. O estudo da Universidade de Macau prevê também que, até 2030, seja necessário construir mais 67.200 habitações no território. A equipa sublinhou ainda que 10 por cento da população de Macau possa vir a precisar de habitação pública, sobretudo se “a situação quanto ao desemprego e rendimento piore ainda mais”. Recorde-se que a taxa de desemprego subiu de 1,7 por cento no final de 2019, antes do início da pandemia de covid-19, para 2,9 por cento em Dezembro, o valor mais elevado desde 2009. O rendimento mediano dos trabalhadores a tempo inteiro também caiu de 17 mil para 15.600 patacas no mesmo período. Oferta suficiente Ainda assim, o estudo concluiu que a oferta de habitação pública, tanto para arrendamento como para compra, será “suficiente” para a procura até 2030. O Governo sublinhou que irá disponibilizar 6.150 apartamentos de habitação social, para arrendamento de acordo com os rendimentos das famílias, sendo que 2.100 fracções estão já em construção. Quanto à habitação económica, para venda a preços abaixo dos praticados no mercado privado, as autoridades prometeram disponibilizar 20.400 frações até 2025, sendo que apenas 3.017 estão já em construção. O número é, no entanto, inferior, às necessidades estimadas pelos investigadores da Universidade de Macau para 2030, ou seja, 23 mil habitações. Recorde-se ainda que o Governo prometeu construir ainda 28 mil apartamentos de habitação pública só nos Novos Aterros da Areia Preta, uma ilha artificial de 1,38 quilómetros quadrados conquistada ao mar, a leste da península de Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaAno Novo | Xi envia felicitações a chineses espalhados pelo mundo O presidente chinês, Xi Jinping, em nome do Comité Central do Partido Comunista da China (PCC) e do Conselho de Estado, estendeu felicitações de Ano Novo a todos os chineses neste domingo numa recepção em Pequim. Xi, também secretário-geral do Comité Central do PCC e presidente da Comissão Militar Central, fez um discurso na reunião no Grande Palácio do Povo, saudando o povo chinês de todos os grupos étnicos, compatriotas em Hong Kong, Macau e Taiwan, além dos chineses no exterior. A Festa da Primavera, ou o Ano Novo Lunar Chinês, cai no dia 1 de Fevereiro amanhã este ano. Além disso, Xi Jinping, participou no sábado de uma reunião anual com personalidades não comunistas antes do Ano Novo Chinês. Xi estendeu suas felicitações a membros de partidos políticos não comunistas, da Federação Nacional de Indústria e Comércio da China, pessoas sem filiação partidária e membros da frente unificada. O ano 2021 foi um marco significativo, de acordo com Xi, observando que a China realizou uma série de tarefas principais e importantes, superou muitos riscos e desafios e incitou um progresso significativo nos empreendimentos do Partido e do país. “A China respondeu a uma pandemia e outras mudanças não vistas num século com calma e confiança e conseguiu iniciar bem o período do 14º Plano Quinquenal “, disse Xi. “Implementámos consistentemente medidas rotineiras de prevenção e controlo da COVID-19 e participámos activamente na cooperação internacional contra a pandemia”, informou Xi, acrescentando que a China permaneceu um país líder tanto no controlo pandémico quanto no desenvolvimento económico. “Durante o ano, a China também regulou a ordem da sua economia de mercado socialista, promoveu os valores socialistas essenciais e criou um ambiente de desenvolvimento positivo, saudável e vital”, apontou Xi, que também elogiou 2021 como um ano frutífero na cooperação multipartidária da China. Manter e melhorar Segundo Xi, o 20º Congresso Nacional será convocado este ano. É um evento de grande significado político tanto para o Partido quanto para o país. Todos os campos de trabalho devem ser planeados e conduzidos com vistas à preparação e convocação do congresso, sublinhou o presidente. “Devem ser feitos esforços para preservar e melhorar o sistema de cooperação multipartidária e consulta política sob a liderança do PCC, manter a orientação política correta e fortalecer o trabalho de orientação”, enfatizou Xi. Observando que os partidos políticos não comunistas e a ACFIC completarão suas mudanças de liderança a nível central e provincial este ano, Xi pediu que transmitam a convicção política, a integridade moral e os laços estreitos com o PCC das gerações mais velhas e garantam que a causa da cooperação multipartidária liderada pelo PCC seja levada adiante. Xi salientou que os partidos políticos não comunistas devem concentrar-se nos objectivos e princípios do seu desenvolvimento como partidos que participam dos assuntos de Estado e continuar a aprimorar seu entendimento político, bem como suas capacidades de participar da deliberação e administração dos assuntos de Estado.