Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Cidades na China testam peixes, caranguejos e camarões Cidades costeiras da China estão a testar peixes e marisco vivos como parte dos esforços mais recentes para impedir a propagação da variante altamente contagiosa do novo coronavírus Ómicron, no âmbito da estratégia ‘zero casos’ de covid-19. A cidade de Xiamen, na província costeira de Fujian, no sudeste da China, encomendou testes de PCR para os pescadores e os peixes capturados, de acordo com o supervisor de pescas da cidade. “Nós testamos ao mesmo tempo humanos e aquilo que eles capturaram”, disse um membro do Departamento Municipal de Desenvolvimento Oceânico de Xiamen, citado pela imprensa local. “Não somos o único lugar a fazer isto. Aprendemos a lição com [a província de] Hainan, que está a testemunhar um grave surto. Dizem que pode ter sido desencadeado pelo comércio de produtos marinhos entre pescadores locais e os seus colegas estrangeiros”, afirmou. No fim-de-semana, o Hainan Daily, o jornal oficial da província insular de Hainan informou que trabalhadores médicos da cidade de Danzhou testaram peixes em barcos de pesca, depois de a cidade ter entrado em confinamento, para combater um surto que se alastrou a toda a província. Hainan registou cerca de 14.000 casos desde o início de Agosto, incluindo cerca de 8.000 que são assintomáticos. O surto foi impulsionado por uma subvariante da Ómicron descoberta pela primeira vez na China e que “muito provavelmente” foi importada por meio de transações de produtos entre pescadores locais e estrangeiros, disse o Governo provincial, na semana passada, em conferência de imprensa. Além de animais aquáticos, testes de PCR foram realizados numa variedade de animais, incluindo galinhas e gatos, nos últimos dois anos.
Hoje Macau China / ÁsiaInundação no oeste da China provoca 16 mortos e 36 desaparecidos Dezasseis pessoas morreram e outras 36 estão desaparecidas, após uma inundação repentina na província de Qinghai, no oeste da China. Uma tempestade súbita provocou um deslizamento de terra, que desviou o caudal de um rio, na noite de quarta-feira, informou a televisão estatal CCTV. A enchente afetou uma área com mais de 6.000 pessoas e mais de 1.500 casas, na vila de Datong, de acordo com a mesma fonte. Mais de 600 bombeiros e equipas de resgate foram mobilizados para procurar sobreviventes, segundo as autoridades locais. A China sofreu várias inundações este verão e ondas de calor extremo e seca. A imprensa estatal descreveu a onda de calor e a seca como as mais graves desde que há registos, há 60 anos. A escassez de energia no sudoeste da China, provocada por uma seca prolongada numa região altamente dependente da produção hidroelétrica, está também a obrigar ao encerramento temporário de fábricas. Empresas na província de Sichuan, incluindo fabricantes de painéis solares e cimento, tiveram que fechar ou reduzir a produção, depois de receberem ordens para racionar energia, durante um período de cinco dias, de acordo com informações difundidas pela imprensa local. Isto ocorreu depois de os níveis de água nos reservatórios terem caído e o consumo de energia ter disparado, face ao maior uso de ar condicionado, devido a uma onda de calor extremo.
Hoje Macau Manchete SociedadeCâmara de Comércio aproxima empresários portugueses e chineses a partir de Macau A Câmara de Comércio de Pequenas e Médias Empresas Portugal-China (CCPC-PME) vai incrementar as relações empresariais entre os dois países a partir de uma representação que pretende criar em Macau, anunciou hoje o presidente da organização. O líder da CCPC-PME, Y Ping Chow, disse aos jornalistas, em Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, que a entidade a que preside vai solicitar apoio ao governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) para vir a funcionar no território um espaço de promoção dos produtos e serviços os empresários portugueses queiram exportar para a China. A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra “vai ajudar nessa relação” com a República Popular da China (RPC), afirmou o dirigente, enumerando áreas de atividade que o futuro polo da CCPC-PME, em Macau, deverá divulgar aos empresários chineses. “Turismo, ensino e novas tecnologias” são algumas das apostas empresariais que a CIM ajudará a promover, salientou Y Ping Chow, no final de uma cerimónia, na qual que a Câmara de Comércio assinou um protocolo de cooperação com a Comunidade Intermunicipal liderada pelo autarca Emílio Torrão. O presidente do conselho executivo da Câmara de Comércio de Pequenas e Médias Empresas disse que, além das diligências para a criação de uma representação na RAEM, território administrado durante séculos por Portugal, até 1999, a organização vai investir, já este ano, na aproximação dos empresários portugueses aos congéneres chineses em duas províncias da RPC: Zheijiang e Hebei. Esse programa de internacionalização passa, num primeiro momento, por sessões de informação e debate por via digital, a que se seguirão, em março de 2023, a deslocação de delegações portuguesas àquelas províncias, devendo os empresários locais visitar depois a Região de Coimbra e Portugal em datas ainda por agendar. A CIM, segundo Y Ping Chow, assume-se como “um parceiro válido a trabalhar” neste processo. A CCPC-PME, com sede em Condeixa-a-Nova, vai trabalhar para “tornar a China aberta ao mercado europeu”, fomentando as exportações portuguesas e chinesas. “Sendo Portugal um país muito pequenino [comparado com a China], temos de criar uma força conjunta”, que inclui um pedido de envolvimento do governo de Macau, onde vários milhares de pessoas continuam a falar e escrever Português, 23 anos depois da transferência do governo do território para a RPC. O presidente da CIM da Região de Coimbra, por seu turno, elogiou a decisão da Câmara de Comércio Portugal-China de instalar um “piloto” em Macau. “A China representa um mercado de exportação e importação muito importante”, sublinhou Emílio Torrão, defendendo a necessidade de “parceiros credíveis” que facilitem o acesso aos agentes da economia chinesa. Na cerimónia, intervieram também o presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova, Nuno Moita, o consultor externo na CCPC-PME, Sérgio Ribeiro, e o secretário executivo da CIM da Região de Coimbra, Jorge Brito.
Hoje Macau Manchete SociedadeCertificado de vacinação já não é obrigatório para quem chega do estrangeiro Macau anunciou hoje que já não exige o certificado de vacinação contra o novo coronavírus a quem chega do estrangeiro, mas mantém a obrigação de quarentenas e apresentação de um teste de ácido nucleico negativo. “Os indivíduos, de qualquer idade, que pretendam embarcar em meios de transporte civil do estrangeiro, da Região Administrativa Especial de Hong Kong ou da Região de Taiwan, com destino à Região Administrativa Especial de Macau, não precisam de apresentar o certificado de vacinação contra o novo tipo de coronavírus”, informaram as autoridades. “Contudo estes indivíduos que entram em Macau devem possuir um certificado de teste de ácido nucleico com resultado negativo e cumprir as respetivas disposições referentes à observação médica”, ressalvou o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus em comunicado. As autoridades garantiram que acabar com esta exigência “não significa que a vacinação já não é importante, mas (…) porque a maioria das pessoas já satisfaz os requisitos de vacinação”. Na prática, sublinharam, “a exigência da apresentação do certificado da vacinação deixa de ser um inconveniente as pessoas que pretendam entrar em Macau”. Ao contrário do que acontece para quem entra pela fronteira com a China continental, quem chega do estrangeiro é obrigado a cumprir uma quarentena de sete dias num hotel, um período que chegou a ser de 28 dias, mas que tem sido reduzido progressivamente.
Hoje Macau China / ÁsiaNuclear | Seul diz que não irá entrar pelo caminho da dissuasão O presidente sul-coreano disse ontem que o seu Governo não tem planos de entrar no caminho da dissuasão nuclear, na sequência do aumento das capacidades das armas nucleares da Coreia do Norte, que disparou, também ontem, dois mísseis de cruzeiro. Yoon Suk-yeol pediu a Pyongyang que retome as conversações e a diplomacia, destinadas a trocar as etapas da desnuclearização dos norte-coreanos por benefícios económicos. Este pedido ocorre horas depois de os militares sul-coreanos terem detectado o disparo de dois mísseis pela Coreia do Norte a partir da cidade costeira ocidental de Onchon, em território norte-coreano, em direcção ao mar. Até ao momento, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul não divulgou mais detalhes sobre o lançamento destes dois mísseis. O gabinete de Yoon disse que o director de segurança nacional sul-coreano, Kim Sung-han, discutiu o lançamento com outras autoridades antes de Yoon dirigir-se aos jornalistas numa conferência de imprensa e reafirmar a prontidão militar da Coreia do Sul. Yoon afirmou aos jornalistas que a Coreia do Sul não deseja mudanças políticas à força na Coreia do Norte e apelou ao retorno das negociações para a construção de uma paz sustentável. Estas declarações acontecem dias depois do líder sul-coreano ter proposto um pacote de assistência económica “audacioso” à Coreia do Norte se o país abandonasse o seu programa de armas nucleares. O primeiro-ministro sul-coreano evitou fazer duras críticas aos norte-coreanos, mesmo depois de estes terem ameaçado com uma retaliação “mortal” devido ao surto de covid-19 no seu país, o qual atribuem à Coreia do Sul. Ofertas e promoções A proposta de Yoon é, nomeadamente, uma ajuda em larga escala em alimentos, em medicamentos e saúde e na modernização do campo da energia e infraestruturas portuárias, assemelhando-se a ofertas sul-coreanas anteriores que foram rejeitadas pela Coreia do Norte, que está a acelerar o desenvolvimento de armas nucleares e mísseis balísticos vistos pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un, como a sua principal garantia de sobrevivência. Ainda assim, Yoon expressou esperança de um “diálogo significativo” com a Coreia do Norte sobre o seu plano e enfatizou que Seul está disposta a fornecer recompensas económicas correspondentes em cada etapa de um processo de desnuclearização, se a Coreia do Norte se comprometer com um “roteiro” genuíno para abandonar o seu programa de armamentos. A Coreia do Norte aumentou os seus testes de mísseis para um ritmo recorde em 2022, lançando mais de 30 armas balísticas até agora, incluindo os seus primeiros mísseis balísticos intercontinentais em quase cinco anos.
Hoje Macau China / ÁsiaAngola/Eleições | Embaixada chinesa preocupada com campanha A embaixada da China em Luanda aconselhou os chineses residentes em Angola a reduzirem “as actividades no exterior” devido à “crescente instabilidade e incerteza da situação de segurança” causada pela campanha para as eleições gerais. Num comunicado publicado na rede social chinesa WeChat, a embaixada alertou as empresas e cidadãos chineses para “prestarem muita atenção à situação de segurança local antes e depois das eleições, além de reforçarem a protecção e a vigilância”. O comunicado divulgado na terça-feira sugeriu ainda aos chineses residentes em Angola que “evitem deslocar-se a locais sensíveis ou com muita gente”, assim como realizar todo o tipo de eventos ou participar em acções eleitorais. Na segunda-feira, também uma associação de empresários do nordeste da China radicados em Angola tinha demonstrado preocupação com a segurança pública durante a campanha eleitoral, segundo o Hua Qiao Zai Xian, um portal noticioso de língua chinesa. Angola realiza no dia 24 as quintas eleições gerais da sua história, sempre ganhas pelo MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola). A UNITA aposta na alternância apresentando uma lista em que integra elementos da sociedade civil e de outras forças políticas, incluindo ex-militantes do MPLA, que tem designado como Frente Patriótica Unida.
Hoje Macau China / ÁsiaSichuan | Fábricas paradas devido à escassez de energia A escassez de energia no sudoeste da China, provocada por uma seca prolongada numa região altamente dependente da produção hidroeléctrica, está a obrigar ao encerramento temporário de fábricas, informou ontem a imprensa local. A escassez de energia surge num período em que a economia chinesa sofre um abrandamento acentuado, devido às medidas de prevenção contra a covid-19 e a uma crise de liquidez no sector imobiliário. Empresas na província de Sichuan, incluindo fabricantes de painéis solares e de cimento, tiveram que fechar ou reduzir a produção, depois de receberem ordens para racionar energia, durante um período de cinco dias, de acordo com informações difundidas pela imprensa local. Isto ocorreu depois de os níveis de água nos reservatórios terem caído e o consumo de energia ter disparado, face ao maior uso de ar condicionado, devido a uma onda de calor extremo. “Deixem a energia para o povo”, lê-se numa ordem emitida pelo governo da província, na terça-feira. O aumento da produção fabril e das vendas do retalho abrandou em Julho, atrasando a recuperação económica da China, depois de Xangai e outros centros industriais importantes do país terem sofrido bloqueios, totais ou parciais, no segundo trimestre do ano, visando travar surtos do novo coronavírus. A economia chinesa atingiu um crescimento homólogo de 2,5 por cento, no primeiro semestre de 2022, menos de metade da meta de 5,5 por cento, delineada pelo Governo chinês. Áreas no centro e norte da China ordenaram medidas de emergência para garantir o abastecimento de água potável, depois de as chuvas de Verão terem atingido apenas metade dos níveis dos anos anteriores. Os órgãos oficiais informaram que camiões dos bombeiros estão a entregar água para beber e irrigar as plantações nas aldeias periféricas da cidade da Chongqing. Verão desastroso Centenas de milhares de hectares de plantações no centro e norte da China murcharam devido à falta de água e às altas temperaturas, segundo as autoridades. Algumas áreas relataram que o rendimento das colheitas este Verão foi um fracasso. A agência meteorológica da China alertou que as temperaturas em algumas áreas podem chegar aos 40 graus Celsius este Verão. Em Sichuan, que tem 94 milhões de habitantes, os níveis de água nos reservatórios hidroeléctricos caíram para metade, este mês, de acordo com o Departamento Provincial de Economia e Tecnologia de Informação. A China enfrentou tensões semelhantes, no ano passado, quando a província de Guangdong, no sudeste, um dos centros industriais mais importantes do mundo, ordenou o encerramento de fábricas, após reservatórios hidroeléctricos terem atingido níveis mínimos, face à escassez de chuva. O governo destinou 280 milhões de yuans para o alívio da seca nas províncias de Hebei e Shanxi e na região da Mongólia Interior, no norte, e na província de Liaoning, no nordeste, segundo a Xinhua. “Alguns rios pequenos e médios estão tão secos que pararam de fluir”, apontou a agência. As autoridades alertaram na terça-feira que algumas partes do país enfrentam possíveis inundações devido às fortes chuvas previstas em áreas do noroeste da Mongólia Interior.
Hoje Macau China / ÁsiaAltas temperaturas e seca na China afetam água potável e colheitas Temperaturas excepcionalmente altas e uma seca prolongada estão a afectar grandes áreas da China, reduzindo o rendimento das colheitas e o abastecimento de água potável. A falta de chuva foi especialmente acentuada na cidade de Chongqing (sudoeste da China), que abrange uma grande área de montanhas e rios. A imprensa estatal informou ontem que camiões dos bombeiros estão a entregar água para beber e irrigar as plantações nas aldeias periféricas. A precipitação em Chongqing foi metade do que é normalmente esperado nesta altura do ano e alguns cursos de água menores secaram completamente. As autoridades emitiram avisos de temperaturas superiores a 40 graus Celsius. Muitas partes da China bateram recordes de altas temperaturas este ano. Outras áreas da China foram atingidas por inundações repentinas, ressaltando os efeitos das alterações climáticas no país mais populoso do mundo, cujo território se estende desde as montanhas e desertos da Ásia Central ao Mar do Sul da China. A seca de Chongqing afetou mais de 600.000 pessoas e 36.700 hectares de plantações, informou a agência noticiosa oficial Xinhua. A província vizinha de Hubei também foi gravemente atingida, com algumas áreas a relatar que a estação de cultivo foi um fracasso completo, apontou a Xinhua.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Enviada especial da ONU Noeleen Heyzer visita país pela primeira vez A enviada especial das Nações Unidas Noeleen Heyzer chegou ontem a Myanmar (antiga Birmânia) para a sua primeira missão diplomática ao país desde a sua nomeação em 2021. A visita de Heyzer segue um apelo do Conselho de Segurança da ONU para o fim imediato de todas as formas de violência e desimpedir o acesso humanitário às pessoas afetadas pelo conflito neste país do sudeste asiático. A cadeia de televisão estatal birmanesa MRTV noticiou a chegada da enviada especial da ONU à cidade Yangon e à capital, Naypyitaw, sem detalhar a sua agenda. De acordo com o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, Heyzer “vai concentrar-se em abordar a deterioração e as preocupações imediatas, bem como outras áreas prioritárias do seu mandato”. A visita também acontece após as recentes execuções pelo Governo militar de quatro ativistas, que foram condenadas em todo o mundo, somando-se às preocupações com os relatos de abusos generalizados de direitos humanos. Desconhece-se ainda se Heyzer vai se encontrar com o líder do Governo militar de Myanmar, o general Min Aung Hlaing, ou com a antiga dirigente Aung San Suu Kyi, que está presa em Naypyitaw. Na segunda-feira, Aung San Suu Kyi foi condenada a mais seis anos de prisão, que se juntam aos 11 anos de detenção a que já estava sujeita. Suu Kyi, Nobel da Paz e líder de facto do Governo deposto em fevereiro de 2021 pelas forças armadas, foi condenada por quatro acusações de corrupção relativas à atividade de uma organização não-governamental. As autoridades acusam-na de provocar perdas para o Estado de mais de 24,2 mil milhões de kyats (11,3 milhões de euros) por ceder terrenos públicos a preços baixos à Fundação Daw Khin Kyi, que tem o nome da mãe de Suu Kyi. Com a pena anunciada, Suu Kyi acumula condenações no total de 17 anos de prisão e a lista poderá continuar a aumentar, já que há outros processos pendentes. As sentenças anteriores motivaram protestos contra a junta militar.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte dispara dois mísseis de cruzeiro A Coreia do Norte disparou hoje dois mísseis de cruzeiro, disse o Ministério da Defesa sul-coreano, o primeiro teste de armas realizado por Pyongyang em semanas. “A Coreia do Norte disparou dois mísseis de cruzeiro em direção ao mar Amarelo a partir de Onchon, na província de Pyongan do Sul”, disse um funcionário do ministério à agência de notícias France-Presse (AFP). “As autoridades militares dos Estados Unidos e da Coreia do Sul estão a analisar pormenores como a distância de voo”, acrescentou. O mar Amarelo é um dos mares do Oceano Pacífico, entre a China, Coreia do Norte e Coreia do Sul.
Hoje Macau PolíticaLei do jogo | Recuo na violação de sigilo profissional A 2.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa eliminou da Lei da Actividade de Exploração do Jogo o artigo que permitiria à polícia a aceder contas bancárias e violar o sigilo profissional de advogados, sem necessidade de mandado judicial. A revelação foi feita ontem por Chan Chak Mo, deputado que preside à comissão, após uma reunião para analisar o diploma que estipula o novo regime para promotores de jogo. “O dever de colaboração era imposto, na versão inicial, a qualquer pessoa ou entidade. Achámos que o âmbito subjectivo era muito alargado”, justificou o presidente da comissão, citado pela TDM – Rádio Macau. “Qualquer pessoa que não estivesse relacionada directamente com o assunto [em que se pedia a colaboração], mas que tivesse relações comerciais com as concessionárias, como por exemplo os vendedores de hortaliças, podiam ser obrigados pela polícia a disponibilizar informações”, acrescentou. Como alternativa, a proposta passa a incluir a obrigação dos agentes prestarem as informações necessárias para verificar a idoneidade e avaliar a capacidade financeira. No caso de recusarem, é considerado que não têm essa capacidade nem idoneidade. Chan Chak Mo também adiantou ontem que a lei que está a ser analisada deve ser votada na especialidade até Novembro, a tempo de entrar em vigor com os novos contratos de concessão do jogo.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Anunciadas novas medidas para estimular natalidade A China anunciou ontem novas medidas para incentivar as famílias a ter mais filhos, após ter aplicado rígidos controlos de natalidade durante mais de 30 anos, ao abrigo da política ‘um casal, um filho’. O país mais populoso do planeta enfrenta agora uma crise demográfica, com a força de trabalho a envelhecer, uma economia em desaceleração e o menor crescimento populacional em décadas. Apesar de as autoridades terem abolido a política de filho único em 2016, permitindo até três crianças por casal, os nascimentos continuaram a diminuir nos últimos cinco anos. Na terça-feira, o ministério da Saúde pediu ao Governo central e às autoridades locais que gastem mais em saúde reprodutiva e melhorem os serviços de assistência à infância. Esses serviços são em grande parte insuficientes no país. As autoridades locais devem “pôr em prática medidas activas de apoio à fertilidade”, através de subsídios, deduções fiscais e melhores seguros de saúde, bem como educação, habitação e ajuda ao emprego para as famílias, defendeu o ministério. As províncias também devem garantir que têm um número suficiente de creches até ao final do ano para crianças entre dois e três anos. Por todo o país As cidades mais ricas da China já introduziram empréstimos para a habitação, incentivos fiscais, auxílios educacionais e até subsídios para encorajar as mulheres a terem mais filhos. As directivas publicadas ontem parecem querer alargar esta política a todo o território. A taxa de natalidade da China caiu, no ano passado, para 7,52 nascimentos por 1.000 pessoas, a menor desde que os registros começaram em 1949, segundo o Gabinete Nacional de Estatísticas chinês. O maior custo de vida e propensão para famílias menores estão entre os motivos citados para esse declínio nos nascimentos. No início de Agosto, as autoridades de saúde alertaram que a população da China vai diminuir até 2025.
Hoje Macau SociedadeEstudo | Jogo problemático com maior foco em solteiros e budistas Os homens solteiros, de meia idade e budistas têm maior probabilidade de se tornarem jogadores patológicos. A conclusão é apontada num estudo da Universidade Politécnica de Macau (UPM), intitulado “Profiling of Gamblers and Problem Gamblers Among Casino Patrons in Macau SAR”, da autoria dos académicos To Wai Ming e Huang Guihai. Segundo o portal Macau News Agency, o estudo conclui que os homens chineses, entre 35 e 54 anos, trabalhadores independentes e solteiros, numa situação de divórcio, viuvez ou separação, que vivam sozinhos, “têm uma elevada probabilidade de serem jogadores problemáticos”. Publicado este mês no Journal of Gambling Studies, o estudo estabelece uma ligação entre o vício de jogo e o Budismo. “Enquanto que a associação entre o Budismo e o jogo patológico parece ser um pouco surpreendente, tal pode explicar-se pelo facto de os homens chineses que são influenciados pelo Confucionismo e Budismo verem o jogo, incluindo o jogo nos casinos, como uma intensa actividade social e uma forma de testar a sorte e o destino de uma pessoa”, apontam os académicos. A investigação da UPM teve como base um inquérito feito a 1,352 pessoas que jogaram nos últimos 12 meses em Macau antes da pandemia em 2020. Um terço dos inquiridos era residente e cerca de metade era natural da China, sobretudo da província de Guangdong.
Hoje Macau Manchete PolíticaSanções | Partido Comunista proíbe entradas de taiwaneses em Macau Mais sete pessoas de Taiwan, e as respectivas famílias, estão impedidas de entrar em Macau, após uma directiva de Pequim. Os proscritos são acusados de serem “fanáticos” da causa separatista, classificação que agora foi também aplicada a vários titulares de altos cargos na Ilha Formosa Mais sete governantes de Taiwan, e as respectivas famílias, estão proibidos pelo Partido Comunista de entrarem em Macau, Hong Kong e no Interior do país. As sanções foram anunciadas ontem por um porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Comité Central do Partido Comunista Chinês, em que os governantes são acusados de serem “fanáticos” da causa independentista. Os visados são Hsiao Bi-khim, Wellington Koo Li-hsiung, Tsai Chi-chang, Ker Chien-ming, Lin Fei-fan, Chen Jiau-hua e Wang Ting-yu, figuras ligadas ao Partido Progressista Democrático da Ilha Formosa. De acordo com as explicações do porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Comité Central do Partido Comunista Chinês, citadas pela Xinhua, as sanções são justificadas com a necessidade de “salvaguardar o desenvolvimento pacífico das relações no estreito de Taiwan e os interesses das pessoas de ambos os lados do Estreito”. Segundo a mesma fonte, Su Tseng-chan, primeiro-ministro de Taiwan, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Joseph Wu, e Su Tseng-chan, presidente do Parlamento, que já tinham sido anteriormente colocados na lista negra, e estavam proibidos de entrar em Macau, passaram agora a ser classificados como “fanáticos” separatistas. Ligações proibidas O Partido declarou também que todas as instituições ligadas a estes políticos de Taiwan ficam impedidas de estabelecer qualquer tipo de relações com instituições e pessoas no Interior. Além disso, foi também deixado o aviso de que qualquer empresa do Interior que estabeleça relações comerciais, ou outras, com as pessoas sancionadas ou instituições ligadas a estas pode ser chamada a assumir responsabilidades criminais. Sobre qualquer acto visto como um passo em direcção “à independência de Taiwan”, o Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Comité Central do Partido Comunista Chinês avisa que são “o maior obstáculo à reunificação da China” e “um grande perigo para o rejuvenescimento nacional”. Além disso, os sancionados são acusados de, “motivados por interesses pessoais”, actuarem em conluio com “com forças externas provocadoras”, que surgem associadas à visita de Nancy Pelosi a Taiwan. “Avisamos seriamente os fanáticos da independência de Taiwan a evitarem entrar ainda mais no caminho errado. Quem deliberadamente desafiar a lei vai ser seriamente punido”, afirmou o porta-voz. “Ninguém deve subestimar a nossa determinação, vontade e capacidade para defender a soberania da China e a integridade territorial”, foi acrescentado.
Hoje Macau EventosFernando Pessoa | Publicada primeira antologia organizada por Casais Monteiro Fernando Pessoa nunca teve “o imediato como valor de expressão poética”, afirma o escritor e ensaísta Adolfo Casais Monteiro, na introdução à antologia do autor de “Mensagem”, uma edição pioneira que organizou e que é publicada na próxima quarta-feira. Para o poeta, tradutor, professor, crítico e ensaísta Adolfo Casais Monteiro (1908-1972), um dos primeiros investigadores a ousar “a construção de um percurso reflexivo” sobre a obra pessoana, Fernando Pessoa é “um dos quatro maiores” da poesia portuguesa, ao lado de Luís de Camões, Teixeira de Pascoaes e Antero de Quental. Na antologia “Poesia de Fernando Pessoa”, que organizou na década de 1950, uma das primeiras dedicadas ao poeta, e para a qual escreveu a introdução, Casais Monteiro afirma que “nem por sombras” pretende “‘explicar’ a poesia” do criador de Alberto Caeiro e Álvaro de Campos, referindo a sua obra como ”um produto de cultura, uma dessas obras cujas raízes vão buscar o mínimo de sangue que lhes é necessário a uma tradição literária”. O “segredo” do poeta Pessoa “é que ele transforma, diga-se assim, em emoções os seus pensamentos”, “sensibilizou o cerebral, deu raízes de existência ao absoluto”, escreve o autor de “Canto da Nossa Agonia” sobre o criador de “Chuva Oblíqua”. A antologia, publicada sob a chancela da Editorial Presença, conta mais de 30 poemas de Pessoa, incluindo dos seus heterónimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Casais Monteiro defende uma absoluta unidade na obra de Fernando Pessoa, mesmo tendo em conta os seus heterónimos.
Hoje Macau China / ÁsiaNuclear | Irão respondeu à proposta apresentada pela UE para salvar pacto O Irão respondeu à proposta apresentada pela União Europeia (UE) para salvar o pacto nuclear, noticiaram hoje os ‘media’ iranianos. “O Irão enviou a resposta ao alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell”, informou a agência noticiosa iraniana Mehr, avançando que Teerão “expressou os seus pontos de vista sobre as questões que ainda estão por resolver nas conversações”. “Há diferenças em três questões, e os EUA mostraram flexibilidade em duas delas, mas devem ser incluídas no texto”, disse a agência noticiosa oficial IRNA. “A terceira questão está relacionada com as garantias do acordo”, acrescentou a IRNA. As grandes potências aguardam a resposta de Teerão a uma proposta de acordo apresentada a 26 de julho pelo chefe da diplomacia da União Europeia. Após vários meses de impasse, os diplomatas de todas as partes no acordo (Irão, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) regressaram a 04 de agosto à capital austríaca para mais uma tentativa de salvar, sob a égide da UE, o acordo concluído em 2015. O pacto destina-se a assegurar que o programa nuclear iraniano se destina apenas a usos civis, depois de o Irão ter sido acusado de tentar desenvolver armas atómicas, apesar dos seus desmentidos. Mas, após a retirada unilateral dos Estados Unidos do acordo em 2018, durante a Presidência de Donald Trump, e da reimposição das sanções norte-americanas ao Irão, Teerão afastou-se gradualmente do cumprimento das obrigações consagradas no texto. O objetivo das negociações, nas quais os Estados Unidos participaram de forma indireta, é retomar o processo. Na terça-feira, o porta-voz de Borrell instou Teerão e Washington a tomarem “uma decisão rápida” sobre o compromisso final elaborado em Viena, indicando tratar-se de uma questão de “pegar ou largar”. Persiste um grande obstáculo: o Irão exige o encerramento da questão das instalações não-declaradas, onde foram identificados vestígios de urânio enriquecido.
Hoje Macau EventosLiteratura | “Os Memoráveis”, de Lídia Jorge, traduzido para chinês e publicado na China Publicado em 2014, o livro de um dos nomes mais sonantes da literatura portuguesa contemporânea vai ser agora publicado na China com o cunho da editora Haitian Publishing House. O livro de Lídia Jorge já tinha sido traduzido para outros idiomas, mas esta é uma estreia no mercado chinês A obra “Os Memoráveis”, da escritora portuguesa Lídia Jorge, foi traduzida para chinês e publicada esta semana pela editora chinesa Haitian Publishing House. A editora, detida pelas autoridades da Zona Económica Especial de Shenzhen, já tinha publicado em Outubro a tradução chinesa de “Essa Dama Bate Bué!”, o primeiro romance da luso-angolana Yara Nakahanda Monteiro. “Os Memoráveis” é protagonizado por Ana Maria Machado, uma repórter portuguesa em Washington que, em 2004, foi convidada a fazer um documentário sobre a Revolução de 1974, considerada pelo embaixador norte-americano à época, em Lisboa, “um raro momento da História”. Segundo comunicado da editora, Publicações D. Quixote, a repórter aceita o trabalho, forma uma equipa e entrevista vários intervenientes e testemunhas do golpe de Estado, “revisitando os mitos da Revolução de Abril”. “Os Memoráveis”, publicado em 2014, venceu no ano seguinte o Prémio de Novela e Romance Urbano Tavares Rodrigues, atribuído pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof). O júri considerou que o romance “constitui uma assumida marca de cidadania ao trazer a Revolução de Abril de 1974 para as páginas de uma obra literária, cuja intensidade de linguagem e mestria narrativa, conjugada por uma hábil técnica compositiva, faz dela uma notável presença na literatura portuguesa contemporânea”. Mais traduções A obra foi traduzida para francês, logo em 2014, e para espanhol e eslovaco em 2020, com apoio da Linha de Apoio à Edição e Tradução da Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) e do Instituto Camões. Nascida há 75 anos em Boliqueime, no Algarve, Lídia Jorge estreou-se em 1980 com o romance “O Dia dos Prodígios”. Além de inúmeros romances, da sua bibliografia fazem igualmente parte coletâneas de contos, obras de literatura infantil, de ensaio, de teatro, de poesia e de crónicas. Lídia Jorge recebeu vários prémios literários portugueses e internacionais, entre os quais o Prémio FIL de literatura em Línguas Românicas em 2020, de Guadalajara, um dos mais importantes da América Latina. A Universidade de Massachussets, nos Estados Unidos, inaugurou a 5 de Abril a Cátedra Lídia Jorge, dedicada ao estudo da obra da escritora portuguesa, juntando-se a uma cátedra criada em Setembro de 2021 na Universidade de Genebra, na Suíça. Lídia Jorge é também, desde Março de 2021, membro do Conselho de Estado, órgão político de consulta do Presidente da República português.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Retomadas patrulhas militares em redor da ilha A retoma das actividades militares chinesas junto da ilha coincide com mais uma visita de congressistas norte-americanos a Taiwan O exército chinês anunciou que realizou ontem manobras militares no espaço aéreo e marítimo em torno de Taiwan, em resposta à visita de cinco congressistas norte-americanos à ilha. “Em 15 de Agosto, o Exército de Libertação do Povo Chinês realizou uma patrulha conjunta de prontidão de combate e exercícios de combate no mar e no espaço aéreo ao redor de Taiwan”, disse o coronel Shi Yi, porta-voz do Comando de Operações do Teatro Oriental, adiantando que o Exército Popular de Libertação (EPL) tomará as medidas necessárias para “defender resolutamente a soberania nacional”. Também ontem, o ministério da Defesa de Taiwan informou que um total de 22 aviões e seis navios militares chineses fizeram no domingo incursões em áreas à volta da ilha, que tem independência de facto, mas faz formalmente parte da China. Olhos no céu As incursões, de acordo com o comunicado citado pela agência noticiosa taiwanesa CNA, coincidiram com a chegada de uma delegação de congressistas norte-americanos que tem previstas reuniões com representantes do Governo local e poucos dias depois de uma visita da presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi. Segundo o Ministério da Defesa, dez dos aviões chineses atravessaram uma linha no Estreito de Formosa que tem funcionado como uma fronteira não oficial tacitamente respeitada por Taipé e Pequim nas últimas décadas, mas atravessada nas últimas semanas pelas forças chinesas durante manobras militares. A força aérea da ilha monitorizou a situação com patrulhas aéreas de combate e navais e a activação de sistemas de mísseis terrestres, disse o ministério.
Hoje Macau PolíticaCoutinho quer jovens mais perto da política O deputado José Pereira Coutinho quer saber que medidas estão a ser pensadas para atrair os mais jovens para a política e para os trabalhos desenrolados na Assembleia Legislativa (AL). A pretensão consta numa interpelação escrita, divulgada ontem pelo deputado, em que é abordada a abstenção de 42 por cento nas últimas legislativas, um recorde negativo deste o estabelecimento da RAEM. Segundo o deputado, apesar da Comissão dos Assuntos Eleitorais das Assembleia Legislativa (CAEAL) ter justificado a taxa de abstenção histórica de 42 por cento “com as restrições impostas devido à pandemia e ao mau tempo”, a questão de fundo prende-se com “o desinteresse dos jovens, e dos cidadãos, de uma forma geral, pelas questões referentes aos trabalhos da Assembleia Legislativa”. No entender do deputado ligado à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM), que nunca menciona o facto do deputado mais jovens de sempre na RAEM, Sulu Sou, ter sido impedido de participar nas últimas eleições, o desinteresse é motivado pela “opacidade das comissões” da AL e a “crónica falta de transparência”. Coutinho acusa também as escolas secundárias e do ensino superior de contribuir para a actual situação, por terem “demonstrado um profundo alheamento pela educação política, e cívica” e de de não incentivarem “a participação dos alunos nos trabalhos da Assembleia Legislativa”. Neste cenário, o deputado quer saber que planos tem o Governo para aumentar a participação dos jovens da política, e levar as escolas a terem um maior envolvimento, como com a criação de um programa de um parlamento jovem.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Pyongyang acaba com obrigatoriedade do uso da máscara A Coreia do Norte decretou ontem o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em quase todos os locais públicos, dias após o líder Kim Jong Un ter declarado vitória na luta contra a covid-19. “A exigência de uso de máscara foi suspensa em todos os lugares, excepto nas áreas da linha de frente e cidades e condados fronteiriços”, anunciou a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA. As medidas de distanciamento social também foram suspensas em todas as regiões, excepto nos territórios fronteiriços, acrescentou a KCNA. O regime, no entanto, recomenda o uso de máscara para pessoas com sintomas e pede aos norte-coreanos que “fiquem alerta a qualquer coisa anormal”, uma possível referência aos balões com propaganda enviados por activistas da Coreia do Sul. Apesar de uma proibição imposta pelas autoridades de Seul em 2021, activistas sul-coreanos continuam a enviar balões contendo panfletos políticos e notas de dólares, provocando protestos de Pyongyang. A Coreia do Norte acusou Seul de ter introduzido o coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, a partir da fronteira entre os dois países. Durante o pico da vaga de covid-19 na Coreia do Norte em Maio, foram comunicados até 200.000 casos num único dia. Desde o final de Julho, as autoridades norte-coreanas têm anunciado sucessivamente zero casos, o que levou Pyongyang a facilitar as medidas de isolamento.
Hoje Macau VozesPlaneamento Geral do Trânsito e Transportes Terrestres de Macau – III – Da arte de andar a pé Por Mário Duarte Duque* A mobilidade pedonal é a mais primordial, a mais comprometida com o acréscimo da complexidade urbana, mas também aquela que mais revela tendência e vontade crescentes em dela cuidar, nomeadamente devolvendo um sentido de humanidade às cidades. A mobilidade pedonal é também aquela dotada de maior liberdade de movimentos, seja por se processar por decisões individuais, seja por não depender da utilização de equipamentos. Ou seja, algo que aos humanos importa, porque isso reveste-se de sentido de auto determinação. A tradição urbana que caracteriza as cidades de hoje ainda se pauta pela condução sistemática de serviços, tal como resultou da revolução industrial, os quais convivem regradamente num espaço canal (as ruas), onde cada utilidade tem um local destinado (i.e. as circulações motorizadas individuais e colectivas, rodoviárias e de carril, mas também redes de esgotos e de abastecimento), o qual define um território “infra-estruturado”, onde a circulação pedonal tem um local reservado lateralmente a que chamamos “passeio”, construídos elevadamente para resguardo da drenagem de superfície que corre na parte rodoviária da via, antes de ser recolhida subterraneamente. Ou seja, um arquétipo urbano, que em cada situação concreta tem um desenho próprio, mas subjacente à mesma ideia. É isto que identificamos ter sido implementado na RAEM na cidade antiga, ter sido praticado nas urbanizações recentes, mas que também que se antevê ser o modelo dos novos aterros. Todavia, modelos que têm como limites uma proporção máxima e fixa entre os diferentes caudais de fluxos, e que entram necessariamente em crise quando esses caudais se alteram, como aconteceu com o exponencial acréscimo do transporte rodoviário individual. A primeira consequência foi a redução da largura desses passeios para aumento de número de faixas de rodagem. A segunda consequência foi “guardar” os passeios com vedações de segurança, porque o fluxo de peões também aumentou. Mais fácil e perigosamente esses peões podiam resvalar para a faixa rodoviária, como atravessar essas vias onde passou a não ser autorizado. A terceira foi dotar esses passeios de um sentido pedonal único, como acontecia na Av. Almeida Ribeiro, em tempos em que a economia de Macau efervescia com o turismo, mas muito disfuncionalmente. Da mesma forma que os lugares têm um contingente máximo de ocupação, as comunicações também têm um contingente máximo de fluxo Efectivamente, a circulação pedonal de superfície vem sendo condicionada na RAEM sem moldes de quantificação, e vem sendo definida com grande sacrifício para a liberdade dos peões. Simultaneamente, e em sentido contrário, os centros das cidades conheceram o aumento de circulação pedonal com o estabelecimento de zonas pedonais exclusivas. Tipicamente a pedonalização dos centros iniciou-se com grande oposição dos comerciantes com receio de perda de negócio. Antagonicamente, os centros das cidades acabaram mudar as características do comércio, exactamente por acréscimo de afluência, e disso o centro de Macau não foi excepção. Efectivamente, pela pedonalização, o centro das cidades aliviou-se e humanizou-se mas também por compressão no restante tecido urbano, colocando o interface de fluxos nos pontos onde se comuta da circulação pedonal para as circulações gerais da cidade. Principalmente quando esses centros não estão serviços por outro transporte público subterrâneo. A isso o centro de Macau também não é excepção. Efectivamente não é razoável que o acesso pedonal da Av. da Praia Grande ao centro, se faça por um passeio vedado com menos de metro e meio de largura na Calçada de S. João, logo ao lado de uma circulação rodoviária, onde os veículos, predominantemente poluentes, têm que aumentar drasticamente a rotação dos motores, por causa da subida. Também nunca se cuidou em diversificar esses acessos ao centro, nomeadamente libertando alguns logradouros públicos que proliferam pela cidade antiga, e que se encontram bloqueados. Ou seja, situações que não podem expandir, mas que podem ser mais bem aproveitadas no seu detalhe, nomeadamente dando utilidade ao obsoleto. Noutra vertente, mas também em consequência da intensificação do trânsito, houve necessidade de resolver os atravessamentos das circulações para que se processassem sem interrupções de fluxo, nomeadamente os atravessamentos pedonais, introduzindo passagens superiores para peões. Foram soluções necessárias, mas pouco atractivas para os peões pelo esforço e desconforto que acarretam, e mais uma vez em sacrifício de uma liberdade pedonal. Por essa razão, a medida complementou-se com os gradeamentos ao longo dos passeios para impedir os peões de atravessar as vias em locais não designados. Anos depois o sacrifício foi atenuado com a equipagem dessas passagens superiores com elevadores e escadas rolantes. Só mais recentemente se deu a mudança de paradigma quando algumas dessas passagens deixaram de ser meros atravessamentos desnivelados e passaram a constituir um nível de circulação próprio, que Planeamento Geral do Trânsito e Transportes Terrestres de Macau, em discussão, apresentou como um sistema 3D, e que se caracteriza por camadas desejavelmente contínuas, autónomas e intercomunicáveis, que se pautam por um melhorado e elevado sentido de conforto. Ou seja, um sistema que não devolvendo a mesma liberdade de movimentos que os peões tinham à superfície, alivia-os sobremaneira de muitos sacrifícios de que foram aflitos. Importa também ter presente que esse modelo também não constitui outro paradigma que a mesma condução sistemática de serviços por uma via infra-estruturada, tal como resultou da revolução industrial, e por que ainda se pauta toda a cidade, tal como a conhecemos. Constitui apenas maior intensificação, com melhor desempenho, por mais bem arrumado e melhor coordenado e articulado. Ou seja, a verdadeira mudança de paradigma na forma de conduzir circulações e fluxos deveria acontecer nos novos aterros que, sendo planeados de início, poderiam ser palco de soluções que melhoram acomodam todas as necessidades tal como já se conhecem, se quantificam, e se antevêem, e não aquelas que, mesmo sendo engenhosas, resultam de situações de exaustão. Efectivamente, a malha urbana dos novos aterros antecipa vias convencionais, a serem infra-estruturadas convencionalmente, definindo lotes convencionais, para os quais, pelas actuais regras da edificação, a DSSCU continuará a exigir o ingresso das edificações à superfície, atribuindo uma cota de soleira. Assim como o Departamento de Planeamento Urbanístico continuará a definir ingressos à superfície para as entradas de estacionamento, seja em Planos de Pormenor, seja em Plantas de Condições Urbanísticas na delonga de Planos de Pormenor. No que se prende com o acréscimo significativo de percursos pedonais que vêm sendo proporcionados, nomeadamente com aperfeiçoadas condições ambientais, importa distinguir os que se fazem em tempo de pausa, por desporto ou por lazer, dos que se fazem em rotinas diárias. As rotinas pedonais diárias figuram em planeamento urbanístico e prende-se com a distância máxima a atribuir a esses percursos, nomeadamente em complemento dos trajectos efectuados em transportes públicos, como uma distância admissível de 400m. Esse valor é deveras relativo na medida em que tanto é reduzido por factores de comunidade, como é aumentado por factores de saúde e de desejáveis rotinas de manutenção. Ou seja, depende do que anima uma sociedade em determinado momento. Todavia essas distâncias pedonais podem ser consideravelmente estendidas se esses percursos puderem ser feitos por bicicleta, praticamente com a mesma autonomia dos circuitos pedonais, contando que esses utilizadores possam transportar bicicletas nos transportes públicos, nas passagens elevadas, e nos elevadores que lhes dão acesso. Para isso assistem bicicletas que se dobram e se admitem em transportes públicos, que por sua vez têm entradas próprias e espaços designados, para não atrapalharem os demais utentes. E se a tendência é de reduzir o transporte automóvel privado, o mesmo significa um decréscimo de utilização rodoviária, logo alguma capacidade de devolver algum equilíbrio tradicional às circulações de superfície, nomeadamente as pedonais. Em verdade, em toda a RAEM os edifícios continuam a ser pedonalmente acessíveis ao nível da rua. *arquitecto (continua)
Hoje Macau SociedadeJustiça | Arranca julgamento no Interior relacionado com Alvin Chau As autoridades de Wenzhou anunciaram que 35 arguidos suspeitos de crimes relacionados com jogo ilegal no Interior e as actividades de Alvin Chau confessaram-se culpados. A informação foi divulgada através de um comunicado do Tribunal Popular de Segunda Instância de Wenzhou, da província de Zhejiang, na rede social WeChat. Os arguidos estão acusados de crimes de jogo ilegal e organização ilegal, num processo que tem como protagonista Alvin Chau e as actividades da Suncity. Segundo a informação disponibilizada, os crimes foram possíveis porque desde 2007 que Alvin Chau e a empresa junket exploravam salas VIP de jogo em Macau. Além disso, a rede criminosa terá igualmente, a partir de 2015, passado a permitir o jogo online em casinos das Filipinas e outras regiões, a que os jogadores podiam aceder no Interior, através dos telemóveis. Ainda segundo a acusação, os arguidos auxiliaram o milionário de Macau a obter ganhos ilegais, com a criação de um sistema de agentes para a captação de jogadores. Este “serviço” implicou a criação de uma empresa de gestão de activos, utilizada para garantir que as dívidas relacionadas com Macau e o jogo online podiam ser cobradas do outro lado da fronteira. Os agentes e os criminosos, em troca da participação na rede de jogo, recebiam avultadas comissões. As autoridades dizem ainda que até Novembro de 2021, a rede de jogo online contava com 60 mil agentes, que terão chegado a pelo menos 60 mil jogadores. Na versão da acusação, esta rede “trouxe grandes riscos para a sociedade e economia”.
Hoje Macau PolíticaJogo | Leong Hong Sai questiona critérios de concurso público O deputado dos Kaifong, Leong Hong Sai, questionou o Governo sobre a viabilidade de fazer o concurso de atribuição das licenças de jogo, numa altura em que a Assembleia Legislativa está a discutir a lei da actividade de exploração de jogos de fortuna ou azar em casino. Para o deputado, esta é uma dificuldade acrescida para os participantes no concurso público, uma vez que o futuro diploma que define alguns aspectos como a relação entre as concessionárias e as empresas promotoras de jogo ainda está a ser discutido. Por outro lado, Leong Hong Sai apontou que critérios de apreciação das propostas incluem a avaliação sobre campanhas para atrair clientes do exterior. No entanto, Leong não deixou de notar que este objectivo é definido numa altura em que o Governo local tem medidas altamente restritivas ao nível da circulação de estrangeiros. Por isso, e a bem da principal indústria do território, Leong apelou para que sejam levantadas as restrições mais apertadas. Na interpelação, é também questionado o que vai ser feito para que a cidade tenha mais sinais e indicações nas línguas inglesa, japonesa e coreana, para facilitar a circulação dos turistas. Finalmente, Leong Hong Sai quer saber se o Governo vai promover o desenvolvimento de atracções turísticas em Hengiqn, na Zona da Cooperação com Cantão.
Hoje Macau PolíticaCasinos | Ron Lam pede acesso a documentos do concurso Ron Lam quer saber se o Governo vai permitir que a população tenha acesso aos documentos do concurso público para a atribuição das novas licenças do jogo. Segundo uma interpelação escrita, o concurso para a exploração do jogo é um assunto fundamental para a população e uma oportunidade para o Governo aumentar a transparência da sua governação. No documento, Lam apontou que no passado houve alguns concursos públicos, como os dos taxímetros electrónicos, contratos de autocarros públicos ou exploração dos estacionamentos públicos, em que se registaram queixas de falta de transparência face aos critérios adoptados, que geraram várias polémicas. Em causa, está o facto de as pessoas não perceberem os critérios utilizados pelos decisores. Além disso, Ron Lam quer saber se o Governo pode elaborar orientações uniformizadas para que todos os serviços públicos sejam obrigados a disponibilizar online nos seus websites os documentos sobre os concursos. O deputado levantou igualmente dúvidas sobre os preços estipulados pelo Governo para se poder aceder à documentação dos concursos públicos. Para Ron Lam é incompreensível que os documentos para o concurso público dos taxímetros custassem 300 patacas, mas que os documentos para as concessões do jogo custem 5 mil patacas. A diferença é considerada demasiado grande.