Hoje Macau China / ÁsiaCorrupção | Antigo dirigente condenado a pena de morte suspensa por receber subornos Li Wenxi, antigo vice-presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês na província de Liaoning foi condenado a dois anos de pena de morte suspensa por aceitar subornos, informou sábado a agência de notícias estatal Xinhua. Li foi também privado de direitos políticos para toda a vida e todos os bens pessoais foram confiscados, de acordo com a decisão de sexta-feira de um tribunal na província de Shandong. Este tipo de sentença, com penas de morte suspensas, é relativamente comum na China em casos de corrupção e significa que se o condenado não cometer novos crimes e se comportar adequadamente durante o período em que a suspensão está em vigor pode ter a sua sentença comutada para prisão perpétua. Entre 2006 e 2021, Li terá aceitado ilegalmente dinheiro e presentes no valor de 540 milhões de yuan, quer directamente, quer através de familiares. Li, nascido na província de Liaoning em 1950, estudou na Academia Chinesa de Ciências Sociais antes de se juntar ao Partido Comunista da China (CPC) em 1972. Em Janeiro de 2021, a Comissão Nacional de Supervisão da China, o principal organismo estatal anticorrupção da China, juntamente com a Comissão Central de Inspeção e Disciplina, o braço anticorrupção do PCC, começou a investigar o antigo funcionário por “graves violações da disciplina e das leis nacionais”. A investigação durou até Julho e concluiu-se que Li Wenxi, expulso do PCC em Julho de 2021 e de qualquer cargo público, “violou a disciplina política do partido” e tomou medidas que “constituíram uma grave violação do dever”, entre outras acusações.
Hoje Macau China / ÁsiaAlipay | Jack Ma cede controlo da empresa financeira Ant Group O empresário Jack Ma cedeu o controlo do Ant Group, empresa chinesa de serviços financeiros cuja abertura histórica de capital foi interrompida em 2020 por Pequim e que está num processo de reestruturação, foi sábado anunciado. O grupo indicou em comunicado um realinhamento da estrutura dos direitos de voto, diluindo o poder do bilionário fundador de Alibaba, para tornar a empresa mais “transparente e diversificada”. Após a reestruturação, os principais accionistas da Ant irão “exercer independentemente os seus direitos de voto”, não deixando ninguém com controlo directo ou indirecto. “Nenhum accionista, sozinho ou em conjunto com outro accionista, terá o poder de controlar o resultado das assembleias gerais”, ou “nomear a maioria do conselho de administração” e “portanto… ter controlo sobre a Ant”, pode ler-se na mesma nota. A empresa, criada como filial da plataforma chinesa de comércio electrónico Alibaba, é a operadora da Alipay, a principal plataforma de pagamentos electrónicos da China. Confrontado com a pressão dos reguladores, o Ant Group está num processo de distanciamnto da Alibaba.
Hoje Macau SociedadeFerries | 1500 viagens vendidas antecipadas no sábado Tiveram ontem início as viagens por via marítima entre Macau e a ilha de Hong Kong, com representantes de vários departamentos governamentais e autoridades a falarem à comunicação no Terminal Marítimo da Taipa. O representante da Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos (DSAMA) revelou que a empresa que opera o transporte indicou que no sábado foram vendidos antecipadamente 1500 bilhetes para viagens. As autoridades esperam que a afluência de passageiros suba gradualmente, atingindo o pico nos feriados do Ano Novo Lunar. Para o efeito, a DSAMA “está em contacto estreito e coordenação com as companhias de barcos, e após a retoma das carreiras irão manter-se atentos à procura e quando necessário coordenar com as companhias para aumentar o número das carreiras, bem como ponderar a retoma do serviço das carreiras nocturnas e ainda o aumento de pontos de ligação, tal como o terminal marítimo do Porto Exterior”. As autoridades indicaram ainda que foi exigida às companhias de embarcações e à empresa de limpeza adjudicada do terminal marítimo o reforço da limpeza e desinfecção das instalações e espaço público dentro do terminal e das embarcações. A DSAMA realizou seminários sobre segurança marítima para as companhias de barcos e tripulação das embarcações tendo em conta que várias obras marítimas estão a decorrer em Macau, incluindo as da quarta ponte entre Macau e Taipa.
Hoje Macau SociedadeTestes | Testagem gratuita acaba e privados passam a amostra única Os testes de ácido nucleico gratuitos deixaram de existir. As autoridades de saúde indicaram que desde ontem 11 postos de testes privados passaram a fornecer testes de amostras únicas. O ajuste foi justificado com a “política da passagem transfronteiriça”, ou seja, com a suspensão da obrigatoriedade de apresentar teste de ácido nucleico para quem entra na China vindo de Macau. Assim sendo, onze postos passam a fornecer serviços de testagem paga numa amostra única, com resultados fornecidos dentro de 12 horas após a realização e exibidos no código de saúde. Os postos referidos encontram-se nos seguintes locais: Nam Yue (Kon Chi Centro Tratamento Médico das 10h às 18h, Jardim Comendador Ho Yin (Parque de Esculturas Étnicas Chinesas, das 12h às 19h), Edifício “Nova Taipa Garden” (Rua de Bragança das 14h às 21h), Nam Yue Group FAOM (Rés-do-chão do Campo dos Operários das 10h às 18h), Grand Lisboa Hotel (das 10h às 13h e das 14h às 18h), MGM Macau (das 15h às 18h), StarWorld Hotel (das 15h às 18h), The Venetian Macau (das 10h às 13h; das 14h às 18h), MGM Cotai (das 10h às 13h), Studio City Macau (das 10h às 13h; das 14h às 18h) e BroadwayMacau Hotel (das 10h às 13h).
Hoje Macau SociedadeSão Januário | Serviços regressam à normalidade Os serviços de urgência, internamento, admissão de novos doentes e operações urgentes no Centro Hospitalar Conde de São Januário regressam hoje à normalidade, incluindo o serviço de consultas externas diferenciadas ou a realização de análises. As visitas aos doentes internados podem também decorrer nos horários habituais, sendo que, no máximo, duas pessoas poderão estar num quarto a visitar um doente, não sendo aconselhável visitas de crianças com menos de cinco anos. Os Serviços de Saúde decidiram, no entanto, suspender o horário de visita dos doentes na urgência “até novo aviso”. Todos os que não conseguiram ter as suas consultas, agendadas para o período de 28 de Dezembro a sábado, serão novamente contactados pelo hospital para novo agendamento ou para ter a consulta via telefone. Nos centros e postos de saúde, incluindo no centro de exames médicos para os funcionários públicos, mantém-se, entre hoje e sexta-feira, o normal funcionamento dos serviços para adultos, cuidados de saúde pré-natais, exames obstétricos, cuidados de saúde infantil, medicina tradicional chinesa, acupuntura, saúde oral, colheita de sangue e cuidados de enfermagem. No entanto, haverá limitações para as consultas externas não marcadas, sendo canceladas as restantes marcadas. Para o levantamento da medicação deverão ser contactados os centros de saúde das áreas de residência.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China levanta quarentena para viajantes internacionais três anos depois A China levanta hoje a quarentena obrigatória para viajantes do estrangeiro, pondo fim a três anos de isolamento auto-imposto e numa altura em que enfrenta uma onda de covid-19 sem precedentes desde o início da pandemia. Após cerca de três anos com algumas das restrições mais severas do mundo, que prejudicaram a sua economia e acabaram por desencadear protestos a nível nacional, as autoridades chineses decidiram, no final de dezembro, abolir abruptamente a maior parte das medidas de controlo da pandemia provocada pelo vírus SARS-CoV-2. O último passo do levantamento das restrições acontece hoje com o fim das quarentenas obrigatórias em hotéis para todas as pessoas que chegavam ao país desde março de 2020. Inicialmente de três semanas, a duração desta quarentena já tinha sido reduzida para uma semana no verão passado, passando depois para cinco dias em novembro. O anúncio do fim da chamada política “covid zero” e da quarentena obrigatória levou os chineses a fazerem planos para viajar para o estrangeiro, com um aumento exponencial do tráfego nos ‘sites’ de reservas, avançou a agência France-Presse. Na sequência desta decisão chinesa de abrir as suas fronteiras, mais de uma dezena de países, entre os quais Portugal, passaram a exigir aos viajantes oriundos daquele país um teste negativo à covid-19 para entrar nos seus territórios. A China está a enfrentar uma onda sem precedentes de infeções pelo SARS-CoV-2, uma situação que se deve agravar com as férias de Ano Novo Chinês no final de janeiro, quando se espera que milhões de pessoas se desloquem das megacidades para o campo para visitar os seus familiares, muitos dos quais idosos e vulneráveis.
Hoje Macau EventosCreative Macau | Nova exposição abre portas sábado Chama-se “Geometric and Tetrahedron in paper engineering” [Geometria e o Tetraedro na engenharia do papel] e é a nova exposição de Lam Iam Sang que pode ser vista, a partir de sábado, na galeria da Creative Macau. A mostra onde, tal como o nome indica, a geometria assume um papel principal, pode ser vista até ao dia 21 deste mês. A inauguração acontece sábado às 16h. “Na geometria, o tetraedro, também conhecido como uma pirâmide triangular, é um poliedro composto por quatro faces triangulares, seis lados e quatro vértices. Tal como um poliedro convexo, o tetraedro pode ser dobrado a partir de um único pedaço de papel.” É esta a base para esta exposição, cujas obras foram feitas com recurso a ferramentas 3D e design gráfico, incluindo manipulação de fotografias. Nascido em Macau, Benson Lam estudou e trabalhou em Hong Kong, Milão, Barcelona e Nova Iorque nos últimos dez anos. Além disso, Benson Lam esteve 15 anos na China, em cidades como Shenzhen e Pequim, entre outras. O artista tem uma estreita ligação com os ateliers de arquitectura europeus, tendo experiência nas áreas do design de equipamento e de interiores e merchadising visual, acrescentando ainda a modelagem do papel a três dimensões.
Hoje Macau SociedadeFDIC | Governo lança apoio na área da medicina tradicional chinesa O Governo decidiu criar um novo apoio financeiro, no âmbito do Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização (FDIC), à área da medicina tradicional chinesa (MTC), a fim de “incentivar as fábricas de medicamentos de Macau a aproveitar bem as políticas favoráveis a Macau concedidas pelo País para explorar o mercado do Interior da China”. Apresentado ontem, o plano pretende apoiar “titulares, pessoas singulares ou colectivas, da licença de fabrico de produtos usados na medicina tradicional chinesa ou da licença de produção para a indústria farmacêutica da RAEM a procederem ao registo de medicamentos”. A ideia é fomentar a indústria de MTC e “promover o desenvolvimento diversificado da economia”. Os candidatos devem ser portadores de autorização prévia para a venda local de medicamentos de MTC que tenham sido utilizados há, pelo menos, cinco anos em Macau, emitida pelas autoridades locais. As fábricas de medicamentos podem apresentar o pedido de apoio financeiro para despesas, como a taxa de registo de medicamentos no Interior da China, as despesas com o desenvolvimento das tecnologias e os honorários dos especialistas e assessores. No intuito de assegurar que o plano subsidiado possa obter o certificado de registo de medicamentos do Interior da China, o beneficiário deve concluir o registo do projecto no Interior da China no prazo de 540 dias a contar da data de assinatura da notificação de aprovação. Caso contrário, terá de devolver ao FDIC o montante total concedido. As candidaturas terminam dia 20 de Fevereiro.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China pede à OMS para adoptar posição imparcial A China pediu hoje à Organização Mundial da Saúde que adopte uma postura “justa” em relação à covid-19, depois de a organização ter criticado a avaliação de Pequim sobre a epidemia. O país suspendeu sem aviso prévio no início de dezembro a maioria das suas medidas contra a covid-19, que permitiam que a sua população ficasse amplamente protegida do vírus desde 2020. Desde então, enfrentou o pior surto de casos, com hospitais e crematórios parecem sobrecarregados. No entanto, as autoridades relatam muito poucas mortes relacionadas com a covid-19, após uma polémica mudança na metodologia de contabilização dos casos. “Os números atuais divulgados pela China sub-representam o verdadeiro impacto da doença em termos de internamentos hospitalares, internamentos em cuidados intensivos e, principalmente, em termos de mortes”, estimou na quarta-feira Michael Ryan, responsável pela gestão de emergências de saúde da OMS. “Esperamos que (…) a OMS mantenha uma posição baseada na ciência, objetiva e imparcial e desempenhe um papel ativo na resposta global aos desafios da epidemia”, disse, por seu lado, aos repórteres uma porta-voz da China. Mao voltou a assegurar que o seu país partilhou “informações e dados relevantes” sobre a epidemia de covid-19 e sublinhou a “estreita cooperação” entre a China e a OMS. A partir de agora, apenas as pessoas que morreram diretamente de insuficiência respiratória ligada à covid-19 são contabilizadas nas estatísticas chinesas. A China, que tem 1,4 mil milhões de habitantes, registou apenas 23 mortes por covid-19 desde dezembro, apesar da onda de contaminação sem precedentes há três anos no país.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Alemanha vai exigir testes aos viajantes provenientes da China A Alemanha anunciou hoje que os viajantes provenientes da China terão de apresentar um teste negativo à covid-19 para entrar no país, como é já exigido por outros países preocupados com o recrudescimento de casos no território chinês. Num comunicado, o ministro da Saúde alemão, Karl Lauterbach, indicou que os passageiros terão de apresentar “pelo menos um teste rápido de antígeno”, adiantando que serão realizadas “amostras aleatórias” para detetar possíveis variantes do vírus, seguindo, assim, a recomendação feita na quarta-feira aos Estados-membros pela União Europeia (UE). A medida, segundo o comunicado, entrará em vigor a partir da próxima segunda-feira. “É uma boa decisão. A Europa encontrou uma resposta comum à situação de pandemia na China. Para os viajantes da China, isso significa que, quando iniciarem a viagem para a Alemanha, precisarão de pelo menos um teste rápido de antígeno e que, ao entrar no país, haverá testes aleatórios para identificar variantes do vírus”, disse Lauterbach. Além disso, o ministro alemão acrescentou que as águas residuais dos voos provenientes da China serão analisadas de forma complementar. Tal como a Alemanha, também hoje as autoridades suecas anunciaram que vão exigir que os viajantes provenientes da China apresentem um teste negativo à doença covid-19. A medida, que tem início no sábado e vai estar em vigor durante três semanas, abrange todos os viajantes maiores de 12 anos, independentemente de estarem ou não vacinados, mas não os cidadãos suecos ou com autorização de residência neste país ou noutro da UE. Com a adoção desta medida, o Governo sueco segue a recomendação da Agência de Saúde Pública, que, há dois dias, manifestou o seu apoio à introdução de uma regra deste tipo, algo que países como a Itália, a Espanha e a Bélgica já fizeram, mas que nenhum país nórdico tinha anunciado até agora. Entretanto, a Áustria juntou-se aos países que exigem a quem vem da China um teste negativo de covid-19 para entrar. “A Áustria introduzirá a obrigação de teste antes da partida para os viajantes que chegam da China. Os detalhes estão a ser preparados”, disse uma fonte do Ministério da Saúde à agência de notícias austríaca APA. O grupo de Resposta Integrada à Crise Política (IPCR) decidiu, numa reunião realizada na quarta-feira e na qual participaram instituições comunitárias e outros especialistas, além dos Estados-membros da UE, recomendar a apresentação de um teste negativo à covid-19 pelos viajantes provenientes da China. As autoridades comunitárias também aconselham todos os passageiros de voos de e para a China a usar máscara facial de proteção e recomendou aos Estados-membros que testem aleatoriamente os passageiros à chegada. A China está a enfrentar uma onda de contaminações sem precedentes desde o abandono abrupto, no início do mês, da chamada política de “covid zero”. No entanto, o país anunciou o fim das quarentenas obrigatórias à chegada ao território a partir de 08 de janeiro e a retoma gradual das viagens de chineses ao estrangeiro, o que preocupa vários países. Especialistas locais estimam que, ao longo do último mês, cerca de 600 milhões de pessoas terão sido infetadas com covid-19 na China, o que equivale a 40% da população do país asiático, o mais populoso do mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está a avaliar o risco de uma nova variante do coronavírus que provoca a doença da covid-19, a subvariante XBB.1.5, que está a propagar-se rapidamente em vários países e pode ser mais transmissível. A subvariante da estirpe Ómicron do SARS-CoV-2 resulta de uma recombinação de duas sublinhagens BA.2 e já foi detetada em 29 países, incluindo Estados Unidos, onde já representa cerca de 40% dos casos de covid-19. Segundo o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Estados Unidos, esta subvariante “pode ser mais transmissível”, embora se desconheça ainda se terá efeitos “mais graves”.
Hoje Macau Manchete SociedadeFerries | Ligações com Hong Kong retomadas no domingo As ligações marítimas entre Macau e Hong Kong vão ser retomadas no domingo, quase três anos depois de terem sido suspensas devido às medidas de contenção da pandemia, anunciaram ontem as autoridades. “Após coordenações e cooperações entre os Governos de Macau e de Hong Kong, as ligações marítimas entre as duas regiões serão retomadas faseadamente a partir de 8 de Janeiro de 2023 (domingo), facilitando a deslocação dos cidadãos e turistas entre as duas regiões”, de acordo com um comunicado da Direção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA). Numa fase inicial, a TurboJet e a Cotai Jet vão realizar “diariamente cerca de dez carreiras marítimas de ida e volta”, entre o terminal marítimo de passageiros da Taipa (Macau) e Sheung Wan (Hong Kong), sendo que a primeira viagem se realiza às 09h e a última às 17h30, ambas no sentido de Macau para Hong Kong. “No futuro, as duas operadoras vão avaliar e alterar, em conformidade com a necessidade de transporte marítimo de passageiros, o número de viagens e os pontos de embarque e desembarque em tempo oportuno”, acrescentou a DSAMA. Macau e o Aeroporto Internacional de Hong Kong já tinham retomado na sexta-feira as ligações via marítima, com duas viagens de ida e volta semanais entre o terminal do Pac On, na Taipa, e o Skypier do aeroporto de Hong Kong. As ligações, às sextas e aos domingos, têm uma duração de cerca de 70 minutos e partem às 09:45 do aeroporto de Hong Kong em direção a Macau e às 14:30 de Macau para Hong Kong. As reservas dos bilhetes devem ser feitas “pelo menos dois dias antes da data de partida”, lê-se no portal da TurboJet.
Hoje Macau China / ÁsiaChina e Filipinas comprometem-se a gerir disputas através de “consultas amigáveis” O Presidente chinês, Xi Jinping, e o homólogo filipino, Ferdinand Marcos Jr, concordaram hoje em reforçar os laços económicos e lidar com as disputas territoriais no Mar do Sul da China por meio de “consultas amigáveis”. Segundo um comunicado do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, emitido após um encontro entre os dois chefes de Estado, em Pequim, os dois líderes concordaram em “continuar a lidar adequadamente com as questões marítimas por meio de consultas amigáveis”. Xi e Marcos supervisionaram a assinatura de uma série de acordos, incluindo uma linha direta entre os ministérios dos Negócios Estrangeiros dos dois países, para evitar erros de cálculo no Mar do Sul da China. Pequim reivindica quase todo o Mar do Sul da China, apesar das reivindicações do Vietname, Filipinas, Malásia e Brunei. Nos últimos anos, a China construiu várias ilhas artificiais, capazes de receber instalações militares em recifes disputados pelos países vizinhos. De acordo com o gabinete de Marcos, Xi prometeu prestar a assistência às Filipinas em áreas como a agricultura, energia e infraestruturas. Marcos disse que as Filipinas e a China devem reforçar a sua parceria para tornar ambos os países “estáveis e fortes” e manter a região como uma força motriz da economia mundial. A primeira visita de Estado de Marcos fora do sudeste asiático é visto como essencial para perceber se Manila consegue encontrar um ponto de equilíbrio entre os laços económicos com Pequim e a sua tradicional aliança com os Estados Unidos no âmbito da segurança. Enquanto o seu antecessor Rodrigo Duterte reforçou os laços com a China, em detrimento da relação com os EUA, Marcos prometeu priorizar a proteção da soberania filipina. E promoveu já a cooperação militar com os EUA através da realização de exercícios conjuntos maiores e sugeriu a abertura de novas bases conjuntas no país. O líder filipino mantém, no entanto, interesse no investimento chinês, particularmente no setor agrícola do país, que considera prioritário. A China é o maior parceiro comercial das Filipinas. Nos primeiros nove meses do ano, as trocas ascenderam a 29,1 mil milhões de dólares.
Hoje Macau China / ÁsiaAtum vendido por 256 mil euros no primeiro leilão do ano em Tóquio Um atum rabilho foi hoje vendido por 36 milhões de ienes (cerca de 256 mil euros) no tradicional primeiro leilão do ano do mercado de peixe de Toyosu, em Tóquio. O preço dos 212 quilogramas de peixe foi mais do dobro do montante alcançado no ano passado por um atum rabilho (cerca de 17 milhões de ienes, ou 121 mil euros) e é o sexto mais alto alguma vez pago no principal mercado grossista de Tóquio, desde o início da recolha de dados em 1999. A empresa grossista Yamayuki, sediada em Tóquio, e o grupo Ginza Onodera, proprietário de uma cadeia de restaurantes de sushi com uma estrela Michelin e com estabelecimentos na capital japonesa e filiais na China e nos Estados Unidos, fizeram a maior oferta conjunta para o atum. O peixe foi capturado em águas próximas de Oma, na costa de Aomori, no norte do Japão, onde especialistas dizem ser capturados os melhores peixes para sushi em todo o mundo. “Queria gerar uma mensagem positiva agora que a pandemia [da covid-19] está a enfraquecer. O preço é ideal para o primeiro leilão do ano”, disse o presidente da Yamayuki, Yukitaka Yamaguchi, de acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo. O recorde de venda de atum no primeiro leilão do ano continua a ser o registado em 2019, em que um atum rabilho alcançou mais de 333 milhões de ienes (cerca de 2,3 milhões de euros). Na altura, este foi o primeiro leilão a ser realizado em Toyosu, depois de o mercado de peixe ter sido transferido, em 2018, do famoso Tsukiji, no centro de Tóquio, no final de um processo controverso que durou 17 anos. Ao longo dos últimos 15 anos, o primeiro leilão do ano tem vindo a alcançar preços astronómicos para as melhores peças porque muitos consideram esta uma oportunidade de gerar uma enorme atenção mediática na obtenção de um produto considerado “hatsumono”, ou o primeiro da época, muito valorizado pelo consumidor japonês.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China diz que não existem vestígios da variante delta no país O diretor do Centro de Controlo de Doenças da China, Xu Wenbo, assegurou hoje que dados epidemiológicos em tempo real não mostram vestígios da variante Delta da covid-19 no país asiático. Citado pela televisão estatal CCTV, Xu disse que as linhagens BA.5.2 e BF.7 da variante Ómicron são dominantes na China e respondem por mais de 80% dos casos no país asiático. “Desde o início de dezembro que circulam na China nove linhagens da variante Ómicron, que representam a grande maioria dos novos casos”, disse o especialista. Xu Wenbo recusou também que exista uma linhagem que tenha surgido da combinação entre as variantes Delta e Ómicron. No entanto, observou que um total de 31 linhagens da Ómicron estão atualmente a circular na China, incluindo as variantes BQ.1 e XBB. Estes números estão em linha com os dados apresentados, na quarta-feira, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que finalmente conseguiu divulgar informações sobre os casos de covid-19 no país asiático, depois de ter recebido informação relevante por parte das autoridades chinesas. “Nenhuma nova variante ou mutação significativa foi identificada nos dados de sequenciamento disponíveis ao público”, disse a OMS, em comunicado, após uma reunião sobre a evolução do coronavírus entre o seu grupo de especialistas e representantes do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da China (CDC). A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China Mao Ning garantiu na quarta-feira que “partilhou dados e informações” sobre os casos de covid-19 registados no país asiático “de forma responsável”, e voltou a pedir à comunidade internacional que evite “politizar a pandemia”. No início do mês passado, a China aboliu a estratégia de ‘zero casos’ de covid-19, que vigorou no país ao longo de quase três anos, resultando numa rápida propagação do vírus, face à ausência de imunidade natural na população. À medida que a China abdicou da realização de testes em massa, os dados oficiais passaram a estar desfasados da realidade no terreno. As imagens de crematórios e serviços de urgências a abarrotar sugerem, no entanto, que o país atravessa uma grave crise de saúde pública. Especialistas chineses estimaram que a China tem atualmente cerca de cinco milhões de pacientes em estado grave. A empresa britânica Airfinity, que analisa dados do setor da saúde, apontou que a China está atualmente a sofrer cerca de 9.000 mortes por dia causadas pela doença. O país asiático anunciou no final de dezembro que vai reabrir as suas fronteiras a 08 de janeiro, pela primeira vez desde março de 2020. Vários países decidiram nos últimos dias exigir que os viajantes oriundos da China passem a apresentar um teste negativo para a covid-19 antes de rumarem aos seus territórios. Pequim descreveu as restrições que vários países impuseram aos viajantes provenientes da China como “desproporcionais”.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Epidemiologistas estimam que 40% da população chinesa foi infectada no último mês Especialistas locais estimam que um total de 600 milhões de pessoas terá sido infectada com covid-19 na China, ao longo do último mês, depois de o país ter posto fim à política de ‘zero casos’. Aquele número equivale a 40% da população do país asiático, que é o mais populoso do mundo. Citado pela imprensa local, o epidemiologista Zeng Guang, membro do Painel de Especialistas de Alto Nível da Comissão Nacional de Saúde do país asiático, considerou aquela estimativa “razoável”, já que a maioria das cidades chinesas relatou que pelo menos 50% da sua população testou positivo para o vírus ao longo das últimas semanas. Zeng admitiu que a velocidade de transmissão do vírus na China foi mais rápida do que o esperado, com 80% da população de Pequim a ter sido infectada no espaço de um mês. Em Xangai, a “capital” económica da China, aquele valor ascende a cerca de 70%, afirmou. As duas principais cidades da China têm mais de 20 milhões de habitantes. O responsável acrescentou que mais de 600 milhões de pessoas no país terão sido infectadas até 29 de dezembro. No início do mês passado, a China aboliu a estratégia de ‘zero casos’ de covid-19, que vigorou no país ao longo de quase três anos, resultando numa rápida propagação do vírus, face à ausência de imunidade natural na população. À medida que a China parou de fazer qualquer rastreamento significativo do desenvolvimento dos surtos no país, os dados oficiais passaram a estar desfasados da realidade no terreno. As imagens de crematórios e serviços de urgências a abarrotar sugerem, no entanto, que o país atravessa uma grave crise de saúde pública. Os especialistas chineses estimaram que a China tem atualmente cerca de cinco milhões de pacientes em estado grave. A empresa britânica Airfinity, que analisa dados do setor da saúde, apontou que a China está atualmente a sofrer cerca de 9.000 mortes por dia causadas pela doença. Cao Yunlong, bioquímico e professor assistente na Universidade de Pequim, disse que a letalidade das diferentes linhagens da variante Ómicron foi subestimada na China. E observou que, apesar de a linhagem BA.1 da Ómicron ser mais ligeira do que a variante Delta, a versão BA.5, que é a mais prolífica na China, recuperou o nível de patogenicidade. Liang Wannian, epidemiologista chinês e ex-líder da equipa da Comissão Nacional de Saúde responsável pelo combate contra o coronavírus, considerou que é muito difícil calcular a taxa de mortalidade dos surtos atuais, que continuam a alastrar-se rapidamente. Liang disse que só no fim vai ser possível obter um número mais preciso. Um documento interno do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças estimou que cerca de 248 milhões de pessoas foram infectadas pelo coronavírus entre 01 e 20 de dezembro. Zhang Wenhong, chefe da Divisão de Doenças Infecciosas do Hospital Huashan de Xangai, disse que cerca de 80% dos 1,4 mil milhões de habitantes da China vão ficar infectados até 22 de janeiro, o primeiro dia do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim diz que partilhou dados sobre surtos de forma responsável A China garantiu ontem ter “partilhado de forma responsável” dados e informações sobre os casos de covid-19 registados no país, e voltou a pedir à comunidade internacional que evite “politizar a pandemia”. “A China tem partilhado informações e dados sobre a covid-19 com responsabilidade. A comunidade internacional deve evitar politizar a pandemia”, disse a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros Mao Ning, em conferência de imprensa. Mi Feng, porta-voz da Comissão Nacional de Saúde da China, disse também na terça-feira que, “desde o início da pandemia, há três anos, a China manteve sempre uma atitude aberta e transparente e intercâmbios pragmáticos”, e que “cooperou com a OMS [Organização Mundial da Saúde] e os países e regiões de todo o mundo”. “A China realizou duas reuniões de intercâmbio técnico com a OMS, onde houve discussões aprofundadas sobre a situação da pandemia, tratamento médico, vacinação e outras questões. A China está disposta a manter a solidariedade e a cooperação com a comunidade internacional, incluindo a OMS, para ajudar o mundo a pôr fim à pandemia o mais rápido possível”, acrescentou, citado pela imprensa local. A rápida disseminação do vírus na China, após o levantamento da política ‘zero covid’, lançou dúvidas sobre a confiabilidade dos dados oficiais de infecções e mortes, que estão claramente desfasados da realidade no terreno. Restrições externas A China anunciou no final de Dezembro que vai reabrir as suas fronteiras a 8 de Janeiro, pela primeira vez desde Março de 2020, o que fez com que vários países decidissem nos últimos dias exigir que os viajantes oriundos do país asiático apresentem um teste negativo para a covid-19 antes de embarcarem. Pequim descreveu na terça-feira como “desproporcionais” as restrições que vários países impuseram aos viajantes oriundos da China. Os especialistas chineses ontem citados pela imprensa local qualificaram também como “desperdício de tempo e recursos” as medidas de prevenção que poderão ser impostas pelo Mecanismo Integrado de Resposta Política a Situações de Crise, da União Europeia, devido ao aumento de casos na China. “Exigir testes para todos os viajantes é desnecessário. Muitos países estão totalmente vacinados para evitar surtos em grande escala. O mais importante e eficaz agora seria analisar as sequências do vírus”, disse o académico Chen Xi, da Universidade de Yale, citado pelo Global Times. Outros especialistas, citados pelo jornal, garantiram que “o mais importante é que os departamentos de controlo de doenças de todo o mundo continuem a monitorar novas variantes e a manter o público informado”. Segundo o Global Times, a variante Ómicron que agora se alastra pelo país asiático “já foi encontrada em outros lugares” e “uma nova variante pode surgir em qualquer lugar do planeta, o que significa que as restrições de entrada destinadas à China são completamente desnecessárias”.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Farmácias continuam com carência de medicamentos Face ao elevado número de infecções de covid-19 nos últimos tempos, registou-se uma elevada procura de medicamentos para combater os sintomas. Farmacêuticos confirmam existir ainda uma grande carência de fármacos no mercado Vários farmacêuticos disseram ontem à Lusa que, quase um mês após o início do maior surto de covid-19 em Macau, o território continua a enfrentar uma carência de medicação, principalmente para tratar sintomas da infecção viral. Até ao Natal, uma corrida às farmácias deixou as prateleiras dos estabelecimentos sem medicação para o tratamento dos sintomas da covid-19, levando o Governo a limitar o número de embalagens vendidas. “Ainda não temos medicação para a tosse”, disse uma funcionária da Farmácia Popular, no Largo do Senado, apontando, porém, que antes do Natal a carência de medicamentos fazia-se sentir mais. Fong Sok Teng referiu que para a tosse “só estão disponíveis medicamentos de medicina tradicional chinesa”, e que para tratar gripes e constipações e fazer baixar a febre estão a ser comercializados produtos oriundos do Japão, de Hong Kong e de Taiwan. A responsável referiu não saber quando será reposto o ‘stock’ de ben-u-ron, um antipirético e analgésico, à base de paracetamol. Também a farmácia Wan Tung, no centro da cidade, “não tem xarope para a tosse”, apesar de vender outra medicação antitússica de Taiwan. Um funcionário deste estabelecimento confirmou a “ruptura do fornecimento de medicação para a gripe e constipação desde meados de Dezembro”. Mesmo ao lado, a farmácia Alpha, na avenida do Infante D. Henrique garantiu que, apesar da carência de algumas marcas, há terapêutica disponível de Taiwan, Japão e Hong Kong. Toca a racionar As autoridades começaram a limitar, na semana passada, a compra de medicação nas farmácias do território, permitindo “a cada compra” a aquisição de uma caixa ou frasco de analgésicos e antipiréticos, de uma caixa ou frasco de medicamentos antigripais, de uma caixa ou frasco de medicamentos para a tosse e de dez doses de testes rápidos de antigénio (RAT). “Existe ainda a pressão de fornecimento em relação aos medicamentos compostos para gripes e constipações, antitússicos e expetorantes”, escreveu, em comunicado, o Instituto para a Supervisão e Administração Farmacêutica (ISAF). “É positivo limitar a venda da medicação”, constatou Fong Sok Teng, da Farmácia Popular. “A maioria das pessoas tem origem na China e, como também há falta de medicamentos na China, as pessoas procuram comprar para os seus familiares, ou seja, não estamos a fornecer um mercado de cerca de 600 mil habitantes, mas muito maior que isso”, disse outro farmacêutico, que gere um estabelecimento na Taipa e que se queixa do “açambarcamento dos produtos”. O ISAF já tinha apontado que Macau e as regiões vizinhas enfrentavam a falta de medicamentos para tratar os sintomas da covid-19, tendo alertado para as farmácias comunitárias “não elevarem os preços à toa ao aprovisionar medicamentos” e sugerindo medidas de limite de compra destes bens, para responder à procura.
Hoje Macau China / ÁsiaFundador da Evergrande promete pagar dívidas após adiar plano de reestruturação O fundador da Evergrande, Xu Jiayin, voltou hoje a prometer que a construtora chinesa vai pagar as suas dívidas, segundo a imprensa local, depois de ter falhado o prazo para apresentar um plano de reestruturação. “O ano de 2023 é crucial para que a Evergrande cumpra com as suas obrigações como empresa (…). Creio que podemos cumprir com a nossa missão de entregar [imóveis], pagar dívidas, eliminar os riscos e iniciar um novo capítulo”, indicou Xu, numa carta enviada aos funcionários da empresa e que foi citada pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post. O executivo indicou que, em 2022, o grupo completou 732 projetos e entregou 301.000 imóveis, cumprindo os seus objetivos para o ano. Entre janeiro e novembro, as vendas da Evergrande ascenderam a 29.120 milhões de yuans, muito aquém dos 735.000 milhões de yuans que alcançou em 2020. A Evergrande, que em 2021 somava um passivo de 300.000 milhões de dólares americanos e entrou em incumprimento no pagamento de títulos de dívida, garantiu, em dezembro passado, que as “diferenças” com as partes implicadas na elaboração do seu plano de reestruturação “estavam a reduzir-se”. A empresa está imersa numa campanha para se desfazer de ativos, visando arrecadar dinheiro, enquanto as suas ações, negociadas na Bolsa de Valores de Hong Kong, continuam congeladas desde março do ano passado, tendo perdido quase 90% do valor desde o início de 2021. Um dos credores, que tem pendente o pagamento de 110 milhões de dólares, apresentou, em junho de 2022, um pedido de liquidação contra a Evergrande na Justiça de Hong Kong. A posição financeira de muitas imobiliárias chinesas deteriorou-se depois de, em agosto de 2020, Pequim ter imposto restrições no acesso ao crédito bancário às construtoras do país que, como a Evergrande, acumularam altos níveis de dívida, após vários anos de políticas agressivas de alavancagem. Nas últimas semanas, o Governo chinês anunciou diversas medidas de apoio, com os bancos estatais a criarem linhas de crédito de milhares de milhões de dólares para várias construtoras.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Hospitais de Xangai sobrecarregados face a fluxo de pacientes Os hospitais de Xangai, a capital económica da China, estão sobrecarregados com pacientes idosos infectados com covid-19 nos departamentos de emergência, imersos no ruído de tosse, gemidos e respiração ofegante. Três anos após os primeiros casos do novo coronavírus terem sido diagnosticados na cidade chinesa de Wuhan, a China enfrenta uma vaga de casos, depois de ter subitamente abolido, no mês passado, a política de ‘zero casos’. Essas restrições, que permitiram que a maioria dos chineses não fosse exposta ao vírus desde 2020, causaram crescente frustração entre a população e abalaram a actividade económica. Em Xangai, uma das cidades mais ricas da China, a situação é particularmente crítica. No espaço de um mês, cerca de 70 por cento da população, ou cerca de 18 milhões de pessoas, contraiu o vírus, segundo a imprensa estatal. Em dois hospitais da cidade, a agência France Presse viu ontem centenas de pacientes, a maioria idosos, deitados em macas, dispostas nos corredores de serviços de emergência saturados. Muitos estão a receber infusões de soro fisiológico ou ligados a cilindros de oxigénio ou com monitores cardíacos. A maioria está enrolada em cobertores e vestida com casacos grossos ou gorros. Alguns pacientes parecem não ter vida. Outros são atendidos fora do prédio, na calçada, devido à falta de espaço no interior das instalações. No Hospital Huashan, perto do local onde eclodiram em novembro os protestos contra a política de ‘zero casos’ de covid-19, uma mulher curva-se sobre um paciente de cerca de 80 anos que recebe infusões de soro. Perto dali, um jovem permanece ao lado da cama de outro paciente idoso e, de alguma forma, protege-o das idas e vindas da multidão que perambula pelo local. Numa sala de espera no Hospital Tongren, no oeste de Xangai, uma enfermeira coloca entre os lábios secos de um paciente um tubo ligado a uma garrafa de oxigénio. Um médico protegido por uma viseira cuida de uma idosa, que treme sob um cobertor grosso. Perante o fluxo de doentes, os médicos infectados com covid-19 continuam a trabalhar incansavelmente com os seus doentes, segundo testemunhos recolhidos pela AFP em hospitais de todo o país. Xangai não é exceção. De forma intermitente, a equipa de enfermagem solta uma tosse seca. Pela própria admissão das autoridades, a extensão da epidemia é hoje impossível de determinar, os testes de despistagem já não são obrigatórios e os dados são fragmentados. Em pouco tempo, o sistema de saúde ficou sobrecarregado, os medicamentos contra a febre esgotaram nas farmácias, enquanto os crematórios ficaram sobrecarregados com o fluxo de corpos. A Comissão Nacional de Saúde da China deixou de publicar os números diários de casos e óbitos. Isso agora cabe ao Centro Chinês de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), que, a partir da próxima semana, fará a atualização apenas uma vez por mês. As autoridades também reviram os critérios para atribuir mortes à covid-19. Desde o início de dezembro, apenas 15 mortes foram registadas no país, que tem 1,4 mil milhões de habitantes, mas estes números parecem totalmente desfasadas da realidade observada no terreno.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | UE inclinada a pedir testes a viajantes procedentes da China A maioria dos Estados-membros da União Europeia é favorável a que sejam pedidos testes de covid-19 a todos os viajantes procedentes da China, mesmo antes de saírem do país, como resposta ao pico de infeções que se tem registado. Os países do bloco comunitário inclinam-se também para recomendar aos viajantes medidas de higiene pessoal, incluindo o uso de máscara nos voos com partida da China, o controlo de águas residuais dos aviões para monitorizar o eventual surgimento de novas variantes à chegada aos seus aeroportos e melhorar a sequenciação do coronavírus SARS-CoV-2, que originou a pandemia de covid-19, entre outras medidas. Estas são as ideias com que “concordaram” os especialistas dos Estados-membros na sua reunião de ontem, como resumiu na rede social Twitter a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, após o encontro. Suécia prepara medidas de restrição Entretanto, o Governo da Suécia anunciou ontem que está a preparar medidas de restrição para entrada de viajantes provenientes da China, que deverão ser definidas num curto prazo. “O Governo instruiu a Agência de Saúde Pública da Suécia a analisar a situação na China e as consequências para a Suécia e propor medidas, incluindo possíveis restrições de entrada. Estamos preparados para diferentes cenários”, disse o ministro da Saúde Pública e Assuntos Sociais sueco, Jakob Forssmed, citado num comunicado conjunto dos Ministérios da Saúde e da Justiça suecos. A Suécia, adianta a nota, admite “introduzir certas restrições que exigem um teste negativo de covid-19″ e os viajantes da China “precisam de estar preparados para decisões tomadas a curto prazo” pelas autoridades suecas. “Estamos em diálogo com nossos colegas europeus para garantir que as regras sejam o mais uniformes possível em toda a União Europeia (UE)”, afirmou o ministro da Justiça sueco, Gunnar Strömmer, citado na nota. De acordo com o comunicado, o levantamento das restrições de saída da China, combinado com o aumento e disseminação generalizada da covid-19 no país, levantou a questão da introdução de restrições de entrada, inclusive na Europa. O documento sublinhou ainda que, na qualidade de Presidente do Conselho da União Europeia, a Suécia também convocou uma reunião do Mecanismo de Resposta Política a Situações de Crise (IPCR) do Conselho, na quarta-feira, para discutir a questão das restrições de entrada tendo em vista um acordo comum entre os países do bloco europeu.
Hoje Macau PolíticaLei sindical | Lei Chan U lamenta ausência do direito à greve O deputado Lei Chan U lamenta que a nova proposta de lei sindical, que está prestes a dar entrada na Assembleia Legislativa (AL), não contemple o direito à greve. Segundo o jornal Ou Mun, Lei Chan U refere que as autoridades não devem fundamentar a ausência com o argumento de que a Lei Básica já garante uma série de direitos fundamentais aos residentes na área laboral. Lei Chan U afirma que “deve ser promulgada de forma activa a legislação necessária sobre o direito à negociação e acção colectivas”, pois “os conflitos podem ser efectivamente controlados” na sociedade. Isto porque as greves “são um meio usado pela negociação colectiva e são um resultado inevitável das contradições e conflitos de interesse na gestão laboral”, adiantou o deputado.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Autoridades de saúde da China pedem que zonas rurais se preparem nas vésperas de feriado As zonas rurais da China devem garantir o “abastecimento de medicamentos” nas vésperas do Ano Novo Lunar, quando se prevê um aumento de casos de covid-19, apontou hoje a Comissão Nacional de Saúde do país asiático. “Os abastecimentos devem sobretudo cobrir o período de elevado número de deslocações”, explicou o diretor do Departamento de Assuntos Médicos da Comissão Nacional de Saúde, Jiao Yahui, em entrevista à televisão estatal CCTV. O número de casos de covid-19 aumentou rapidamente na China, após o país abolir a política de ‘zero casos’. A vaga de casos no inverno deve ser exacerbada pelo feriado do Ano Novo Lunar, que se celebra na última semana de janeiro. A principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais, regista, tradicionalmente, a maior migração interna do planeta, com centenas de milhões de chineses a regressarem à terra natal. Jiao pediu que as áreas rurais se preparem para que “pessoas gravemente doentes possam ser pelo menos transferidas para um hospital municipal”. A onda de infeções pelo novo coronavírus já terá atingido o pico nas grandes cidades do país, incluindo em Pequim, Xangai, Cantão ou Chongqing, mas ainda não atingiu as áreas rurais, de acordo com um estudo recente liderado por especialistas do Centro de Saúde Pública de Xangai. O Conselho de Estado (Executivo) já pediu, em meados do mês passado, aos governos locais, que dêem prioridade aos serviços de saúde nas zonas rurais “para proteger a população”, apontando a “relativa escassez de recursos de saúde”. No início de dezembro, as autoridades chinesas puseram fim a quase três anos da política de ‘zero casos’ de covid-19, que incluía testes em massa, quarentena em instalações designadas para casos positivos e contactos diretos, a utilização de aplicações de rastreamento de contactos e o encerramento das fronteiras do país. O relaxamento das restrições antecedeu uma onda inédita de infeções na China, que provocou grande pressão hospitalar em diversas cidades. Algumas vozes no país criticaram a falta de preparação das autoridades, antes de porem fim à política ‘zero covid’, que causou escassez de medicamentos para febre e problemas de acesso a cuidados médicos. Jiao garantiu que a Comissão Nacional de Saúde “fez os preparativos” desde “o início de dezembro de 2022”, e que exigiu que os hospitais aumentassem as camas nos cuidados intensivos. A rápida disseminação do vírus no país lançou dúvidas sobre a fiabilidade dos números oficiais, que relataram apenas algumas mortes recentes pela doença, apesar de localidades e províncias estimarem que uma proporção significativa das suas populações foi infectada. A Organização Mundial de Saúde disse recentemente estar “muito preocupada” com a evolução da covid-19 na China e exigiu “mais informação”. Pequim respondeu que tem partilhado os seus dados “de forma aberta, atempada e transparente” desde o início da pandemia. A empresa britânica Airfinity, que analisa dados do setor da saúde, estimou que a China está atualmente a sofrer cerca de 9.000 mortes por dia causadas pelo novo coronavírus. A partir de 08 de janeiro, a covid-19 vai deixar de ser uma doença de categoria A na China, o nível de perigo máximo, para passar a ser uma doença de categoria B, que contempla menos controlo, marcando assim na prática o fim da política de ‘zero covid’, desmantelada pelas autoridades após a ocorrência de protestos em várias cidades do país.
Hoje Macau EventosPintora Graça Morais vence Prémio Vasco Graça Moura O Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural, no valor de 20.000 euros [cerca de 160 mil patacas], distingue este ano a pintora portuguesa Graça Morais, com mais de 50 anos de carreira, realçando “o seu percurso cultural, artístico e cívico”. “Desde a sua juventude a artista teve uma permanente participação ativa na defesa do humanismo, do respeito pela dignidade humana e dos direitos humanos. Uma ligação muito forte à terra e às tradições populares e uma permanente atenção à dureza da vida e à compaixão têm caracterizado uma assinalável coerência na sua obra”, afirma o júri, ao qual presidiu Guilherme d’Oliveira Martins, sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa. “Para Graça Morais a cidadania cultural constitui algo de natural e necessário. O seu talento artístico e a escolha dos temas para as suas obras, em estreita ligação íntima, têm sempre subjacente a atenção aos outros e o cuidado relativamente aos mais vulneráveis. A artista e a cidadã estão sempre presentes, o que constitui um singular exemplo no panorama artístico contemporâneo, merecedor de especial reconhecimento”, sublinhou o júri do prémio promovido pela Estoril Sol, em comunicado enviado à agência Lusa. Muitos prémios Este prémio junta-se a várias outras distinções que a artista plástica já recebeu, nomeadamente a Ordem do Infante D. Henrique, com o grau de Grande Oficial, atribuída em 1997, e a Medalha de Mérito Cultural, pelo seu contributo para as artes, atribuída em Março de 2019, pela então ministra da Cultura Graça Fonseca, e o mais recente prémio “Personalidade do Norte”, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, que lhe foi entregue no final de Novembro. Maria da Graça Pinto de Almeida Morais nasceu há 74 anos em Vieiro, aldeia no concelho transmontano de Vila Flor, Portugal. De 1957 a 1958 viveu em Moçambique, no vale do Limpopo, de onde regressou em 1959 para a sua aldeia natal. Foi em Moçambique que despertou o interesse pela pintura, aos nove anos, incentivada pela professora, depois de o pai lhe ter oferecido uma caixa de aguarelas, como conta a José Jorge Letria no livro “Graça Morais: A Grande Arte Tem a Dimensão do Mistério” (2018). De acordo com o seu relato, foi nesta altura que disse à mãe querer ser pintora, apesar dos receios da progenitora, convencida de que os artistas passavam fome. A mãe tinha outros projetos para si, como tornar-se professora primária, seguindo uma tradição familiar. O Prémio Vasco Graça Moura-Cidadania Cultura foi instituído pela empresa Estoril Sol, em homenagem à memória do escritor Vasco Graça Moura (1942-2014), nascido há exatamente 81 anos, no Porto, em 3 de Janeiro de 1942.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente das Filipinas parte para visita de Estado à China de três dias O Presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., partiu hoje para a China, onde vai realizar uma visita de Estado de três dias, estando previsto um encontro com o líder chinês, Xi Jinping, visando reforçar os laços bilaterais. “Com esta partida para Pequim, abro um novo capítulo na nossa cooperação abrangente e estratégica com a China”, disse Marcos Jr., num encontro com autoridades e diplomatas dos dois países numa base aérea de Manila que antecedeu a sua partida. “Aguardo ansiosamente a minha reunião com o Presidente Xi enquanto trabalhamos para mudar a trajetória das nossas relações para um nível mais alto que, com sorte, vai trazer várias perspectivas e oportunidades abundantes de paz e desenvolvimento para os povos dos nossos dois países”, acrescentou. Aludindo à disputa territorial que Pequim e Manila mantêm em torno da soberania do Mar do Sul da China, o líder filipino disse estar ansioso para discutir questões políticas e de segurança bilaterais e regionais. “As questões entre os nossos dois países são problemas que não pertencem a dois amigos como as Filipinas e a China”, acrescentou. “Procuraremos resolver essas questões para benefício mútuo dos nossos dois países”, frisou. A China considera praticamente todo o Mar do Sul da China como território seu e ignorou uma decisão de 2016 de um tribunal de Haia que invalidou as reivindicações de Pequim. O caso foi apresentado pelas Filipinas, que dizem que a China desde então transformou recifes disputados em ilhas artificiais com pistas para aviões e outras infraestruturas, de modo que agora se assemelham a bases militares avançadas. Mais recentemente, um comandante militar filipino relatou que a guarda costeira chinesa apreendeu à força destroços de foguetes chineses que o pessoal da marinha filipina havia recuperado no Mar do Sul da China, no mês passado. A China negou a apreensão forçada. Marcos disse que vai pedir mais esclarecimentos na sua visita a Pequim. Acompanhado por uma delegação de empresários, o líder filipino disse que procura cooperação em várias áreas, incluindo agricultura, energia, infraestrutura, comércio e investimentos e intercâmbio entre pessoas. Espera assinar mais de 10 acordos bilaterais importantes durante a visita. A China responde por 20% do comércio exterior das Filipinas e é também uma importante fonte de investimento estrangeiro direto no país do sudeste asiático.