China / ÁsiaAcidente | Governo e comandante de avião com versões distintas Hoje Macau - 5 Jan 2024 O Governo japonês concluiu ontem que o avião da Guarda Costeira japonesa, envolvido no acidente no aeroporto de Tóquio que fez cinco mortos, não tinha ordem para entrar na pista. O capitão do avião da guarda costeira, sobrevivente do acidente, tem outra versão O avião da Guarda Costeira japonesa que colidiu com um avião comercial no aeroporto de Haneda, em Tóquio, na terça-feira, não tinha autorização para entrar na pista, disse ontem o Governo do Japão. “Não havia nada na transcrição das comunicações que pudesse ser considerado como autorização para entrar na pista”, afirmou o director-geral adjunto do Gabinete de Aviação Civil do Ministério dos Transportes japonês, Toshiyuki Onuma, citado pela agência de notícias Kyodo. Onuma referia-se às comunicações do controlo de voo divulgadas pelo Ministério dos Transportes do Japão. No entanto, o capitão do avião da guarda costeira e único sobrevivente dos seis tripulantes, disse que o aparelho tinha autorização para entrar na pista. Noutras declarações, terá indicado que o avião tinha recebido autorização para levantar voo. Nos registos de comunicação entre os controladores de tráfego aéreo e a companhia do voo comercial, a Japan Airlines (JAL), também não há indicação de qualquer atraso na aterragem, o que levou especialistas a sugerir ser possível que ambas as partes não tivessem conhecimento da presença de outro avião na pista. De acordo com a estação pública NHK, o piloto da JAL disse à companhia não ter visto nenhum avião quando se aproximava da pista e que tinha recebido autorização dos controladores para aterrar. Consequência do sismo O Ministério dos Transportes, através do seu Conselho de Segurança dos Transportes (JTSB), está a investigar o acidente ocorrido no aeroporto de Haneda, um dos aeroportos mais movimentados do país, depois de o voo comercial da JAL proveniente de Sapporo ter colidido com o avião da Guarda Costeira na terça-feira. O acidente ocorreu às 17:47 e desencadeou um incêndio nos dois aparelhos, obrigando à saída de emergência dos passageiros e da tripulação. Todos os 379 ocupantes do voo comercial conseguiram sair do aparelho com vida, mas 14 ficaram feridos. Dos seis ocupantes do avião da Guarda Costeira, apenas o comandante, que ficou gravemente ferido, escapou com vida. O avião da Guarda Costeira estava a caminho para transportar alimentos e água para a zona afectada pelo forte sismo que atingiu a costa oeste do centro do Japão na segunda-feira. A companhia aérea japonesa acrescentou que a perda do Airbus A350 será coberta pela seguradora e referiu estar a analisar o impacto do acidente nos resultados comerciais para este ano fiscal, que termina a 31 de Março, incluindo a redução das vendas devido ao cancelamento de voos e à indemnização dos passageiros envolvidos.