China / ÁsiaInternet | Controlo sobre actividades religiosas ‘online’ reforçado Hoje Macau - 18 Set 2025 A China divulgou novas regras que regem a actividade de figuras religiosas nas redes sociais, incluindo a permissão para pregar na rede social WeChat e a proibição do uso de inteligência artificial para fins de proselitismo. O texto, intitulado “Regras de Conduta Online para Pessoas Religiosas”, foi divulgado na terça-feira pela Administração Nacional para os Assuntos Religiosos, responsável pela regulamentação das práticas religiosas na China. As figuras religiosas estão proibidas de pregar “através de transmissões em directo, vídeos curtos, reuniões online, grupos WeChat ou Momentos WeChat”, pode ler-se no texto, referindo-se aos recursos da principal rede social da China. É ainda proibido “oferecer cursos de formação virtuais como ‘meditação’, ‘retiros espirituais’ ou ‘terapia’ com conteúdos religiosos”, destaca ainda o aviso, citado pela agência France-Presse (AFP). Apenas os membros de organizações religiosas que tenham obtido uma permissão emitida pelo Estado podem ser isentos destas proibições. O texto proíbe ainda o uso de “inteligência artificial generativa” para fins de proselitismo. Excepcionalmente, o documento especifica que também se aplica às figuras religiosas que utilizam “plataformas estrangeiras”, bem como às localizadas em Taiwan. Estas novas regras baseiam-se numa série de leis que entraram em vigor desde a década de 2000 e que reforçaram significativamente o controlo estatal sobre as religiões, particularmente na esfera digital. Em 2022, a China já tinha proibido qualquer serviço online relacionado com religião sem uma licença oficial. Estas políticas visam explicitamente a ‘sinização’ das religiões e encorajar uma fé “patriótica” sob a “orientação” do Partido Comunista Chinês, pode ler-se nos documentos oficiais.