Imobiliário | Associação critica Governo por falta de medidas

O presidente da Associação Geral do Sector Imobiliário de Macau, Ip Kin Wa, alertou novamente para o risco do crédito malparado nos bancos de Macau atingir níveis preocupantes, na consequência da crise do mercado imobiliário e do encerramento dos casinos-satélites. As declarações foram prestadas numa entrevista ao jornal Ming Pao, de Hong Kong.

Na opinião de Ip, a situação económica de Macau não é única e a tendência negativa verifica-se igualmente no Interior da China e em Hong Kong. Contudo, o dirigente associativo mostra-se preocupado porque diz que nas outras duas regiões os Governos tomaram medidas para promover a estabilização dos mercados imobiliários. Ao mesmo tempo, Ip indica que em Hong Kong o Executivo enviou uma comitiva ao Médio Oriente para atrair investimento imobiliário e quadros qualificados.

No entanto, o presidente da Associação Geral do Sector Imobiliário de Macau lamenta que na RAEM o Executivo não apresente medidas para atrair quadros qualificados. Ip criticou também o facto de o Governo não ter alterado o imposto de selo nas transacções de imobiliário, que actualmente varia de 1 a 3 por cento, consoante o valor do imóvel. O presidente da associação afirmou que este imposto é o mais elevado da Grande Baía.

“Actualmente, em Macau, realizam-se pouco mais de 100 transacções de imóveis por mês e apenas 2.000 transacções ao longo do ano. Os preços dos imóveis estão a descer e é necessário salvar o sector imobiliário para estabilizar o consumo e a economia”, apelou Ip.

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