China / ÁsiaApple doa quase 4 ME a universidade chinesa para formar programadores Hoje Macau - 27 Mar 2025 A empresa tecnológica norte-americana Apple vai doar 30 milhões de yuan à universidade chinesa de Zhejiang, anunciou o seu presidente executivo, Tim Cook, numa visita a Hangzhou, sede dos gigantes tecnológicos DeepSeek e Alibaba. A cidade, localizada no leste da China, é considerada um epicentro tecnológico do país, numa altura em que o sector da inteligência artificial (IA) está a ter um novo ‘boom’ na região. A iniciativa faz parte do Apple Mobile App Incubation Fund, um fundo criado para apoiar a formação de programadores empreendedores e incentivar o desenvolvimento de aplicações móveis no ecossistema iOS. Através deste programa, os participantes receberão formação técnica, mentoria e acesso a investidores e especialistas do sector. “Acreditamos que a programação é uma ferramenta poderosa que nos permite criar, comunicar e resolver problemas de formas totalmente novas. Temos a honra de aprofundar a nossa colaboração de uma década com a Universidade de Zhejiang para capacitar a próxima geração de programadores”, afirmou Cook. De acordo com a Apple, a empresa destinou 50 milhões de yuan à universidade nos últimos dez anos. O Concurso de Inovação em Aplicações Móveis, apoiado pela Apple há uma década, atraiu mais de 30.000 candidaturas de quase 1000 universidades da “grande China”. Nos últimos anos, foram acrescentados percursos específicos para estudantes sem experiência prévia em programação (“Inspiration Track”) e para empresários recentes (“Launch Track”), alargando simultaneamente o seu alcance a regiões menos desenvolvidas do país. “Trabalharemos em conjunto com a Apple para criar uma nova geração de talentos com integridade em termos de conhecimentos, competências, carácter e valores”, afirmou Ren Shaobo, secretário do Partido Comunista da China (CPC) na Universidade de Zhejiang. Empenho e investimento A visita de Cook a Hangzhou faz parte da sua actual digressão pela China, onde tem reiterado o compromisso da Apple para com o mercado local. Na segunda-feira, em Pequim, encontrou-se com o Ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, a quem reafirmou os planos para aumentar o investimento em investigação, cadeia de fornecimento e responsabilidade social no país. Cook efectuou pelo menos três viagens à China no último ano para mostrar o seu empenho em aumentar ainda mais o investimento no país e “aproveitar as oportunidades oferecidas pela sua abertura”. Numa dessas visitas disse que dá “grande valor” aos seus parceiros chineses, sem os quais o fabricante “não poderia fazer o que faz”, e noutra viagem inaugurou a maior loja da Apple na Ásia, localizada na megalópole oriental de Xangai. A Grande China é o terceiro maior mercado da Apple, depois da América e da Europa. No entanto, as vendas do iPhone diminuíram na região, em parte devido à crescente concorrência de marcas locais como a Huawei e à falta de funcionalidades de IA nos mais recentes dispositivos da empresa californiana. De acordo com o The Wall Street Journal, a Apple tem estado em conversações com várias empresas chinesas de IA sobre uma possível parceria para implementar a Apple Intelligence na China.