PolíticaMaioria das mulheres com salário cortado ou congelado Hoje Macau - 10 Mar 2025 Após a pandemia mais de 80 por cento das mulheres viu o salário congelado ou sofreu cortes. A conclusão faz parte de um inquérito elaborado pela Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM). Na sexta-feira, a Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) apresentou um inquérito sobre a situação de trabalho e vida das mulheres, com base em inquéritos 970, e 86 por cento das entrevistadas confessaram ainda terem o salário congelado ou reduzido. Ao mesmo tempo, 14 por cento das entrevistadas admitiram que o salário tinha sido aumentado depois da pandemia. Quando questionadas sobre os principais motivos de preocupação na vida quotidiana, 77 por cento das entrevistadas indicou a situação económica, 73 por cento as perspectivas futuras de desenvolvimento da carreira profissional, e 67 por cento a necessidade de tomar conta dos filhos, idosos ou de outros familiares. Já a maioria das pessoas que se queixa do impacto de cuidar de familiares indicou que tem à sua responsabilidade pelo menos duas pessoas. Mais apoios Face aos resultados, os autores do estudo indicaram que muitas mulheres sugeriram uma maior protecção do descanso a nível laboral, melhores oportunidades de emprego e de desenvolvimento profissional. “É necessário que o Governo se foque na primazia do emprego local, não só para as mulheres, mas também para todos os residentes locais com a definição de uma política a longo prazo, além de lançar mais medidas de formação e promoção para os quadros qualificados,” afirmou a deputada da FAOM Ella Lei. Nas conclusões do inquérito, é igualmente defendido que Governo deve aliviar a pressão económica da população, através da melhoria de medida de bem-estar social, como o cheque pecuniário, cartão de consumo, subsídio às tarifas de água e luz ou vales de saúde. Para incentivar a natalidade, as entrevistadas defenderam também o aumento da licença de maternidade e a melhoria das condições de candidatura a habitação pública. Face às conclusões, a equipa de investigadores apelou ao Governo para melhorar as políticas actuais, aumentar o número de dias para a licença de paternidade e elaborar legislação para garantir o tempo de amamentação das mulheres.