UE | Câmara de Comércio espera por medidas para atrair investimento

A Câmara de Comércio da União Europeia na China disse ontem esperar que Pequim implemente “plenamente” medidas para optimizar o ambiente empresarial e atrair investimento estrangeiro, durante a sessão plenária do órgão máximo legislativo do país.

A reunião anual da Assembleia Popular Nacional (APN), que tem início na quarta-feira, (ver páginas 2-3), deverá constituir “uma oportunidade” para os dirigentes chineses comunicarem às autoridades locais “expectativas claras sob a forma de orientações e prazos de execução” das suas políticas mais recentes para atrair investimento e capital estrangeiro, referem.

“A Câmara espera que continue a ser dada ênfase à estabilização do investimento estrangeiro, em linha com os planos anunciados até à data”, afirmou.

No final de Fevereiro, o Governo oficializou um plano para “estabilizar” o investimento estrangeiro em sectores como as telecomunicações, cuidados de saúde e educação, após ter actualizado a sua lista de áreas onde o investimento estrangeiro não é permitido, reduzindo o número de 31 para 29, e eliminando todas as restrições na indústria transformadora.

A China prometeu igualmente autorizar a criação de hospitais de propriedade inteiramente estrangeira em certas cidades e regiões do país.

Segundo a agência de notícias Bloomberg, a China registou um saldo negativo de investimento estrangeiro no ano passado: só em novembro, o investimento na China foi de 188,9 mil milhões de dólares, enquanto as saídas da China para outros países foram de 234,6 mil milhões de dólares, o que faz deste o maior défice mensal da série histórica.

O grupo empresarial europeu considerou que a “plena implementação” das medidas destinadas a optimizar o ambiente empresarial continua a ser “a melhor forma de restaurar a confiança no mercado chinês”.

O organismo disse esperar que a reunião se concentre em medidas que possam “estimular o consumo interno” e que, à semelhança de 2024, seja fixado um objectivo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de 5 por cento para este ano.

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