Manchete SociedadeEconomia | Previsto desenvolvimento estável para 2025 Andreia Sofia Silva e Nunu Wu - 16 Jan 2025 A Associação Económica de Macau acredita que o território terá, este ano, um desenvolvimento estável, tendo em conta os dados do Índice de Prosperidade publicados por esta entidade na terça-feira. Espera-se um crescimento do Produto Interno Bruto de 5 por cento em termos anuais Dados divulgados esta terça-feira pela Associação Económica de Macau, relativos ao Índice de Prosperidade, apontam para uma estabilidade do desenvolvimento económico do território para este ano. Segundo um comunicado da associação, a economia local deverá ficar no nível considerado estável mediante este Índice, com 6,4 a 6,5 pontos, numa escala de 0 a 10. Os dados dizem respeito ao primeiro trimestre. A associação denota que este nível estável é semelhante ao indicado nos meses de Novembro e Dezembro do ano passado, quando Macau registou também com 6,4 a 6,5 pontos. A entidade, liderada pelo antigo deputado nomeado Joey Lao, denota que é esperada a continuidade da estabilidade económica, com mais estímulos à confiança e uma maior modernização em alguns sectores, sendo estes “elementos importantes” para que a economia continue a estabilizar depois de três anos difíceis devido à pandemia. Outra previsão da associação, prende-se com o crescimento anual de 5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do território. As causas A equipa responsável pelo Índice destacou factores para o bom desempenho económico, nomeadamente a entrada em vigor do regime de múltiplas entradas para os residentes de Zhuhai e Hengqin em Macau, que vigora desde o dia 1 de Janeiro, esperando-se benefícios para os sectores do retalho e restauração. Sobre o jogo, a associação alertou que o nível dos preços das acções das seis concessionárias se tem mantido baixo nos últimos tempos, bem como o índice de confiança do consumidor na China. Quanto a estes dois factores, prevê-se que se mantenham num nível baixo até Março deste ano, o que denota falta de confiança da parte dos investidores e também dos consumidores. Além disso, foi apontado que a China pode ter um melhor desempenho económico este ano, prevendo-se que no Interior se reduzam as taxas de juro e taxas de reserva obrigatória para manter a liquidez e juros baixos, a fim de dar resposta “à incerteza dos mercados exteriores e para proporcionar condições para o crescimento económico”. Ainda no tocante ao impacto da economia mundial, a associação destaca que persiste um cenário de incerteza, sobretudo no que diz respeito ao ritmo dos cortes nos juros. Um dos exemplos apontados foi o dos EUA, cuja Reserva Federal aplicou apenas dois cortes de juros este ano, o que significa que para muitos países o custo do capital permanece relativamente elevado a curto prazo. Estima-se que tenha lugar um novo aumento dos juros, mas a chegada de Donald Trump à Casa Branca e as suas futuras políticas de tarifas alfandegárias dificultam as previsões da associação, é referido na mesma nota.