China / ÁsiaTailândia levanta proibição de venda de álcool à tarde em vigor desde 1972 Hoje Macau - 4 Dez 2025 A Tailândia levantou ontem a proibição da venda de bebidas alcoólicas durante a tarde, que foi decretada em 1972 para evitar que os funcionários públicos consumissem álcool em horário de trabalho. A medida agora revogada por um decreto real impedia a venda de álcool entre as 14:00 e as 17:00 em estabelecimentos comerciais, como supermercados. A venda será permitida naquele horário por um período inicial de teste de 180 dias, anunciaram ontem as autoridades, segundo a agência de notícias espanhola EFE. A nova regulamentação estende o horário anteriormente permitido para a venda de álcool, das 11:00 às 14:00 e das 17:00 à meia-noite, removendo a proibição de três horas à tarde. O fim do período à meia-noite permanece em vigor, mas os clientes em estabelecimentos licenciados têm agora uma extensão de uma hora para terminar as bebidas, segundo o jornal Bangkok Post. Revisto e confirmado O Governo encarregou em Fevereiro os ministérios da Saúde, Administração Interna e Turismo de reverem a regulamentação, que também contempla proibições de venda durante cinco dias especiais do calendário budista por ano. O então ministro da Administração Interna e actual primeiro-ministro, Anutin Charnvirakul, disse que a política seria revista para estimular a economia e criar empregos. As autoridades confirmaram em Maio a intenção de suavizar as restrições, permitindo desde então a venda durante festividades budistas em aeroportos, hotéis e zonas de atracção turística, entre outros locais. O Governo já considerava desactualizada a proibição durante os dias budistas, a religião maioritária no país, cujo quinto preceito consiste na abstenção do consumo de produtos tóxicos, como seriam os licores. A Tailândia, o país mais visitado do Sudeste Asiático, toma a medida também para impulsionar o turismo, com o objectivo de superar o recorde pré-pandemia de 2019, quando recebeu 39,8 milhões de estrangeiros. O país tem tentado recuperar o mercado, com foco especial no turismo chinês, a principal fonte de visitantes.