Eventos“Salão de Outono” abre hoje ao público na Casa Garden Andreia Sofia Silva - 24 Out 2025 É hoje inaugurada a exposição anual “Salão de Outono AFA 2025”, organizada pela AFA – Art for All Society, e que é acolhida na Casa Garden, sede da Fundação Oriente (FO) em Macau. A partir das 18h30, e até ao dia 6 de Dezembro, podem ser vistas cerca de 100 obras de artistas locais e ainda uma mostra da AFA com curadoria de Alice Kok, intitulada “Chinoiserie Surrealista: Golden City of Seres – Uma Exposição e Espectáculo de Intercâmbio Cultural e Artístico entre Macau e Antuérpia”. Trata-se de um projecto de “colaboração interdisciplinar que reúne artes visuais, dança e música”, sujeito ao tema “Chinoiserie Surrealista”, e onde se proporciona um “diálogo artístico entre as culturas oriental e ocidental que se entrelaçam e onde o clássico se encontra com o futurista”. Depois de uma primeira apresentação em Antuérpia, na Bélgica, este projecto de Alice Kok estreia-se agora em Macau. O tema desta edição do Salão de Outono, a 16.ª, é “Regresso a Casa: Um Reencontro entre a Luz e a Sombra da História” e apresenta obras de 50 artistas de Macau que expõem, assim, uma diversidade de trabalhos em termos de temas e estilos. Destaque também para a apresentação da secção especial chamada de “Exposição dentro da Exposição”, composta pela mostra individual de cerâmica “The Whims of Creation” [Os Caprichos da Criação] de Lio Pou I, vencedor do Prémio de Arte da FO em 2024. Aqui, “as formas características de nuvens e corpos exploram o profundo significado da vida e da existência”, destaca-se numa nota da AFA. Diversidade criativa A edição deste ano do Salão de Outono conta com curadoria de Juliam Lam Tsz Kwan e Leong Kit Man. Ao HM, Julia Lam destaca que esta edição revela “a diversidade e vitalidade do panorama artístico contemporâneo de Macau”, mostrando-se também “talentos emergentes e uma herança e energias do ecossistema artístico” local. Julia Lam salienta também a apresentação do prémio da FO. “Nesta mostra, Lio Pou I mergulha nos profundos mistérios da existência através da sua arte cerâmica, criando formas que lembram nuvens e figuras humanas para explorar o significado da vida e do viver. Esta série está exposta na galeria do rés-do-chão da casa histórica [Casa Garden], com acesso directo a partir do jardim, e este cenário único cria um diálogo íntimo entre as fundações históricas do espaço e a prática contemporânea que ele abriga, convidando os visitantes a experimentar a profunda conexão entre património e inovação.” Ainda segundo Julia Lam, os trabalhos que integram esta edição do Salão de Outono “incorporam a confluência de investigação filosófica, património visual e inovação visionária que inspira os artistas de Macau e que se alinha com a visão e os princípios da FO e da AFA – Art For All”. A curadora revelou que, ano após ano, “há mais projectos multimédia e instalações seleccionadas para o Salão de Outono, mas o ponto de atracção da exposição permanece inalterado”, que é “a interacção emocional, as mensagens transmitidas que tocam o ‘eu’ interior e a responsabilidade por uma consciência natural, humana e patrimonial, que tornam as obras de arte intemporais”.