China / ÁsiaImobiliário | Evergrande expulsa da bolsa de Hong Kong Hoje Macau - 26 Ago 2025 O congelamento de acções por 18 meses levou à saída da gigante do imobiliário do mercado bolsista de Hong Kong A gigante imobiliária Evergrande foi expulsa ontem da Bolsa de Valores de Hong Kong, após ter as acções congeladas por mais de 18 meses, período em que não conseguiu cumprir as condições impostas para retomar a cotação. A Evergrande declarou em 12 de Agosto ter recebido uma carta do operador bolsista a confirmar que, tendo ultrapassado o prazo máximo de 28 de Julho, o comité de admissão à bolsa decidiu cancelar a participação no mercado, a partir de ontem às 09:00 horas locais. De acordo com as regras da bolsa de Hong Kong, o operador pode expulsar qualquer empresa cotada que tenha mantido as acções congeladas durante um período contínuo de 18 meses. Em Março de 2024, o operador já tinha avisado a Evergrande de que a imobiliária seria expulsa se não cumprisse as exigências a tempo. Entre as exigências iniciais, contava-se a obrigação de “que a ordem de liquidação contra a empresa fosse retirada ou anulada”. A bolsa exigiu também que a Evergrande publicasse todos os resultados financeiros pendentes da empresa e demonstrasse a “integridade e capacidade” da direcção. História de incumprimento As acções da Evergrande estão suspensas desde 29 de Janeiro de 2024, data em que um tribunal de Hong Kong ordenou a liquidação da imobiliária. Na data em questão, as ações da empresa estavam a ser negociadas a 0,16 dólares de Hong Kong (, uma queda de quase 99,5 por cento em relação ao pico de 31,55 dólares de Hong Kong atingido em Outubro de 2017. A imobiliária avisou os accionistas e investidores de que, embora os títulos permaneçam válidos, vão deixar de ser cotados e negociados em Hong Kong e de estar sujeitos às regras de cotação. A Evergrande, com um passivo de cerca de 330 mil milhões de dólares, entrou em incumprimento em 2021, depois de ter sofrido uma crise de liquidez devido às restrições impostas por Pequim ao financiamento de promotoras que tinham acumulado elevados níveis de dívida, após o que foi intervencionada pelas autoridades chinesas. O grupo, convertido no principal rosto visível da crise imobiliária chinesa, mergulhou numa nova turbulência no final de 2023, depois de o fundador e presidente, Xu Jiayin, ter sido colocado numa espécie de prisão domiciliária por “suspeita de actividades ilegais”.