Identificadas mais de 200 vítimas da queda do Boeing 787 na Índia

As autoridades indianas anunciaram esta quarta-feira que identificaram os corpos de mais de 200 vítimas do voo 171 da Air India, que se despenhou a 12 de Junho em Ahmedabad, no noroeste da Índia. Segundo o director clínico do hospital civil da cidade, Rakesh Joshi, até quarta-feira, foram identificadas 208 vítimas do acidente.

A queda do Boeing 787, logo após ter descolado com destino ao aeroporto de Gatwick, em Londres, matou pelo menos 279 pessoas, de acordo com o último balanço oficial, tornando-a o pior desastre aéreo do mundo desde 2014.

O avião, com 242 pessoas a bordo, despenhou-se numa zona residencial de Ahmedabad a 12 de Junho, um minuto após a descolagem, às 13:39. Segundo a Autoridade da Aviação Civil indiana, este avião de longo curso transportava 230 passageiros – 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadiano – e 12 tripulantes.

Só um passageiro, sentado junto a uma saída de emergência na parte da frente do avião, sobreviveu milagrosamente ao acidente. Em terra, pelo menos 38 pessoas morreram, de acordo com o mais recente balanço.

Em investigação

Os investigadores da aviação civil encarregados do inquérito recuperaram as duas caixas negras do avião, que registam as conversas no ‘cockpit’ e os parâmetros técnicos do voo. De acordo com as primeiras conclusões, o piloto emitiu um apelo de emergência (‘Mayday’) logo após a descolagem.

Imagens de vídeo difundidas após a catástrofe mostram o avião sem conseguir ganhar altitude e depois a despenhar-se pesadamente no solo, numa bola de fogo cor de laranja.

A Autoridade da Aviação Civil indiana ordenou uma inspecção dos outros 33 Boeing 787 ao serviço na frota da Air India “por precaução”. Essas inspecções não mostraram “qualquer problema de maior”, declarou a Autoridade da Aviação Civil na terça-feira à noite.

“Os aparelhos e os sistemas de manutenção foram considerados em conformidade com as normas de segurança em vigor”, indicou. A Air India anunciou quarta-feira num comunicado que vai efectuar “controlos de segurança reforçados na frota de Boeing 787” e cancelar alguns voos.

“As tensões geopolíticas no Médio Oriente, o recolher obrigatório nocturno nos espaços aéreos de muitos países europeus e do Leste Asiático, as inspecções de segurança reforçadas em curso, bem como a necessária abordagem cautelosa adoptada pelo pessoal técnico e pelos pilotos da Air India, conduziram ao aumento do número de voos cancelados”, declarou a companhia aérea no comunicado.

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