Somos! | Moçambicano vence concurso fotográfico sobre religiões e crenças

Já são conhecidos os vencedores do concurso fotográfico da associação local Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa. Marcos Júnior, de Moçambique, sagrou-se vencedor de um concurso que tinha como tema “O Homem e o Divino”, apresentando a fotografia tirada numa igreja em Moçambique

 

O moçambicano Marcos Júnior foi o vencedor da sexta edição do concurso fotográfico da associação de Macau Somos – ACLP, dedicado ao tema “O Homem e o Divino”, foi ontem anunciado.

Num comunicado, a Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa (Somos – ACLP) anunciou que Marcos Júnior venceu com uma fotografia tirada numa igreja em Moçambique que retrata o gesto de um padre a abençoar um crente, “reflectindo a intermediação entre o terreno e o celestial”.

O moçambicano vai receber um prémio no valor de dez mil patacas e uma viagem e estadia em Macau, para participar na cerimónia de inauguração da exposição do concurso e em ‘workshops’ organizados localmente.

A exposição será organizada, a partir de finais de Maio, no complexo do hotel-casino Parisian Macau, com as fotografias premiadas e cerca de outras 40 que foram seleccionadas pelo júri.

Os portugueses Adelino Meireles e João Carlos completam o trio de premiados, com fotografias da fé da comunidade ucraniana em Portugal e uma imagem inspirada na iconografia clássica da Madonna e o menino Jesus, respectivamente.

Os dois fotógrafos portugueses vão receber prémios no valor de sete mil patacas e cinco mil patacas. A Somos – ACLP sublinhou ter recebido “o maior número de sempre de participantes com cerca de três centenas de fotografias a concurso, com elevada qualidade”.

Mundo lusófono

A avaliação das obras candidatas coube a um júri presidido pelo fotojornalista português radicado em Macau Gonçalo Lobo Pinheiro e que conta ainda com António Leong (Macau), Samba M. Baldé (Guiné-Bissau) e José Sena Goulão, Reinaldo Rodrigues e Alexandre Coelho Lima (Portugal).

Lobo Pinheiro disse, citado no comunicado, que “o nível das obras submetidas surpreendeu o júri”, que recebeu “imagens vindas de diferentes cantos do mundo lusófono, revelando olhares diversos e narrativas visuais potentes”.

O júri atribuiu ainda três menções honrosas, a começar pela brasileira Ana Cláudia Talieri, graças a “Prece no relento”, o retrato de Lucas, homossexual e HIV positivo.

Bruno Taveira, com a fotografia “Cruz nas mãos, Fé no coração”, tirada num domingo de Páscoa, em Trás-os-Montes, e o também português Bruno Pedro, com “O Guardião do Tempo e da Tradição”, a imagem de um homem idoso parado à porta de uma mesquita, receberam as outras menções honrosas.

No arranque do concurso, em Fevereiro, a presidente da Somos – ACLP, Marta Pereira, disse à lusa que o objectivo é contribuir para uma “maior compreensão das diferentes ideologias e credos” entre as regiões onde se fala português.

O concurso, define o regulamento, destina-se “a todos os cidadãos dos países e regiões da Lusofonia ou residentes de Macau” com trabalhos realizados em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Goa, Damão e Diu.

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