Golfo de Omã | China, Rússia e Irão completam exercícios

As marinhas das três nações levaram a cabo simulações de salvamento de embarcações sequestradas para reforçar a capacidade de luta contra o terrorismo marítimo e a pirataria

 

A China, o Irão e a Rússia concluíram ontem uma série de exercícios marítimos no âmbito de manobras conjuntas nas proximidades do porto iraniano de Chabahar, no golfo de Omã. De acordo com a imprensa oficial chinesa, as três marinhas simularam operações de salvamento de navios comerciais sequestrados, com o objectivo de “reforçar as capacidades navais dos três países para fazer face a ameaças à segurança”.

A operação decorreu numa região próxima do porto de Chabahar e incluiu ataques a alvos marítimos, abordagem e controlo de danos, bem como operações conjuntas de busca e salvamento.

De acordo com a televisão estatal chinesa CCTV, os exercícios incluíram disparos de metralhadora pesada contra alvos marítimos, treino noturno de tiro ao alvo e salvamento de embarcações comerciais simuladas sequestradas.

Citado pelo jornal oficial Global Times, Zhang Junshe, um perito em assuntos militares chineses, disse que o exercício se centrou na luta contra o terrorismo marítimo e a pirataria. Os exercícios, apelidados de “Security Ties 2025”, têm como objectivo “aprofundar a confiança militar mútua e a cooperação pragmática entre as forças armadas dos países participantes”, afirmou o Exército chinês, em comunicado.

A história repete-se

A Marinha do Exército de Libertação Popular da China (ELP) enviou o contratorpedeiro Baotou e o navio de abastecimento Gaoyouhu para participar nos exercícios, detalhou a mesma fonte.

Os exercícios anuais foram realizados numa data semelhante em 2024, também nas águas do Golfo de Omã, e envolveram forças chinesas com o contratorpedeiro de mísseis guiados Urumqi, a fragata de mísseis Linyi e o navio de abastecimento Dongpinghu.

O exercício do ano passado coincidiu com os combates dos rebeldes Huthis no Iémen contra os navios de guerra norte-americanos e britânicos estacionados no mar Vermelho para proteger a navegação nesta via fluvial estratégica, através da qual se estima que passe 15 por cento do comércio marítimo mundial.

Os exercícios deste ano coincidem com uma reunião em Pequim, na sexta-feira, entre representantes da China, da Rússia e do Irão sobre a “questão nuclear” iraniana.

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