China / ÁsiaCoreia do Sul | Tribunal emitiu mandado de detenção de presidente deposto Hoje Macau - 3 Jan 2025 O mandado de detenção contra o presidente deposto sul-coreano, em vigor até segunda-feira, vai ser executado “dentro do prazo” estipulado, afirmou a agência que investiga a imposição de lei marcial a 3 de Dezembro. Yoon Suk-yeol prometeu lutar até ao fim O mandado contra Yoon Suk-yeol vai ser executado “dentro do prazo”, disse aos jornalistas o director do gabinete de investigação da corrupção (CIO), Oh Dong-woon. Os investigadores defendem “um processo fluido sem grandes perturbações”, indicou Oh, alertando para a possibilidade de uma “mobilização policial”. “Consideramos que acções como a montagem de barricadas e encerramento dos portões de ferro [da residência de Yoon] para resistir à execução do nosso mandado de detenção constituem uma obstrução às funções oficiais”, prosseguiu o responsável, acrescentando que qualquer pessoa que se oponha à detenção de Yoon pode “ser processada”. Um tribunal sul-coreano emitiu na terça-feira um mandado de detenção contra Yoon Suk-yeol, pela imposição de lei marcial no início de Dezembro. É a primeira vez na história da Coreia do Sul que um Presidente em exercício é alvo de uma acção judicial do género. Yoon Suk-yeol continua oficialmente em funções enquanto aguarda a decisão do Tribunal Constitucional sobre a destituição, adoptada em 14 de Dezembro pela Assembleia Nacional. Actualmente, está suspenso do cargo e espera-se que o tribunal confirme ou rejeite a destituição até meados de Junho. Yoon surpreendeu o país a 3 de Dezembro ao declarar lei marcial e enviar o exército para o parlamento. Foi forçado a recuar algumas horas mais tarde, sob pressão dos deputados e de milhares de manifestantes. O antigo procurador, de 64 anos, não respondeu por três vezes às convocatórias para ser interrogado sobre a tentativa de golpe de Estado, o que levou a que, na segunda-feira, fosse pedido um mandado de captura. Apelo aos crentes Yoon Suk Yeol, dirigiu-se na quarta-feira os seus apoiantes numa carta em que afirma que “lutará até ao fim”. “Estou a ver em directo no YouTube todo o trabalho árduo que estão a fazer”, escreveu Yoon na quarta-feira às centenas de apoiantes que se reuniram perto da sua residência oficial para protestar contra a investigação. “Lutarei até ao fim para proteger este país juntamente convosco”, declarou na carta, cuja fotografia foi enviada aos meios de comunicação social por Seok Dong-hyeon, um advogado que aconselha Yoon. O Partido Democrático, na oposição, que detém o controlo maioritário do Parlamento e liderou a destituição de Yoon, afirmou que a carta prova o estado de delírio de Yoon, que continua empenhado em completar a “insurreição”. “Como se não bastasse tentar encenar uma insurreição, está agora a incitar os seus apoiantes a um confronto extremo”, declarou o porta-voz do partido, Jo Seoung-lae, em comunicado.