China / ÁsiaAlto funcionário expulso do órgão consultivo e do PCC por corrupção Hoje Macau - 13 Dez 2024 O Partido Comunista Chinês anunciou ontem a expulsão de Gou Zhongwen, antigo director da Administração Geral do Desporto e membro do principal órgão consultivo do Governo chinês, por suspeita de “infringir a disciplina do Partido e da lei”. Segundo uma declaração conjunta da Comissão Central de Inspecção Disciplinar, o poderoso órgão anticorrupção do Partido Comunista, e da Comissão Nacional de Supervisão, a agência equivalente do aparelho de Estado, Gou foi considerado culpado de várias irregularidades, incluindo “o abandono de ideais políticos, a deterioração do ambiente no sistema desportivo e a utilização indevida de recursos públicos”. As autoridades afirmaram que o antigo funcionário “aceitou presentes, banquetes e ofertas de viagem em violação dos regulamentos”, tendo ainda obtido “benefícios pessoais” e “usado o seu poder para ajudar os seus familiares em negócios”. A investigação revelou que Gou “aceitou grandes somas de dinheiro” e tomou decisões arbitrárias que causaram “perdas financeiras significativas” ao Estado em projectos desportivos e aquisições. Foi igualmente acusado de ter prestado falsas declarações durante inquéritos organizacionais. Gou foi expulso do PCC, destituído de todos os seus cargos públicos, incluindo o de membro da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), o mais alto órgão consultivo político do país, bem como o de chefe-adjunto da Comissão de Assuntos Étnicos e Religiosos da Comissão Nacional da CCPPC. Cinto apertado Na segunda-feira, os dirigentes máximos do PCC anunciaram que vão redobrar os seus esforços na luta contra a corrupção, através de uma purga que resultou na demissão de ministros e oficiais do exército no último ano. De acordo com um comunicado divulgado pela agência noticiosa oficial Xinhua, o Politburo, a cúpula do poder na China, aprovou as ordens do Presidente do país e secretário-geral da organização, Xi Jinping, que apelou à “supervisão” e à “revolução interna” para “erradicar as condições que tornam a corrupção possível”. Xi Jinping, que consolidou o seu poder durante o 20.º Congresso do Partido, em 2022, intensificou a sua campanha anticorrupção, punindo pelo menos 610.000 funcionários no ano passado. A actual campanha visa funcionários públicos, mas também sectores tão diversos como as finanças, o tabaco e farmacêutico.