Artistas asiáticos expõem no Lisboeta até 17 de Novembro

A galeria Humarish Club, situada no Lisboeta Macau, no Cotai, apresenta até ao próximo dia 17 de Novembro a exposição colectiva “The One Less Traveled By”, que inclui obras de cinco artistas emergentes da Ásia.

Segundo uma nota da organização, “os artistas utilizam a sua linguagem artística única para analisar cada momento mais sensível da vida, comunicando os seus pensamentos e filosofias pessoais através das suas telas”. Nomes como Wang Jinbo, que apresenta “pinturas serenas”, ou Minami Kitabayashi, que “preenche a escuridão com florestas imaginárias”, estarão presentes nesta exposição, tal como o de June Hee, que “questiona a consciência e a realidade”. Wu Shi dedica-se a utilizar materiais como a areia e pedra nas suas obras, que revelam histórias pessoais e “transitoriedade”, enquanto Shek “continua os símbolos e a sintaxe do graffiti na tela”.

Um artista, uma mensagem

Wang Jinbo, nascido em Hebei em 1992, é licenciado pelo Instituto de Belas Artes de Sichuan, possuindo ainda um mestrado em pintura a óleo. A sua obra é pautada por uma “luz cintilante, que é a linguagem artística única” do artista, que expressa “o seu medo profundo de socializar, ou o medo das pessoas contemporâneas”.

“A transformação das figuras sempre foi uma expressão artística da sua exploração e descoberta de si próprio, que são eufemísticas e ligeiramente distorcidas, tentando o artista encontrar o estado que seja o mais confortável para si. Ao observar a situação actual da sociedade e ao reflectir sobre o carácter e os atributos dos seres humanos, o artista explora o seu próprio interior e obtém a compatibilidade consigo próprio”, é referido.

Por sua vez, Minami Kitabayashi, artista japonesa, é formada na Universidade de Arte de Musashino em 2016 com um bacharelato em Pintura a Óleo, tendo também estudado no Instituto de Artes da Indonésia de Yogyakarta de 2019 a 2021. A sua obra é pautada pela presença de “florestas exuberantes, figuras solitárias e animais”. “Ela pinta florestas imaginárias para preencher a escuridão, para a tornar habitável, e não para a cobrir e ignorar. Kitabayashi pinta este tema há muito tempo porque acredita que, se as pessoas se aperceberem de que cada um tem a sua própria escuridão, podemos dar a mão a alguém com facilidade. As suas pinturas são o seu refúgio e podem ser uma arma suave para sobreviver neste mundo complicado”, é referido.

June Hee, artista nascida em Shenzhen, vive e trabalha em Xangai, tendo estudado artes em França e Londres. “O trabalho de June, na maioria a óleo e aguarelas, gira em torno do tema da ‘consciência’ e tenta explorar as incríveis emoções na junção da imaginação com a realidade da vida.”

Por sua vez, Wu Shi é natural de Liaoning, sendo que o trabalho da artista “não é tanto uma expressão do seu modo de estar, mas mais um registo das fases da vida que nos vão acontecendo do ponto de vista de Deus”, é descrito na mesma nota.

SHEK, o último artista integrante da mostra, nasceu na província de Fujian em 1989, trabalhando sobretudo com as áreas do graffiti e design.

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