Lisboeta | Humarish Club, uma nova galeria de arte, já abriu portas

Acaba de ser inaugurada uma nova galeria de arte no território, intitulada Humarish Club. O espaço situado no resort Lisboeta no Cotai pretende atrair para Macau grandes nomes da arte contemporânea chinesa

 

A exposição “The Journey Begins: From H853 to Contemporary Art” deu o pontapé de saída de uma nova galeria de arte no território integrada no resort Lisboeta, da Sociedade de Jogos de Macau (SJM). O conceito por detrás do Humarish Club vai além do que normalmente se espera de uma galeria de arte internacional, procurando revelar aos amantes da arte de Macau “os trabalhos dos mais influentes artistas chineses”, com o intuito de estabelecer partilhas de experiências com o mundo da arte local. A galeria de arte pretende também contribuir para o objectivo de tornar Macau “num importante centro artístico” a nível mundial.

O projecto Humarish Club nasceu da iniciativa da empresa cultural e artística Chiu Yeng Culture, de Sabrina Ho, e da galeria HWAS Art, fundada em Xangai em 1997 e que é hoje uma das mais reputadas no meio em toda a China.

Com a abertura do novo espaço procura-se não apenas internacionalizar o panorama artístico de Macau como ainda promover um ambiente cultural marcado pelo classicismo e, ao mesmo tempo, pela modernidade. A ideia é “combinar a experiência do mercado na China com o mercado internacional de Macau”, sendo que a Humarish Club se propõe também a “acelerar a diversificação e o desenvolvimento do panorama cultural e artístico de Macau”.

Em relação à escolha dos artistas, o foco não incidirá apenas naqueles que já são conhecidos no mercado, mas também nos artistas emergentes. Outra das metas almejadas passa por “estabelecer uma boa relação com coleccionadores de arte, a fim de estabelecer uma plataforma de serviços para os coleccionadores de arte em todo o mundo”.

Os artistas e as obras

Em “The Journey Begins: From H853 to Contemporary Art” o público poderá conhecer trabalhos de alguns dos mais influentes artistas chineses da actualidade. É o caso de Zhou Chunya, que explora muito a vertente expressionista nos seus trabalhos, inserindo elementos artísticos tradicionais, tanto orientais como ocidentais.

O abastracionismo pode também ser visto nos trabalhos assinados por Ding Yi, que conta com uma carreira de cerca de 30 anos. Com a série de quadros intitulada “Shishi”, mostra-se o desenvolvimento urbano e industrial do país nas últimas décadas. Ding Yi participou, em 1993, na 45ª edição da Bienal de Veneza, e foi o primeiro artista chinês a desenhar lenços para a marca Hermes.

A arte pop chinesa pode ser vislumbrada nas obras de Xue Song, que trabalha sobretudo a construção e sua subsequente desconstrução de imagens e textos, criando depois novas peças. Um dos traços criativos de Xue Song é a mistura de elementos tradicionais e modernos no seu trabalho, criando novos significados.
Zheng Zaidong é outro dos artistas que contribuiu para a exposição inaugural na galeria do Lisboeta. Nascido em Taipé, Zheng Zaidong explora sobretudo a paisagem chinesa, sendo também um apaixonado pela temática da religião.

A mostra completa-se com os trabalhos de Li Qiang, onde as flores têm sido as protagonistas desde 1990. “Ao pintar repetidamente as suas favoritas magnólias e os seus ramos que têm várias direcções, Li Qiang explora o estado e a relação natural entre as flores, ramos, relva e todo o seu ambiente vivo, aponta um comunicado da galeria.

A exposição foi inaugurada na sexta-feira, estando patente até ao dia 20 de Fevereiro no centro comercial do resort Lisboeta. A entrada é livre.

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