China / ÁsiaPequim “profundamente preocupada” com escalada das tensões no Médio Oriente Hoje Macau - 30 Set 2024 A China afirmou ontem estar “profundamente preocupada” com a situação no Médio Oriente, após a morte do líder do movimento islamita armado libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, em bombardeamentos israelitas no Líbano. “A China está a acompanhar este caso com grande atenção e está profundamente preocupada com a escalada das tensões na região”, afirmou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês em comunicado. “A China apela às partes envolvidas, em particular a Israel, para que tomem medidas imediatas para acalmar a situação e evitar que o conflito se alastre ainda mais ou fique fora de controlo”, sublinhou. O exército israelita anunciou ontem estar a preparar “dezenas” de novos ataques contra o Hezbollah no Líbano. No total, 33 pessoas morreram e 195 ficaram feridas em ataques israelitas no Líbano no sábado, anunciou o Ministério da Saúde ao final da tarde. O Hezbollah confirmou no sábado a morte do líder do movimento, Hassan Nasrallah, horas depois de o exército israelita ter anunciado que o líder xiita pró-iraniano tinha morrido no bombardeamento da sede da organização na sexta-feira, nos subúrbios sul de Beirute. Israel já tinha matado este mês o chefe das operações militares e das forças de elite, Ibrahim Aqil, num outro ataque em Beirute. Extremos tocam-se Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde 7 de Outubro de 2023, após o ataque do Hamas em solo israelita que desencadeou a actual guerra na Faixa de Gaza, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa. Os ataques de Israel contra o Hezbollah intensificaram-se de forma substancial nos últimos dias, após as autoridades militares de Telavive terem anunciado uma deslocação das operações da Faixa de Gaza para o norte do país. O Hezbollah integra o chamado “Eixo da Resistência”, uma coligação liderada pelo Irão de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes Huthis do Iémen.