China / ÁsiaAutomóveis | BYD planeia controlar subsidiária que mantém com Mercedes Hoje Macau - 19 Set 2024 O grupo BYD quer adquirir a restante participação na Denza, a subsidiária de veículos eléctricos da Mercedes-Benz. A indústria automóvel chegou à campanha presidencial norte-americana, com Donald Trump a prometer aumentar tarifas sobre veículos chineses fabricados em unidades que não existem O grupo chinês BYD, maior fabricante mundial de veículos eléctricos, planeia adquirir os 10 por cento que ainda não controla da Denza, subsidiária de eléctricos topo de gama a Daimler, atual Mercedes-Benz, segundo a imprensa chinesa. De acordo com o portal de notícias económicas Yicai, que cita fontes da BYD, a empresa chinesa está a aguardar a aprovação dos reguladores e espera que a operação seja realizada durante o segundo semestre do ano. A plataforma de informação corporativa Tianyancha mostra a Denza como subsidiária integral da BYD desde o dia 14 de Setembro, e indica também que o executivo da Mercedes-Benz Hans Georg Engel deixou já a direcção da subsidiária. A empresa chinesa não exclui a possibilidade de a Denza colaborar com a Mercedes-Benz noutros sectores no futuro, e o grupo poderá também procurar novas oportunidades de cooperação com o construtor automóvel alemão no segmento eléctrico. A BYD e a Daimler fundaram a Denza em 2010 como uma subsidiária 50-50, com a empresa chinesa a fornecer baterias, motores e tecnologias de controlo eléctrico, e a empresa alemã a ficar encarregue do fabrico dos automóveis. O primeiro modelo da empresa, o Denza 300, chegou ao mercado em 2014, mas as suas vendas anuais não ultrapassaram as três mil unidades entre 2015 e 2018. Em meados de 2022, a BYD concluiu a compra de uma participação de 40 por cento, assumindo o controlo da filial e deixando a Mercedes-Benz com 10 por cento. Depois de lançar o MPV de luxo D9 e os SUV N7 e N8, as vendas do Denza ultrapassaram as 127 mil unidades em 2023 e totalizam quase 80 mil unidades nos primeiros oito meses deste ano. Na Terra do Oz O candidato presidencial norte-americano Donald Trump repetiu falsas alegações de que fabricantes chineses estão a construir grandes fábricas no México e prometeu aplicar tarifas alfandegárias de 200 por cento sobre automóveis produzidos por estas supostas fábricas. Trump também afirmou, na terça-feira, durante um evento no estado de Michigan, que concentra grande parte da indústria automóvel dos EUA, que se a vice-presidente democrata Kamala Harris for eleita em Novembro, deixará de haver esta indústria no país, porque a montagem de veículos eléctricos será deslocada para a China. A declaração surge após dados oficiais mostrarem que o emprego na indústria automóvel cresceu desde que o Presidente Joe Biden assumiu o cargo, em Janeiro de 2021, após cair durante o primeiro mandato de Trump. “Se eu não ganhar, vocês não terão indústria automóvel dentro de dois a três anos”, disse Trump. “Não vai haver fábricas de produção. A China vai apoderar-se de toda a produção por causa dos carros eléctricos”, acrescentou. O candidato disse que faria com que as fabricantes estrangeiras construíssem fábricas nos EUA, impondo taxas punitivas sobre automóveis importados. “Vai ser como tirar um doce a um bebé”, disse Trump. Os empregos no sector automóvel caíram 0,8 por cento durante o mandato de Trump para pouco mais de 949 mil, em Janeiro de 2021, quando deixou o cargo, de acordo com dados oficiais. Desde que Biden assumiu o cargo naquele mês, os empregos no sector aumentaram 13,6 por cento, para 1,07 milhões, em agosto.