Assédio sexual | Universidade de Renmin despede docente

Uma universidade chinesa despediu na segunda-feira um professor acusado de assédio sexual nas redes sociais por uma estudante de doutoramento, com gravações de áudio como prova. A mulher, que se identificou como Wang Di, disse que está a estudar num programa de doutoramento na Faculdade de Artes da Universidade Renmin da China.

No domingo, publicou um vídeo de 59 minutos na rede social Weibo no qual afirma que o professor, ex-vice-reitor e antigo representante do Partido Comunista na escola, abusou dela física e verbalmente.

Disse ainda que, durante mais de dois anos, depois de o ter rejeitado, ele lhe atribuiu muitas tarefas não pagas, repreendeu-a e ameaçou impedir a sua formação. A acusação incluiu excertos de áudio que, segundo ela, constituem prova do assédio. Num deles, pode ouvir-se um homem a tentar beijar uma mulher, que não parava de dizer: “Não, não, professor”.

“Neste momento, não aguento mais e não tenho como escapar, por isso estou a falar”, escreveu. A denunciante exigiu que o professor fosse punido e que lhe fosse nomeado um novo supervisor. A sua publicação teve 2,2 milhões de gostos até à noite de segunda-feira, com muitos utilizadores a deixarem comentários de apoio à estudante.

A Universidade Renmin concluiu que as queixas contra o professor eram verdadeiras após uma investigação. Para além de o ter despedido, também lhe retirou a filiação partidária e comunicou o incidente às autoridades, em conformidade com a lei, segundo um comunicado publicado no Weibo.

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