Justiça | Bens de Alvin Chau novamente colocados à venda

A nova venda judicial é realizada através de um “pacote” com 34 imóveis avaliados em 308,53 milhões de patacas. Face à venda do ano passado, existem menos duas áreas para escritórios à venda, mas foi acrescentado mais um lugar de estacionamento

 

Vários bens de Alvin Chau foram novamente colocados em venda judicial, depois da tentativa anterior não ter angariado interessados. A informação consta dos tribunais da RAEM e os bens colocados à venda estão avaliados em cerca de 308,53 milhões de patacas.

Em comparação com a tentativa de venda do ano passado, os imóveis situados no edifício César Fortune, junto às instalações da Hovione Macau, estão mais baratos. Todavia, a nova venda judicial também inclui menos bens, deixando de foram os imóveis para escritórios identificados como como AC/V4 e AC/V5, o que contribui igualmente para justificar a redução do preço mínimo exigido. No sentido oposto, foi incluído mais um lugar de estacionamento, face aos 30 anteriormente disponibilizados.

Na tentativa falhada, o “pacote” de imóveis tinha sido avaliado em 592 milhões de patacas. Para este valor, os imóveis AC/V4 e AC/V5 contribuíam com 124,0 milhões de patacas e 126,7 milhões de patacas respectivamente. Isto significa que sem estes dois imóveis, o pacote estava avaliado em 341,30 milhões de patacas.

Agora, os tribunais avaliaram os imóveis anteriores em 307,51 milhões de patacas, uma redução de 33,79 milhões de patacas. Porém, o pacote mais recente inclui ainda um lugar de estacionamento, face aos 30 que tinham sido disponibilizados anteriormente. Com o parque de estacionamento incluído, o preço da venda sobe assim para 308,53 milhões de patacas.

A venda dos imóveis para o pagamento das dívidas volta a estar relacionada com um exequente identificado como U Lai Wan, tal como no ano passado. Além de Alvin Chau, os imóveis estão igualmente ligados ao Grupo Tai Tak Lei, associado ao empresário. As propostas têm de ser apresentadas através de carta fechada até 21 de Outubro.

Mercado mais difícil

O facto de a primeira tentativa de venda ter falhado, tal como noticiado em Abril pelo HM, está relacionada com a situação do mercado imobiliário, que atravessa a crise mais grave desde que há registos. Desde o ano passado que o número de transacções caiu para valores próximos dos que eram praticados na década de 1980.

A falta de confiança no mercado imobiliário ficou também patente no ano passado, quando se realizaram dois concursos públicos de venda de terrenos na Taipa para a construção de habitação. Na altura, apenas um dos terrenos foi vendido, e mesmo esse só recebeu uma única proposta.

Face à situação, a Assembleia Legislativa aprovou, por proposta do Governo, um pacote de medidas para cancelar o imposto do selo especial, o imposto do selo adicional e do imposto do selo sobre a aquisição de fracções habitacionais.

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