China / ÁsiaJapão | Okinawa pede redução de bases norte-americanas Hoje Macau - 24 Jun 2024 Em dia de assinalar a batalha travada na II Guerra mundial entre o Japão e os EUA, as autoridades pedem a redução da presença norte-americana na da ilha O arquipélago japonês de Okinawa pediu ontem a redução das bases militares norte-americanas na região, no dia em que assinala o 79.º aniversário da batalha que travou com os Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. “Para alcançar a ilha de paz que o povo de Okinawa deseja, as bases militares americanas devem ser reorganizadas e reduzidas”, disse o governador de Okinawa, Denny Tamaki, de acordo com a emissora estatal NHK. Tamaki e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, participaram na cerimónia de aniversário, realizada em Itoman, cidade situada no sul da ilha principal de Okinawa e palco do fim da batalha. “Durante a última guerra, Okinawa foi palco de uma batalha horrível. A eliminação das bombas não deflagradas e a recolha dos destroços ainda estão em curso. É nossa responsabilidade transmitir a trágica realidade da batalha de Okinawa e o valor da paz à próxima geração”, disse Kishida. Em 2023, o gabinete de Kishida enviou mais elementos das Forças de Auto-Defesa japonesas na ilha de Ishigaki, face às crescentes tensões em Taiwan. A medida suscitou críticas e preocupações entre a população local, que receia que o arquipélago possa vir a ser palco de um novo confronto. Fardo pesado A Batalha de Okinawa foi a única invasão terrestre do Japão pelos EUA durante a Segunda Guerra Mundial e teve lugar poucos meses antes da rendição nipónica, dias depois do lançamento das bombas atómicas em Hiroshima e Nagasaki. O sangrento confronto durou três meses e custou a vida a um em cada quatro residentes do arquipélago, cerca de 94 mil no total. As autoridades locais aproveitam frequentemente o aniversário para sublinhar o pesado fardo que carrega o pequeno arquipélago, onde estão localizadas cerca de 75 por cento das instalações militares dos EUA no Japão. As bases militares, que ocupam um quinto da superfície da ilha principal, foram construídas em terrenos expropriados durante o período de ocupação norte-americana, que durou até 1972, duas décadas mais do que no resto do país asiático.