Imobiliário | Vendas crescem no primeiro trimestre

Durante os primeiros três meses do ano o número de imóveis vendidos aumentou 19 por cento face ao último trimestre de 2023. Em Abril, mês em que entraram em vigor as isenções fiscais, o volume de transacções quase duplicou face ao mês anterior

 

A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelou na sexta-feira que no primeiro trimestre deste ano foram transacionadas 965 fracções autónomas e lugares de estacionamento, correspondendo a subidas de 19 e 26,6 por cento, respectivamente, face ao quarto trimestre de 2023. O volume de vendas atingiu um valor total de 4,76 mil milhões de patacas, revela a DSEC que salienta que os dados foram apurados com base no imposto de selo cobrado.

No período em análise, foram vendidas 573 fracções autónomas habitacionais (+48, em termos trimestrais) pelo valor de 3,34 mil milhões de patacas (+16,7 por cento). Neste capítulo, 530 eram fracções autónomas habitacionais de edifícios construídos (+20,7 por cento) que se cifraram em 3,11 mil milhões de patacas (+27,6 por cento) e 43 eram fracções autónomas habitacionais de edifícios em construção (-50 por cento), cujo valor foi de 230 milhões de patacas (-45,7 por cento).

A DSEC dá conta também da descida em termos trimestrais de 4,8 por cento do preço médio por metro quadrado (área útil) das fracções autónomas habitacionais globais, com a zona da Taipa a registar a maior quebra (-8,1 por cento).

A quebra de preços também se fez sentir nos imóveis destinados a fins industriais e escritórios. Nos primeiros três meses de 2024, o preço médio por metro quadrado das fracções destinadas a escritórios foi de 70.620 patacas e o das fracções industriais cifrou-se em 43.353 patacas, valores que representaram descidas de 6,4 e 3,6 por cento, respectivamente, em termos trimestrais.

Abril a abrir

Quanto à construção privada, até ao final do primeiro trimestre de 2024 havia 6.645 fracções autónomas habitacionais em fase de projecto, 2.319 em construção e 60 estavam a ser vistoriadas. No trimestre em análise existiam 266 fracções autónomas habitacionais com licença de utilização emitida, das quais 75,9 por cento eram estúdios e 18,4 por cento tinham um quarto.

Em relação ao mês passado, quando foram aprovadas e entraram em vigor as isenções fiscais para impulsionar o mercado imobiliário, a Direcção dos Serviços de Finanças dá conta de um aumento das transacções. Durante o mês de Abril, foram transaccionados 269 imóveis para habitação, total que contrasta com 143 transacções no mês de Março.

Tendo em conta a altura em que entraram em vigor as isenções fiscais sobre a compra de imóveis, a 20 de Abril, na segunda metade do mês passado foram transmitidos 168 dos 269 imóveis no mês inteiro.

No mês passado, as zonas onde se venderam mais imóveis para habitação foram “Cidade e Hipódromo da Taipa” (56 transacções), “Baixa da Taipa” (47 transacções), “ZAPE” (30 transacções) e Novos Aterros da Areia Preta (23 transacções).

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