China / ÁsiaTimor-Leste | Portugal instado a reforçar aposta no português Hoje Macau - 13 Mai 2024 Representantes do Instituto Camões, presidido por Ana Paula Fernandes, estiveram de visita a Díli onde ouviram pedidos do reforço de apostas na língua portuguesa no território nas mais diversas áreas As autoridades de Timor-Leste pediram a Portugal um reforço de aposta da língua portuguesa em várias dimensões, disse sábado a presidente do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, Ana Paula Fernandes, no final de uma visita a Díli. “Aquilo que ouvimos em todas as reuniões é a necessidade de um reforço na aposta da língua portuguesa nas diferentes dimensões, na educação, na capacitação da administração pública, na área da justiça, também na área do ensino técnico profissional, a necessidade também de capacitar”, afirmou à Lusa Ana Paula Fernandes. A presidente do Instituto Camões realizou entre quarta-feira e sábado uma visita a Timor-Leste para dar início à negociação do próximo Programa Estratégico de Cooperação (PEC), para o período entre 2024-2028. Segundo Ana Paula Fernandes, além da língua portuguesa, também foi discutida a necessidade de reforçar as capacidades da administração pública timorense para responder ao desafio de adesão à Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). Durante a sua estada na capital timorense, a presidente do Instituto Camões reuniu-se com ministros de várias pastas, incluindo com o chefe da diplomacia timorense, Bendito Freitas, que coordena as negociações, e com o primeiro-ministro, Xanana Gusmão para ouvir as prioridades timorenses. “Mas o importante aqui também, que gostaria de realçar, é mais uma vez a vontade que ouvimos de todos os representantes das entidades públicas timorenses a necessidade de reforçarmos a língua portuguesa e também de o fazermos não só em Díli, mas também nos municípios”, sublinhou Ana Paula Fernandes. Acordo a caminho O PEC anterior, entre 2019-2023, foi assinado em Lisboa e tinha previsto um envelope financeiro de 70 milhões de euros para intervenções nos sectores de Consolidação do Estado de Direito e Boa Governação, Educação, Formação e Cultura e Desenvolvimento Socioeconómico Inclusivo. A presidente do Instituto Camões precisou que a execução do programa foi de 102 por cento e que até ao final do mês deverá receber da parte de Timor-Leste as “prioridades claramente definidas” para que o novo PEC possa ser assinado antes do final do ano.