China-Alemanha | Scholz pede a Xi Jinping que actue em prol de uma “paz justa”

O chanceler alemão, Olaf Scholz, defendeu ontem junto do Presidente chinês, Xi Jinping, um acordo com a China sobre a melhor forma de alcançar uma “paz justa” na Ucrânia. Scholz chegou à China no domingo, acompanhado por uma grande delegação de ministros e líderes empresariais. Esta é a sua segunda visita ao país desde que tomou posse no final de 2021.

Durante a visita de três dias, que incluiu paragens em Chongqing, Xangai e Pequim, o líder alemão tentou reforçar os laços económicos do seu país com a China, o principal parceiro comercial da Alemanha, ao mesmo tempo que representa uma União Europeia (UE) que quer ser menos dependente economicamente do país asiático.

No complexo diplomático de Diaoyutai, em Pequim, Olaf Scholz disse a Xi que queria discutir uma forma de “contribuir mais para uma paz justa na Ucrânia”.

Relativamente à crise ucraniana, a China apela ao diálogo, opõe-se a qualquer utilização de armas nucleares e apela ao respeito pela integridade territorial de “todos os países”, ou seja, da Ucrânia. Mas Pequim nunca condenou publicamente Moscovo pela sua invasão da Ucrânia e pede regularmente que sejam tidas em conta as preocupações de segurança de todas as partes, incluindo as da Rússia face à NATO.

“A guerra de agressão russa na Ucrânia e o armamento da Rússia estão a ter um impacto negativo muito significativo na segurança da Europa”, disse Olaf Scholz a Xi Jinping, de acordo com uma gravação fornecida pelo gabinete do Chanceler.

“O conflito afecta directamente os nossos interesses fundamentais”, continuou Scholz. “Indirectamente, prejudica toda a ordem internacional porque viola um princípio da Carta das Nações Unidas – o princípio da inviolabilidade das fronteiras dos Estados”, acrescentou.

Potências responsáveis

“China e Alemanha são a segunda e a terceira maiores economias do mundo”, afirmou Xi Jinping. “A importância de consolidar e desenvolver as relações sino – alemãs vai para além das relações bilaterais e tem um impacto significativo na eurásia e até no mundo inteiro”.

O líder chinês apresentou ao seu interlocutor aquilo que os órgãos chineses apresentaram como “quatro princípios” para evitar que a crise “fique fora de controlo e para restaurar a paz”.

A CCTV difundiu um vídeo dos dois homens a passear depois das discussões, entre árvores floridas, pontes de pedra e edifícios tradicionais chineses com colunas vermelhas. Olaf Scholz deve manter ainda conversações com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e reunir-se com o Comité Económico China – Alemanha.

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