China perde 155 bilionários em 2023, aponta relatório Hurun

Um total de 155 magnatas chineses desapareceram em 2023 da lista anual de pessoas com fortunas superiores a mil milhões de dólares divulgada no relatório Hurun. Embora o número de bilionários chineses tenha diminuído em relação ao ano anterior, a China continua a ser o país com mais bilionários do mundo. A nação asiática soma 814 bilionários, ultrapassando os Estados Unidos, com 800 bilionários.

A nível mundial, o relatório Hurun, com dados até 15 de janeiro de 2024, indicou que o número total de bilionários aumentou 167, para 3.279, e a riqueza total acumulada cresceu 9 por cento, para 108 biliões de yuan. Os Estados Unidos são o país que registou o maior aumento do número de bilionários, com 109 novos nomes na lista.

A Índia segue em segundo lugar, com um aumento de 84, enquanto o Reino Unido ultrapassou a Alemanha e ficou em quarto lugar, com 146 bilionários. Este crescimento foi largamente impulsionado pela ascensão da inteligência artificial (IA), que gerou mais de metade da nova riqueza em 2023.

No país asiático, Zhong Shanshan, de 70 anos, o fundador da empresa de água Nongfu que é conhecido como o “rei da água engarrafada”, continua a ser o homem mais rico do país, com 450 mil milhões de yuan. Colin Huang, fundador da empresa de comércio electrónico Pinduoduo, tornou-se o empresário tecnológico mais rico da China, com 385 mil milhões de yuan.

Huang subiu na classificação depois de um aumento do valor das suas acções cotadas nos Estados Unidos, ultrapassando Pony Ma, da Tencent, com 250 mil milhões de yuan e Zhang Yiming, da Bytedance, com 245 mil milhões de yuan, para ocupar o segundo lugar no país asiático.

“Pelo segundo ano consecutivo, Huang é o empresário mais rico da China”, declarou Rupert Hoogewerf, presidente e investigador principal da Hurun Report.

Poder artificial

Ao mesmo tempo, vários executivos do sector de tecnologia em rápida mudança da China tornaram-se alguns dos bilionários chineses de crescimento mais rápido, impulsionados pela ascensão da IA. Entre eles contam-se Cai Haoyu, fundador do estúdio de jogos miHoYo, sediado em Xangai, e Chen Tianshi, fundador da Cambricon Technologies, empresa de desenvolvimento de semicondutores para sistemas de IA sediada em Pequim.

A lista da Hurun destaca que Elon Musk é a pessoa mais rica do mundo pela terceira vez em quatro anos, com uma fortuna de 231 mil milhões de dólares, um aumento de 74 mil milhões de dólares graças ao crescimento das acções da Tesla.

Pequim perdeu o primeiro lugar que ocupava no ano anterior como a cidade com a maior concentração de bilionários do planeta, passando para o quarto lugar, sendo ultrapassada na Ásia por Mumbai (3), bem como por Nova Iorque (1) e Londres (2).

A China fixou um objectivo de crescimento de cerca de 5% para 2024, o mesmo objectivo do ano passado, embora muitos analistas tenham questionado se Pequim conseguirá atingir este valor sem medidas de estímulo adicionais que não estão actualmente previstas.

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