AMAGAO | Exposição celebra dois anos de mostras de arte

“YearTWO” é o nome da mostra hoje inaugurada no Artyzen Grand Lapa com vista a celebrar os dois anos de existência da galeria de arte AMAGAO, que tem organizado diversos eventos culturais no território. Até ao dia 5 de Maio podem ser vistos trabalhos de diversos quadrantes artísticos de figuras ligadas à arte, mas não só

 

A aventura de trazer artistas internacionais, incluindo lusófonos, a Macau para mostrar a sua arte arrancou há dois anos e promete não ficar por aqui. O segundo aniversário da galeria de arte AMAGAO, no Artyzen Grand Lapa, celebra-se hoje com a inauguração de uma exposição, a “YearTWO”, que pretende ser uma ode à arte, mas também a rostos das pessoas que vivem no território e que, há anos, foram dando cartas a nível profissional e criativo.

Incluem-se no rol de 34 artistas escolhidos nomes como o do pintor Denis Murrell, o arquitecto Alexandre Marreiros, o ilustrador Rui Rasquinho ou ainda o fotógrafo Gonçalo Lobo Pinheiro. A presidente da Fundação Oriente em Macau, Catarina Cottinelli da Costa, é outro dos nomes escolhidos, ao lado da joalheira Cristina Vinhas ou de Lai Sio Kit, Wilson Chi Ian Lam ou o designer Victor Hugo Marreiros.

Em declarações ao HM, José Isaac Duarte, co-fundador da AMAGAO, faz um “balanço positivo” da actividade cultural desenvolvida, ainda que tenham tido de enfrentar os desafios da pandemia.

“O período covid não foi fácil para nenhuma área de actividade, mas não nos impediu de lançar as bases do projecto”, apontou. Um dos eventos mais recentes promovidos pela AMAGAO, em colaboração com a Arte Macau: Bienal Internacional de Arte de Macau, foi, no ano passado, a exposição “Paisagens Interiores”, em que, pela primeira vez, se apresentou no território o trabalho da artista plástica Suzy Bila, natural de Moçambique.

De destacar também a organização, em 2022, de “Lusografia”, mostra inaugurada a propósito das celebrações do 10 de Junho – Dia de Portugal, Camões das Comunidades Portuguesas.

José Isaac Duarte está ligado à inauguração de exposições há bastante tempo, apesar da formação e trabalho como economista. Considera que a “YearTWO” não é mais do que “um pretexto para um encontro de celebração com o público e artistas, sublinhando a continuidade do projecto”.

Traços lusófonos

Uma vez que a AMAGAO se tem pautado, desde os primeiros sinais de existência, por revelar o que de melhor se faz na arte em língua portuguesa, José Isaac Duarte confessa que esse continua a ser o principal paradigma no trabalho desenvolvido.

“A ligação especial ao mundo lusófono constitui um dos traços distintivos da nossa identidade que queremos continuar a manter, contribuindo, assim o achamos, para a vivacidade do diálogo artístico na região.”

Confrontado sobre o panorama de exposições e artístico depois da pandemia, o responsável pensa que “a oferta expositiva aumentou, mas ainda não assistimos a uma consolidação ou estabilização do mercado local ou dos fluxos de visitantes mais direccionados para as actividade culturais”.

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