China / ÁsiaGuangdong | Prioridade à integração económica do sudeste da China em 2024 Hoje Macau - 24 Jan 2024 O desenvolvimento da Grande Baía é um desígnio prioritário para o Governador de Guangdong, Wang Weizhong, que promete tudo fazer para acelerar a construção de uma área moderna de qualidade mundial O governador de Guangdong disse ontem que a província vai “assumir maior responsabilidade” no apoio ao crescimento da economia chinesa e priorizar o desenvolvimento da Grande Baía, a metrópole no Delta do Rio das Pérolas que inclui Macau. Citado pela imprensa local, Wang Weizhong afirmou que Guangdong vai “acelerar a construção de uma Área da Grande Baía de classe mundial” e “dar as mãos a Hong Kong e Macau”, para assegurar a integração da economia chinesa e garantir um desenvolvimento económico moderno. Os esforços vão centrar-se igualmente no aumento das ligações regionais de transportes e no cultivo de uma forte reserva de talentos no sector dos circuitos integrados, ao mesmo tempo que se impulsiona a produção de ‘software’ industrial. Este ano marca o quinto aniversário da Área da Grande Baía, uma das três principais estratégias do Presidente chinês, Xi Jinping, para a integração regional que visa rivalizar com outras grandes metrópoles mundiais, incluindo Tóquio e São Francisco. O projecto abrange as regiões semiautónomas de Hong Kong e Macau e nove cidades de Guangdong, através da criação de um mercado único e da crescente conectividade entre as vias rodoviárias, ferroviárias e marítimas. O governador disse que Guangdong também pretende atingir um crescimento económico de 5 por cento este ano, o que está em conformidade com os objectivos já estabelecidos por outras províncias. Em 2023, a economia de Guangdong cresceu 4,8 por cento. A província vai apoiar igualmente o sector privado, considerado como a espinha dorsal da economia local, e criar mais oportunidades de emprego este ano para “assumir a principal responsabilidade” de ajudar a impulsionar a economia, acrescentou Wang. Rica província Devido à herança portuguesa e britânica, respectivamente, Macau e Hong Kong têm as suas próprias leis básicas e gozam de um alto grau de autonomia, incluindo ao nível dos poderes executivo, legislativo e judicial. Guangdong é a província chinesa que mais exporta e a primeira a beneficiar das reformas económicas adoptadas pelo país no final dos anos 1970, integrando três das seis Zonas Económicas Especiais da China – Shenzhen, Shantou e Zhuhai. O Produto Interno Bruto da área que compõe a Grande Baía, cuja população é de cerca de 70 milhões de habitantes, supera os 1,5 mil milhões de dólares – maior que as economias da Austrália, Indonésia e México, países que integram o G20. Além de integrar Macau e Hong Kong, Pequim pretende também transformar o modelo de crescimento da região, ao reforçar o consumo doméstico e serviços em detrimento das exportações e manufactura.