SJM | Fitch melhora perspectiva da dívida da operadora de jogo

A agência de notação financeira Fitch Ratings melhorou ontem a perspectiva da dívida da operadora de jogo Sociedade de Jogos de Macau (SJM) Holdings, de negativa para estável, graças à recuperação do turismo na região. De acordo com o comunicado, a Fitch manteve a classificação da dívida da SJM em ‘BB-’, sublinhando, contudo, que “a recuperação robusta” no número de visitantes e das receitas de jogos deverão beneficiar a empresa.

As receitas do jogo no território atingiram no último trimestre 75 por cento dos níveis de 2019, enquanto o número de turistas atingiu 89 por cento dos níveis pré-pandemia de covid-19, “apesar da recessão económica na China”, sublinhou a agência de notação.

A Fitch disse acreditar numa “melhoria sequencial moderada” do turismo este ano, “à medida que a capacidade de viagens aéreas continua a normalizar” tanto em Macau como na vizinha Hong Kong.

O Grand Lisboa Palace, empreendimento que a SJM inaugurou em Julho de 2021 no Cotai, em plena pandemia, obrigou a empresa a acumular um nível elevado de dívida, alertou a Fitch. A concessionária teve ainda de assumir os contratos dos trabalhadores de cinco casinos cuja operação tinha sido entregue a outras empresas e que encerraram durante a pandemia, sublinhou a agência.

A Fitch recordou também que a SJM se comprometeu a investir 12 mil milhões de patacas em elementos não jogo até 2032, na expectativa de diversificar a economia de Macau. O compromisso faz parte do contrato de concessão de dez anos da SJM, fundada pelo falecido magnata do jogo Stanley Ho, que, tal como o das restantes cinco concessionárias, entrou em vigor em 1 de Janeiro de 2023.

O contrato prevê ainda que, uma vez que as receitas dos casinos de Macau ultrapassaram 180 mil milhões de patacas em 2023, cada uma das operadoras terá de investir mais 2,4 mil milhões de patacas em actividades não ligadas ao jogo.

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