Fronteira | CPSP diz que cumpriu a lei ao barrar portuguesa

O Corpo de Polícia de Segurança Pública afirmou ontem ter cumprido a lei no caso da cidadã portuguesa a quem foi negada entrada em Macau no sábado passado. Segundo a TDM – Rádio Macau, as autoridades adiantaram que documentos de viagem com validade inferior a 90 dias não satisfazem as condições legais gerais de entrada em Macau e que podem resultar na recusa de entrada no território. As autoridades complementam a explicação afirmando que é uma medida “comummente adoptada por muitos países do mundo actual”.

Segundo a emissora pública, o CPSP sublinhou ainda que são bem-vindas em Macau pessoas de todo o mundo, cumprindo a máxima do “centro mundial de turismo e lazer”. No entanto, quem entra em Macau deve estar “atento às disposições legais do controlo de migração”, foi acrescentado.

O caso envolveu uma cidadã portuguesa moradora em Shenzhen que pretendia assistir ao espectáculo do fadista Camané com a Orquestra Chinesa de Macau, no passado sábado. Além da recusa de entrada, a portuguesa queixou-se de ter sido tratada pelas autoridades de Macau com falta de delicadeza.

“Eles foram sempre muito brutos, mal-educados, inclusive, e não quiseram ouvir nada. Mandaram-nos sentar e mandaram-nos embora no barco de volta, sem mais justificações, sem mais nada. Sentimo-nos como se fossemos criminosos”, afirmou depois do incidente. Recorde-se que não lhe foi negada entrada em Hong Kong.

O HM teve conhecimento de outro caso com um cidadão português a viver em Xangai, que em Março deste ano viveu uma situação semelhante. Na altura, o português conseguiu entrar em Hong Kong, onde permaneceu alguns dias para se encontrar com familiares e amigos, e tentou depois visitar Macau. No entanto, quando chegou à RAEM, para fazer uma visita de um dia, foi impedido de entrar, dado que o passaporte tinha uma validade inferior a 90 dias.

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