70º Grande Prémio | Arvid Lindblad vence corrida de Fórmula 4

Arvid Lindblad sagrou-se o vencedor da corrida de Fórmula 4 do Grande Prémio de Macau, depois de aguentar a pressão de Freddie Slater e mostrar que era o mais rápido

 

“Estou na lua com esta vitória”, foi desta forma que Arvid Lindblad comentou o triunfo na corrida de Fórmula 4 do 70.º Grande Prémio de Macau. Numa prova com vários incidentes e entradas de Safety Car, o britânico da SJM Theodore Prema Racing foi o mais forte.

Apesar da prova da tarde ter sido o ponto alto da competição, o maior desafio para os pilotos de Fórmula 4 surgiu na manhã de ontem, na corrida de qualificação, que foi realizada com o piso muito molhado. E logo nessa sessão, Arvid Lindblad mostrou-se muito rápido, apesar de ser acompanhado de perto pelo colega de equipa Freddie Slater.

Com a manhã a servir como aperitivo, a prova da tarde confirmou o duelo em expectativa. Arvid Lindblad arrancou do primeiro lugar da grelha de partida e manteve a posição, apesar de ser muito pressionado por Slater.

Contudo, ainda na primeira volta, o carro de Slater teve problemas, e o também britânico perdeu o contacto com o grupo da frente. A partir desse momento, Lindblad começou a construir uma distância significativa para Charles Leong, segundo classificado, que por falta de velocidade estava mais preocupado em manter atrás de si Rashi Al Dhaheri.

E a história da primeira volta foi também a história da corrida, visto que com a entrada frequente do safety car, ou a situação de bandeiras amarelas na Curva do Hotel Lisboa, praticamente não houve oportunidade para competir.

No entanto, a vitória não deixou de ser menos saborosa para Lindblad, como o piloto apoiado pela Red Bull reconheceu: “Fico muito feliz por ganhar em Macau, um evento com uma história muito longa, numa pista muito especial. Só posso dizer que amei este fim-de-semana e tenho pena de não competir no próximo”, reconheceu Arvid. “As coisas correram-nos muito bem desde os treinos livres, quando sentimos que o carro estava muito rápido”, acrescentou.

No segundo lugar ficou Charles Leong, vencedor de duas edições da prova em Fórmula 4. O herói local chegava à Guia em desvantagem, uma vez que não conhecia o novo modelo da F4 e também por não ter realizado qualquer prova neste ano. “Consegui um bom resultado, porque este era um fim-de-semana para aprender, adaptar-me ao carro e melhorar. Acho que consegui fazer isso”, disse o piloto de Macau. “Mostrei que tenho capacidade para andar ao melhor nível e estar no topo, quando tenho tempo suficiente de condução”, sublinhou.

No terceiro lugar, Rashi Al Dhaheri mostrou ritmo para ultrapassar Charles Leong, mas quando esteve mais perto do piloto de Macau, à entrada da Curva do Hotel Lisboa, foi forçado a abortar a ultrapassagem, por estarem a ser mostradas bandeiras amarelas. “Houve uma altura em que estive muito perto de ultrapassar o Charles e subir ao segundo lugar, na curva do Hotel Lisboa, onde fazemos a travagem mais forte do circuito. Só que estavam a ser mostradas bandeiras amarelas e não deu”, justificou o piloto dos Emirados Árabes Unidos.

Apesar das limitações, o piloto fez um balanço positivo: “É um circuito muito exigente, em que andamos sempre junto aos muros e não dá para cometer erros. Também o efeito de slipstream é muito forte, por isso acho que fizemos um bom trabalho e diverti-me”, considerou.

Corrida 1

Posição Piloto Equipa Tempo

1.º Arvid Lindblad SJM Theodore Prema Racing 37m28s517

2.º Charles Leong Hon Chio SJM Theodore Prema Racing a 0s274

3.º Rashi Al Dhaheri Prema Racing a 0s922

Alto

Estreia de Tiago Rodrigues

O piloto local fez a estreia no circuito da Guia e naquela que é a primeira época ao volante do F4 conseguiu um brilhante sexto lugar. Soube evitar os erros, que afectaram muitos outros pilotos, e mesmo sem mostrar andamento para estar mais perto do pelotão da frente, deu uma prova de maturidade e colheu os frutos da estratégia. Uma estreia para ser orgulhar.

Baixa

Pouca corrida

Muitos acidentes fizeram com que grande parte da corrida fosse realizada com o safety car, o que teve impacto no espectáculo. Se de manhã se justificou o arranque com o safety car, devido às condições da pista, que estava muito molhada, na parte da tarde ficou a ideia que em uma ou outra situação se devia ter procurado alternativas, a bem do espectáculo.

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