Grande Prémio | Pun Weng Kun admite que organização enfrentou o “ano mais difícil”

Sofia Margarida Mota
O coordenador da Organização do Grande Prémio de Macau admite que foi difícil criar condições para a participação de pilotos internacionais na competição. Vários potenciais participantes desistiram devido à obrigação de cumprir quarentena de sete dias

 

“Foi o ano mais difícil”. Foi desta forma que o coordenador da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, Pun Weng Kun, caracterizou a preparação do evento que começa hoje e se prolonga até domingo.

Em entrevista ao Jornal do Cidadão, Pun explicou que este ano a organização teve de lidar com vários obstáculos, até porque houve sempre a intenção de trazer pilotos internacionais para participar no evento desportivo.

De acordo com o líder da organização da prova, para os potenciais participantes internacionais é incompreensível que se possa entrar em Hong Kong sem necessidade de quarentena, mas que ao mesmo tempo em Macau seja pedido um período que consideram excessivo. Este aspecto terá levado a que pilotos que numa primeira fase se tinham mostrado interessados em correr na Guia optassem por cancelar a participação.

Ainda assim Pun Weng Kun mostrou compreensão face aos pilotos que abdicaram da participação. “Não é fácil para os pilotos internacionais virem para Macau, porque além de terem de entrar num avião em que lhes é exigido um teste de ácido nucleico com resultado negativo, ainda têm de atravessar a quarentena e não podem testar positivo”, admitiu. “Só depois deste período podem, finalmente, competir”, acrescentou.

Apesar dos convites recusados, Pun destacou que 15 pilotos internacionais se mostraram disponíveis para competir no circuito da Guia.

Medidas de prevenção

Até ontem, as pessoas envolvidas no Grande Prémio precisaram de ser testadas a cada dois dias. No entanto, no caso de haver um surto local, a organização não afasta a possibilidade de o período ser encurtado, com a obrigação de ser feito um teste a cada 24 horas.

Em relação às medidas de prevenção e a eventuais surtos, que poderão afectar a prova, Pun Weng Kun revelou, ao Jornal do Cidadão, que foram preparados vários planos alternativos, com diferentes condições, para garantir que a prova vai ser realizada.

Apesar das dificuldades, o também presidente do Instituto de Desporto deixou um voto de confiança e considerou que, apesar das adversidades, o Grande Prémio de Macau vai continuar a ser o maior evento local.

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