InternacionalIsrael | Milhares voltam a sair às ruas contra reforma judicial Hoje Macau - 10 Jul 2023 Dezenas de milhares de israelitas protestaram sábado contra a polémica reforma judicial do Governo em manifestações semanais que acontecem todos os sábados, e um “dia de resistência”, em que esperam uma participação em massa, foi agendado para terça-feira. Uma multidão de manifestantes saiu sábado à tarde em todo o país para se opor ao plano do executivo liderado por Benjamin Netanyahu, e pelo menos, de acordo com a agência EFE, 143.000 pessoas protestaram na capital, Telavive, o principal centro das mobilizações, que acontecem desde Janeiro e são as mais expressivas de Israel em décadas. A coligação do Governo espera hoje votar em primeira instância plenária o projecto de lei que faz parte do pacote legislativo da polémica reforma, que, segundo os críticos, enfraqueceria a independência da justiça e as bases democráticas formais de Israel. A lei eliminaria a “doutrina da razoabilidade” que permite que o Tribunal Supremo reveja e anule decisões executivas com base na sua razoabilidade. Se aprovado na primeira apreciação, o documento deve passar as próximas semanas em votações nas duas instâncias subsequentes em plenário para ser aprovado definitivamente. Face às pretensões do Governo – que juntamente com o partido de Netahyahu, o Likud, de direita, inclui uma coligação ultraortodoxa e a extrema-direita -, que tenta promover a reforma unilateralmente depois de não conseguir chegar a um acordo com as forças de oposição, o movimento de protesto de cidadãos pretende “intensificar a luta” e convocou uma jornada de mobilizações para amanhã, na qual espera conseguir uma presença massiva. Contra a ditadura De acordo com o plano, os protestos começarão às 08:00 hora local com marchas, caravanas de carros e acções como bloqueios de estradas, seguidas de uma manifestação junto do Aeroporto Internacional Ben Gurion em Telaviv às 16:00 e manifestações em massa nas principais cidades israelitas a partir das 20:00. “Israel não quer uma ditadura” nem “uma legislação ditatorial unilateral e perigosa que derrube a economia, prejudique a segurança e leve à ruptura da nação”, disseram os organizadores das marchas em comunicado, que nas últimas semanas tentaram acelerar a intensidade das mobilizações como medida de pressão para travar a reforma judicial.