Saúde Mental | Chan Iek Lap pede atenção para situação dos jovens

O deputado e médico chama a atenção do Governo para a falta de estudos sobre a condição psicológica dos adolescentes e pede maior intervenção das autoridades e reforço da aposta na saúde mental

 

O deputado Chan Iek Lap considera que é necessário prestar maior atenção aos “problemas emocionais” dos jovens. O alerta foi deixado através de uma interpelação escrita, em que o médico espera que se façam mais estudos e se reforce o acompanhamento dos mais novos, principalmente dos adolescentes.

Segundo as explicações de Chan Iek Lap, os adolescentes com “problemas emocionais” acabam por ser afectados a dois níveis: o psicológico e o físico.

Em relação aos efeitos psicológicos, o médico indica o desenvolvimento de crises de ansiedade, ataques de pânico, irritação constante, falta de paciência, ataques de nervosismo, e dificuldades em dormir como alguns dos sintomas revelados pelos mais novos.

Quanto aos aspectos físicos, Chan alerta para situações de “aceleração do ritmo cardíaco”, tonturas, dificuldades respiratórias, dores no peito, dores de cabeça ou tremores nas mãos e nos pés.

Apesar destes problemas, Chan Iek Lap mostra-se surpreendido porque considera que há poucos estudos no território sobre a condição dos adolescentes, e quer saber se o Governo planeia para dar um maior acompanhamento à situação dos jovens.

“No portal do Instituto de Acção Social encontramos o ‘Sumário do Relatório do Estudo: Actualidade e Tendência dos Jovens na Região Administrativa Especial de Macau de 2019’, mas, desde então não houve mais nenhum estudo”, justifica o deputado. “Será que o Governo vai fazer mais estudos para identificar quais são as tendências entre os mais jovens?”, pergunta.

Meter mãos à obra

Nos últimos anos, principalmente com a política de zero casos de covid-19, verificou-se um aumento do número de suicídios no território, inclusive com casos de adolescentes. Este aspecto não é referido por Chan Iek Lap. Contudo, apela ao Governo para que estude melhor a condição dos jovens.

“Será que o Governo vai ponderar lançar um estudo compreensivo sobre a saúde mental e os problemas emocionais dos jovens em Macau, para adquirir um conhecimento sobre a situação e poder implementar os planos necessários?”, questiona.

Por outro lado, o deputado também considera que a identificação dos casos de jovens com problemas nem sempre é fácil, porque estes tendem a esconder as situações. Por isso, o médico quer saber se a Direcção de Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) tem planos para formar os professores.

“Até que ponto o Governo é eficaz a prestar formação aos professores que permita identificar muito cedo os jovens que merecem atenção?”, interrogou.

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