China / ÁsiaUcrânia | EUA voltam a criticar China por continuar sem condenar a invasão russa Hoje Macau - 19 Abr 2022 Os Estados Unidos voltaram a criticar esta segunda-feira a posição da China, por ainda não ter condenado a invasão “brutal” da Ucrânia pela Rússia, visando também alguns responsáveis chineses por repetirem a “propaganda do Kremlin”. “Não só não vimos a China condenar, como todos os países devem, a brutalidade que as forças russas estão a empregar na Ucrânia contra o povo ucraniano”, começou por referir o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, durante uma conferência de imprensa onde abordou novamente a posição de Pequim, aliada de Moscovo. “Na verdade, ouvimos alguns altos funcionários chineses repetirem algumas das propagandas mais perigosas que emanam do Kremlin [presidência russa]”, acrescentou. Washington tem alertado repetidamente a China sobre as consequências de oferecer apoio militar ou económico a Moscovo e tem instado a potência asiática a desempenhar um papel mais ativo em impedir a invasão militar russa da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro. Ned Price sublinhou que este “é um momento” em que todos “os países responsáveis” têm a “obrigação de deixar claro onde se posicionam sobre questões onde as nuances não se encaixam”, dando como exemplo “o massacre de civis e os abusos gratuitos dos direitos humanos” pelas forças russas na Ucrânia. Na semana passada, o Presidente dos EUA, Joe Biden, comunicou ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, o envio de um pacote adicional de assistência militar de 800 milhões de dólares, com armas mais letais, para enfrentar a Rússia na nova fase do invasão mais focada no Donbass, no leste da Ucrânia. A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior. A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.