Burla | Falso vendedor lesou 16 residentes em 3 milhões de patacas

Fazendo-se passar por funcionário de uma empresa de produtos electrónicos, um residente de Macau de 38 anos burlou 16 residentes em cerca de 3 milhões de patacas através da venda porta-a-porta de aparelhos set-up box. Polícia Judiciária lança apelo para a população não abrir a porta a estranhos

 

A Polícia Judiciária (PJ) deteve um residente de Macau de 38 anos, por suspeitas de lesar, no total, 16 vítimas em cerca de 3 milhões de patacas, com a venda de produtos electrónicos porta-a-porta.

Segundo dados da PJ citados pelo canal em língua inglesa da TDM, desde Novembro do ano passado que o homem alegava pertencer a uma empresa de tecnologia, para promover, porta-a-porta, a venda de vários produtos electrónicos, como aparelhos set-up box. Além disso, oferecia descontos para convencer as vítimas a comprarem e a pagarem um sinal, no momento.

No interior dos apartamentos, ao oferecer descontos especiais às vítimas, o suspeito levava-as a acreditar que, quanto mais pagassem, maior seria o desconto e ainda que, mais tarde, poderia ser devolvida uma fatia maior do sinal adiantado.

Além disso, o suspeito aliciava os potenciais compradores através da demonstração de produtos como computadores portáteis e telemóveis que poderiam vir a ser seus mediante o pagamento de montantes avultados. No entanto, uma das vítimas que acabaria por apresentar queixa, não conseguiu recuperar o sinal, nem contactar com o burlão.

Após uma investigação, o suspeito acabou por ser detido pela PJ descobrindo-se que outras 16 vítimas tinham também sido burladas. O prejuízo total destas vítimas foi de 2,93 milhões de patacas.

Algumas vítimas reportaram ainda terem recebido cheques enviados pelo suspeito, no valor dos montantes transferidos anteriormente pelas vítimas através de aplicações móveis. No entanto, os cheques não tinham cobertura.

“Algumas vítimas dirigiram-se ao banco para levantar o dinheiro dos cheques, mas isso revelou ser impossível, devido à falta de verbas na conta do suspeito. As vítimas contactaram o suspeito que, por sua vez, emitiu mais cheques sem cobertura”, detalhou o porta-voz da PJ segundo a TDM.

Desconfiar sempre

Apontando que a maioria dos 16 lesados diz respeito a idosos, a PJ divulgou na sexta-feira um comunicado onde apela à população para não abrir a porta a estranhos, sem antes confirmar a sua identidade, junto da empresa ou entidade à qual dizem pertencer.

“Os burlões podem fingir serem diferentes tipos de pessoas tais como, funcionários dos serviços públicos, vendedores, empregados de empresa de correio rápido ou de manutenção”, começam por descrever as autoridades.

“A PJ alerta a população a estar atenta e não abrir facilmente a porta a pessoas desconhecidas, de modo a não dar qualquer oportunidade para os criminosos praticarem quaisquer actos de roubo, furto e de burla. Se estiver perante uma situação duvidosa, deve confirmar imediatamente através do contacto com a respectiva entidade, empresa ou ao porteiro”, é acrescentado. Na presença deste tipo de crime, a PJ aconselha a reportar imediatamente o caso através da linha aberta 993.

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