China / ÁsiaNATO insta Pequim ao diálogo para controlo de armamentos Hoje Macau - 28 Set 2021 O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, expressou ontem as preocupações da Aliança Atlântica com “a expansão do arsenal nuclear da China” e instou Pequim a aceitar um diálogo sobre o controlo de armamentos. A China não é considerada um adversário pela Organização do Tratado do Atlântico-Norte (NATO), mas deve “respeitar os seus compromissos internacionais e agir de forma responsável no sistema internacional”, insistiu Stoltenberg, numa reunião por videoconferência com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi. Jens Stoltenberg “transmitiu as preocupações da NATO em relação às políticas coercivas da China, o aumento do seu arsenal nuclear e a falta de transparência da sua modernização militar”, precisou a organização em comunicado. “O secretário-geral sublinhou que a transparência e o diálogo recíprocos sobre o controlo dos armamentos seriam benéficos tanto para a NATO como para a China”, acrescenta o documento. A situação no Afeganistão também foi discutida na reunião com o chefe da diplomacia chinês, tendo Stoltenberg insistido na necessidade de “fazer com que o país não sirva novamente de base a terroristas”. O responsável apelou para “uma abordagem internacional coordenada, incluindo com os países da região, para que os talibãs sejam obrigados a prestar contas dos seus compromissos em matéria de combate ao terrorismo e de respeito dos direitos humanos, nomeadamente dos direitos das mulheres”. A China tornou-se motivo de preocupação para os aliados, que afirmaram, na declaração adotada na sua última cimeira, em junho deste ano: “As ambições declaradas da China e o seu comportamento determinado representam desafios sistémicos para a ordem internacional, assente em regras e em áreas que se revestem de importância para a segurança da Aliança”. Mas não se trata de uma nova Guerra Fria, como sublinhou Stoltenberg, ao afirmar: “A China não é nossa adversária nem nossa inimiga”.