Deputado Sulu Sou apela à defesa do cantonês

O deputado Sulu Sou defendeu ontem a necessidade de proteger o ensino do cantonês e evitar mudanças no ensino da língua chinesa em Macau, face ao avanço do ensino em mandarim. Na Assembleia Legislativa, o democrata reconheceu as vantagens de os residentes aprenderem e dominarem o mandarim, mas considerou que Macau deve manter a sua riqueza cultural.

“O cantonês tem muita riqueza e história, e deve ser valorizado e transmitido de geração em geração”, começou por apontar. “Os fenómenos linguísticos do cantonês têm elevadíssimos valores científicos, pois a pronúncia, o léxico e a gramática preservam as características essenciais do chinês medieval, por exemplo, o tom “curto” com consoantes finais, que faz com que a declamação em cantonês de poemas clássicos seja mais respeitadora de rimas, agradável e rítmica”, acrescentou.

A posição de Sulu Sou foi tomada depois de o Ministério da Educação do Interior ter publicado “Relatório da Situação da Vivência Linguística da Grande Baía – 2021”, que elogia a promoção do mandarim em Macau. Sulu Sou vincou que os resultados são vantajosos para as pessoas de Macau, mas mostrou-se preocupado com o facto de haver poucas referências aos dialectos antigos da Grande Baía.

Por isso, desafiou os residentes a não desistirem do cantonês. “No futuro, todos os que apreciam as vantagens culturais únicas de Macau devem ter a responsabilidade de exortar o Governo a encorajar os estudantes a aprender bem o mandarim e outras línguas, e, ao mesmo tempo, a investir mais recursos para melhorar as qualificações dos docentes de cantonês e aumentar o número de cursos de cantonês”, indicou. “Gentes de Macau, vamos todos defender o cantonês!”, apelou.

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Bernardo L
Bernardo L
17 Jun 2021 17:54

Uniformização sob a égide racial Han é tida como o valor pontífico pelo partido central chinês, como demonstrada vez após vez na Mongólia, Tibete, Hong Kong, etc, e uma a uma as sub-culturas serão absorvidas tendo em conta este fim. À medida que o partido central toma cada vez mais conta de Macau, fica claro que a única forma de lutar contra esse final, seria a extremamente díficil e custosa luta pela democracia e pela manutenção de “Um país, dois sistemas”, contra a vontade das elites o que Macau demonstrou não estar disposto a fazer durante os protestos de Hong… Ler mais »