Aeroporto | Receitas da CAM aumentam 16,5% em 2019

A CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau registou um aumento de receitas na ordem dos 16,5 por cento devido ao bom desempenho das receitas de aviação e dos negócios não aeronáuticos. Ma Iao Hang, presidente do conselho de administração, fala de mudanças no sistema de segurança e promete novas medidas em tempos de crise

 

[dropcap]A[/dropcap] CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau registou um aumento da receita total na ordem dos 16,5 por cento, revela o relatório e contas da empresa publicado ontem em Boletim Oficial (BO). O montante das receitas relativo ao ano passado foi de 1,82 mil milhões de patacas. Estes números devem-se “ao aumento de 15,3 por cento das receitas de aviação e de 17,4 por cento das receitas de negócios não aeronáuticos”. No que diz respeito às principais operadoras do Aeroporto Internacional de Macau, as receitas totais foram de 6,27 mil milhões de patacas, um aumento de 13,6 por cento.

A CAM denota ainda um aumento de 17,9 por cento no movimento de aeronaves para um total de 77.581 voos. No entanto, o sector dos jactos privados teve uma quebra de 15,5 por cento, que se traduziu em 2.768 voos, devido à “austeridade da indústria mundial”. De frisar que, o ano passado, o aeroporto registou “novo recorde do número de passageiros”, com um volume anual superior a 9,6 milhões, ou seja, “catorze vezes mais que a população local”.


Mais segurança

A mensagem do presidente do conselho de administração da CAM, Ma Iao Hang, dá ainda conta de que foi iniciada a expansão da zona sul do terminal de passageiros do aeroporto. Trata-se de um projecto que irá adicionar uma área de 17 mil metros quadrados e três novas portas de embarque. Foram abertos centros de serviço de embarque em Jiangmen e Zhongshan, além de serem disponibilizadas 12 instalações de auto-serviço de check-in no terminal de passageiros. O aeroporto conta hoje com mais seis estabelecimentos nos sectores de restauração, comunicação e viagens.

A CAM fez ainda uma aposta na segurança, uma vez que foram “substituídas as instalações de estacionamento para aeronaves e divisórias de segurança”. Foi também instalada “uma cerca de segurança de camada dupla com quase 12 quilómetros de comprimento, equipada com um sistema de detecção de intrusões na fronteira”.

Ainda ao nível da segurança, o aeroporto conta hoje com um total de 921 câmaras de rede de alta precisão, tendo a vigilância de circuito fechado de televisão aumentado em 30 por cento. Foram também introduzidos 40 novos equipamentos, além de ter sido feita “a optimização das verificações de segurança”.

Depois de um ano com resultados positivos, a crise causada pelo surto de covid-19 trouxe a necessidade de novas respostas. Na mensagem de Mao Iao Hang lê-se que o aeroporto mantém contactos com parceiros para que haja uma “revitalização do volume de tráfego aéreo após a epidemia”, além de serem feitos “todos os esforços possíveis para desenvolver rotas de médio e longo curso com vista a atrair mais passageiros internacionais e locais”.

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